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domingo, setembro 08, 2013

Bike time!

Olha, tinha fácil uns dois anos. Talvez mais, não sei, que eu não andava de bicicleta, desde que a minha, mais velha que a Isabela vejam vocês, tinha sido diagnosticada com falência total dos órgãos - tinha de trocar absolutamente tudo, menos o quadro central e o banco. Aí eu ficava naquela de ir ao parque e alugar uma, mas o parque fica absolutamente impossível nos finais de semana. Junta com a preguiça... bem foram uns dois anos.

Pela cidade, tem o esquema de empréstimo de bicicletas do Itaú, que deve funcionar bem, porque vejo sempre gente pra lá e pra cá nas bikes laranja, mas nunca me animei pra valer. Vejo as bicicletas nos pontos de retirada e devolução, entrei no site, achei meio complexo demais. Semana passada, li uma matéria, já antiga, sobre o empréstimo de bicicletas do Bradesco no Parque das Bicicletas, aos domingos e feriados, uma coisa simples, deixa um documento, pega uma bicicleta por uma hora. Belezinha. Prometi a mim mesma que no próximo domingo - que foi este - eu iria.

Não estou criticando o sistema do Itaú, que nunca usei. Inclusive acho que um nada tem a ver com outro, o do Bradesco é voltado ao lazer no final de semana, nas ciclofaixas, e o do Itaú é permanente, voltado para incentivar o deslocamento de bike pela cidade. Tanto que você pode pegar a bicicleta em um local e devolver em outro, e tem muitos pontos espalhados pela região central, mas ainda não sou cool e descolada a esse ponto.

Acordei cedo, comecei a ver um filme, depois emendei com The Big Bang Theory... e a manhã ia passando e eu ali enrolando mais que tudo para sair da cama. Aquele sol lindo. Me troquei e fui.

Peguei a bicicleta, toda me achando A atleta, e já comecei no vexame: quem disse que eu conseguia colocar o pedal na posição que eu sei começar a pedalar? Porque eu só sei começar a pedalar com o pé direito, e com o pedal assim, na frente, não sei começar com o esquerdo, nem com o pedal pra baixo. E o pedal não admitia ser rodado com a bicicleta parada. E a bicicleta não andava pra trás. E eu não saía do lugar. E eu não sabia o que fazer. E se eu fosse uma das meninas ali da tendinha do empréstimo a essa altura estaria rolando de rir com a cena ridícula.

Vencido esse obstáculo inicial que teria feito qualquer pessoa com menos garra e força de vontade e determinação do que eu desistir, me lancei ciclofaixa afora, morta de medo de atropelar alguém, me enroscar em outra bicicleta, ser atropelada por um carro, levar um tombo. Nessa ordem mesmo. O medo foi passando à medida que fui me familiarizando com o pedal, com a marcha diferente da minha antiguinha - também, só tinha 3 posições, não tinha muito pra onde errar -, com a delícia do vento batendo no rosto, do sol brilhando, de ficar pensando que eu gosto tanto de andar de bicicleta, por que não vou sempre?

Sobre ciclofaixas e ciclovias, elas são uma extensão dos seus usuários. Penso que, como nas ruas, deve-se andar pela direita e deixar a esquerda para quem quer ultrapassar, certo? Que andar com sua namorada lado a lado, conversando sobre a vida, impede que os demais andem na ciclofaixa em velocidade superior à sua. Sem contar o fato de que nem todo mundo que vai atrás está interessado em seu papo furado. Também não dá para andar com sua filhinha de 3 anos na bicicleta de rodinha, nem passear com o carrinho de bebê - tem roda né? - muito menos correr a pé. Por outro lado, a ciclofaixa dos finais de semana e a ciclovia no parque também não são os locais onde você vai treinar para o Tour de France, e ultrapassar um ciclista mais lento e xingá-lo por isso não me parece a forma mais adequada de desestressar num domingo de sol.

Dói tudo, claro. Braço, perna, pescoço, bumbum... O cabelo, que estava solto, embaraçou de um jeito perto do pescoço, que parecia um ninho de mafagafos. Nunca vi um, nem sei se mafagafo existe ou se é só um bichinho para dar ritmo ao travalínguas, mas me parece a comparação mais adequada, e deu um trabalho do caramba para desmafagafizar depois. Fiquei pensando em quem poderia me emprestar uma daquelas almofadinhas de quem opera hemorróidas para eu poder trabalhar amanhã.

Independente de qualquer percalço, foi quase uma hora de puro prazer, sem parar de pedalar, a não ser nos semáforos - que, para minha sorte, apareciam de 700 em 700m mais ou menos, o que me permitia respirar por 30 segundos - aquela sensação boa que o exercício físico ao ar livre proporciona, o gostinho de vitória sobre o cansaço, a falta de forma, a preguiça!!!



3 Comentários:

Anonymous Rosana disse...

Urrúúúúú!!!! \o/ Vivaaaaa!!!!! Mais uma biker na cidadeeee!!!! E tá certíssima, a ciclovia/ciclofaixa é pra andar sem correr e sem se arrastar, como se anda na via de carros de carro. Compra uma bicizinha pra vc! Bj

8:56 PM  
Blogger Cláudia disse...

Em breve, mana, acho que vou pedir pra papai para, em vez dele comprar televisão, comprar uma bici pra mim!
bjs

9:51 PM  
Anonymous Rosana disse...

Capaz de ele comprar ambas.

2:22 AM  

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