Comprando televisão
Tecnologia é algo no qual não sou vidrada. Gosto, e quando tenho à mão até uso e acho bem bacana, mas dificilmente seria motivada a pagar mais por uma câmera que tira fotos assim ou assado, por exemplo. Simplesmente porque jamais reconhecerei qual a diferença entre uma e outra e porque provavelmente nunca usarei todas as funções disponíveis.
E assim é com computador, som para carro... Se dependesse de mim, o iPod jamais seria o sucesso que é. Pessoas como eu compram um (ou melhor, pessoas como eu ganham um e nunca mais colocam músicas nele) e depois acham que os modelos mais novos não têm nada de tão diferente em relação ao anterior. Ué, não é pra tocar música? Então, o meu já toca! Ah, este tem léboustréblous a mais de memória? Não preciso, até porque nem sei como é que as músicas vão parar ali dentro.
Não é uma questão de desprezar a tecnologia, e sim de não saber distingüir o que realmente faz diferença e de gostar daquilo o suficiente para que a relação custo benefíco da coisa me convença.
Acontece que meu então marido era o extremo oposto, um tecnologia lover. E por conta disso, aqui em casa sempre se teve o que de mais moderno havia disponível: o melhor aparelho de som, a melhor TV, o mais completo pacote da tv a cabo, a máquina fotográfica mais legal. Quando eu achava que banda larga era na verdade um grandessíssimo xingamento ao meu derrière, eis que aqui em casa já existia há tempos. Na velocidade mais mega disponível. E assim sempre foi.
Só que eu me separei. Há alguns anos. E as coisas foram envelhecendo. Confesso que eu nem me interesso em saber sobre tv digital, sobre net digital. Ando, sim, louca por um notebook, mas devo confessar que é só pra poder me pendurar no messenger no conforto da minha cama e não ter mais de ficar disputando o computador palmo a palmo com a Bela. A disputa é sangrenta, acreditem.
E como os encanamentos que deram defeito, a pintura que já tá meio desbotada, as fechaduras que precisam de reparo e a máquina de lavar que já já vai pedir aposentadoria por tempo de serviço, a TV do meu quarto está uma beleza: com um sibilo no fundo, a imagem ficando bem escura volta e meia, as legendas dos filmes com Mal de Parkinson.
Resumindo: não dá mais. Em especial porque eu dificilmente assisto tv na sala e só durmo com a tv ligada, mesmo que eu leve dois minutos pra cair no sono.
Beleza, penso eu, entro na americanas.com e compro uma nova, em 12 vezes sem juros, frete grátis, nem preciso carregar pra casa. Tal e qual fiz com o fogão, há 3 meses.
Acontece que fogão é fogão e televisão é televisão. Fogão é aquela coisa: esquenta, cozinha, assa, no máximo um função de grill (que o meu tem e eu ainda nem usei. O microondas também tem, há pelo menos 6 anos, e eu também nunca usei). Na boa, não há tão mais assim que um fogão possa te oferecer que não seja visual: queimadores maiores ou menores; quatro, cinco ou seis bocas; forno duplo ou não; forno autolimpante (o meu fogão sempre teve forno autolimpante, mas eu sinceramente nunca o vi ficar limpo sem antes passar por uma boa esfregada de bucha). Pra facilitar a escolha da marca do fogão, ele tinha de caber no nicho do anterior, o que reduzia minhas possibilidades a uma única marca, a que eu sempre odiei. Mas como odeio mais ainda ter obra dentro de casa, optei por continuar fiel.
Voltando pra TV, abri a página do site que dizia TV 29" tela plana. Sim, porque eu queria tela plana, já que a de plasma, fininha e linda, nem pensar que o orçamento não permitia.
Aí a coisa ficou feia: elas são todas iguais. Não conseguia ver diferença entre uma e outra e todas as informações sobre o produto eram como se estivessem escritas em grego.
As marcas? Tirando CCE, que não me soava muito confiável - e parecia coisa ultrapassada dos anos 80, quando no meu quarto tinha um aparelho de som, daqueles de móvel, de torre, sabe? Rack, toca-discos e toca-fita - todas as demais eram a mesma coisa pra mim.
Nem pelo preço dava pra decidir muito, todos eram parecidos.
Acabei usando o mais eficiente critério de compra de uma TV para o quarto: a que era mais bonita e que eu achei que ia combinar melhor com a decoração!
E assim é com computador, som para carro... Se dependesse de mim, o iPod jamais seria o sucesso que é. Pessoas como eu compram um (ou melhor, pessoas como eu ganham um e nunca mais colocam músicas nele) e depois acham que os modelos mais novos não têm nada de tão diferente em relação ao anterior. Ué, não é pra tocar música? Então, o meu já toca! Ah, este tem léboustréblous a mais de memória? Não preciso, até porque nem sei como é que as músicas vão parar ali dentro.
Não é uma questão de desprezar a tecnologia, e sim de não saber distingüir o que realmente faz diferença e de gostar daquilo o suficiente para que a relação custo benefíco da coisa me convença.
Acontece que meu então marido era o extremo oposto, um tecnologia lover. E por conta disso, aqui em casa sempre se teve o que de mais moderno havia disponível: o melhor aparelho de som, a melhor TV, o mais completo pacote da tv a cabo, a máquina fotográfica mais legal. Quando eu achava que banda larga era na verdade um grandessíssimo xingamento ao meu derrière, eis que aqui em casa já existia há tempos. Na velocidade mais mega disponível. E assim sempre foi.
Só que eu me separei. Há alguns anos. E as coisas foram envelhecendo. Confesso que eu nem me interesso em saber sobre tv digital, sobre net digital. Ando, sim, louca por um notebook, mas devo confessar que é só pra poder me pendurar no messenger no conforto da minha cama e não ter mais de ficar disputando o computador palmo a palmo com a Bela. A disputa é sangrenta, acreditem.
E como os encanamentos que deram defeito, a pintura que já tá meio desbotada, as fechaduras que precisam de reparo e a máquina de lavar que já já vai pedir aposentadoria por tempo de serviço, a TV do meu quarto está uma beleza: com um sibilo no fundo, a imagem ficando bem escura volta e meia, as legendas dos filmes com Mal de Parkinson.
Resumindo: não dá mais. Em especial porque eu dificilmente assisto tv na sala e só durmo com a tv ligada, mesmo que eu leve dois minutos pra cair no sono.
Beleza, penso eu, entro na americanas.com e compro uma nova, em 12 vezes sem juros, frete grátis, nem preciso carregar pra casa. Tal e qual fiz com o fogão, há 3 meses.
Acontece que fogão é fogão e televisão é televisão. Fogão é aquela coisa: esquenta, cozinha, assa, no máximo um função de grill (que o meu tem e eu ainda nem usei. O microondas também tem, há pelo menos 6 anos, e eu também nunca usei). Na boa, não há tão mais assim que um fogão possa te oferecer que não seja visual: queimadores maiores ou menores; quatro, cinco ou seis bocas; forno duplo ou não; forno autolimpante (o meu fogão sempre teve forno autolimpante, mas eu sinceramente nunca o vi ficar limpo sem antes passar por uma boa esfregada de bucha). Pra facilitar a escolha da marca do fogão, ele tinha de caber no nicho do anterior, o que reduzia minhas possibilidades a uma única marca, a que eu sempre odiei. Mas como odeio mais ainda ter obra dentro de casa, optei por continuar fiel.
Voltando pra TV, abri a página do site que dizia TV 29" tela plana. Sim, porque eu queria tela plana, já que a de plasma, fininha e linda, nem pensar que o orçamento não permitia.
Aí a coisa ficou feia: elas são todas iguais. Não conseguia ver diferença entre uma e outra e todas as informações sobre o produto eram como se estivessem escritas em grego.
As marcas? Tirando CCE, que não me soava muito confiável - e parecia coisa ultrapassada dos anos 80, quando no meu quarto tinha um aparelho de som, daqueles de móvel, de torre, sabe? Rack, toca-discos e toca-fita - todas as demais eram a mesma coisa pra mim.
Nem pelo preço dava pra decidir muito, todos eram parecidos.
Acabei usando o mais eficiente critério de compra de uma TV para o quarto: a que era mais bonita e que eu achei que ia combinar melhor com a decoração!
4 Comentários:
os bons e velhos critérios femininos de escolha, well done!
E CCE ainda existe????? Eu tb tinha um som assim no quarto, na época foi meu grande amigo, na fase de se esconder da família e ficar gravando fitas....
achei que era coisa definitivamente do passado!
beijo
ahahaha, como nós mulheres só mudamos de embalagem... eu sempre escolho a mais bonita e pode ser até CCE... com certeza foi uma boa compra. e quanto ao grill do microondas... nunca usei e olha que li o manual.... bjs e divirta-se com sua nova tv.... Re
Meninas, pasmem que CCE ainda existe!!!
Re, CCE eu me recusei, pra mim soa como coisa ultrapassada sabe?
Tati, mas os nossos critérios não são os melhores do mundo???
nossa, eu ainda lembro do tempo que a gente falava que CCE significava "cuidado com a explosão", ou "comecei comprando errado", ou ainda "conserta, conserta, estraga" rs... ó, e era tudo verdade, eu tinha um som CCE que deixava o Barry White com a voz do Michael Jackson..rs..rs.. bjo
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