Blitz! Documento!
Vindo para o trabalho hoje pela manhã, um carro de polícia faz a volta no meio da rua, atrás do meu carro, todo mundo subindo a rua atrás de um micro-ônibus. Sinal fecha, carros param, e os policiais descem, um deles já de arma na mão, e abordam um rapazinho de bermudão, camiseta e boné, uniforme oficial dos garotos da idade dele.
O rapazinho já levanta os braços, encosta no muro para a revista. Acompanho pelo retrovisor: o policial tira a carteira do bolso do menino e entrega a ele para que ele mesmo a abra. Tira depois o que parece ser um celular, e após, um mp3. Ou seja, nada que um moleque da idade dele não carregue por aí.
Morro de pena quando vejo uma cena assim, e fico pensando em quão humilhante deve ser você ser abordado no meio da rua, simplesmente porque está passando por ali, e ser revistado assim, como se bandido fosse. Ou ter de descer do onibus, todo mundo, para revista geral. Ou parar a moto e atrasar a entrega da encomenda, como já aconteceu com motoboys que prestam serviço pra gente. Mesmo meninos aqui da confecção já tomaram um guenta da polícia na rua, que só pararam de acontecer porque eles passaram a ter uniforme inclusive para sair da empresa a trabalho - o que já salvou um deles de um apuro quando, uma vez que ele ia só até ali a pé mesmo, saiu sem a carteira com os documentos. Recebo então uma ligação do celular dele, de um policial perguntando se eu conhecia o Fulano de Talequal, e eu já gelei a espinha achando que o cara tinha sido atropelado e morto.
Nada, ele tinha convencido o policial a ligar pra cá e confirmar que ele era sim nosso funcionário. Foi dispensado com um pito do policial por andar sem documento, que ele podia sofrer um acidente e acabar indo parar no hospital como indigente bla bla bla. Ele tava quase preferindo ser preso a escutar o sermão.
Concordo plenamente que a bandidagem não está nada fácil e que a coisa vem piorando cada vez mais, e que vários rapazinhos que carregam a carteira, o celular e o mp3 carregam carteiras, celulares e mp3s que não eram exatamente deles até a esquina anterior, mas não vou entrar aqui em discussões sociológicas e antropológicas sobre o ocorrido porque não tenho conhecimento suficiente para debate e tampouco vou levantar bandeira do que quer que seja e ficar numa discussão rasa.
Mas que morro de dó eu morro: das pessoas que passam por isso e de viver em um mundo onde isso seja necessário.
O rapazinho já levanta os braços, encosta no muro para a revista. Acompanho pelo retrovisor: o policial tira a carteira do bolso do menino e entrega a ele para que ele mesmo a abra. Tira depois o que parece ser um celular, e após, um mp3. Ou seja, nada que um moleque da idade dele não carregue por aí.
Morro de pena quando vejo uma cena assim, e fico pensando em quão humilhante deve ser você ser abordado no meio da rua, simplesmente porque está passando por ali, e ser revistado assim, como se bandido fosse. Ou ter de descer do onibus, todo mundo, para revista geral. Ou parar a moto e atrasar a entrega da encomenda, como já aconteceu com motoboys que prestam serviço pra gente. Mesmo meninos aqui da confecção já tomaram um guenta da polícia na rua, que só pararam de acontecer porque eles passaram a ter uniforme inclusive para sair da empresa a trabalho - o que já salvou um deles de um apuro quando, uma vez que ele ia só até ali a pé mesmo, saiu sem a carteira com os documentos. Recebo então uma ligação do celular dele, de um policial perguntando se eu conhecia o Fulano de Talequal, e eu já gelei a espinha achando que o cara tinha sido atropelado e morto.
Nada, ele tinha convencido o policial a ligar pra cá e confirmar que ele era sim nosso funcionário. Foi dispensado com um pito do policial por andar sem documento, que ele podia sofrer um acidente e acabar indo parar no hospital como indigente bla bla bla. Ele tava quase preferindo ser preso a escutar o sermão.
Concordo plenamente que a bandidagem não está nada fácil e que a coisa vem piorando cada vez mais, e que vários rapazinhos que carregam a carteira, o celular e o mp3 carregam carteiras, celulares e mp3s que não eram exatamente deles até a esquina anterior, mas não vou entrar aqui em discussões sociológicas e antropológicas sobre o ocorrido porque não tenho conhecimento suficiente para debate e tampouco vou levantar bandeira do que quer que seja e ficar numa discussão rasa.
Mas que morro de dó eu morro: das pessoas que passam por isso e de viver em um mundo onde isso seja necessário.
5 Comentários:
Pois é, tb não vou sair em defesa de ninguém nem acusar ninguém...
Mas tb tenho dó!
E é triste nós vivermos num mundo assim.
beijo
urbAnna
Isso é preconceito descarado...
o meu maridinho vive de bermudão e camiseta meio "mano" já levou tanto enquadro de polícia por andar na avenida paulista assim... preconceito... tem muito engravatado mais bandido que muitos mal trapios...
beijos
Re
Muito preconceito, Re, concordo, mas uma discussao assim vai longe...
Oi, Anna, voce voltou!
bj
Aqui em Vix se chama "BATIDA"..O Octavio ja levou uma...chegou em casa revoltado!!!
affff...acho uma puta falta de educação...o jeito com que os policias abordam!!!
Nana
E o Octávio tem mó cara de bonzinho... imagina quem tem cara de marginal.
Bj Rosana.
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial