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quarta-feira, setembro 26, 2007

Super mãe

Hoje tirei a tarde para fazer uma maratona medicinal com a Bela.
Eu explico: quando eles são pequenos, a gente não falha uma única consulta no pediatra. A criança tá ali, linda, saudável, esperta, alegre, crescendo, enfim, tudo certo, mas mesmo assim levamos no pediatra, só pra ouvi-lo falar tudo isso e sairmos de lá orgulhosas, nos achando a melhor mãe do mundo, grau 10!

Em defesa da classe materna devo dizer que bebês e crianças pequenas são uma incógnita. Quase umas bombas-relógio. E que essa ida mensal ao pediatra nos dá uma tranqüilidade incomparável de que aquela coisica no seu colo não vai adoecer no segundo seguinte (ok, tem vez que eles fazem exatamente isso! - a tal da virose).

Acontece que o tempo vai passando, e a gente vai deixando isso de lado, até porque cansa né? Todo mês bater ponto no médico. É como comprar uniforme escolar: os pais das criancinhas pequenas compram uma quantidade absurda de uniforme. Primeiro porque os menores se sujam mais mesmo, mas também porque pai de criança pequena manda o pimpolho pra escola todo arrumadinho, passadinho, penteado. Se a camiseta tiver um furinho, vira pano de chão.

Aí, enjoamos, enchemos o saco ao longo dos anos, e passamos a achar que aquele rasguinho ali na manga nem faz tanta diferença assim, que a calça furada no joelho em agosto pode perfeitamente ser usada até dezembro, e quem sabe no ano que vem?, e tudo o que cobramos pela manhã é se a criatura escovou os dentes.
Outro dia Bela foi pro colégio com um moleton que parecia um pijama. Mais meia e chinelo. Dois minutos na esquina e ela teria faturado uns trocos de esmola.

Voltando ao assunto inicial, quando nos damos conta, nunca mais levamos os bichinhos pra fazer uma revisão geral, a não ser a anual no dentista.

Hoje, entre outras coisas, levei-a para vacinar contra hepatite. Na mão, a carteirinha de vacinação de quando ela era pequena. Local: o mesmo posto de saúde no qual eu a vacinava anos e anos atrás.

Só que quando ela era menor, um belo dia eu esqueci de levar a carteirinha, me deram uma segunda via, fiquei usando a segunda via. Hoje, quando fui pegar a carteirinha, cadê que eu achei a segunda via? Catei mesmo a primeira, mais desatualizada impossível.

A senhora do posto olhou a carteirinha e me olhou:
- tá faltando um monte de vacina aqui (sua relapsa, que não vacinou a filha!).
- olha é que eu nao trouxe a primeira via, me deram outra blá blá blá.
- mas como é que eu vou saber qual vacina ela já tomou?
- quando pequena, todas do calendário oficial de vacinas, sem falhar uma única sequer. Agora, dos dez anos pra cima, já nem sei mais!
Ô, sinceridade! A mulher me olhou por cima dos óculos:
- ela devia ter tomado contra sarampo, rubéola, tétano, difteria, hepatite, unha encravada, chulé e mais uma novissima, pra alisar os cabelos.
- olha, tem problema tomar de novo? Se não fizer mal, pode dar tudo de novo, pronto, assim não fica nada pendente.

Três vacinas de uma só vez. Isabela saiu do posto naquele bom humor todo de alguém que toma três agulhadas numa tacada só.
Já eu saí de lá de alma lavada, me achando a melhor, a mais cuidadosa, a mais atenciosa de todas as mães all over the world!

2 Comentários:

Blogger Tati disse...

rsrsrs, tô até com preguiça do que me espera....
beijo

8:21 AM  
Blogger Cláudia disse...

Ah, mas acredite que é uma delícia!
beijo

3:33 PM  

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