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segunda-feira, dezembro 25, 2006

Lembranças

Dia 25 acabando, eu, meu pai e minha mãe comendo pizza na mesa da cozinha. Papo vai, papo vem, começam as lembranças de família.

Sei bastante coisa da história da família da minha mãe, e quase nada sobre a família do meu pai. É que até mesmo meu pai é mais ligado à família da minha mãe do que à dele próprio, então, sempre fomos todos muito Baioco e quase nada Pereira.

E então fiquei sabendo que minha bisavó materna por parte de pai tinha um nome lindo: Joana Clara Maximiniana. Que o pai do meu avô paterno tinha como sobrenome de Lucena.
Que saíram de Pernambuco em direção ao Espírito Santo de navio, 30 dias de viagem, com o filho mais velho no colo e minha avó paterna grávida da segunda filha, minha tia Dinice.
E que antes do meu pai, houve uma menina, Maria de Lurdes, que morreu pequena. E que depois dele houve outra menina, a Dilza, de cuja morte meu pai lembra bem, principalmente do pai dele construindo o caixãozinho da filha - ele era carpinteiro -chorando.

Já minha mãe contou que o meu avô dizia que era para colocar capim dentro dos sapatos que ficavam na janela, para o cavalinho do Papai Noel. Sim, o Papai Noel que passava na roça onde minha mãe morava não usava renas, nem tinha trenó.
Em retribuição ao capim para o seu cavalinho, o Papai Noel deixava bala para as crianças e fumo para o meu avô Gregorio.

Que meu bisnonno Giocondo tinha um irmão gêmeo, que morreu no navio vindo da Itália para o Brasil, e o corpo dele foi jogado ao mar. E que ele criava e comia escargots (que ele chamava de lumaga), com minha avó Mariquinha, nora dele, morrendo de nojo daquilo.

Lembranças, lembranças, lembranças... tão bom!

5 Comentários:

Blogger Ana disse...

Tb nunca fomos muito chegados na familia do meu pai... esses dias eu tava contando para ele que eu conheço aquele rapaz que pulou no Rio Pinheiros, para salvar a criança, e ele me contou que meu avo ja pulou no Tiete, para salvar um rapaz. E tb que ja arrombou uma papelaria que estava pegando fogo e salvou um monte de gente. Avo heroi e eu nem sabia... só me lembro do saco de balas que ele me trazia toda vez que vinha em casa...saudades.

6:03 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Dia desses achei uma carta da vovó Belmira em que ela agradecia uma sandália que tínhamos mandado pra ela e mandava uma lata de doce de mamão "que se come bem e muito bem". Mostrei pra Papai que saiu da sala pra chorar num cantinho e voltou depois.
Bjs. Rosana.

7:16 PM  
Blogger Cláudia disse...

é, Rosana, nessa noite da conversa ele fez a mesma coisa, saiu de fininho e só voltou depois.

Ana, a gente sempre se surpreende, né?

beijos

10:52 PM  
Blogger Cláudia disse...

Pois é, Nana. Adoraria ir agora no ano novo, mas não vou mesmo poder. Seria uma reunião de familia muito bacana!
Quem sabe no próximo???
beijo

12:50 AM  
Blogger Lala disse...

Opa! Chama nóis pra Convenção Nacional da Baiocada!!!

beijos querida! é de esquentar o coração mesmo.

2:40 PM  

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