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sábado, junho 10, 2006

Rivalidade

Meu ex-marido resolveu que queria ter uma gatinha em casa, para fazer companhia a ele e não se sentir tão sozinho, palavras do próprio. Viu uma no pet shop, se apaixonou por ela e ligou pra reservar a bichinha, que seria buscada no final de semana.

Acontece que a dona do gatil brigou com o pet shop e ia retirar a gatinha de lá. Foi montado uma operação de guerra para que a gatinha não voltasse para o gatil. Entrei de gaiata (trocadilho irresistível) na operação, e foi assim que a Nikita, Niky para os íntimos, foi parar lá em casa ontem à tarde, à espera do seu novo dono.

O mais engraçado mesmo foi a reação de Cindy Quebra-Barraco, que é levada, arteira, louca e bagunceira, mas mansinha de tudo e ficou revoltadíssima em ver OUTRA GATINHA no colo da minha filha Isabela, sua DONA e ÌDOLA. O rabo engrossou, o pelo arrepiou, ela começou a riscar fósforo (expressão do meu pai, claro!, praquele barulho que os gatos fazem pra tentar espantar o inimigo) e nem quis saber de socializar com aquele serzinho que ousava usurpar o lugar que era dela.

Se enfiou num canto e lá ficou, emburrada, dando gelo na Bela, revoltada com o mundo.

Fim da tarde, ele foi buscar a gatinha lá em casa e Bela foi junto pra ajudar a levar. Quando a Cindy viu que nem a gatinha, nem a Isabela estavam mais lá, os miados eram de cortar o coração. Era nítido que ela achava que a Isabela tinha ido embora junto com a Niky e que ela perdera sua amada dona para sempre.

Bela voltou de noite, justamente para que a Cindy não pensasse nada disso. A recepção foi das mais felizes, com Cindy se enroscando nas pernas dela e pedindo colo, aliviadíssima, ronronando. Dormiu grudada nela.

Tão bom seria se a gente pudesse fazer igualzinho né? Ser como os bichinhos e não ter escrúpulos em demonstrar nossas emoções mais profundas, sejam elas boas ou ruins. Não ficar pensando em estratagemas de como agir, e do que fazer. Apenas sentir, agir, viver.

6 Comentários:

Blogger Dri disse...

Esse finalzinho do post vai de encontro a tudo em que mais tenho pensado nos últimos dias.
"Descobri" que não quero nada de mais sério das pessoas, só almejo a sinceridade de sentimentos, sabe? Porque eu sou assim: clara, honesta. Mas dá um medão de ser livro aberto numa época em que as pessoas se escondem tanto, se fecham tanto e julgam ainda mais...

9:52 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Clau! ex cunhado solitario com uma gatinha??? pode sentar o rabito e me contar essa historia tao triste de solidao ,seja por email ou telepatia!Quem vai alimentar essa gatinha??Ahh e da um desconto pra Bella , eu no lugar dela nem saberia q Kruschev é um nome russo e colocaria um nome bem trivial na gatinha!Mais uma vez! adorooo seu blog! beijosssssss

1:20 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Essa gata vai parar é aí na sua casa mais cedo ou mais tarde, prepare a psicologia felina.
Já tem rede na janela do apê do Marcelo?
Bjs. Rosana.

3:37 PM  
Blogger Lala disse...

Tô com a Rosana. Cindy vai ter que ser feliz só com metade da cara da Isabela pra dormir em cima;

6:26 PM  
Blogger mc disse...

Que lindo, Clau!

9:01 AM  
Blogger Cláudia disse...

Meninas
vamos ver né? Por enquanto estão em lua-de-mel.
Sim, Rosana, tem rede na janela, em todas elas.
Agora, como ela vai comer e outros quesitos de logística... não posso opinar!

Dri
ser livro aberto, na minha opinião, é bem melhor. Porque assim você sabe que fez o seu melhor, tentou o seu possível.

10:58 AM  

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