Pensão alimentícia
Hoje pela manhã fui trabalhar ouvindo a Band News FM, como faço todos os dias. Gosto muito do Ricardo Boechat e seu jeito carioca descolado em seus comentários, porém hoje discordei do comentário dele sobre um assunto: pensão alimentícia.
O caso era do ex-jogador de futebol Zé Elias, o Zé da Fiel, que fora preso por dever um milhão de reais de pensão alimentícia. E aí os dois comentaristas da Band News, Boechat e Megale, teceram comentários de que no Brasil só quem não paga pensão alimentícia vai preso, que isso era uma arma muito poderosa nas mãos da ex-mulher, que vários fatores podem levar o cara a não pagar a pensão, como estar desempregado, ou constituir nova família.
Por que eu discordo? Porque se pegarmos a quantidade de casais separados ou que tiveram filhos sem constituir laços matrimoniais e pegarmos a quantidade de homens presos por falta de pagamento de pensão veremos que a discrepância entre os números é bem grande, ainda que descartemos aqueles homens que honram seus compromissos como pai - e aqui vale destacar o pai da minha filha, que vai muito além do compromisso de mantê-la viva e saudável e é Pai com letra maiúscula, bold, caixa alta em todos os sentidos da vida dela.
A maioria das mães hesita em colocar a questão do não-pagamento da pensão na Justiça. Por vezes, por anos, esperando que um dia um raio de sol ilumine o pai da criança e o faça entender que se ele não provê a criança de alimento, escola, remédios, vestuário, quem irá fazê-lo? A maior parte das mães trabalha fora e ainda cuida dos filhos. Mesmo em caso de guarda compartilhada, uma cidade como São Paulo não favorece o esquema, a menos que ambos - pai e mãe - morem no mesmo bairro, e é preciso ter quase tudo em dobro: uniforme escolar, material de apoio para estudo, mobiliário, estrutura para se cuidar de uma criança, quase sempre é a mãe que fica a maior parte do tempo com a criança.
Ainda que coloque o caso na Justiça, leva tempo até o cara responder por aquilo pra valer, como bem acompanhei o caso de uma amiga cujo ex-marido, de quem ela se separou quando a filha tinha um ano de idade, se valeu de todos os recursos jurídicos para não pagar pensão alimentícia para a criança - minha amiga trabalhava e estudava e tomava conta da filha - a ponto da minha amiga ir parar no hospital com uma crise de stress. Detalhe: a menina já tinha uns 12 anos.
E a mãe faz o que quando o pai não paga? Filho, por favor não sinta fome este mês porque o papai teve um imprevisto e não vai poder pagar a pensão; filha, o inverno chegou, mas você vai pra aula de regata e short dos uniformes de verão porque o papai não depositou a pensão e aí não dá pra comprar o uniforme de inverno; crianças, tá todo mundo proibido de adoecer este mês porque o papai não pagou o plano de saúde.
Porque fato é que, se o pai não paga a pensão seja lá porque motivo for, as crianças continuam comendo, vestindo, calçando, adoecendo, crescendo e precisando ter onde morar e ir para a escola, ainda que pública.
Uma amiga minha casou-se com um cara que já tinha duas filhas do primeiro casamento e com ele teve dois filhos. Nos finais de semana em que as meninas do primeiro casamento iam para a casa dela ficar com o pai, ela notava que, mesmo estando um frio danado, as garotas iam para lá de short e chinelinho. Ela então ia com o pai das meninas e as meninas até o shopping para comprar roupas e calçados para as garotas, xingando a mãe delas de negligente, irresponsável etc. Até que ela se separou do fofo e entendeu que aquele era o único jeito que a ex-mulher tinha encontrado de fazer com que o pai das meninas arcasse com alguma coisa pras filhas - porque ele passou a não arcar com nada para os filhos dela, da mesma forma como não arcava com as filhas que tinha com a ex. Para sorte dela, ela tinha família que a ajudava nos momentos difíceis. Minha amiga era uma dondoca? Nunca foi, sempre trabalhou duríssimo desde nova.
Não é incomum, no começo do ano letivo, algumas mães comprarem todo o uniforme que elas estimam que o filho precisará ao menos pelo semestre inteiro, inverno e verão, porque o sacrificio para que o pai da criança compre ou ao menos ajude a pagar os uniformes de inverno dali a 3 ou 4 meses será exaustivo e a criança precisará das peças. Se você, como pai, não confia em sua ex-mulher, que tal você mesmo ir com a criança até a loja onde vendem-se os uniformes, pedir orientação, usar seu bom senso - porque se você é um pai participativo na vida do seu filhote, sabe o quanto uma criança suja/perde roupa e sapato - e comprar aquilo que é necessário? Pouquíssimos, muito poucos, fazem isso. Melhor mesmo é ficar na posição de pobre vítima explorado pela ex-mulher - que um dia foi fada.
Ou então o cara se acha no direito de "ajudar": de vez em quando ele pinga um dinheiro aqui e ali, compra um tenis para a criança quando vai ao shopping, um leite e um pacote de fralda quando a mãe pede por favor. Tudo sem compromisso algum e se sente injustiçado quando enfrenta um processo de pensão alimentícia: não mantém rotina alguma, mas ele não é burro e sabe que a mensalidade escolar vence todo dia 5 e não só quando o colégio tem vontade de cobrar. E mais uma vez uso aqui o caso de uma amiga: ela e o ex-marido são pais de dois meninos e moram em bairros vizinhos da cidade, ambos os bairros de classe A, ou seja, ninguém ali é pobre. Ela pode contar com a ajuda da família, mas como ela mesma diz "meu pai é avô das crianças e não pai deles. Quem tem de ajudar na criação dos meninos é o pai, como é que vou incutir na cabeça deles que homem de verdade tem de ter palavra e assumir seus compromissos se eles não vêem o próprio pai fazendo o mesmo?"
Da mesma forma como tenho amigos que sempre honraram seus compromissos financeiros como pai e se viram em situação difícil. Nenhum deles foi parar na prisão, todos eles expuseram a situação para a ex-mulher, e juntos chegaram a um acordo, em alguns casos passando inclusive pelo juiz. Um amigo, diante da situação financeira difícil causada pelo desemprego, passou a desempenhar todas as funções para as quais era usado o dinheiro da pensão: dispensou o veículo escolar e passou a levar e buscar os filhos no colégio, no inglês, na aula de esportes; dispensou a babá que cuidava deles na parte do dia em que ficavam em casa enquanto a mãe estava no trabalho e ficava com eles até a mãe chegar, fazendo inclusive o jantar, dando banho, ajudando nas lições, a mãe chegava e as crianças já estavam de pijaminha e dente escovado. Parou inclusive de fumar porque não achava certo gastar R$ 5,00 por dia com cigarros, R$ 150,00 por mês, sem pagar pensão para os filhos. Fez isso até que começou a trabalhar novamente e tudo se normalizou. Um pai desses será denunciado pela mãe dos filhos? Bastante provável que não.
Sempre haverá exceções, sempre haverá mulher mau-caráter e aproveitadora, mas essa ideia de que a lei dá todo o poder à ex-mulher e o homem que não paga a pensão é sempre um coitadinho sem recursos, desprotegido, é furada. Estes são a minoria, e como honra não se mede com dinheiro, eles sempre terão algo para dar aos filhos, seja de que maneira for.
O caso era do ex-jogador de futebol Zé Elias, o Zé da Fiel, que fora preso por dever um milhão de reais de pensão alimentícia. E aí os dois comentaristas da Band News, Boechat e Megale, teceram comentários de que no Brasil só quem não paga pensão alimentícia vai preso, que isso era uma arma muito poderosa nas mãos da ex-mulher, que vários fatores podem levar o cara a não pagar a pensão, como estar desempregado, ou constituir nova família.
