É o seguinte... tá bem?

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sexta-feira, janeiro 28, 2011

Instituto Datafaltadoquefazer

Eu tenho uma teoria, muitíssimo minha mas ancorada em dados da realidade, de que o volume de multas aumenta no verão.

Porque imagine você tendo de trabalhar na rua, no meio do trânsito doido, sob sol a pino ou chuva torrencial, aquele calor miserável,aquela roupa marrom de brim, feia que dói, aquele barulho, aquela chateação.

Não há nível de tolerância que não vá parar abaixo de zero. E junto com esse nível de tolerância aniquilado estão um talão de multa e uma caneta sedenta de vingança.

Daí o motorista tira uma meleca do nariz e faz o tradicional gesto de esfregar um dedo no outro para jogar fora pela janela e o cara já multa por jogar lixo na via pública. Sai da vaga de zona azul colocando o cinto de segurança e o cara multa por ter começado a dirigir sem o cinto. Dá 17h01 e vem a canetada porque está furando o rodízio de veículos que começa às 17h.

Canta a música que tá tocando no rádio e o cara multa porque a música é cafona, ou porque é do Justin Bieber e você não tem mais idade pra isso.

Segundo minha teoria, eu nem acho que seja exatemente de propósito, sabe? Acho que é como todos nós, quando estamos cansados, estressados, extenuados, com calor e vontade de chuveiro e cama, nosso pavio torna-se muito mais curto e nossa disposição em brigar vai lá no teto, pois para algum lado tem de sair tanta frustração.

Então, vai aqui meu minuto de silêncio pelos marronzinhos da CET. E que da próxima vez que eu cruzar com um deles, que ele esteja feliz da vida porque a mulher dele colocou duas colheres de Toddy no leite dele em vez de uma só!

quarta-feira, janeiro 12, 2011

Proposta decente

Por fim, Ronaldinho Gaucho vai jogar no Flamengo, contratação anunciada aos berros pela presidente do clube depois de uma novela que já tava me dando nos nervos.

O cara vai ganhando uma fortuna, com um pacote de vantagens e todos os mimos possíveis - no dia em que eu for famosa e disputada, vou exigir que no meu contrato tenha alguém só pra coçar minhas picadas de mosquitos e espremê-las para sair a aguinha, que é o que faz coçar. Quero deixar muito claro desde já que não tenho nada contra o cara ganhar uma fortuna, muito menos acho injusto com os demais jogadores e todo esse conversê demagógico. Sou super a favor da meritocracia, do cara ganhar o quanto vale, o quanto dá de retorno para a empresa que o contratou.

Tipo a Gisele Bundchen ganhar uma bala para anunciar xampu e creme para os cabelos. Eu comprei o xampu que ela anunciou, e também o creme para pentear e o de hidratação, e imagino que milhares de mulheres tenham feito o mesmo. Agora bota eu lá falando do xampu e dos cremes pra ver se alguém vai se dignar a sequer prestar atenção ao comercial?

Voltando ao Ronaldinho, acho justo justíssimo o cara ganhar uma grana preta se o retorno que ele dá compensa. Não importa o quanto você gasta e sim o quanto você ganha, basicamente. O que eu não acho justo é o cara ganhar essa grana toda, ser recebido como rei pela torcida e reverenciado pelos companheiros de time e achar que não pode ser pressionado. Que ninguém pode exigir dele que faça gols, ou que dê os passes para que eles aconteçam, arme jogadas sensacionais, ou faça defesas sensacionais, de acordo com a situação.

O cara acha que os gols precisam acontecer, que ele não precisa treinar como os demais - o único até hoje que eu vi escapar de treino e ser o cão no jogo foi o Romário, fora de série -, que ele não precisa estudar os adversários para descobrir os pontos fracos, e que a torcida não pode cobrar, nem fazer coro no estádio chamando de corno, viado, vendido, essas coisas finas de torcida, quando o cara não dá o retorno esperado.

Que fique claro também que não defendo agressão física de torcedores contra jogadores e dirigentes. Mas entendo que faça parte do jogo xingar o cara da arquibancada e também na janela do ônibus. Ué, quando o time ganha eles não acham bacana a torcida ficar lá gritando o nome deles? Então tem de dar o direito de fazer o mesmo na situação oposta.

Se guenta, guenta, não sabe brincar, não desce pro play.

Entendo que, como todas as pessoas do mundo, tem dia que a coisa não vai. Você dá o seu melhor e o troço não anda como o pretendido. Porém, se você faz parte do topo da cadeia alimentar, faz parte do seu salário acima dos demais fazer com que o troço ande de alguma maneira. E se a seca perdura, ter humildade suficiente para enfrentar a torcida e as críticas sem empinar o queixinho.

Quando isso acontece, o que a gente vê é o cara se sentindo a pessoa mais injustiçada do mundo, todo choroso, ou pior, todo empinado achando que ele não tem nenhuma responsabilidade sobre aquilo. Que o time é fraco, que o técnico é bobo, feio e chato, que as condições do gramado não são boas, que a tia da cantina bota só uma colher de Toddy no leite dele em vez de duas.

Então, por que na hora de assinar o contrato, o cara não diz que, se ele não fizer o que for esperado dele, ele devolve parte do dinheiro? Melhor: que ele paga uma multa pesada caso, sendo um artilheiro, não faça x gols em x tempo. Ou,se for um goleiro, pelos gols que tomar.

- olha, você me paga só se o resultado for bom. Se não for, não precisa nem me pagar.

Seria justo, vendedor não é assim? Chova ou faça sol, mercado retraído ou bombando, ele tem de dar conta de uma meta para poder receber o salário acordado. Se você contratar um pintor para sua casa, vai esperar que ele faça seu trabalho para receber o dinheiro acordado. Se contratar uma agência de publicidade caríssima, vai esperar que ela faça maravilhas pela sua marca ou seu produto.

Jogador de futebol devia ser igualzinho. Se você quer ganhar o quanto pesa, deve mostrar que vale cada centavo.

terça-feira, janeiro 11, 2011

Melhor festa de aniversário de todos os tempos!





quinta-feira, janeiro 06, 2011

Pólo gastronômico espiritosantense





Pessoal
preciso muito me redimir com vocês.
Eu sempre disse que Demétrio Ribeiro, o berço da civilização baioquense, no interior do Espírito Santo, é uma cidade que só tem uma rua.

Mentira.
Exagero.
Inverdade.
Cascata.

Tem duas.

Uma se chama Guilherme Baroni, a outra a gente não sabe, mas deve ser a Rua da Igreja - uma ladeira que vai subindo: casarões antigos, igreja de Santo Antonio, milharal, cemitério.
Ou, considerando que uma tem nome, a outra rua pode ser simplesmente A Outra Rua.

- eu moro na Guilherme Baroni, e você?
- eu moro na Outra Rua.

Imagina o carteiro. Volta pra agência depois da entrega em Demétrio, com algumas cartas na mão:

- ué, voltaram por que?
- não tinha cep, não achei a rua

Má vontade do caramba.

E para completar, amigos, agora Demétrio tem uma pizzaria. A única da cidade, atendendo ambas as ruas. Mó bombada!
Abre toda sexta.
Só às sextas.

Façam suas reservas.


atualização:
a Outra Rua se chama Terezita Farina, ilustre habitante de uma das famílias da região. Que minha mãe conheceu, claro, como poderia ser de outra forma?
a foto acima é da placa que fica na entrada da cidade, sobre uma pedra, com os nomes dos patriarcas das famílias italianas fundadoras do local, dada de presente por um dos descendentes. A outra foto é da placa que fica sobre a estrada, na entrada da cidade.

domingo, janeiro 02, 2011

Questinamentos - o Hino à Bandeira

Há uma frase no Hino à nossa Bandeira que está me tirando o sono:

Recebe o afeto que se encerra em nosso peito juvenil era como cantávamos no colégio.

Recebe o afeto que se encerra em nosso peito varonil é como se canta nas Forças Armadas.

Uma vez que não sou homem para ter um peito varonil, e já passei longe da idade de ter um peito juvenil... canto como?

Recebe o afeto que se encerra em nosso peito sutil/imbecil/lipostabil?



post rapidinho enquanto espero a máquina de lavar roupas terminar o ciclo para eu estender as peças e sair para o aeroporto, de volta pra casa!