Tão difícil...
Noite dessas, numa happy intimista, um amigo meu começa a me contar sobre uma moça para a qual tinha telefonado. Aquela coisa: amiga da namorada de um amigo dele, resolveram apresentar os dois, o cara deu o telefone, mandou ligar, a namorada do amigo avisou a amiga que o namorado tinha um amigo disponível... tudo dentro da mais perfeita normalidade da vida de quem se propõe a ser Miss ou Mister Match.
Eis que meu amigo, querendo arrumar uma mocinha para quem mandar flores todo dia 12 de junho, faz o papel dele e liga pra tal amiga da namorada do amigo. E o desenrolar do telefonema era o assunto do nosso papo naquele momento.
Ele disse que não tinha gostado muito dela porque ela tinha sido monossilábica e pouco entusiasmada. Que não sabia se ia ligar de novo, que tinha se sentido esnobado e mais um monte de coisas negativas e defensivas. Tudo porque a moça foi contida e não jogou os confetes que ele esperava.
Eu acho que leva um certo tempo para você formar opinião sobre alguém que se conhece nesses termos, ou seja, já com um certo interesse dos dois lados. Apesar do ditado de que a primeira impressão é a que fica e que você não terá uma segunda chance de causar uma primeira impressão ser largamente batido, eu não concordo.
Nada pode ser mais intimidante que o primeiro encontro, mesmo que você seja uma beldade. Um encontro no qual você sabe que está sendo observada, analisada e julgada se é adequada para um determinado papel. Todo mundo fica nervoso na vésperas de um primeiro encontro e é por isso que sou partidária de que deve ser sempre algo casual, com um grupo pequeno de amigos, para diluir o peso, caso a intenção seja de aproximar dois amigos que a gente acha que podem dar certo.
Você pode achar, então, que no segundo encontro cada um mostrará o que efetivamente é. Não. Demora um pouco mais que isso, para que se fique á vontade o suficiente, relaxado e sem medir as palavras, a menos que se encha a cara, o que não é nada recomendável, penso eu.
Aí, é comum que as pessoas desistam, achando que não vai dar certo, e perdem muitas vezes a chance de perceber o quanto aquela pessoa do lado de lá é legal e pode combinar consigo. O fato é que todo mundo anda muito intolerante e impaciente, não cedendo um milímetro, não relevando, não compreendendo que aquele dia podia apenas ter sido um dia ruim. No caso específico do meu amigo, vai que a moça teve um dia péssimo no trabalho, ou trabalhou feito uma burra de carga e estava apenas cansada e desanimada, e mesmo assim atendeu à ligação de um desconhecido e foi gentil e interessada o suficiente para não pedir pra ele ligar em uma outra hora. Ou está tão cansada de relacionamentos furados que nem consegue mais se animar a conhecer alguém novo e precisa de uma forcinha?
Dar mais corda, se encontrar mais vezes, conhecer um pouco mais sobre a vida do outro, os amigos, a família, o trabalho, o jeito de ser... E só então definir se parte mesmo prum namoro bacana, que até pode virar casamento, ou se desiste de vez porque aquela pessoa não é mesmo seu número, mesmo sendo legal.
Uma intoleranciazinha aqui, uma encheção de saco ali, um pé atrás acolá... e assim vemos por aí tantas pessoas sozinhas, solitárias e carentes, desejando ter um amor para si, mas sem coragem de apostar um pouco que seja para consegui-lo.
Eis que meu amigo, querendo arrumar uma mocinha para quem mandar flores todo dia 12 de junho, faz o papel dele e liga pra tal amiga da namorada do amigo. E o desenrolar do telefonema era o assunto do nosso papo naquele momento.
Ele disse que não tinha gostado muito dela porque ela tinha sido monossilábica e pouco entusiasmada. Que não sabia se ia ligar de novo, que tinha se sentido esnobado e mais um monte de coisas negativas e defensivas. Tudo porque a moça foi contida e não jogou os confetes que ele esperava.
Eu acho que leva um certo tempo para você formar opinião sobre alguém que se conhece nesses termos, ou seja, já com um certo interesse dos dois lados. Apesar do ditado de que a primeira impressão é a que fica e que você não terá uma segunda chance de causar uma primeira impressão ser largamente batido, eu não concordo.
Nada pode ser mais intimidante que o primeiro encontro, mesmo que você seja uma beldade. Um encontro no qual você sabe que está sendo observada, analisada e julgada se é adequada para um determinado papel. Todo mundo fica nervoso na vésperas de um primeiro encontro e é por isso que sou partidária de que deve ser sempre algo casual, com um grupo pequeno de amigos, para diluir o peso, caso a intenção seja de aproximar dois amigos que a gente acha que podem dar certo.
