Desperate Connection
Dificilmente eu assisto a programas de debate, ou de bate-papo, por um único motivo: chega um dado momento em que um quer saber mais que o outro, vira aquele confronto de egos, começam as abobrinhas e o programa passa a ser um poço de achismos.
Ontem à noite, zapeando enquanto o ventilador tentava espantar os mosquitos e o calorão, parei no Manhattan Connection, que eu acho que é da GNT.
Não sei o nome de todos os participantes, só sei de dois: o Diogo Mainardi e o Lucas Mendes.
O assunto era a recente premiação do Globo de Ouro, seriados, filmes, atores, enfim, este mundo cine-televisivo. Eu confesso que peguei o bonde andando e não estava exatamente prestando atenção.
Até que num dado momento escutei que começavam a falar sobre a série Desperate Housewives, da qual sou a maior fãzoca, a qual foi premiada em várias categorias. E o Lucas Mendes, no meio do assunto, solta a pérola: de que séries com temáticas gays tinham sido bem sucedidas na premiação, como Desperate Housewives.
Na mesma hora fiz um repasse mental das personagens para tentar entender onde é que ele tinha encontrado a tal temática gay. A série tem uma dona-de-casa certinha com um marido (que morreu no último capítulo da temporada) que curte sexo sadomasoquista; uma outra que deixou a carreira de executiva pra cuidar dos 4 filhos e vive enlouquecida com eles; uma terceira que é separada do marido e tem uma filha adolescente, além de namorar o encanador que mora do outro lado da rua que na verdade está tentando descobrir um segredo; e a quarta delas, uma ex-modelo, latina, casada com um mexicano que tem negócios rentáveis e escusos, e que mantém um caso com o jardineiro, que nem mesmo entrou na faculdade ainda.
E foi por conta deste último casal que o Lucas Mendes achou que a série tinha uma temática gay, colocando-a ao lado de Will & Grace (esta sim, uma série com temática gay): porque o marido, em um dos episódios, estava sendo processado por perseguir gays.
Tivesse ele assistido à série desde o começo, ou ao menos se informado do que estava acontecendo com alguém que efetivamente a assiste, não teria dito a bobagem que disse, de que a série tem temática gay, inclusive um dos personagens estava sendo processado por perseguir gays etc etc etc.
Acontece que o cara não era um perseguidor de gays que estava sendo processado porque é um preconceituoso. E muito menos houve bandeiras levantadas sobre os direitos dos homossexuais ou algo parecido. O processo se devia porque ele tinha embolachado um cara que ele julgava que estava tendo um caso com a mulher dele. Pra se defender e parar de apanhar, foi dito que o cara era gay (até porque o amante nem era ele, era outro). E como o agressor já estava condenado por sonegação, contrabando e o diabo a quatro, ganhou mais um processo, por alegadamente perseguir gays.
Ficou bem feio. E como tudo na vida pode piorar, todos os demais debateram sobre a proposta, e não houve um único que fosse contra a idéia. Porque nenhum deles acompanha o seriado, mas todos se acharam no direito de dar palpites, afinal eles são os inteligenterest.
Típico caso de pegou o bonde andando e quis sentar na janelinha. Ou de participante de programa de debates que não se informa e quer dar uma de intelectual cool que entende dos assuntos televisivos banais, como seriado e novela. Para não parecer pedante, sabe?
Ontem à noite, zapeando enquanto o ventilador tentava espantar os mosquitos e o calorão, parei no Manhattan Connection, que eu acho que é da GNT.
Não sei o nome de todos os participantes, só sei de dois: o Diogo Mainardi e o Lucas Mendes.
O assunto era a recente premiação do Globo de Ouro, seriados, filmes, atores, enfim, este mundo cine-televisivo. Eu confesso que peguei o bonde andando e não estava exatamente prestando atenção.
Até que num dado momento escutei que começavam a falar sobre a série Desperate Housewives, da qual sou a maior fãzoca, a qual foi premiada em várias categorias. E o Lucas Mendes, no meio do assunto, solta a pérola: de que séries com temáticas gays tinham sido bem sucedidas na premiação, como Desperate Housewives.
Na mesma hora fiz um repasse mental das personagens para tentar entender onde é que ele tinha encontrado a tal temática gay. A série tem uma dona-de-casa certinha com um marido (que morreu no último capítulo da temporada) que curte sexo sadomasoquista; uma outra que deixou a carreira de executiva pra cuidar dos 4 filhos e vive enlouquecida com eles; uma terceira que é separada do marido e tem uma filha adolescente, além de namorar o encanador que mora do outro lado da rua que na verdade está tentando descobrir um segredo; e a quarta delas, uma ex-modelo, latina, casada com um mexicano que tem negócios rentáveis e escusos, e que mantém um caso com o jardineiro, que nem mesmo entrou na faculdade ainda.
E foi por conta deste último casal que o Lucas Mendes achou que a série tinha uma temática gay, colocando-a ao lado de Will & Grace (esta sim, uma série com temática gay): porque o marido, em um dos episódios, estava sendo processado por perseguir gays.
Tivesse ele assistido à série desde o começo, ou ao menos se informado do que estava acontecendo com alguém que efetivamente a assiste, não teria dito a bobagem que disse, de que a série tem temática gay, inclusive um dos personagens estava sendo processado por perseguir gays etc etc etc.
Acontece que o cara não era um perseguidor de gays que estava sendo processado porque é um preconceituoso. E muito menos houve bandeiras levantadas sobre os direitos dos homossexuais ou algo parecido. O processo se devia porque ele tinha embolachado um cara que ele julgava que estava tendo um caso com a mulher dele. Pra se defender e parar de apanhar, foi dito que o cara era gay (até porque o amante nem era ele, era outro). E como o agressor já estava condenado por sonegação, contrabando e o diabo a quatro, ganhou mais um processo, por alegadamente perseguir gays.
Ficou bem feio. E como tudo na vida pode piorar, todos os demais debateram sobre a proposta, e não houve um único que fosse contra a idéia. Porque nenhum deles acompanha o seriado, mas todos se acharam no direito de dar palpites, afinal eles são os inteligenterest.
Típico caso de pegou o bonde andando e quis sentar na janelinha. Ou de participante de programa de debates que não se informa e quer dar uma de intelectual cool que entende dos assuntos televisivos banais, como seriado e novela. Para não parecer pedante, sabe?
6 Comentários:
Sem querer parecer preconceituosa (e já sendo), coisa de homem, né, querida? Qual é o homem NO MUNDO que assume, no ar, em rede nacional, que "não sabe" alguma coisa? Hein? Hein?
Beijos,
JU...
Sabe o que eu acho? Que INTELECUTAL é a raça mais chata da face da terra! Gente que se apóia em informações pra minorias, conhecimentos de salinha, pra fazer pouco do que muitos conhecem.
Blergh pra eles!
É por isso que eu passo batido nesse programa!! Bando de chatos! Isso é programa pra quem não tem amigos e precisa ficar ouvindo conversa dos outros, pra acahrq ue está por dentro!!! Preguiça!!
Verdade, Ju, coisa de homem, igual a não pedir informação e preferir se perder mil vezes no caminho.
Lala, concordo e eles todos falam nos mesmos assuntos, com os mesmos verbos, usando a mesma entonação e o mesmo ar blazé de sou superior a esta corja.
Xu,
bando de chatos mesmo, disse tudo!
Clau,
a única coisa que consegui puxar pela memória aqui que possa fazer sentido é que o filho da Bree é gay... mas não me lembro desse fato ter sido tão destacado assim ou de ter causado alguma polêmica...
realmente, PIMBAs (pseudo-intelectuais-metidos-à-besta) sucks!!
mc
ninugém sabe ainda se ele é mesmo gay, ou se inventou essa pra sair do acampamento para delinquentes onde os pais o colocaram.
Do tipo: eu não sou irresponsável e mesquinho, eu sou gay incompreendido e por isso sou assim tão egoísta, mal-educado etc.
Eu tô achando que ele não é gay coisa nenhuma, que isso é golpe.
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