Por que eu discordo? Porque se pegarmos a quantidade de casais separados ou que tiveram filhos sem constituir laços matrimoniais e pegarmos a quantidade de homens presos por falta de pagamento de pensão veremos que a discrepância entre os números é bem grande, ainda que descartemos aqueles homens que honram seus compromissos como pai - e aqui vale destacar o pai da minha filha, que vai muito além do compromisso de mantê-la viva e saudável e é Pai com letra maiúscula, bold, caixa alta em todos os sentidos da vida dela.
A maioria das mães hesita em colocar a questão do não-pagamento da pensão na Justiça. Por vezes, por anos, esperando que um dia um raio de sol ilumine o pai da criança e o faça entender que se ele não provê a criança de alimento, escola, remédios, vestuário, quem irá fazê-lo? A maior parte das mães trabalha fora e ainda cuida dos filhos. Mesmo em caso de guarda compartilhada, uma cidade como São Paulo não favorece o esquema, a menos que ambos - pai e mãe - morem no mesmo bairro, e é preciso ter quase tudo em dobro: uniforme escolar, material de apoio para estudo, mobiliário, estrutura para se cuidar de uma criança, quase sempre é a mãe que fica a maior parte do tempo com a criança.
Ainda que coloque o caso na Justiça, leva tempo até o cara responder por aquilo pra valer, como bem acompanhei o caso de uma amiga cujo ex-marido, de quem ela se separou quando a filha tinha um ano de idade, se valeu de todos os recursos jurídicos para não pagar pensão alimentícia para a criança - minha amiga trabalhava e estudava e tomava conta da filha - a ponto da minha amiga ir parar no hospital com uma crise de stress. Detalhe: a menina já tinha uns 12 anos.
E a mãe faz o que quando o pai não paga? Filho, por favor não sinta fome este mês porque o papai teve um imprevisto e não vai poder pagar a pensão; filha, o inverno chegou, mas você vai pra aula de regata e short dos uniformes de verão porque o papai não depositou a pensão e aí não dá pra comprar o uniforme de inverno; crianças, tá todo mundo proibido de adoecer este mês porque o papai não pagou o plano de saúde.
Porque fato é que, se o pai não paga a pensão seja lá porque motivo for, as crianças continuam comendo, vestindo, calçando, adoecendo, crescendo e precisando ter onde morar e ir para a escola, ainda que pública.
Uma amiga minha casou-se com um cara que já tinha duas filhas do primeiro casamento e com ele teve dois filhos. Nos finais de semana em que as meninas do primeiro casamento iam para a casa dela ficar com o pai, ela notava que, mesmo estando um frio danado, as garotas iam para lá de short e chinelinho. Ela então ia com o pai das meninas e as meninas até o shopping para comprar roupas e calçados para as garotas, xingando a mãe delas de negligente, irresponsável etc. Até que ela se separou do fofo e entendeu que aquele era o único jeito que a ex-mulher tinha encontrado de fazer com que o pai das meninas arcasse com alguma coisa pras filhas - porque ele passou a não arcar com nada para os filhos dela, da mesma forma como não arcava com as filhas que tinha com a ex. Para sorte dela, ela tinha família que a ajudava nos momentos difíceis. Minha amiga era uma dondoca? Nunca foi, sempre trabalhou duríssimo desde nova.
Não é incomum, no começo do ano letivo, algumas mães comprarem todo o uniforme que elas estimam que o filho precisará ao menos pelo semestre inteiro, inverno e verão, porque o sacrificio para que o pai da criança compre ou ao menos ajude a pagar os uniformes de inverno dali a 3 ou 4 meses será exaustivo e a criança precisará das peças. Se você, como pai, não confia em sua ex-mulher, que tal você mesmo ir com a criança até a loja onde vendem-se os uniformes, pedir orientação, usar seu bom senso - porque se você é um pai participativo na vida do seu filhote, sabe o quanto uma criança suja/perde roupa e sapato - e comprar aquilo que é necessário? Pouquíssimos, muito poucos, fazem isso. Melhor mesmo é ficar na posição de pobre vítima explorado pela ex-mulher - que um dia foi fada.
Ou então o cara se acha no direito de "ajudar": de vez em quando ele pinga um dinheiro aqui e ali, compra um tenis para a criança quando vai ao shopping, um leite e um pacote de fralda quando a mãe pede por favor. Tudo sem compromisso algum e se sente injustiçado quando enfrenta um processo de pensão alimentícia: não mantém rotina alguma, mas ele não é burro e sabe que a mensalidade escolar vence todo dia 5 e não só quando o colégio tem vontade de cobrar. E mais uma vez uso aqui o caso de uma amiga: ela e o ex-marido são pais de dois meninos e moram em bairros vizinhos da cidade, ambos os bairros de classe A, ou seja, ninguém ali é pobre. Ela pode contar com a ajuda da família, mas como ela mesma diz "meu pai é avô das crianças e não pai deles. Quem tem de ajudar na criação dos meninos é o pai, como é que vou incutir na cabeça deles que homem de verdade tem de ter palavra e assumir seus compromissos se eles não vêem o próprio pai fazendo o mesmo?"
Da mesma forma como tenho amigos que sempre honraram seus compromissos financeiros como pai e se viram em situação difícil. Nenhum deles foi parar na prisão, todos eles expuseram a situação para a ex-mulher, e juntos chegaram a um acordo, em alguns casos passando inclusive pelo juiz. Um amigo, diante da situação financeira difícil causada pelo desemprego, passou a desempenhar todas as funções para as quais era usado o dinheiro da pensão: dispensou o veículo escolar e passou a levar e buscar os filhos no colégio, no inglês, na aula de esportes; dispensou a babá que cuidava deles na parte do dia em que ficavam em casa enquanto a mãe estava no trabalho e ficava com eles até a mãe chegar, fazendo inclusive o jantar, dando banho, ajudando nas lições, a mãe chegava e as crianças já estavam de pijaminha e dente escovado. Parou inclusive de fumar porque não achava certo gastar R$ 5,00 por dia com cigarros, R$ 150,00 por mês, sem pagar pensão para os filhos. Fez isso até que começou a trabalhar novamente e tudo se normalizou. Um pai desses será denunciado pela mãe dos filhos? Bastante provável que não.
Sempre haverá exceções, sempre haverá mulher mau-caráter e aproveitadora, mas essa ideia de que a lei dá todo o poder à ex-mulher e o homem que não paga a pensão é sempre um coitadinho sem recursos, desprotegido, é furada. Estes são a minoria, e como honra não se mede com dinheiro, eles sempre terão algo para dar aos filhos, seja de que maneira for.
9 Comentários:
Clau, mais uma vez, voce arrasou no texto! Meu pai, safado de primeira, nunca meu um litro de leite para os filhos (3), que na época que ele e minha mae se separaram, tinham 7, 5 e 3 anos...
Ate hoje, ele não faz a minima questao de saber se estamos vivos... Mas enfim, do jeito que tem ex safada e aproveitadora, tem um monte de ex-marido sacana, que simplesmente pega o dinheiro e torra com piriguete e depois reclama que a coitada da ex-mulher botou ele no pau porque nao pagou a pensao...
Ainda hoje acho que o maior erro da minha mãe foi nao ter acionado a justica na epoca da pensao do meu pai, sabia? Quem sabe assim, ele teria um minimo de respeito pelos filhos?
Beijo!
Cintia, normalmente a mãe tenta preservar a figura do pai das crianças por causa das próprias crianças. Fora o fato de se sentir implorando por algo que é um direito da criança e um dever de ambos os pais. Muitas deixam pra lá e dão um jeito sozinhas, outras chegam no limite e só aí acionam o Judiciário.
