Se ele xinga, eu xingo
Estamos agora com a polêmica do jogador do Palmeira que xingou um jogador negro do Atlético Paranaense de macaco, no meio de uma discussão onde rolaram cotovelada respondida com cusparada e outros fatores da Vida Macha (termo emprestado do Gravatái Merengue), tão comuns no universo masculino, e que depois eles saem dali e vão tomar uma cerveja juntos como se nada tivesse acontecido enquanto nós mulheres, ficamos de mal por um ano quando uma chama a outra de gorda - não, neste caso a gente nunca mais olha na cara dela.
Voltando ao assunto principal, o caso foi registrado na delegacia como injúria com termos racistas. Longe de querer defender o racismo, a discriminação e a intolerância, acho que o exagero também fomenta atitudes radicais, de ambos os lados. Basta ver o bafafá que se tornou o fato do Dourado (vencedor do BBB10) não querer ouvir histórias de amor gay e outras declarações do tipo. Já caíram na pele dele acusando de homofóbico, quando na verdade ele é só um tosco ignorante. Ou quando a modelo Isabeli Fontana, mãe de dois meninos, disse que não queria que um dos dois fosse gay. Quem é mãe entendeu que o que ela quis dizer foi que ela sabe o quanto ser homossexual na nossa sociedade causa sofrimento até que a pessoa seja forte o suficiente para assumir sua orientação e construir a vida em paraâmetros que não sejam os aceitos pela maioria, mas já foi aquela gritaria de que ela estava sendo homofóbica, e em momento algum ela disse que se um dos filhos fosse gay ela ia jogá-lo na ribanceira.
É muito diferente quando a torcida inteira de outro time, metade de um estádio, ou em alguns casos, o estádio inteiro, grita impropérios racistas contra um determinado jogador, com o intuito de desestabilizá-lo. Neste caso, acho que a punição tem de ser exemplar. Porém, no calor do jogo, entre os jogadores, vamos combinar que os xingamentos rolam todo o tempo. É um tal de um chamar o outro de corno, de filho-da-poisé, de viado, disso e daquilo, de xingar a irmã, a mãe, a avó... Você já viu alguém parar na delegacia pra prestar queixa dizendo que fulano disse que sou corno na hora de bater o escanteio?
Volto a mencionar todas as demais formas de discriminação: contra as loiras por exemplo. E contra nós, de IMC acima de 25 e manequim acima do 40, em especial as mulheres. Nunca vi alguém que tenha chamado o outro de gordo virar matéria de Jornal Nacional. Será por que nós, gordos, escolhemos ser assim, segundo o senso comum? Por que somos culpados de nos entupirmos de doces, massas, refrigerantes e não fazer três horas de exercícios físicos por dia? Que só é gordo quem quer, ao contrário de ser negro - mentira, tavaí Michael Jackson pra provar que atualmente só tem pele negra quem quer e a escova progressiva, inteligente, de chocolate, de morango, de açaí com banana e granola para deixar todo mundo com cabelos lisos escorridos. No mesmo BBB10 mencionado acima, a Elenita foi chamada de gorda e baleia N vezes e ninguém achou um absurdo. Pelo contrário, devem ter achado ela é gorda mesmo, olha esses pneuzinhos, e ela nem é uma mulher gorda, se os parâmetros de avaliação não fossem doentios.
Ainda sobre raça, e quando um autor de novela resolve colocar uma personagem negra e usar esta personagem para fazer apologia contra o racismo? Quer coisa mais racista que isso? É muito mais eficaz que as personagens negras sejam pessoas que conversam sobre assuntos do cotidiano, que estudam, trabalham, ralam, amam, odeiam, têm filhos. Mesmo no caso dos deficientes físicos, há um exagero tão grande no engajamento usando a personagem da Luciana que eu não suporto mais nem olhar pra cara da atriz. A personagem não faz mais nada na vida a não ser discursar sobre as dificuldades dos deficientes, e até no bem bom com o Miguel ela tá lá, levantando a bandeira. Puta coisa chata!
Vamos ter bom senso e distinguir a verdadeira discriminação racial daquilo que é somente um desabafo pontual, como o caso que iniciou este post.
Porque igualdade de tratamento é uma via de mão dupla.
Voltando ao assunto principal, o caso foi registrado na delegacia como injúria com termos racistas. Longe de querer defender o racismo, a discriminação e a intolerância, acho que o exagero também fomenta atitudes radicais, de ambos os lados. Basta ver o bafafá que se tornou o fato do Dourado (vencedor do BBB10) não querer ouvir histórias de amor gay e outras declarações do tipo. Já caíram na pele dele acusando de homofóbico, quando na verdade ele é só um tosco ignorante. Ou quando a modelo Isabeli Fontana, mãe de dois meninos, disse que não queria que um dos dois fosse gay. Quem é mãe entendeu que o que ela quis dizer foi que ela sabe o quanto ser homossexual na nossa sociedade causa sofrimento até que a pessoa seja forte o suficiente para assumir sua orientação e construir a vida em paraâmetros que não sejam os aceitos pela maioria, mas já foi aquela gritaria de que ela estava sendo homofóbica, e em momento algum ela disse que se um dos filhos fosse gay ela ia jogá-lo na ribanceira.
É muito diferente quando a torcida inteira de outro time, metade de um estádio, ou em alguns casos, o estádio inteiro, grita impropérios racistas contra um determinado jogador, com o intuito de desestabilizá-lo. Neste caso, acho que a punição tem de ser exemplar. Porém, no calor do jogo, entre os jogadores, vamos combinar que os xingamentos rolam todo o tempo. É um tal de um chamar o outro de corno, de filho-da-poisé, de viado, disso e daquilo, de xingar a irmã, a mãe, a avó... Você já viu alguém parar na delegacia pra prestar queixa dizendo que fulano disse que sou corno na hora de bater o escanteio?
Volto a mencionar todas as demais formas de discriminação: contra as loiras por exemplo. E contra nós, de IMC acima de 25 e manequim acima do 40, em especial as mulheres. Nunca vi alguém que tenha chamado o outro de gordo virar matéria de Jornal Nacional. Será por que nós, gordos, escolhemos ser assim, segundo o senso comum? Por que somos culpados de nos entupirmos de doces, massas, refrigerantes e não fazer três horas de exercícios físicos por dia? Que só é gordo quem quer, ao contrário de ser negro - mentira, tavaí Michael Jackson pra provar que atualmente só tem pele negra quem quer e a escova progressiva, inteligente, de chocolate, de morango, de açaí com banana e granola para deixar todo mundo com cabelos lisos escorridos. No mesmo BBB10 mencionado acima, a Elenita foi chamada de gorda e baleia N vezes e ninguém achou um absurdo. Pelo contrário, devem ter achado ela é gorda mesmo, olha esses pneuzinhos, e ela nem é uma mulher gorda, se os parâmetros de avaliação não fossem doentios.
Ainda sobre raça, e quando um autor de novela resolve colocar uma personagem negra e usar esta personagem para fazer apologia contra o racismo? Quer coisa mais racista que isso? É muito mais eficaz que as personagens negras sejam pessoas que conversam sobre assuntos do cotidiano, que estudam, trabalham, ralam, amam, odeiam, têm filhos. Mesmo no caso dos deficientes físicos, há um exagero tão grande no engajamento usando a personagem da Luciana que eu não suporto mais nem olhar pra cara da atriz. A personagem não faz mais nada na vida a não ser discursar sobre as dificuldades dos deficientes, e até no bem bom com o Miguel ela tá lá, levantando a bandeira. Puta coisa chata!
Vamos ter bom senso e distinguir a verdadeira discriminação racial daquilo que é somente um desabafo pontual, como o caso que iniciou este post.
Porque igualdade de tratamento é uma via de mão dupla.
4 Comentários:
100% apoiada!!!
beijo
Tudo na vida é uma via de mão dupla, mas esquecemos muitas vezes que o que vai, volta....
bom texto, Clau...
beijos
Concordo com você. A correção política é um saco e já descambou para a intolerância.
Menina, eu vi isso na TV. 1 absurdo. Todo mundo sabe que os homens viram bicho em campo. Se xingam, se estapeiam, não tinham nada que responder judicialmente por uma coisa assim. Bjos!
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