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quarta-feira, agosto 20, 2008

Mundo musical

Na memória do rádio do meu carro há várias estações, cada uma com seu estilo. Rádio de música velha, pop rock, classic rock, música eletrônica, e até essas rádios com nome de empresa que são moda agora, como a Mitsubish e a Oi, que, como bem observou um amigo meu, parece o iPod de alguém, não o seu.

E tem também uma rádio de música popular, onde dá pra saber tudo o que rola no mundo do Jeito Moleque, da Perlla, da Kelly Key, do Latino e do Cesar Menotti e Fabiano - cujo hit Ciumenta é uma das coisas mais bregas que já escutei nos últimos tempos depois da clássica e consagrada Feiticeira, do Carlos Alexandre.

Porque cultura popular é importante, quem não vê novela ou filme tipo cinemão, não sabe o que se passa no BBB, e nem tem noção do que tá bombando nas rádios acaba ficando por fora do que tem movido o mundo, seja isso coisa boa ou não.

Fui a uma festa na qual tocou a Dança do Quadrado: correu todo mundo pra pista pra ficar fazendo a coreografia e eu fiquei ali sentada, pensando que nunca na vida tinha escutado aquele grande sucesso da Sharon Axé Moi. Eu jamais teria feito aquela dancinha, naquelas circunstâncias, é quase tão vexaminosa quanto a da boquinha da garrafa, se é que isso é possível. Mas gostei de ficar sabendo, da mesma forma como um dia foi importante saber o que era a Macarena, e a coreografia do Ragatanga. Ou que na festa do apê rolava bundalelê.

Hoje de manhã estou eu vindo para o trabalho, ouvindo justamente a rádio popular - porque eu tenho uma alma brega que nem me esforço pra sufocar - começou a tocar um pagodinho que eu nunca tinha escutado antes e comecei a prestar atenção na letra.

Nunca tinha escutado nem era por algum motivo especial, é que não escuto música em casa, somente no carro, e o meu rádio anterior era de um modelo improgramável. Sabe essas coisas feitas por engenheiros, testadas por engenheiros, aprovadas por engenheiros, e que na hora que cai no mercado de consumo ninguém sabe usar porque cada botão tem trocentas funções, todas descritas com os nomes técnicos, nada friendly? Pois é, era um rádio modernérrimo, mas complicadíssimo, de maneira que eu tinha muita preguiça de ficar variando as rádios, e por conta disso, dificilmente colocava em uma rádio popular.

E aí tô escutando o tal pagodinho, prestando atenção na letra, e fiquei indignada com aquilo. Basicamente o cara queria terminar com a menina, mas não queria que ela ficasse triste com ele, nem se afastasse, porque quem sabe um dia eles não se reencontravam. E que ele queria sempre saber como ia a vida dela, queria estar sempre por perto, vê-la sempre, e nunca iria abandoná-la.

Sai pra lá, encosto, canta pra subir! Então o cara não quer mais namorar a menina, mas pretende que ela passe o resto da vida atrelada a ele, reportando o que faz e o que deixa de fazer, com ele rondando o terreiro para o caso de um dia, quem sabe, ele se arrepender de cair na vida e voltar para os braços dela, que, é claro, deve estar ali pronta para recebê-lo de volta. E feliz da vida dele dar a ela a oportunidade de ouro de voltar a ser namorada dele.

Não é revoltante? Neste caso é melhor fazer como a Kelly Key, em Corta Essa, e dar um chega pra lá no folgado!

9 Comentários:

Blogger Yara disse...

Hohoho, o rádio do Torresmo também tem uma rádio brega programada, para aqueles dias que o que nos conforta é uma melodia rosmântica. Dedé quer morrer em dia de rodízio que é quando ele usa meu carro... uai, é só evitar o botão nº 1 ué.:o)

Beijos pra você!

2:08 PM  
Blogger Renatinha disse...

Clau,
Muitos homens querem isso, mas não expressam na música... ele pelo menos foi sincero....
Agora só ouço a Oi FM, estou adorando descobrir o IPOD de outros....
beijo
Re

2:55 PM  
Blogger Cláudia disse...

Yara, aposto como ele escuta escondido!

Re, eu também tenho a Oi e a Mitsubishi, praqueles momentos em que você não quer ouvir nada do habitual.

beijo

4:45 PM  
Blogger MH disse...

Revoltante. Infelizmente a música realmente é fiel ao sentimento de muito cara por aí...

Adorei a definição da Oi como um iPod, mas não o seu. A Mitsubishi não conheço, mas a Oi é exatamente isso: músicas do iPod de alguém que eu não conheço. às vezes agrada, mas geralmente me deixa com cara de interrogação!

beijo

5:13 PM  
Blogger Unknown disse...

Putz... rádio popular aqui por essas bandas não dá! Kelly Key é luxo perto do que toca aqui... vai do famoso Calcinha Preta até o Forro do Muído, dentre outros expoentes da categoria!
Eu até tentei, mas é tal qual sertanejo, tocou eu mudo! E tenho dito! Bj

9:48 AM  
Blogger Cláudia disse...

Forró do Muído? Adorei o nome!
Já me disseram que os forrós cearenses são os melhores.
beijo

11:10 AM  
Blogger Unknown disse...

Só se for melhor na sacanagem... sério, nunca vi tanta letra com duplo/triplo sentido, sem contar as que têm sentido direto (igual ao funk)... Eu acho melhor o forró universitário daí de SP mesmo. Mas cadenciado, mas bonitinho...

10:26 PM  
Blogger mc disse...

Eu estava ouvindo muito a Oi FM! Nao aguentava mais os hip hops americanos, tao baixaria quanto o Latino!!

Mas vc esta certa, cultura popular faz parte. Agora tenho que aprender sobre a cultura popular holandesa, que e engracadissima!

10:17 AM  
Blogger Cláudia disse...

mc, aprende e conta tudo no blog novo!
beijo

10:16 PM  

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