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sábado, maio 13, 2006

Mamãe


meus pais, dançando valsa nos 15 anos da Bela - outubro 2005


Quem lê este blog regularmente já viu mais de um post sobre o meu pai. Temos, sim, enorme afinidade, estreitada pelo fato da minha irmã mais velha ter sido uma criança muito doentinha com infecções de garganta quando bem pequena, de maneira que eu, mais nova e sem pegar nem gripe, sobrei pro meu pai. E ele sobrou pra mim, daí o fato de eu sempre mencioná-lo.

Aproveito então a data para corrigir uma enorme injustiça e falar da minha mãe, porque ela merece, e bastante!

Ela é o oposto do meu pai, e não apenas na aparência física. O que ele tem de avoado, ela tem de alerta; o que ele tem de perdulário, ela tem de econômica; o que ele tem de ingênuo, ela tem de esperta; o que falta nele em simancol, ela tem de sobra.

Minha mãe é um poço de discrição e justiça. Confie um segredo a ela e ela guarda. Conte alguma passagem triste da sua vida e terá nela uma palavra de conforto. Sofra alguma injustiça e ela sai em sua defesa. Não só minha e de minha irmã, mas de todo mundo que ela conheça. É uma das poucas pessoas que conheço capaz de enxergar sempre os dois lados da questão. E de se posicionar firmemente quando é contra ou a favor de alguma coisa.

Poupa meu pai dos dissabores quando pode. Fala um monte na orelha dele quando ele faz alguma coisa errada (e por conta disso, quando ele já sabe de antemão que ela vai desaprovar, faz escondido! - como se ela não fosse saber depois). Prepara festinhas de aniversário para nós e nunca se esquece do aniversário de um amigo. Leva a bisavó da Isabela pra missa e pra cumprir promessa (e nem é mãe dela ou do meu pai, é mãe do meu ex-sogro!).

Tem um coração tão grande e espaçoso, que aceitou receber em casa duas pessoas que ela nunca tinha visto na vida, vindas da cidade natal dela, para fazer tratamento no Hospital Sarah Kubstichek: uma menina de 15 anos,a Gabriela, que se arrastava por conta de uma fratura no fêmur e a mãe da menina, que a acompanhava. Por dois meses. Isso foi há uns 12 anos, eu acho. E por várias vezes, ao longo de todos esses anos, numa seqüência cansativa de exames, consultas, operações, fisioterapia.

Quando Gabriela tinha de ir sozinha para Brasília para uma das várias operações a que foi submetida até que finalmente pôde andar, era minha mãe quem ia pro hospital ficar com ela. Era minha mãe quem massageava com creme os pés e pernas da Gabriela porque ela não os alcançava e o tempo seco fazia a pele rachar.

Minha mãe sempre foi o ponto de equilíbrio na minha casa, apesar de ter sido um pouco exigente demais comigo na adolescência, hoje ela mesma reconhece. Mas a maturidade me fez perceber que ela fez o seu melhor, e que, partindo de onde partiu - mais velha de uma família de 6 irmãos; criada na roça, numa cidade onde só havia duas festas por ano, nas quais em uma iam as mulheres, na outra, os homens; responsável, aos 13 anos de idade, por decidir o que seria feito no almoço, pois minha avó tinha de acompanhar meu avô na plantação - ela se saiu muitíssimo bem!

Portanto, faço minhas as palavras do meu pai, quando indagado se se casaria de novo caso minha mãe morresse: eu não! de jeito nenhum! jamais encontraria alguém como ela para substituí-la!

É isso mesmo, mamãe, esta é a palavra certa para descrevê-la:

INSUBSTITUÍVEL!

Um beijo e feliz dia das mães!

da sua

Cacá

6 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Que linda foto e que emocionante post.
Família linda.
parabéns.

10:33 AM  
Blogger Cláudia disse...

Nana, obrigada, também acho, tá no sangue delas né???

Vivi, obrigada, eles são lindos mesmo.

12:13 PM  
Blogger Lala disse...

Bem, eu sou BEM suspeita pra falar... sabe que acho sua mãe uma fofa querida, que a considero como uma pessoa da minha família!

DUDU & DADA RULE!!!

:o)

12:15 PM  
Blogger Ana Téjo disse...

Ai, que lindo!
Parabéns dona mamãe da Clau!
E parabéns, né, querida fada? Pela filha de verdade e por todas as adotivas.
Beijos,
JU...

4:08 PM  
Blogger Cláudia disse...

Obrigada, Ju!
Pra você também!
beijo

5:25 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Agora que eu fui ler. "Doentinha"? Eu hein, estou arrasada, parece aquela garotinha do filme do menino que "sees dead people" (esqueci o nome). Ui!
Bjs. Rosana.

7:26 AM  

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