Aproveite cada minuto
Hoje é o dia do último sábado esportivo do colégio da Isabela. Último da vida dela também, porque no fim do ano ela faz vestibular. Último da minha vida também.
Último dia de ficar torcendo na arquibancada, último dia de enfrentar uma fila quilométrica de pais para comprar as fichinhas pra gastar nas barraquinhas. Último dia de tomar suco quente da barraca do 3o. ano, pra arrecadar dinheiro para a formatura (suco este doado pelo pai dela, que depois a gente compra). Último dia de encontrar os outros pais, igualmente no seu último dia ali.
Último dia de achar que ela é a melhor jogadora do time, último dia de constatar que na verdade ela não leva jeito praquilo. Último dia de tirar fotos, último dia de se esgoelar como se fossem as Olimpíadas.
Porque no ano que vem ela estará na faculdade, e lá a presença dos pais não é assim requisitada. Aliás, acho que somente para pagar as mensalidades, se for o caso, e depois talvez tenhamos vez no dia da formatura, espremidos entre as cadeiras de algum auditório.
Curti cada momento da vida da Isabela e me sinto uma privilegiada por cada aula de balé a que eu pude levá-la pessoalmente, e lá ficar esperando como se tivesse todo tempo do mundo. Por cada coque com redinha que arrumei, dela e das amigas que iam com os motoristas ou com as babás porque as mães estava no trabalho (e não vai aqui nenhuma crítica). Por todas as vezes em que eu leve e busquei no inglês, na natação (e ficar vendo pelo vidro aquele peixinho de maiô e óculos cor-de-rosa, sua cor preferida), no vôlei. Pelas festinhas infantis que se tornam inúmeras e intermináveis em uma fase da vida deles, todas barulhentas, tumultuadas, mas divertidas a seu modo. Por levar no parque, por empurrar o balanço, por ajudar a subir no escorregador.
Por tudo.
Desde o começo de agosto que cumpro uma rotina desgastante: levo no colégio, vou trabalhar. Pego na hora do almoço, correndo, pra dar tempo de deixar no cursinho enquanto ela vai comendo alguma coisa no carro. Volto pro trabalho. Saio do trabalho, pego no cursinho, deixo na academia às vezes. Pego na academia.
São entre 60 e 70km rodados por dia, somente para cumprir as obrigações básicas. No fim do dia, estou estourada, e ando muito cansada todo o tempo. Qualquer oportunidade eu penso em dormir, ou pelo menos em ficar em casa sem fazer nada. E vai durar até o fim do ano ainda...
Mas quando eu penso que em breve ela poderá tirar carteira de motorista e se locomover sozinha, quando penso que não mais haverá aquele momento em que eu chego com o carro e a vejo me esperando, às vezes de mau humor porque me atrasei, desejo que apareça, daqui pro ano que vem, uma lei que diga que agora só se pode dirigir depois dos 30 anos de idade. E assim poder prolongar esses momentos juntas, cada vez mais escassos.
Por isso eu sempre digo às minhas amigas grávidas, ou com filhos bebês: aproveitem muito cada momento. Fique sim no grude, com o bebê no colo até quando for fazer xixi, porque logo eles aprendem a andar e não querem mais saber de colo. é mentira o que dizem que bebê que fica no colo fica manhoso. Fica nada, e se ficar, aproveite para ficar mais tempo ainda com ele no colinho.
Levem sim, nas festinhas dos bufês infantis, porque em breve a rotina será deixar e buscar na porta. Abram espaço nas agendas para todas as reuniões de colégio e aproveitem cada minuto das festinhas juninas, de dia das mães, dos pais, das crianças, das nações, do dia do amigo, do dia do cachorro, do gato, da barata, do caju amigo, enfim, tudo o que a escola inventar, porque depois não vai ter mais.
E a saudade do tempo em que você era a presença principal nos eventos, em que os olhinhos deles percorriam a platéia à sua procura e a felicidade e o tchauzinho que dão quando te acham, é grande demais.
Último dia de ficar torcendo na arquibancada, último dia de enfrentar uma fila quilométrica de pais para comprar as fichinhas pra gastar nas barraquinhas. Último dia de tomar suco quente da barraca do 3o. ano, pra arrecadar dinheiro para a formatura (suco este doado pelo pai dela, que depois a gente compra). Último dia de encontrar os outros pais, igualmente no seu último dia ali.
Último dia de achar que ela é a melhor jogadora do time, último dia de constatar que na verdade ela não leva jeito praquilo. Último dia de tirar fotos, último dia de se esgoelar como se fossem as Olimpíadas.
Porque no ano que vem ela estará na faculdade, e lá a presença dos pais não é assim requisitada. Aliás, acho que somente para pagar as mensalidades, se for o caso, e depois talvez tenhamos vez no dia da formatura, espremidos entre as cadeiras de algum auditório.
Curti cada momento da vida da Isabela e me sinto uma privilegiada por cada aula de balé a que eu pude levá-la pessoalmente, e lá ficar esperando como se tivesse todo tempo do mundo. Por cada coque com redinha que arrumei, dela e das amigas que iam com os motoristas ou com as babás porque as mães estava no trabalho (e não vai aqui nenhuma crítica). Por todas as vezes em que eu leve e busquei no inglês, na natação (e ficar vendo pelo vidro aquele peixinho de maiô e óculos cor-de-rosa, sua cor preferida), no vôlei. Pelas festinhas infantis que se tornam inúmeras e intermináveis em uma fase da vida deles, todas barulhentas, tumultuadas, mas divertidas a seu modo. Por levar no parque, por empurrar o balanço, por ajudar a subir no escorregador.
Por tudo.
Desde o começo de agosto que cumpro uma rotina desgastante: levo no colégio, vou trabalhar. Pego na hora do almoço, correndo, pra dar tempo de deixar no cursinho enquanto ela vai comendo alguma coisa no carro. Volto pro trabalho. Saio do trabalho, pego no cursinho, deixo na academia às vezes. Pego na academia.
São entre 60 e 70km rodados por dia, somente para cumprir as obrigações básicas. No fim do dia, estou estourada, e ando muito cansada todo o tempo. Qualquer oportunidade eu penso em dormir, ou pelo menos em ficar em casa sem fazer nada. E vai durar até o fim do ano ainda...
Mas quando eu penso que em breve ela poderá tirar carteira de motorista e se locomover sozinha, quando penso que não mais haverá aquele momento em que eu chego com o carro e a vejo me esperando, às vezes de mau humor porque me atrasei, desejo que apareça, daqui pro ano que vem, uma lei que diga que agora só se pode dirigir depois dos 30 anos de idade. E assim poder prolongar esses momentos juntas, cada vez mais escassos.
Por isso eu sempre digo às minhas amigas grávidas, ou com filhos bebês: aproveitem muito cada momento. Fique sim no grude, com o bebê no colo até quando for fazer xixi, porque logo eles aprendem a andar e não querem mais saber de colo. é mentira o que dizem que bebê que fica no colo fica manhoso. Fica nada, e se ficar, aproveite para ficar mais tempo ainda com ele no colinho.
Levem sim, nas festinhas dos bufês infantis, porque em breve a rotina será deixar e buscar na porta. Abram espaço nas agendas para todas as reuniões de colégio e aproveitem cada minuto das festinhas juninas, de dia das mães, dos pais, das crianças, das nações, do dia do amigo, do dia do cachorro, do gato, da barata, do caju amigo, enfim, tudo o que a escola inventar, porque depois não vai ter mais.
E a saudade do tempo em que você era a presença principal nos eventos, em que os olhinhos deles percorriam a platéia à sua procura e a felicidade e o tchauzinho que dão quando te acham, é grande demais.
6 Comentários:
Eu deixo você acompanhar os campeonatos de judô do sobrinho, tá bom? Ele também manda bem nas festinhas juninas.
Mas console-se. Daqui a pouco você está indo de carona com ela pro trabalho, e ela passa lá depois para irem juntas pra academia.
Carpe Diem.
Bjs. Rosana
Bunitinha! É de encher o coração da gente, né? Mesmo que com as pernocas cansadas de tanto trocar a marcha do carro...
grande beijo para vocês duas,
de nós duas...
:c) :c)
Rosana, sobrinho mora tão longe... Mas vou me consolar com a perspectiva de pegar carona com a Tuca sim!
Lu, carro automático seria um tudo na minha vida atualmente, viu?
beijos
Que delícia, último ano é marco na vida... Mas ela vai ser sempre sua filhota, só os eventos mudam...
PS: obrigada pela dica, vou usar muito com o baby...
Isso, Tati, gruda nele!!! Porque depois, naturalmente, ele não vai mais querer.
beijo
Clau,
Fiquei emocionada.
Lembro dos Dias das Mães na escolinha das crianças, da minha filha com um coração do tamanho do tórax cantando algo como "...coração que é todo feito para amar a mamãezinha. Que é só minha! Que é só minha! (na época, eu era só dela mesmo)... e do Montanha cantando "I love you yeah, yeah, yeah" e fazendo imensos corações com as mãos para o ar.
Faço questão de comparecer & chorar em todas as festas de Dias das Mães e de fim de ano da escolinha.
Ah, e se quiser me fazer companhia, você é mais que bem vinda. Minha mãe sempre vem (e aproveita pra chorar também).
Fique em paz, querida, que ainda vem muitacoisa boa aí pela frente.
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