Visita do Papa

Como viram pelo post recente da Primeira Comunhão, sou católica apostólica romana, apesar de pouco praticante.
Ou seja, visita do Papa é o must dos católicos atualmente. Mais buxixado do que lançamento de CD novo da Igreja Batista da Lagoinha, que sai da fábrica com tiragem de um milhão e meio de cópias ou mais.
Então, como católica, eu devia estar feliz da vida com a visita do Bento XVI aqui em São Paulo, né?

Aí eu fico sabendo que ele chega amanhã de tarde, e que vai direto para o Campo de Marte, rezar uma missa campal.
Fico sabendo que o trânsito estará todo modificado e interditado entre o aeroporto de Guarulhos e o local da missa, e já imagino o estados das adjacências, com a multidão de fiéis que vai se deslocar até lá.
Fura-se, assim, minha ida ao Bom Retiro para resolver um monte de pequenas coisinhas.

Pra completar, no dia seguinte, pela manhã, Bentinho vem até a aprazível localidade do Morumbi encontrar-se com o governador e o Lulinha, no Palácio dos Bandeirantes, onde irá visitar uma exposição de sabe Deus o quê.
Resultado: terei de ir mais que muito cedo para a confecção, se quiser trabalhar amanhã de manhã, porque o bairro estará impraticável.

Em resumo, repito aqui o comentário que fiz na época da visita do Bush: pra que que este homem vem pra São Paulo?, me digam. Porque que não vai pra Brasília, que é a capital do país, encontra o Lula lá mesmo (e o Brasil economiza uma nota de gasolina do aerolula, mais uma grana de hotel pro presidente e mais os 237 assessores que certamente não perderão a boquinha) reza uma missa na Esplanada dos Ministérios, que é um lugar enoooooorrrrmeeeee, aberto, numa cidade que foi feita para abrigar este tipo de visita?

De quebra, minha mãe e meu pai, católicos efetivamente praticantes, podiam assistir à missa rezada por ele. Só vantagens.