O respeito pelos filhos ela não conseguiria na Justiça, Cintia, infelizmente.
beijo
É um babado forte isso mesmo, pois quando vc muda o olhar e vem ver as famílias daqui por exemplo, aposto que as mulheres nordestinas nem sabem que o pai tem o dever de pagar muitas coisas, as mulheres daqui que trabalham, criam, educam, dão de comer e vestem seus filhos, os pais? Muitas vezes nem conhecem as crianças, lá no meu trabalho na Pastoral da Criança vejo que 80% das crianças não tem nenhuma figura paterna o que dirá ajuda financeira? Aí vai para 100% das famílias assistidas. O homem Nordestino só sabe fazer filho, casar, descasar... Outro dia estava na manicure e o irmão dela ia comnhecer a filha que pediu de 15 anos para a mãe conhecer o pai. Eu perguntei: - puxa, que emoção, mas seu irmão sabia que esta filha existia? Ela mora muito longe?
Sabe qual foi a resposta?
Sabe sim, ela mora no Ó (cidade vizinha de Porto), mas ele tem 9 filhos e nem queria saber de conhecer mais uma, mas ele vai, né? Fazer o que?
É... fazer o que?
Se deixar de pagar pensão, desse prisão mesmo, aposto que não haveria espaço na cadeia e teriam que mudar as leis...
beijos
Re
Assisti a um aaudiência dia desses, de pensão, etc. A mãe cobrando pensão ras duas filhas de 3 e 5 anos, o pai dizendo que não podia pagar porque não tinha emprego e ainda por cima tinha casado de novo (!) com uma garota de 17 anos (!!) que não podia trabalhar (!!!) que era "de menor". A promotora e a juíza desancaram o sujeito, que as filhas tinham que comer e vestir, que ele que se virasse pra arranjar o dinheiro, e que a mulher se tinha idade pra casar também podia trabalhar, as crianças é que não. A pensão ficou em 300 reais e a mãe saiu com a alma lavada.
Renata, eu acho que deviam fazer uma castração em massa desses caras.
Mana, ela vai ficar rica com a pensão de 300 reais né?
beijo
Pai preso quando, isso é difícil a maioria se faz de coitadinho que já constitui outra família e não tem como pagar, a juiza pode determinar o que for se ele não pagar sai na mesma, tenho um caso que esta a 07 anos na justiça e ele não paga ,já foi expedido o mandanto de prisão e ele sumiu da residência, segundo informações ele esta trabahando e não paga nada, você liga para o Disque- Denúncia e ninguém pode fazer nada.
Quem não que pagar não pagae não vai preso há exceções. Mais um dia pagará para o grande juiz que é Deus.
Nosssaa... fico tonta de ouvir essas coisas...não consigo entender como o cara vai lá, faz os filhos e ainda acha que por ter separado, a mãe que tem que cuidar de tudo! affff
Não dou conta!
Espero nao passar por isso...mas eu duvido que se um dia eu casar, ter filhos e depois me separar que neguinho nao vai dá pensão...Seu Abeli resolve a situação na base do facão!!!kkkk
beijos
texto MARA!
Nana2
Concordo com vc, Clau!
Se tem, é pra pagar.
Só discordo de coisas que acontecem - e aconteceu com o Zé da Fiel. Um milhao de pensao é bastante coisa...mesmo dividindo este valor em muitos meses mas tb não dá pra tirar uma conclusão sem ver o processo, o quanto ele ganhava, o quanto foi determinado na pensão, etc...
Mas se é assim que tem que ser pra funcionar, que seja! Prisão civil por não pagamento de pensão!
Ára!
Beijao
Parabéns pelo comentário...concordo plenamente com você. Sou divorciada tenho dois filhos e o pai não paga pensão..
Beijo
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