Eterno egoísmo - ou como reciclar seu marido e ainda querer ser boazinha depois de ter aprontado todas
Como eu começo a trabalhar cedo e a confecção tem hora certa pra fechar, eu sempre chego em casa no finzinho da tarde, a tempo de pegar um pedacinho da novela das seis, Eterna Magia.
Desde o começo desta novela, nada pôde ser mais irritante que a personagem da Malu Madder. Ela é Eva Sullivan, pianista de renome internacional da década de 40, que resolve voltar para Serranias, cidade do interior de Minas onde nasceu e ainda moram seu pai, tia que a criou, e irmã caçula, Nina.
Irmã caçula esta representada por uma atriz chamada Maria Flor, cujo anjo da guarda chegou atrasado na maioria das filas: fila do cabelo, fila do nariz, fila da boca. Por conta disso, ele não pôde harmonizar os diferentes elementos, o que faz dela uma Pessoa Separadamente Bonita: os traços não são feios, mas simplesmente não combinam quando colocados todos juntos num rosto só.
Voltando à novela, a irmã caçula se chama Nina e está noiva de um caipirão, o Conrado, interpretado pelo Tiago Lacerda. O resumão básico da história até aqui é que a tal da Eva, descrita como voluntariosa e independente, acaba achando o tal do Conrado um pitéu, e na falta do que fazer naquela cidadezinha mínima, seduz o noivo da irmã, fica grávida, e no dia do casamento da fofa, mais precisamente com a nêga vestida de noiva no altar, resolve contar o que vem rolando, que tá grávida etc etc.
Tendo destruído todos os sonhos românticos da irmã caçula, Eva vai embora de Serranias com o caipirão proativo, dar continuidade à sua carreira de pianista internacional famosérrima.
Aí vem a Segunda Guerra Mundial, o tal do Conrado vira um fotógrafo premiadíssimo, eles têm uma filha que já conta com uns 7 ou 8 anos, que toca flauta, sempre a mesma musiquinha chata do Lago dos Cisnes, gente, alguém devia ensinar uma cançãozinha mais alegre pra essa pobre! A guerra acaba, Conrado sente saudade da família e quer voltar a Serranias para vê-los. Eva não quer nem pensar na possibilidade, por achar que o maridão ainda ama a irmã caçula e ela não quer correr o risco.
Neste meio tempo, a Nina Mosquinha Morta foi estudar Geologia na capital, virou diretora da empresa da família, passou a adotar um penteado e um figurino ditos sofisticados, mas que a deixa com cara de quem vai fazer 50 anos no dia seguinte, o que tem tudo a ver com uma novela na qual a mocinha pianista voluntariosa é papel de uma atriz que já tá no target de fazer mãe de adolescente, cujo pai é desempenhado por um ator que deve ter apenas uns 6 anos a mais que ela - aquele tudo de bom que foi o Bento Gonçalves da Casa das Sete Mulheres.
Mas aí a Mocinha Não Tão Mocinha Eva descobre que tá com um tumor na cabeça, ou algo que o valha, e resolve que sim, vamos voltar para Serranias e ver a família. De quebra, ela se arrepende do que fez e quer reconciliar a irmã com o seu próprio marido e se reconciliar com o pai que a tinha renegado depois dela ter feito gato e sapato com os sentimentos da irmã menor.
Acontece que a irmã não é adepta da reciclagem de marido, e tá noiva de outro. A tal da Eva então começa uma campanha para que a irmã menor termine o noivado e vá viver com o marido dela (!), alegando que ela não ama o noivo e está fugindo do próprio destino (isso é o tipo da frase que só existe em novela ou em livro da Nora Roberts).
GENTE
GEEEEENTEEEEEEE, KEKÉISSO????
A criatura não se incomoda nem um pouco de dar em cima do noivo da irmã, não tira o time de campo nem quando descobre que o gostosão rústico é noivo da irmã menor, fica grávida do cara, mela o casamento da outra já vestida de noiva, vai embora e não admite a hipótese nem de visitar a família.
Aí, descobre que vai morrer em breve e resolve que quer morrer em paz: de uma hora para outra passa a ser conveniente voltar para a cidade natal, ser perdoada pelo pai e pela irmã, e de quebra, já arrumar o futuro da filha juntando o pai dela com a tia, alegando arrependimento pelo que havia feito no passado.
Mas aí, olha que coisa!, a irmã tá noiva de outro, atrapalhando seus planos de arrumar o terreno para morrer sem dor na consciência e deixar tudo encaminhado, e o que ela faz? Acusa a irmã de ser covarde e egoísta, de não assumir o amor que ainda sente pelo marido que tá ali no saldão, e EXIGE, atenção, EXIGE que a irmã menor termine JÁ o noivado, pois se ela se casar com outro moço que não o marido que já não tem mais serventia para ela, Eva, nunca será feliz...
Com uma irmã dessas, a gêmea malvada da novela das oito é mera aprendiz.
(eu bem que disse aqui mesmo neste blog, logo nos primeiros capítulos da novela, que a Malu Madder devia pedir para o autor da novela matar a personagem dela e poupá-la do vexame, mas era pra ela morrer rapidinho, com um tiro ou picada de cobra, e não assim, lentamente, com a chance de piorar o que já tava péssimo.)
Desde o começo desta novela, nada pôde ser mais irritante que a personagem da Malu Madder. Ela é Eva Sullivan, pianista de renome internacional da década de 40, que resolve voltar para Serranias, cidade do interior de Minas onde nasceu e ainda moram seu pai, tia que a criou, e irmã caçula, Nina.
Irmã caçula esta representada por uma atriz chamada Maria Flor, cujo anjo da guarda chegou atrasado na maioria das filas: fila do cabelo, fila do nariz, fila da boca. Por conta disso, ele não pôde harmonizar os diferentes elementos, o que faz dela uma Pessoa Separadamente Bonita: os traços não são feios, mas simplesmente não combinam quando colocados todos juntos num rosto só.
Voltando à novela, a irmã caçula se chama Nina e está noiva de um caipirão, o Conrado, interpretado pelo Tiago Lacerda. O resumão básico da história até aqui é que a tal da Eva, descrita como voluntariosa e independente, acaba achando o tal do Conrado um pitéu, e na falta do que fazer naquela cidadezinha mínima, seduz o noivo da irmã, fica grávida, e no dia do casamento da fofa, mais precisamente com a nêga vestida de noiva no altar, resolve contar o que vem rolando, que tá grávida etc etc.
Tendo destruído todos os sonhos românticos da irmã caçula, Eva vai embora de Serranias com o caipirão proativo, dar continuidade à sua carreira de pianista internacional famosérrima.
Aí vem a Segunda Guerra Mundial, o tal do Conrado vira um fotógrafo premiadíssimo, eles têm uma filha que já conta com uns 7 ou 8 anos, que toca flauta, sempre a mesma musiquinha chata do Lago dos Cisnes, gente, alguém devia ensinar uma cançãozinha mais alegre pra essa pobre! A guerra acaba, Conrado sente saudade da família e quer voltar a Serranias para vê-los. Eva não quer nem pensar na possibilidade, por achar que o maridão ainda ama a irmã caçula e ela não quer correr o risco.
Neste meio tempo, a Nina Mosquinha Morta foi estudar Geologia na capital, virou diretora da empresa da família, passou a adotar um penteado e um figurino ditos sofisticados, mas que a deixa com cara de quem vai fazer 50 anos no dia seguinte, o que tem tudo a ver com uma novela na qual a mocinha pianista voluntariosa é papel de uma atriz que já tá no target de fazer mãe de adolescente, cujo pai é desempenhado por um ator que deve ter apenas uns 6 anos a mais que ela - aquele tudo de bom que foi o Bento Gonçalves da Casa das Sete Mulheres.
Mas aí a Mocinha Não Tão Mocinha Eva descobre que tá com um tumor na cabeça, ou algo que o valha, e resolve que sim, vamos voltar para Serranias e ver a família. De quebra, ela se arrepende do que fez e quer reconciliar a irmã com o seu próprio marido e se reconciliar com o pai que a tinha renegado depois dela ter feito gato e sapato com os sentimentos da irmã menor.
Acontece que a irmã não é adepta da reciclagem de marido, e tá noiva de outro. A tal da Eva então começa uma campanha para que a irmã menor termine o noivado e vá viver com o marido dela (!), alegando que ela não ama o noivo e está fugindo do próprio destino (isso é o tipo da frase que só existe em novela ou em livro da Nora Roberts).
GENTE
GEEEEENTEEEEEEE, KEKÉISSO????
