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segunda-feira, abril 02, 2007

Bom humor

Eu sou uma pessoa muito otimista e bem-humorada. Já achei até que o meu otimismo era uma forma de enfiar a cabeça na areia, feito avestruz, quando as coisas desandam, mas depois concluí que não: eu realmente acho que as coisas vão dar certo até o último instante, sempre acho que haverá uma saída, e que a luz no fim do túnel não é um trem vindo na direção contrária, mas sim um diamante quadrado brilhando num solitário de ouro branco da Tiffany's, que está numa caixinha aberta, a qual vem na mão do meu salvador, que naturalmente será lindo, inteligente e apaixonado por mim.

Por isso, eu sofro quando estou de bode. Sofro mais pela situação do que pelo bode em si. Sofro de olhar pela janela, ver um sol lindo, e o mau humor não me permitir trocar de roupa e descer pra piscina. Em teoria, estaria apenas seguindo a minha vontade, mas aí acontece um embate entre a vontade de ficar na toca e a vontade de curtir aquele dia lindo... felizmente, nos últimos tempos, o bom humor tem vencido a parada em quase todas as vezes.

Certamente foi o meu bom humor e meu otimismo que me salvaram do buraco muitas vezes. Me salvaram de quando me separei e achei que nunca, nunca mais o sol brilharia novamente. A capacidade de fazer piada da situação em alguns momentos me mostrava que eu ainda podia voltar a ser eu mesma.

O bom humor e o otimismo sempre foram minhas armas, meus leais soldados contra dores profundas e com as quais eu não sabia como lidar ao certo. Foi apelidando meu primeiro bebê de Ventinho (que descobri aos 3 meses de gravidez ser um ovo cego, ou seja, não havia carga genética suficiente para um embrião se desenvolver) que lidei com a terrível frustração de perder meu tão desejado filhote - e depois tive a minha Tuca.
Foi assim também que consegui me levantar da imensa tristeza pela qual passei no fim do meu casamento, com a decepção em relação ao meu ex-marido me cortando cada vez mais o coração, com o mar de lama do qual não escolhi participar quase me afogando. O otimismo, a capacidade de olhar para cima foram minhas principais bóias nesta fase, ajudados pela minha família e meus amigos.

Por que estou falando sobre isso hoje? É que passei um domingo bem chateada, e hoje, quando me levantei de manhã, o céu estava claro, o sol brilhava, a vida parecia melhor. Pedi ao bode para ficar quieto em algum canto, enquanto eu vivia a minha vida, porque ele, para mim, é péssima companhia!!

11 Comentários:

Blogger MH disse...

É isso aí!
sempre tem algum jeito melhor de encarar a vida... parabéns :-)

beijo

8:17 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Isso mesmo!!É Incrível como seu otimismo, a sua força de vontade faz com que vc passe por cima de tudo e leva a vida cada vez mais bela...
Não sei se suportaria!!!Não sei se teria tanta força ...igual a voce.Apesar de parecer de familia...Pq Dona Madalena...é de um otimismo abençoado!!!

Oh!!!Que Deus te abençoe sempreeeee!!!

beijos

Nana

8:21 PM  
Blogger Cláudia disse...

mh, obrigada!

ô, Naninha, pode acreditar que é de família viu? Vc também já superou muita coisa, né não?
beijos

11:51 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Normalmente sou um mau-humorado. Até hoje não entendi se é por natureza ou por opção. Por trás de todas as brincadeiras, das sacanagens, da tiração de sarro, da gargalhada estridente, ainda assim, me vejo como um mau humorado.

Seu texto é inspirador. Me fez lembrar que a opção de ver o copo meio cheio ou meio vazio é nossa e de mais ninguém.

E eu aqui, às duas da matina (quase três), que já tinha programado meu dia de amanhã de um modo pra lá de ranzinza, acabo de rever meus conceitos.

Acho que começarei o dia comprando para o café da manhã aquele pão de torresmo que a Dona Patroa tanto adora...

Obrigado, Cláudia!

2:47 AM  
Blogger Ana disse...

Clau,
eu tb sou assim. Tanto que, qdo estou de mau humor, de bode, nem eu me aguento (acho ate que ja escrevi sobre isso).
Mas, as vezes, é preciso tb deixar a chateação vir a tona... pq ai ela acaba indo embora sozinha. mascarar tudo nem sempre é a melhor opção (experiencia propria).
Beijos.

11:06 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Sabe Claudia, me chamam de Polyana muitas vezes... sempre tento ser leve, fazer o jogo do contente... minha mãe diz que levo a vida na flauta (vai entender esta gíria...), mas levar tudo a sério deve fazer da vida mais dura do que ela realmente é. E sei bem o que é as vezes pensar que está se enganando, se iludindo. Mas sei que esta maneira é muitas vezes um escape, meio uma Scarlet o'hara... Amanhã eu penso neste problema, porque amanhã será um novo dia. Enfim... ser leve e otimista é bem melhor...

12:31 PM  
Blogger mc disse...

Amarra esse bode beeeeeem longe!!! É difícil, tem dia que ele insiste em aparecer... ele é meio carente, né não?

1:50 PM  
Blogger Tati disse...

É isso aí! Vc viu o filme "Quem Somos Nós"???? Se não viu, veja, pois segundo ele, pessoas como você, ou seja, otimistas, têm mais chance de de se dar bem na vida, em todos os aspectos...
Beijos

3:28 PM  
Blogger Cláudia disse...

Adauto
ótima idéia!!!

Pessoal, não se trata de mascarar a chateação. É apenas uma incapacidade de suportá-la por muito tempo, tenho logo de dar um jeito dela terminar.
É que eu acho que a própria vida já se encarrega de deixar a gente com um monte de coisas chatas pra resolver, então ao menos a parte que me diz respeito eu tento fazer com que seja boa!

beijos

3:44 PM  
Blogger Andorinha... disse...

Quando ele vem, não tem jeito. Mas nada que uma choradinha - momentânea! - não cure.
Acho que esta capacidade de reversão que vc tem, CLáudia, é essencial.
Que o bode venha é uma coisa inevitável, mas ficar curtindo o animal durante dias e dias, é opcional. E assim, caminha a vida...
Beijos! e bom dia pra vc!

6:07 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Já sim...Graças a Deus!!!
Mas digo em relação ao seu casamento...essa é uma parte q ainda nao passei...sabe???Nao sei se teria forças...
Mas , se é de familia...não tenho q me preocupar agora com isso, nao é???

beijossssssssssssssssssss

7:45 PM  

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