No colégio
Pátio do estacionamento do colégio, fervilhando de carros indo e vindo às 7h da manhã.
Do meu carro, observo as criancinhas pequenas chegando no colégio, com toda a sua tralheira de mochila, lancheira, casaco, e talvez um brinquedinho ou um álbum de figurinhas nas mãos.
Alguns chegam com o pai, e o processo de descer do carro se desenrola assim:
- pai abre a porta de trás e a criança sai em disparada sem olhar para os lados;
- pai chama o fulaninho pra esperar;
- fulaninho pára onde está;
- pai dá a volta, abre calmamente o porta-malas, tira a mochila de rodinhas (porque nesta idade eles ainda não acham ridículo), fecha o porta-malas;
- pai chama o filho pra pegar a mochila e junto da mochila entrega o casaco e dá tchau;
- criança vai andando para a classe.
Alguns chegam com a mãe, e o processo de descer do carro se desenrola assim:
- mãe sai do carro;
- mãe abre o porta-malas e pega mochila;
- mãe vai com a mochila até a porta do carro, que está trancada porque a trava de segurança está acionada, e abre a porta;
- mãe encasaca o filho antes de sair do carro, puxando inclusive o zíper do casaco até em cima, colocando o capuz e amarrando bem o cordão, que é pra não passar nem um ventinho pela fresta;
- mãe forma uma redoma de proteção em torno da criança que desce do carro, formada pela porta do carro, a mochila de rodinhas e ela mesma. Se duvidar, abre um guarda-chuvas, para o caso de uma revoada de urubus mutantes resolverem pegar justamente o filho dela;
- criança desce do carro encasacada como um esquimó, no meio deste círculo protegido;
- mãe segura criança com uma mão, e dali ela não solta nem se passar um tsunami. Com a outra mão ela afasta a mochila, bate a porta do carro, trava no alarme da chave, arruma os cabelos, pega a mochila;
- mãe leva a criancinha até a sala de aula, entrega na mão da professora, recomenda que ele não tire o casaco (mesmo se fizer um calor de 30 graus, porque a qualquer momento pode bater uma friagem), pede pra professora ver se ele comeu direitinho;
- e aí, com o coração apertado por ficar longe do seu bebê, ela dá tchau, mas se puder ficar ali mais um pouquinho espiando pelo vidro, ela fica.
O que é melhor para a criança? Ter os dois lados: a superproteção da mãe e o jeitão mais relaxado do pai. No meio dos dois, ela encontra o próprio equilíbrio.
Do meu carro, observo as criancinhas pequenas chegando no colégio, com toda a sua tralheira de mochila, lancheira, casaco, e talvez um brinquedinho ou um álbum de figurinhas nas mãos.
Alguns chegam com o pai, e o processo de descer do carro se desenrola assim:
- pai abre a porta de trás e a criança sai em disparada sem olhar para os lados;
- pai chama o fulaninho pra esperar;
- fulaninho pára onde está;
- pai dá a volta, abre calmamente o porta-malas, tira a mochila de rodinhas (porque nesta idade eles ainda não acham ridículo), fecha o porta-malas;
- pai chama o filho pra pegar a mochila e junto da mochila entrega o casaco e dá tchau;
- criança vai andando para a classe.
Alguns chegam com a mãe, e o processo de descer do carro se desenrola assim:
- mãe sai do carro;
- mãe abre o porta-malas e pega mochila;
- mãe vai com a mochila até a porta do carro, que está trancada porque a trava de segurança está acionada, e abre a porta;
- mãe encasaca o filho antes de sair do carro, puxando inclusive o zíper do casaco até em cima, colocando o capuz e amarrando bem o cordão, que é pra não passar nem um ventinho pela fresta;
- mãe forma uma redoma de proteção em torno da criança que desce do carro, formada pela porta do carro, a mochila de rodinhas e ela mesma. Se duvidar, abre um guarda-chuvas, para o caso de uma revoada de urubus mutantes resolverem pegar justamente o filho dela;
- criança desce do carro encasacada como um esquimó, no meio deste círculo protegido;
- mãe segura criança com uma mão, e dali ela não solta nem se passar um tsunami. Com a outra mão ela afasta a mochila, bate a porta do carro, trava no alarme da chave, arruma os cabelos, pega a mochila;
- mãe leva a criancinha até a sala de aula, entrega na mão da professora, recomenda que ele não tire o casaco (mesmo se fizer um calor de 30 graus, porque a qualquer momento pode bater uma friagem), pede pra professora ver se ele comeu direitinho;
- e aí, com o coração apertado por ficar longe do seu bebê, ela dá tchau, mas se puder ficar ali mais um pouquinho espiando pelo vidro, ela fica.
O que é melhor para a criança? Ter os dois lados: a superproteção da mãe e o jeitão mais relaxado do pai. No meio dos dois, ela encontra o próprio equilíbrio.
13 Comentários:
Que lindo e-mail, Cláu.
É isso aí. o eterno, erno, erno equilíbrio........
Beijos!
eu já vi pai que tem que berrar pra criança voltar e pegar a mala, porque o desespero da criança é tanto que o nego chega na classe antes mesmo do pai abrir o porta malas..
Ahahahah
aahahahha
aahhahahah
Concordamos com tudo que está aí escrito: eu, seu compadi e sua afilhada!
;c)
ahahahah
ahahahaha
ahahahahah
O Evandro vai sozinho pra sala dele, mala e cuia, a gente fica no portão. E no caminho vai fazendo campanha pra deputado para 2019, falando com todo mundo. Casaco? Se tiver neve...ou se o colega preferido da vez estiver de casaco também...
Bjs. Rosana.
Clau querida, passando para dar-lhe um comunicado que Mr. Prince Charming, também conhecido como Prince William, é o mais novo solteiro na praça. E agora tá caindo de amarguras na noite, enchendo a cara na Elements (que fica perto da minha casa) e se agarrando em... erm... encantos brasileiros. Quando cê vai me visitar???
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olha
ela mora na inglaterra?
que magico!
oops, esqueci de acrescentar o link da notícia acima:
http://www.thesun.co.uk/article/0,,2-2007140253,00.html
The Sun, claro. Porque o resto dos jornais tem mais o que fazer, hehehe...
Marcinha
posso mandar a Bela?
por isso a natureza nos deu pai e mãe.... nos equilibrando dentro do possível...
beijos
Adorei o texto, principalmente a parte da revoada de "urubus mutantes"...rs... impressionante a sua habilidade para tirar sacadas assim das coisas mais corriqueiras...rs... e olha que não é pq eu sou sua fã, não, hein? rs... bjo
Giovanna
Tati
a natureza bem que tenta, mas devo confessar que nós, mães, desequilibramos sempre para o nosso lado, porque a gente sempre acha que faz MUUUUIIIITO MELHOR!
Giovanna
obrigada, mas amiga de muitos anos (não direi quantos que não fica nem chique) é suspeitíssima pra falar!
beijos
Nossa...
Eu não faço a parte do casaco. Agora fiquei me sentindo uma péssima mãe...
Ana
cuidado pro juizado de menores não ler o seu comentário!
Apaga, apaga...
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