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quarta-feira, julho 09, 2008

Cada um luta com as armas que tem


Hoje passou no jornal do meio-dia uma matéria sobre os veteranos da Revolução de 32, que originou o feriadinho paulista de hoje, e entre eles estava a d. Dirce.

Não, d. Dirce não lutou nas frentes de batalha, imagine, naquela época mulher nem votava, que dirá pertencer ao Exército. Mas seu esforço de guerra foi tão importante que este ano foi ela a Comandante em Chefe das Forças Revolucionárias durante o desfile.

Sua contribuição consistiu em, aos 14 anos de idade, empenhar-se, ela, as irmãs e a mãe, em tricotar cachecóis e meias de lã quentinhos, para os soldados que lutavam no front. Afinal, era julho, em tempos de camada de ozônio sem buraco, sem inversão térmica, nem aquecimento global, ou seja, invernão pra valer. Segundo ela, eles não podiam ficar lá, passando frio.

Fiquei vendo aquela senhorinha toda linda e arrumada na reportagem da tv e imaginando-a de vestido de babados, cabelos bem penteados enfeitados com um lacinho, meias compridas até os joelhos, sapatos tipo boneca e casaquinho de lã, sentada numa cadeira ao lado do rádio, ouvindo as notícias sobre o avanço das tropas federais para conter os revolucionários paulistas.

As mãozinhas trabalhando rápido, hábeis com as agulhas de tricô, concentrada em seu cívico dever de finalizar aquele cachecol que seria usado por um soldado desconhecido. Orgulhosa em poder contribuir.

Tempos românticos aqueles, não?

4 Comentários:

Blogger Unknown disse...

E de pensar que somos vistos com mais olhos por boa parte do país por sermos um Estado desenvolvido, mas esquecem que lutamos por uma constituição e ainda contribuímos para que o voto feminino fosse finalmente aprovado! As pessoas doaram seus bens para a luta. Jovens iam para o front sem armas, só com a vontade de lutar.
E viva São Paulo!!!!!Bj

11:36 AM  
Blogger Renatinha disse...

E vc viu que senhora linda ela se tornou?
Me emocionou também...
beijos
Re

12:14 PM  
Blogger Lala disse...

Muito bonitinha!

Tenho saudade desses tempos que nem vivi.

5:37 PM  
Anonymous Anônimo disse...

eu fui moradora de atilio vivacqua muitos anos meu pai foi uns dos que construiu varias casas la,hoje minha mãe faleceu e meu pai teve que arcar com toda a despeza porque ninguem o ajudou o velorio ficou em 1.400 reais e ninguem ajudou sendo morador e eleitor de ja faz mais de dez anos,isso é uma verdadeira vergonha,meu pai não tem nem o que comer as vezez para arcar com as despezas que ficou,isso e´muito triste.

3:28 PM  

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