A criatura não se incomoda nem um pouco de dar em cima do noivo da irmã, não tira o time de campo nem quando descobre que o gostosão rústico é noivo da irmã menor, fica grávida do cara, mela o casamento da outra já vestida de noiva, vai embora e não admite a hipótese nem de visitar a família.
Aí, descobre que vai morrer em breve e resolve que quer morrer em paz: de uma hora para outra passa a ser conveniente voltar para a cidade natal, ser perdoada pelo pai e pela irmã, e de quebra, já arrumar o futuro da filha juntando o pai dela com a tia, alegando arrependimento pelo que havia feito no passado.
Mas aí, olha que coisa!, a irmã tá noiva de outro, atrapalhando seus planos de arrumar o terreno para morrer sem dor na consciência e deixar tudo encaminhado, e o que ela faz? Acusa a irmã de ser covarde e egoísta, de não assumir o amor que ainda sente pelo marido que tá ali no saldão, e EXIGE, atenção, EXIGE que a irmã menor termine JÁ o noivado, pois se ela se casar com outro moço que não o marido que já não tem mais serventia para ela, Eva, nunca será feliz...
Com uma irmã dessas, a gêmea malvada da novela das oito é mera aprendiz.
(eu bem que disse aqui mesmo neste blog, logo nos primeiros capítulos da novela, que a Malu Madder devia pedir para o autor da novela matar a personagem dela e poupá-la do vexame, mas era pra ela morrer rapidinho, com um tiro ou picada de cobra, e não assim, lentamente, com a chance de piorar o que já tava péssimo.)
7 Comentários:
INfelizmente, nao vejo esta novela. Gostaria de ver. Agora ´so me confirma: a Eva fez magia pra atrair o bonitão caipira?!
De qq forma, tá cheio de gente assim. Faz o mal, enche o saco alheio, leva uma vi-da in-tei-ra de futilidades e egoísmo, vai lá, se confessa, pede a extrema-unção e descansa em paz.
Pode!?
bjs.
vivi
Vivi, sabe que eu não sei? Não acompanho pra valer, só pego uns pedaços e sei da trama principal, mas parece que rolou magia sim, a mulherada da cidade é tudo bruxa.
beijo
*gargalhando aqui*
Minha avó 'adoura' essa novela. Diz que é leve. Eu tenho engulhos toda vez que vejo a cara da Malu Mader na TV. Malu sempre foi Malu, com exceção da Lurdinha de 'Anos Dourados'. Logo, Malu SEMPRE me irritou. Não me seduziu nem em Top Model, hit teen da minha época - eu era a única entre minhas amigas que não tinha qualquer boneca batizada de Duda!
...
Curiosidades:
* Meu ex achava essa Maria Flor uma "bitela". Sim, era essa a expressão que o bonito usava: BI-TE-LA. Sim, eu namorei isso. E sim, durou. NÃO falemos mais sobre o assunto, ok?
* No ano passado andei de teretetê com um mocinho aí. O caso terminou nesse ano. Terminei, na verdade, para a tristeza das minhas amigas. Todas torciam para o gajo. Também, pudera, ele é inteligente, divertido e lindo. Lindo de encher a boca e os olhos, Clau. Cheguei a pedi-lo em casamento depois que percebi que ele é a cara esculpida (abandonei o "escarrada" por motivos óbvios) do Bento Gonçalves! Eu seria uma cinquentona bem da feliz!
Hahaha! Essa novela é péééééssima mesmo. Mas eu vejo às vezes. Rolou uma macumba, sim, pra Eva ficar com o Conrado. A Cássia Kiss que fez.
Clau.... o que interessa é o seguinte: Quem troca Cauã pelo Tiago Lacerda? Quem? Eu fico com Cauã... independente da reciclagem ou não.... Mas com uma irmã desta... quem precisa de inimiga? quem?
bjs Re
Dri, como assim vc descola um namorado que é a cara do Bento Gonçalves, além de legal e inteligente e simplesmente descarta, tá louca???
Nana, a Cássia Kiss com aquela escultura branca na cabeça tá de matar não?
Re, eu continuo preferindo o pai da Eva Sullivan.
beijos
A última vez que assisti um capítulo de novela foi em Chocolate com Pimenta ( faz tempo né ?!?!?! ).
O que salva as novelas ruins é que elas pelo menos viram assunto para posts engraçadíssimos como esse.
Abraços,
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