Você pode achar, então, que no segundo encontro cada um mostrará o que efetivamente é. Não. Demora um pouco mais que isso, para que se fique á vontade o suficiente, relaxado e sem medir as palavras, a menos que se encha a cara, o que não é nada recomendável, penso eu.
Aí, é comum que as pessoas desistam, achando que não vai dar certo, e perdem muitas vezes a chance de perceber o quanto aquela pessoa do lado de lá é legal e pode combinar consigo. O fato é que todo mundo anda muito intolerante e impaciente, não cedendo um milímetro, não relevando, não compreendendo que aquele dia podia apenas ter sido um dia ruim. No caso específico do meu amigo, vai que a moça teve um dia péssimo no trabalho, ou trabalhou feito uma burra de carga e estava apenas cansada e desanimada, e mesmo assim atendeu à ligação de um desconhecido e foi gentil e interessada o suficiente para não pedir pra ele ligar em uma outra hora. Ou está tão cansada de relacionamentos furados que nem consegue mais se animar a conhecer alguém novo e precisa de uma forcinha?
Dar mais corda, se encontrar mais vezes, conhecer um pouco mais sobre a vida do outro, os amigos, a família, o trabalho, o jeito de ser... E só então definir se parte mesmo prum namoro bacana, que até pode virar casamento, ou se desiste de vez porque aquela pessoa não é mesmo seu número, mesmo sendo legal.
Uma intoleranciazinha aqui, uma encheção de saco ali, um pé atrás acolá... e assim vemos por aí tantas pessoas sozinhas, solitárias e carentes, desejando ter um amor para si, mas sem coragem de apostar um pouco que seja para consegui-lo.
10 Comentários:
Cláudia,
Falou e disse. Comigo acontece de tudo impaciência, intolerância, desânimo, relacionamentos furados então, parece que tenho um imã. Daí chega uma pessoa,igual ao seu amigo, nos acovardamos logo de cara.
Será que passa?
Bj.
Dani
P.S Primeiro post, mas leitora de seu blog há muito...
Oi, Dani!
Pára com isso, ele perde a chance de conhecer pessoas legais e provavelmente você também.
Pensando bem, sabe que vocês podiam formar um belo par?
Clau
tb estou assim. INtolerante ao extremo. E seletiva demais eu acho. Se eu implico que o cara nao dobrou o guardanapo do jeito que eu acho que deveria ter dobrado ja nao quero mais.
Ana
isso é defesa das mais brabas,na minha modesta e leiga opinião.
Já rejeita pra não ser rejeitada. Isso não dá futuro não.
beijo
Particularmente acho que esse negócio de "apresentar" duas pessoas gera uma expectativa tão grande, não só entre elas como entre as que as rodeiam, que um relacionamento baseado numa ocorrência dessas estaria fadado ao fracasso...
Isso fora a "responsabilidade" dos amigos: e se não der certo? e SE DER certo?
Apesar de já estar - há muito tempo - "fora do mercado", continuo acreditando que a boa e velha casualidade é que deve ditar as regras de um início de relacionamento. Nada de laboratórios!
Só assim entendo que haverá verdadeira sinceridade, a qual pode ser uma argamassa da melhor qualidade para construção de um sólido relacionamento...
Adauto, eu sou a maior miss match, adoro cupidar amigos. Criar muita expectativa é mesmo péssimo, por isso fico no meu amigo/a quer te conhecer, e deixo o resto por conta dos interessados.
Dá bem certo na maior parte das vezes, é só dar uma forcinha para a casualidade.
É isso mesmo, Clau. As pessoas andam muito imediatistas, ou se sentem arrebatadas de cara ou não querem nem saber. E assim continuam sozinhas...
Quanto a apresentar amigos, tenho uma teoria-técnica que funciona. Não fale pra nenhum dos dois que quer apresentar alguém. Marque um barzinho, pizza, balada, e convide os dois. Apresente, coloque sentado perto, e deixe a vida acontecer... assim, ninguém fica ansioso à toa, e se rolar um interesse, continuam por conta própria!
beijo
Irretocável o seu post.
É isso mesmo...
Beijão
Exato, mh, é assim que a coisa rola melhor e às vezes a gente atira no que viu e acerta no que não viu, não é assim?
Vivi, obrigada, mas é triste não?
beijo
Hum...
Querendo "cupidar" não se faça de rogada, rs.
Bju
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