Pobre quando progride...
No carnaval, mudamos a confecção de lugar, porque onde estávamos já não nos cabia mais. Cada vez que nos mudamos (esta já é o quarto lugar onde nos instalamos) penso no quanto crescemos desde que começamos, em dois quartinhos espremidos, com um banheirinho mequetrefe, em cima da casa de uma senhora bem velhinha, que morava com um.. ãhn... primo, que até hoje nos lembramos das histórias engraçadas que saíram dali.
De lá, fomos para uma casa numa rua residencial em Santo Amaro, no fim da qual havia um movimentadíssimo campo de futebol de várzea, com arquibancada e tudo. Nos fins de semana, o time branco jogava contra o time azul, ambos incentivados por suas torcidas organizadas, Fúria Branca e Demônio Azul. A comemoração do vencedor era na Cantina do Tigrão, animada por um videokê.
Tínhamos até um pé de mamão, que vivia carregadinho, que um dia rendeu o doce de mamão mais caro da história. Eu explico: a mãe de uma das costureiras fazia um doce de mamão dos deuses. Aí, tiveram a brilhante idéia de pedir para o então estampador da confecção, um menino magrelinho de tudo, que subisse no pé de mamão pra tirar os mamões para o doce.
O menino subiu e eu só escuto lá da minha sala o barulhão. Vou correndo lá pra fora e vejo a cena: Fernando agarrado ao pé de mamão, porque cortou o galho pra pegar os mamões e o galho caiu no telhado da garagem da vizinha, quebrando as telhas.
R$ 180,00 de prejuízo, isso há 3 anos. Mas a cena era tão engraçada e tava todo mundo tão aliviado do Fernando não ter despencado de lá - imagina explicar isso prum juiz, numa ação trabalhista - que acabou virando uma das histórias da confecção.
Essa e a da rifa do pão. Cada 2,00 gastos em pão do menino da bicicleta valia um bilhete de rifa. Primeiro prêmio: uma bike. Segundo prêmio: uma batedeira. Terceiro prêmio: 1kg de costela. Até hoje não sabemos quem ganhou, e desconfio que a bike do primeiro prêmio era a dele, pq depois disso ele sumiu.
Aí nos mudamos para o Alto da Boa Vista, na parte chique de Santo Amaro. Coisa fina, a casa era tããããoooo grande para os nossos padrões que até instalamos um sistema de interfones para nos comunicarmos. E um alarme mambembésimo, que levava 30 segundos pra disparar, tempo insuficiente para abrir todos os cadeados. Disparava todo dia. A vizinhança devia estar tão acostumada que no dia que disparasse por conta de ladrão, ninguém ia mover um dedo.
Nosso vizinho da frente era o moço que morava em cima da árvore, que acabou virando matéria de todos os canais de TV, até do Pânico. Outro dia foi o cara lá da Record pra entrevistar e ele esnobou, dizendo que não tava a fim. Lá foi o repórter pedir pras costureiras intercederem pra convencer o moço a dar duas palavrinhas, mas não teve jeito. Coisas de celebridade.
Agora estamos instalados numa casa bem verde, verde pacas, verde à beça (as cores da empresa são azul royal, vermelho e branco, mas a falta de grana pra repintar a casa por fora nos fez incorporar o verde ao layout). Em frente à Hípica de Santo Amaro, olha que coisa mais cool. Minha sala, finalmente espaçosa, mas ainda bagunçada por falta de mobília apropriada, dá de frente pra Hípica.
Como não temos vizinhos morando perto de nós, e com a Hípica em frente, fica tudo muito deserto à noite. Precisávamos então de um sistema de alarme que funcionasse de verdade. Instalamos uma cerca elétrica e colocamos um sistema de alarme monitorado pela Siemens. Gente grande.
A coisa mais engraçada é ligar o alarme na hora de embora. Como tudo foi instalado quando eu tava viajando, ainda preciso de alguém me orientando pra ligar o alarme direitinho (ontem eu liguei sozinha, e não tinha ligado, só achei que tinha, Deus põe a mão).
Hoje foi o dia da Gizelli me ajudar. Fecha tudo, fecha as janelas, as portas, sai todo mundo.
Aí ficamos as duas paradinhas, mal respirando, na frente do alarme, pra enganar ele pra ele achar que a gente já tinha ido embora. Ele fez piiii, digitamos o código e... dois minutos para sair antes que disparasse.
Tranca tudo, porta com duas fechaduras, portão de dentro, portão de fora:
- Gizelli, você ligou a cerca elétrica? - a gente desliga durante o dia porque morre de medo de alguém se eletrocutar ou no mínimo ficar com o cabelo pixaim.
- Não...
Destranca portão de fora, destranca portão de dentro, destranca porta, desarma alarme, sobe, destranca sala, liga cerca.
Tranca sala, desce, fica paradinha, não respira, espera o piiii, arma o alarme, sai, tranca porta com duas fechaduras, portão de dentro, portão de fora:
- Xi, dona Cláudia, esqueci meu celular lá dentro!
Destranca portão de fora, destranca portão de dentro, destranca porta, desarma alarme...
De lá, fomos para uma casa numa rua residencial em Santo Amaro, no fim da qual havia um movimentadíssimo campo de futebol de várzea, com arquibancada e tudo. Nos fins de semana, o time branco jogava contra o time azul, ambos incentivados por suas torcidas organizadas, Fúria Branca e Demônio Azul. A comemoração do vencedor era na Cantina do Tigrão, animada por um videokê.
Tínhamos até um pé de mamão, que vivia carregadinho, que um dia rendeu o doce de mamão mais caro da história. Eu explico: a mãe de uma das costureiras fazia um doce de mamão dos deuses. Aí, tiveram a brilhante idéia de pedir para o então estampador da confecção, um menino magrelinho de tudo, que subisse no pé de mamão pra tirar os mamões para o doce.
O menino subiu e eu só escuto lá da minha sala o barulhão. Vou correndo lá pra fora e vejo a cena: Fernando agarrado ao pé de mamão, porque cortou o galho pra pegar os mamões e o galho caiu no telhado da garagem da vizinha, quebrando as telhas.
R$ 180,00 de prejuízo, isso há 3 anos. Mas a cena era tão engraçada e tava todo mundo tão aliviado do Fernando não ter despencado de lá - imagina explicar isso prum juiz, numa ação trabalhista - que acabou virando uma das histórias da confecção.
Essa e a da rifa do pão. Cada 2,00 gastos em pão do menino da bicicleta valia um bilhete de rifa. Primeiro prêmio: uma bike. Segundo prêmio: uma batedeira. Terceiro prêmio: 1kg de costela. Até hoje não sabemos quem ganhou, e desconfio que a bike do primeiro prêmio era a dele, pq depois disso ele sumiu.
Aí nos mudamos para o Alto da Boa Vista, na parte chique de Santo Amaro. Coisa fina, a casa era tããããoooo grande para os nossos padrões que até instalamos um sistema de interfones para nos comunicarmos. E um alarme mambembésimo, que levava 30 segundos pra disparar, tempo insuficiente para abrir todos os cadeados. Disparava todo dia. A vizinhança devia estar tão acostumada que no dia que disparasse por conta de ladrão, ninguém ia mover um dedo.
Nosso vizinho da frente era o moço que morava em cima da árvore, que acabou virando matéria de todos os canais de TV, até do Pânico. Outro dia foi o cara lá da Record pra entrevistar e ele esnobou, dizendo que não tava a fim. Lá foi o repórter pedir pras costureiras intercederem pra convencer o moço a dar duas palavrinhas, mas não teve jeito. Coisas de celebridade.
Agora estamos instalados numa casa bem verde, verde pacas, verde à beça (as cores da empresa são azul royal, vermelho e branco, mas a falta de grana pra repintar a casa por fora nos fez incorporar o verde ao layout). Em frente à Hípica de Santo Amaro, olha que coisa mais cool. Minha sala, finalmente espaçosa, mas ainda bagunçada por falta de mobília apropriada, dá de frente pra Hípica.
Como não temos vizinhos morando perto de nós, e com a Hípica em frente, fica tudo muito deserto à noite. Precisávamos então de um sistema de alarme que funcionasse de verdade. Instalamos uma cerca elétrica e colocamos um sistema de alarme monitorado pela Siemens. Gente grande.
A coisa mais engraçada é ligar o alarme na hora de embora. Como tudo foi instalado quando eu tava viajando, ainda preciso de alguém me orientando pra ligar o alarme direitinho (ontem eu liguei sozinha, e não tinha ligado, só achei que tinha, Deus põe a mão).
Hoje foi o dia da Gizelli me ajudar. Fecha tudo, fecha as janelas, as portas, sai todo mundo.
Aí ficamos as duas paradinhas, mal respirando, na frente do alarme, pra enganar ele pra ele achar que a gente já tinha ido embora. Ele fez piiii, digitamos o código e... dois minutos para sair antes que disparasse.
Tranca tudo, porta com duas fechaduras, portão de dentro, portão de fora:
- Gizelli, você ligou a cerca elétrica? - a gente desliga durante o dia porque morre de medo de alguém se eletrocutar ou no mínimo ficar com o cabelo pixaim.
- Não...
Destranca portão de fora, destranca portão de dentro, destranca porta, desarma alarme, sobe, destranca sala, liga cerca.
Tranca sala, desce, fica paradinha, não respira, espera o piiii, arma o alarme, sai, tranca porta com duas fechaduras, portão de dentro, portão de fora:
- Xi, dona Cláudia, esqueci meu celular lá dentro!
Destranca portão de fora, destranca portão de dentro, destranca porta, desarma alarme...
9 Comentários:
Receita da Lala para um dia a dia corporativo mais prático e menos tecnológico: saem os alarmes, entram os Rottweilers.
Beijos querida, muita sorte na casa verde, da cor do dólar!
Lala, obrigada pelos votos de boa sorte, mas aquele verde nem é do mesmo tom!!!
Sobre os cachorros, com aquele povo da confecção, iam ficar todos mansinhos e bobos com tanto paparico.
beijo
Um pinscher!!!Alarme do bão, e come pouquinho. Dois, e ninguém chega nem na ponta da rua.
Foto da casa, já!
Bjs. Rosana.
Cláu, engraçada a saga, desliga, destranca, pega, liga, tranca, desce e sobe. Mas é um ótimo sinal. Sinal de sucesso. Boa sorte na nova casa!!
Beijos
Gosto de histórias assim, de sucesso....
Boa sorte na casa nova... quando for andar a cavalo por lá, vou reparar na casa.... bjs
Ai, coisa chique, quando for andar a cavalo por lá...
Tem uma camiseta gigante na fachada! Vai lá fazer uma visita, Re!
Meninas, tiro fotos sim, e posto. Hj levei a maquina, mas esqueci...
Sobre o pinscher, pode até ser, mas capaz dele se perder no meio dos panos.
beijos
Compra um ganso!!! Dizem que não tem alarme melhor, e eles não pegam amizade fácil!
Beijo!
hahhahahaha ganso é excelente. Lembro até hoje a carreira que tomei de um "ganso de guarda"...
Clau, que delícia é mudar de casa, crescer... parabéns!
beijos
Rottweiller, Rottweiller!!!! Tenho dois no sítio, são super carinhosos e assustam qualquer um...
Bom recomeço!
beijo
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