Saia burra
Estava eu me trocando para sair, TV ligada aleatoriamente no canal GNT, começa a reprise de um programa Saia Justa.
Parei para ver. Nunca assisti a um único programa, apenas pedaços de alguns poucos, sem nem saber qual o assunto tratado.
Começou bem, com a Monica Valdwogel explicando ao teslespectador a conjuntura política econoômica do dia da gravação daquele programa, no qual os Maluf tinham sido presos, Roberto Jefferson seria cassado ou não, seria provado ou não que a assinatura de Severino em um documento fajuto era dele ou forjada. Enfim, assunto para debate era o que não faltava, ali tinha papo para pelo menos 3 ou 4 programas.
Ingenuidade minha.
Para resumir, o quadro final do Saia Justa é o seguinte: a única que entende alguma coisa dos assuntos levantados era a Monica. O restante fica no achismo, no chute, na crítica vazia que até a dona Maria faz com o chapeiro da padaria, com muito mais propriedade aliás, porque ela vive o dia-a-dia e não um mundo de fantasias e falso glamour.
Ficam então as outras 3 (Luana Piovani, Betty Lago e uma gaúcha que nem sei quem é) falando m... (os pontinhos são porque este blog é escrito por uma mocinha fina e lido por leitores de alta classe) ao quadrado e a Monica Valdwogel explicando que não é bem assim.
Seguem alguns exemplos ilustrativos:
- Resolveram prender o Paulo Maluf pra desviar atenção do mensalão (o furacão Katrina também arrasou Nova Orleans só pra isso, para desviar a atenção).
E vem a Monica: apesar da pirotecnia, é uma operação que já dura 4 anos e que começou a ser truncada com o fato dele continuar em liberdade, porque ele tava fazendo isso, aquilo etc e deu uma explicação citando fatos, nomes etc.
Sobre uma universitária entrevistada que disse que ia fazer concurso público:
- Um absurdo, uma menina dessa idade já pensando em passar a vida carimbando papéis em vez de batalhar pelo que quer.
E vem a Monica: o serviço público não é só burocracia. Se ela estiver estudando direito e quiser ser delegada de polícia, promotora ou juíza, ela tem mesmo de prestar concurso público.
E continuou por aí. E nem sei mais o que deu, porque desisti de tentar ver o festival de bobagens proferidas.
Fiquei pensando no papel da Monica Valdwogel, uma jornalista experiente, que já cobriu fatos políticos importantíssimos, que já trabalhou nos grandes veículos de comunicação do país, sentada ali, no meio daquelas 3, driblando as b... (mesmo motivo acima) que elas falam de boca cheia e total sapiência.
Falta de opção? Afago no ego? Resolveu que já ralou demais e agora quer ter uma vida mais light? Não sei. Mas ela é a única ali a quem vale a pena ouvir, caso vc esteja de cama, sozinho em casa, imobilizado, com o controle remoto quebrado, e ninguém possa mudar o canal para você.
Parei para ver. Nunca assisti a um único programa, apenas pedaços de alguns poucos, sem nem saber qual o assunto tratado.
Começou bem, com a Monica Valdwogel explicando ao teslespectador a conjuntura política econoômica do dia da gravação daquele programa, no qual os Maluf tinham sido presos, Roberto Jefferson seria cassado ou não, seria provado ou não que a assinatura de Severino em um documento fajuto era dele ou forjada. Enfim, assunto para debate era o que não faltava, ali tinha papo para pelo menos 3 ou 4 programas.
Ingenuidade minha.
Para resumir, o quadro final do Saia Justa é o seguinte: a única que entende alguma coisa dos assuntos levantados era a Monica. O restante fica no achismo, no chute, na crítica vazia que até a dona Maria faz com o chapeiro da padaria, com muito mais propriedade aliás, porque ela vive o dia-a-dia e não um mundo de fantasias e falso glamour.
Ficam então as outras 3 (Luana Piovani, Betty Lago e uma gaúcha que nem sei quem é) falando m... (os pontinhos são porque este blog é escrito por uma mocinha fina e lido por leitores de alta classe) ao quadrado e a Monica Valdwogel explicando que não é bem assim.
Seguem alguns exemplos ilustrativos:
- Resolveram prender o Paulo Maluf pra desviar atenção do mensalão (o furacão Katrina também arrasou Nova Orleans só pra isso, para desviar a atenção).
E vem a Monica: apesar da pirotecnia, é uma operação que já dura 4 anos e que começou a ser truncada com o fato dele continuar em liberdade, porque ele tava fazendo isso, aquilo etc e deu uma explicação citando fatos, nomes etc.
Sobre uma universitária entrevistada que disse que ia fazer concurso público:
- Um absurdo, uma menina dessa idade já pensando em passar a vida carimbando papéis em vez de batalhar pelo que quer.
E vem a Monica: o serviço público não é só burocracia. Se ela estiver estudando direito e quiser ser delegada de polícia, promotora ou juíza, ela tem mesmo de prestar concurso público.
E continuou por aí. E nem sei mais o que deu, porque desisti de tentar ver o festival de bobagens proferidas.
Fiquei pensando no papel da Monica Valdwogel, uma jornalista experiente, que já cobriu fatos políticos importantíssimos, que já trabalhou nos grandes veículos de comunicação do país, sentada ali, no meio daquelas 3, driblando as b... (mesmo motivo acima) que elas falam de boca cheia e total sapiência.
Falta de opção? Afago no ego? Resolveu que já ralou demais e agora quer ter uma vida mais light? Não sei. Mas ela é a única ali a quem vale a pena ouvir, caso vc esteja de cama, sozinho em casa, imobilizado, com o controle remoto quebrado, e ninguém possa mudar o canal para você.
7 Comentários:
A atração tem finalidade terapêutica: a pessoa se identifica com a Mônica, já que os comentários "sabidos" são tão senso comum que o fulano que entendeu tudo sai feliz, se achando a rodela de banana na tigela do açaí, o que diminui a violência no trânsito, o ódio insano aos políticos e outras coisas que não deixam o país ir pra "frente" e chegar "lá".
É propaganda subliminar. Simples assim.
Rosana.
PS: quem disse que funcionário público só carimba papel? A gente também posta comentário de vez em quando.
Ro.
Bom, eu ERA um fã incondicional do saia justa! quando lá sentavam, na minha modesta opinião, assumidades como a Marisa Orth, a Rita Lee e a Fernanda Yang. Essas realmente eram mulheres que tinham o que dizer, assim como a Mônica. Mas como em televisão tudo visa dinheiro e não qualidade, fica bem melhor pra eles ter lá umas tapadas feito essas, e ainda tem gente que acha legal... Pobre da Mônica que tem o contrato maior!
Superconciente o texto! Amei!
Quer dizer então que "Saia Justa" é uma alusão à situação em que as outras colocam a Valdwogel??
Tendi...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Pois eu aposto que tem homem que assiste só pra ver a Luana Piovani cruzando e descruzando as pernas...
JU...
A propósito de um vídeo inqualificável que Maitê Proença fez em Portugal,assisto perplexa às gargalhadas e comentários jocosos das senhoras do saia justa lideradas por Mónica Valdwogel, acerca dos portugueses. Que saudades da inteligência de Marisa Orth e do humor de Rita Lee. Vindo de si Mónica, uma profissional inteligente, sua atitude deixou-me estupefacta. Aqui em Portugal onde você é respeitada, o seu comentário e a sua gargalhada soaram como uma cuspidela, e isso deixe para a Maitê, porque de si, exige-se um pouco mais.
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