Bolsonaro e você - pode ter tudo a ver!
Olha, há que se ter paciência na vida com o patrulhamento. Sabe aquele ditado cuida da saúde porque da sua vida já tem gente pacas cuidando? Pois é um dos mais certos que existem.
Não estou falando de mim, estou falando de uma forma geral, mas duvido que quem esteja lendo este post não se identifique com algum ponto dele. Se você é gorda é porque é gorda, se é magra demais é porque é magra demais, se fuma é porque fuma, se pinta o cabelo é porque pinta o cabelo - sim eu continuo achando um horror homem que pinta os cabelos, não mudei de ideia não - se não pinta é porque não pinta e assim eu poderia passar o dia todo citando aqui exemplos sem fim.
O que pegam no pé da Preta Gil é uma grandeza. Ela não pode pintar o cabelo, cortar, usar uma roupa diferente, namorar, casar, que sempre tem alguma nota em algum canto alfinetando o que ela faz ou deixa de fazer. Nem o famoso falem mal mas falem de mim dá conta de uma perseguição dessas. Aí vem o Bolsonaro e fala meia dúzia de m... e a imprensa se levanta em defesa da Preta Gil como se nunca os sites, revistas, jornais, blogs tivessem algum dia massacrado a criatura. Hello, pessoal, o que o Bolsonaro disse é um absurdo, mas ficar cutucando a Preta Gil semana sim semana não não é muito diferente.
A mais nova vítima da vez é a Fabiana Carla, humorista, que colocou um anel no intestino e perdeu já 16kg em 45 dias - inveeeejaaaaa!!! E tome cair de pau em cima dela como se ela fosse uma traidora da classe das gordinhas, mas peraí, ela não pode resolver que não quer mais ser gorda e emagrecer? Logo vem alguém dizer que ela cedeu às pressões dos padrões impostos pela sociedade bla bla bla. Para com isso, ela quer ser magra, ué, só isso. E se ela quisesse alisar o cabelo, pintar de loiro ou raspar, seria uma traidora da classe das morenas?
Igual ao BBB, as pessoas são tão raivosas em comentários sobre o programa e seus participantes que dá até medo. São tão chatas quanto aquelas que entopem o twitter dos seus seguidores narrando cada passo de cada participante enquanto dura o programa. Tem todo o direito de não gostar, mas daí a fazer disso um cavalo de batalha, e principalmente cair em cima de quem gosta e curte, vai uma distância imensa.
O mesmo acontece com cantores populares. Quantas vezes você já ouviu dizer que este ou aquele cantor ou grupo faz sucesso exclusivamente por causa da Rede Globo? O mundo mudou, a Globo exerce grande influência sobre o público, como acontece com todos os meios de comunicação de massa, mas o público não é assim mais tão ingênuo como antigamente e tem sido capaz de escolher sim. Já houve outras tentativas de se vender um gênero musical e não colou. Não se pode dizer que artistas que fazem 200 ou 300 shows lotados por ano, cobrando cachê altíssimo por eles, não tenha o seu valor. Você pode detestar, achar péssimo, não ouvir aquilo nunca em seu carro ou em sua casa, mas não desmerecer o trabalho feito.
Eu jamais em toda a minha vida pagaria um único real para comprar um abadá e sair pulando feito uma alucinada atrás dum trio elétrico muito menos dançando o rebolation ou o que quer que seja o sucesso atual da micaretas, mas é certo que existe uma legião de pessoas que adora, paga, vai e se diverte. Está aí o mérito de um Parangolé, ele não se presta e nunca pretendeu a explicar o mundo, nem a difundir Proust, e sim tão somente a divertir.
Outra coisa que acho um porre é achar que tudo "da minha época" era melhor, tinha mais qualidade - aliás, se eu escutar mais algum jogador de futebol usando o termo qualidade para falar de um determinado time ou jogador, saio gritando - mais conteúdo e mais profundidade. Não, gente, não tinha, só que até os anos 90 a gente tinha menos coisa para querer, menos coisa para cobiçar, estreava um filme por semana e levava meses em cartaz. Além disso, há a memória afetiva, esses filmes, músicas, novelas, representam uma época boa das nossas vidas, imagine assistir agora, pela primeira vez, sem pano de fundo?
Por isso que até agora a gente acha maravilhoso Grease, com Olivia Newton-John podendo fazer papel de mãe da Sandy, dada a idade dela na ocasião do filme, adora Guerra nas Estrelas com a Lea com aquele penteado de orelhão, Dirty Dancing e vários outros.
Portanto, antes de sairmos por aí criticando o Bolsonaro por suas declarações absurdas, vamos parar e pensar se não estamos fazendo exatamente o mesmo ao longo das nossas vidas, sempre dispostos a apontar o dedo para aquilo que não gostamos.
Ou que não entendemos.
Não estou falando de mim, estou falando de uma forma geral, mas duvido que quem esteja lendo este post não se identifique com algum ponto dele. Se você é gorda é porque é gorda, se é magra demais é porque é magra demais, se fuma é porque fuma, se pinta o cabelo é porque pinta o cabelo - sim eu continuo achando um horror homem que pinta os cabelos, não mudei de ideia não - se não pinta é porque não pinta e assim eu poderia passar o dia todo citando aqui exemplos sem fim.
O que pegam no pé da Preta Gil é uma grandeza. Ela não pode pintar o cabelo, cortar, usar uma roupa diferente, namorar, casar, que sempre tem alguma nota em algum canto alfinetando o que ela faz ou deixa de fazer. Nem o famoso falem mal mas falem de mim dá conta de uma perseguição dessas. Aí vem o Bolsonaro e fala meia dúzia de m... e a imprensa se levanta em defesa da Preta Gil como se nunca os sites, revistas, jornais, blogs tivessem algum dia massacrado a criatura. Hello, pessoal, o que o Bolsonaro disse é um absurdo, mas ficar cutucando a Preta Gil semana sim semana não não é muito diferente.
A mais nova vítima da vez é a Fabiana Carla, humorista, que colocou um anel no intestino e perdeu já 16kg em 45 dias - inveeeejaaaaa!!! E tome cair de pau em cima dela como se ela fosse uma traidora da classe das gordinhas, mas peraí, ela não pode resolver que não quer mais ser gorda e emagrecer? Logo vem alguém dizer que ela cedeu às pressões dos padrões impostos pela sociedade bla bla bla. Para com isso, ela quer ser magra, ué, só isso. E se ela quisesse alisar o cabelo, pintar de loiro ou raspar, seria uma traidora da classe das morenas?
Igual ao BBB, as pessoas são tão raivosas em comentários sobre o programa e seus participantes que dá até medo. São tão chatas quanto aquelas que entopem o twitter dos seus seguidores narrando cada passo de cada participante enquanto dura o programa. Tem todo o direito de não gostar, mas daí a fazer disso um cavalo de batalha, e principalmente cair em cima de quem gosta e curte, vai uma distância imensa.
O mesmo acontece com cantores populares. Quantas vezes você já ouviu dizer que este ou aquele cantor ou grupo faz sucesso exclusivamente por causa da Rede Globo? O mundo mudou, a Globo exerce grande influência sobre o público, como acontece com todos os meios de comunicação de massa, mas o público não é assim mais tão ingênuo como antigamente e tem sido capaz de escolher sim. Já houve outras tentativas de se vender um gênero musical e não colou. Não se pode dizer que artistas que fazem 200 ou 300 shows lotados por ano, cobrando cachê altíssimo por eles, não tenha o seu valor. Você pode detestar, achar péssimo, não ouvir aquilo nunca em seu carro ou em sua casa, mas não desmerecer o trabalho feito.
Eu jamais em toda a minha vida pagaria um único real para comprar um abadá e sair pulando feito uma alucinada atrás dum trio elétrico muito menos dançando o rebolation ou o que quer que seja o sucesso atual da micaretas, mas é certo que existe uma legião de pessoas que adora, paga, vai e se diverte. Está aí o mérito de um Parangolé, ele não se presta e nunca pretendeu a explicar o mundo, nem a difundir Proust, e sim tão somente a divertir.
Outra coisa que acho um porre é achar que tudo "da minha época" era melhor, tinha mais qualidade - aliás, se eu escutar mais algum jogador de futebol usando o termo qualidade para falar de um determinado time ou jogador, saio gritando - mais conteúdo e mais profundidade. Não, gente, não tinha, só que até os anos 90 a gente tinha menos coisa para querer, menos coisa para cobiçar, estreava um filme por semana e levava meses em cartaz. Além disso, há a memória afetiva, esses filmes, músicas, novelas, representam uma época boa das nossas vidas, imagine assistir agora, pela primeira vez, sem pano de fundo?
Por isso que até agora a gente acha maravilhoso Grease, com Olivia Newton-John podendo fazer papel de mãe da Sandy, dada a idade dela na ocasião do filme, adora Guerra nas Estrelas com a Lea com aquele penteado de orelhão, Dirty Dancing e vários outros.
Portanto, antes de sairmos por aí criticando o Bolsonaro por suas declarações absurdas, vamos parar e pensar se não estamos fazendo exatamente o mesmo ao longo das nossas vidas, sempre dispostos a apontar o dedo para aquilo que não gostamos.
Ou que não entendemos.
7 Comentários:
O Bolsonaro é um imbecil cuja voz está sendo ampliada por aqueles que mais se preocupam em abafá-la. E como não falta imbecil no mundo, periga ser eleito DE NOVO. BJ
ele já está no quarto mandato aliás, o que quer dizer que tem gente pacas que pensa igualzinho a ele.
E concordo, estão amplificando cada vez mais o que ele falou.
bj
MARAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!
Cacá, AHAZOU!!!
Acho tbm que o Bolsonaro falou merda, mas a Preta Gil tbm...nao me desce!É um porre...e concordo plenamente com tudo q vc falou....deixa inchar o mundo e cada um cuida do que é seu....
de todos os ditados citados, vc esqueceu de um " GOSTO É IGUAL C #...CADA UM TEM O SEU"...
Ach que os meios sao validos pra divulgar opinioes, gostos e desejos, mas tornar o meio uma ferramenta pra SÓ CRITICAR...não dá!!!!
beijosssss
Nana2
Menina, eu penso exatamente como vc. Fiquei besta quando defenderam a Preta Gil. Pensei: como assim, se os jornais foram os primeiros a esculacharem com ela?
Lamentável.
Agora, o pior saber que o cara tb só tem voz pq foi eleito pelo povo. Ou seja, gente que pensa igual a ele. MEDO!
Bjos!
E uma pergunta não sai da minha cabeça: quem é Bolsonaro? Se fosse Bolsonara, tava achando que era a marca da bolsa de napa preta que a Isabella Garcia usa no ponto de ônibus.
Taaaada (como diz Belinha) da Isabella Garcia, merece um papel de rica na próxima novela!
Pois é, eu sempre achei que liberdade de expressão (que não se confunde com incitação à violência) é direito, não é concessão... é pra todo mundo, sem hipocrisia, do Bolsonaro à Preta Gil, não importa se eu concorde ou não com o que o outro tem a dizer, mas esse patrulhamento sobre os pensamentos é um absurdo... Giovanna
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