Brasil entrou em guerra
Calma, calma, este era apenas o nome de uma das brincadeiras mais populares da rua sem saída onde eu morava, em Niterói, nos idos dos anos 70.
Consistia em fazer um círculo no chão e dividi-lo pelo número de participantes, como se fosse um queijo minas. Cada um escolhia o país que queria ser e escrevia o nome do país no chão. Tudo com uma pedra, dessas que riscam asfalto. No centro do círculo, uma bola. E nós, cada um com um pezinho no seu pedacinho de mundo, prontos pra sair correndo.
Aí, quem era o Brasil começava a brincadeira dizendo Brasil entrou em guerra com... e berrava o nome de um dos países que estavam no jogo. Depois disso, não me lembro o que rolava, só sei que todo mundo saía correndo desabaladamente. Acho que o país citado tinha de pegar a bola e tacar no mais próximo. Se acertasse, não sei qual era a punição, não lembro.
Do que me lembro bem era o país que eu sempre queria ser: Suriname. Nada de Itália, França, Estados Unidos, Inglaterra ou outros mais cotados. Eu era apaixonada pelo Suriname e achava que um país com um nome lindo daqueles devia ser o máximo de legal. Aos oito anos de idade, Suriname é realmente um nome que desperta fantasias.
Ou seja, eu era sempre o Suriname, e ai de quem ousasse querer ser Suriname! Não sei porque motivo ninguém nunca quis ser dono deste glamouroso lugar e defendê-lo até a morte de uma possível guerra com os demais países do mundo. Só eu.
Depois de um tempo pertencendo ao fiel exército surinamês (ou seria surinamense? surinameano?), mudei de lado: passei a achar o máximo que o meu país fosse a Venezuela!
Tudo por causa dos concursos de Miss Universo, claro, nos quais quase todo ano era uma venezuelana que ganhava o título e desfilava assim, altiva e linda, com um manto de veludo, uma coroa brilhante e um cetro. Sendo assim, a Venezuela só podia ser mesmo uma terra pela qual valia a pena eu lutar com todo o meu fervor infantil.
Quando a gente é criança, o mundo é tão mais simples!
Consistia em fazer um círculo no chão e dividi-lo pelo número de participantes, como se fosse um queijo minas. Cada um escolhia o país que queria ser e escrevia o nome do país no chão. Tudo com uma pedra, dessas que riscam asfalto. No centro do círculo, uma bola. E nós, cada um com um pezinho no seu pedacinho de mundo, prontos pra sair correndo.
Aí, quem era o Brasil começava a brincadeira dizendo Brasil entrou em guerra com... e berrava o nome de um dos países que estavam no jogo. Depois disso, não me lembro o que rolava, só sei que todo mundo saía correndo desabaladamente. Acho que o país citado tinha de pegar a bola e tacar no mais próximo. Se acertasse, não sei qual era a punição, não lembro.
Do que me lembro bem era o país que eu sempre queria ser: Suriname. Nada de Itália, França, Estados Unidos, Inglaterra ou outros mais cotados. Eu era apaixonada pelo Suriname e achava que um país com um nome lindo daqueles devia ser o máximo de legal. Aos oito anos de idade, Suriname é realmente um nome que desperta fantasias.
Ou seja, eu era sempre o Suriname, e ai de quem ousasse querer ser Suriname! Não sei porque motivo ninguém nunca quis ser dono deste glamouroso lugar e defendê-lo até a morte de uma possível guerra com os demais países do mundo. Só eu.
Depois de um tempo pertencendo ao fiel exército surinamês (ou seria surinamense? surinameano?), mudei de lado: passei a achar o máximo que o meu país fosse a Venezuela!
Tudo por causa dos concursos de Miss Universo, claro, nos quais quase todo ano era uma venezuelana que ganhava o título e desfilava assim, altiva e linda, com um manto de veludo, uma coroa brilhante e um cetro. Sendo assim, a Venezuela só podia ser mesmo uma terra pela qual valia a pena eu lutar com todo o meu fervor infantil.
Quando a gente é criança, o mundo é tão mais simples!
6 Comentários:
quando eu era pequena queria ser empregada doméstica......
mundo simples....
grande beijo
Ser criança é bom, né? Eu queria ser dona de agência de casamentos... me chamava Rachel Rachelô....
Ser criança é bom, né? Eu queria ser dona de agência de casamentos... me chamava Rachel Rachelô....
Tati e Re, eu chorava lágrimas de sangue porque minha mãe não me deixava ser empacotadora das Lojas Americanas nas férias...
Chacrete, eu queria muito ser chacrete! E porta-bandeira de escola de samba, enfim, qualquer coisa que satisfizesse meu ego leonino.
beijo
kkkkkkkkkkkkkk.Lindas vontades, hein?!!!!
Empacotadora de lojas americans????Minha nosssa!!!Imagino a fisionomia de Dona Duziana com essa sua vontade...hehehe.
Aqui, eu tbm brinquei....Lembro que vc ficava com o pé e tal e qdo o Brasil gritava vc sai correndo e se fosse o seu país, vc não podia deixar ele te pegar e tinha q voltar para seu circulo sem ser tocada...algo assim...Dai se vc ganhasse era vc quem gritava, mas se o Brasil conseguisse te tocar, tomava parte do seu territorio...ia lá e escrevia o nome do Pais no seu circulo...EU sempre fui Italia ou Canadá...são os paises que sonho em conhecer...ou até morar, sabia???
beijos
Ah!!!Legal vc ter relembrado essas coisas de infancia..apesar da minha tá recente, cara, tive infancia literalmente!!!Só q aquela infancia de rua, sabe???
beijosssss
é, Nana, também tive infancia de rua, pq morava numa ruazinha sem saída em Niterói, era o máximo!
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial