Minha foto
Nome:
Local: São Paulo, SP

sexta-feira, novembro 12, 2010

Numa tarde gelada de primavera

Estamos pintando a confecção inteira, pedaço aqui e pedaço ali, porque a produção não pode parar e nem atrasar. Ao mesmo tempo, não dá para pintar tudo somente durante as férias coletivas e com esse tempinho chuvoso ele não pode fazer a área externa antes, conforme o planejado.

Com isso, hoje ele estava pintando o corredor que fica logo na saída da minha sala - quando eu cheguei de manhã, quase tive um troço com meu computador desligado e minha mesa toda coberta, porque ele queria pintar minha sala HOJE e eu trabalhava como, com tanta coisa pra fazer? Mandei colocar tudo de volta e ir pintar algum outro canto.

Mesmo sendo a tinta do tipo sem cheiro, isso quer dizer que ela não tem aquele cheiro tão forte como a outra, e ele sai mais rápido, mas que tem um cheirinho tem, fora o pó. Pra completar o cenário, escolhemos um verde da cartela de cores que obviamente ficou muito mais forte na parede do que prometia ficar, e eu tenho a impressão de que agora vamos trabalhar dentro de uma tigela gigante de vitamina de abacate - já contei aqui que a casa é toda verde, por dentro e por fora, mudar a cor custa mais caro e demanda mais tinta e nós somos pequena empresa, o que é sinônimo de verba curta. Para minimizar o verde vale verdejante, vamos pintar as portas de branco.

Junta tudo isso com o fato de que sentei na frente do computador oito e meia da manhã, e três da tarde eu nao tinha levantado nem pra ir ao banheiro. Estava num estresse imenso e resolvi fazer uma pausa.

Saí na tarde gelada que fez hoje aqui em São Paulo, o termômetro marcando 13 graus, e fui andando pelas ruas arborizadas da Vila Cruzeiro até a padaria. Gosto cada vez mais do bairro onde fica a confecção, com suas ruas calmas, cheias de árvores, passarinhos, casas de classe média, 80% delas com um cachorro que corre para latir no portão quando alguém passsa, ou que fica ali deitado, e bate o rabinho alegremente quando você para e bate um papinho com ele, desonrando a ração que come. A verticalização do bairro é recente, e penso que não será muito intensa pelo menos pelos próximos 10 anos, não ali no pedaço onde trabalho, mas sim mais lá pra baixo, onde havia muitos galpões fabris e que estão todos virando condomínios e prédios.

Cheguei na padaria com o rosto queimando por causa do vento frio, pedi um café com espuminha de leite com o açúcar no fundinho da xícara (porque se você coloca o açúcar depois e vai mexer, acaba misturando a espuminha de leite no café e eu gosto quando ficam separadas) e sentei em uma das mesinhas, bem perto da TV.

Ligada na Sessão da Tarde, na tv passava Ghost. Bem aquela cena clássica em que a Demi Moore tem insônia e vai trabalhar na cerâmica, e chega o Patrick Swayze, lindo! Toca a música tema do filme inteirinha durante a cena de amor, que eu nem gosto de ouvir assim normalmente, mas no filme faz todo o sentido.

Fiquei lá vendo a cena, tomando meu café quentinho, olhando o dia cinza com as folhas das árvores balançando lá fora. Voltei caminhando para minha guacamole room, mãos protegidas do frio nos bolsos do casaco, cabelos despenteados pelo vento, de volta para os afazeres.

Tudo isso consumiu no máximo uma meia-hora, mas foi tão gostoso e relaxante que o estresse melhorou, o trabalho rendeu mais e o verde das paredes até pareceu menos pior... não, tudo melhorou, só o verde que continua péssimo!

3 Comentários:

Blogger Informações: disse...

Olá amiga, como está? Estou de volta a net e ao mundo dos blogs..rs..Agora com mais calma e tempo para me dedicar como realmente quero. Seu blog continua ótemo.

Bjus

5:13 PM  
Anonymous Rosana disse...

E tens uns pés de amora aí por perto também... lugarzinho gostoso.
Agora, na sua sala, bota uns adesivos na parede, um morrinho, uma casinha... fica parecendo João Neiva.
Bj

3:25 PM  
Anonymous Anônimo disse...

kkkk
"ai fica parecendo Joao Neiva"....kkk

Mas pq tanto verde gente?

Nana

5:02 PM  

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial