Discutir a relação
Eu não acredito em DR (discutir a relação). Acho contraproducente, e não creio na possibilidade de você falar um monte para o seu parceiro e querer que ele não se sinta ofendido ou mesmo atacado, e mais ainda, que ele seja capaz de dialogar contigo no nível esperado e que tenha respostas ou argumentos para o que acabou de ouvir, sendo que muitas vezes você levou dias ou semanas para elaborar o discurso de maneira que você julga adequada. Para não mencionar o fato de que nós, mulheres, somos treinadas a conversar sobre nossos sentimentos por toda a nossa vida, a externá-los, fazemos isso todo o tempo com a família e os amigos, ao passo que os homens só recentemente foram alforriados para isso e por mera questão de personalidade costumam extravasar os sentimentos jogando um futebol com os amigos do que falando exaustivamente sobre eles, como nós.
Acredito, sim, em viver a relação e investir na melhora dela, se acha que ela não está boa, em mimos, carinhos, amor e compreensão. Acredito em demonstrar amor para receber amor, em dar atenção para receber atenção, em dar carinho para receber carinho. Acredito em dizer para o outro como se sente, da forma mais clara que você puder, sem a cobrança de uma resposta imediata. Afinal de contas, se você mesma levou algum tempo para definir quais eram seus sentimentos sobre o relacionamento ou sobre algum fato ocorrido, e mais um tanto para elaborar o discurso, como pode desejar que ele tenha uma opinião formada sobre o que você acabou de falar, em alguns minutos?
Se você disse para o outro como se sente, se apontou o que a magoa, o que a chateia, o que a irrita, enfim, aquilo que está fazendo com que sua relação com ele fique pior, e ainda assim ele não reage da maneira desejada, a coisa muda de padrão. Esperamos sempre que ele responda da maneira que mais nos agrade, mas nem sempre é assim, e muitas vezes dizemos que ele não reagiu, mas esquecemos de que a aparente não-reação é uma forma eloquente de resposta que costumamos convenientemente desprezar: ou ele não pode, ou ele não quer - ele pode achar que você está completamente errada, não pode? - fazer diferente, o que, no fim, dá no mesmo para você.
Aí, se o mundo fosse perfeito e correto e regido pelas teorias e não pelas práticas humanas, restariam duas opções: ficar e aceitar o que ele te oferece com a convicção de que o que temos para o momento é suficiente para você e que se é assim que vai ser, você vai aproveitar o que ele tem de bom e ser bem feliz com aquele cara que não te liga tanto quanto você gostaria, ou que morre de medo de se comprometer, ou que é um eterno menino e você é que terá de tomar as decisões importantes da vida a dois, ou que volta e meia se perde por um rabo de saia, ou ou ou, complete a frase com o ou que te incomoda. A outra opção deste mundo sensacional é ir embora, fechar a porta atrás de si e buscar alguém que te traga algo o mais parecido possivel com o que você deseja e não pensar mais no assunto.
Mas como este mundo perfeito, correto e regido pelas teorias não existe, nós ficamos sem saber o que é o melhor a fazer: vai-se embora e volta-se várias vezes, na esperança de que ele, desta vez, faça de outro modo; fica-se, e lamenta todos os dias a situação em que se encontra; fica-se e sufoca os próprios desejos para não ser tachada de uma chata; vai-se embora para não mais voltar, mas deixa o coração, de maneira que não consegue se ligar a outrem; fica-se e briga todos os dias por conta dos mesmos detalhes, dos mesmos senões, dos mesmos problemas.
Ou tenta, por meio de intermináveis e torturantes DRs, fazer com que a vida fique um pouco melhor, voltando assim ao ponto de onde partiu.
Acredito, sim, em viver a relação e investir na melhora dela, se acha que ela não está boa, em mimos, carinhos, amor e compreensão. Acredito em demonstrar amor para receber amor, em dar atenção para receber atenção, em dar carinho para receber carinho. Acredito em dizer para o outro como se sente, da forma mais clara que você puder, sem a cobrança de uma resposta imediata. Afinal de contas, se você mesma levou algum tempo para definir quais eram seus sentimentos sobre o relacionamento ou sobre algum fato ocorrido, e mais um tanto para elaborar o discurso, como pode desejar que ele tenha uma opinião formada sobre o que você acabou de falar, em alguns minutos?
Se você disse para o outro como se sente, se apontou o que a magoa, o que a chateia, o que a irrita, enfim, aquilo que está fazendo com que sua relação com ele fique pior, e ainda assim ele não reage da maneira desejada, a coisa muda de padrão. Esperamos sempre que ele responda da maneira que mais nos agrade, mas nem sempre é assim, e muitas vezes dizemos que ele não reagiu, mas esquecemos de que a aparente não-reação é uma forma eloquente de resposta que costumamos convenientemente desprezar: ou ele não pode, ou ele não quer - ele pode achar que você está completamente errada, não pode? - fazer diferente, o que, no fim, dá no mesmo para você.
Aí, se o mundo fosse perfeito e correto e regido pelas teorias e não pelas práticas humanas, restariam duas opções: ficar e aceitar o que ele te oferece com a convicção de que o que temos para o momento é suficiente para você e que se é assim que vai ser, você vai aproveitar o que ele tem de bom e ser bem feliz com aquele cara que não te liga tanto quanto você gostaria, ou que morre de medo de se comprometer, ou que é um eterno menino e você é que terá de tomar as decisões importantes da vida a dois, ou que volta e meia se perde por um rabo de saia, ou ou ou, complete a frase com o ou que te incomoda. A outra opção deste mundo sensacional é ir embora, fechar a porta atrás de si e buscar alguém que te traga algo o mais parecido possivel com o que você deseja e não pensar mais no assunto.
Mas como este mundo perfeito, correto e regido pelas teorias não existe, nós ficamos sem saber o que é o melhor a fazer: vai-se embora e volta-se várias vezes, na esperança de que ele, desta vez, faça de outro modo; fica-se, e lamenta todos os dias a situação em que se encontra; fica-se e sufoca os próprios desejos para não ser tachada de uma chata; vai-se embora para não mais voltar, mas deixa o coração, de maneira que não consegue se ligar a outrem; fica-se e briga todos os dias por conta dos mesmos detalhes, dos mesmos senões, dos mesmos problemas.
Ou tenta, por meio de intermináveis e torturantes DRs, fazer com que a vida fique um pouco melhor, voltando assim ao ponto de onde partiu.
6 Comentários:
Na mosca, hein?
É isso, as pessoas complicam tudo e se recusam a ver as coisas como são, aceitar (ou não) e ser coerente com o que escolheram... Principalmente as mulheres, claro! rs
beijo
Sabe que aqui em casa quem vem com DR é o marido, eu já dou risada e digo: "De novo não!!!! Socorro!!!!" E acaba o DR.... rs
ACho que a vida é simples, estou aqui, estou com vc, vamos lá, algo não está legal só diz na lata, na hora, nada de acumular assuntos senão vira um DR infinito!
beijos
Re
mh, ouvi uma frase boa há algum tempo: as mulheres se apaixonam pelo Che Guevara e depois querem tirar a barba dele.
Re, sua cara dispensar uma DR e sair pra procurar Zezinho que fugiu.
beijo
Hehe...adorei o post e comments.
E DR desgasta...melhor falar na lata mesmo. Sinceramente, ainda é um aprendizado pra mim. eu demoro.
But...não consigo ficar entalada. Desentalou?! Depois o pensamento nem mais existe mais e bola pra frente.
Bj!
Tb não sou fã de DR!
Acho que a cada DR a relação se desgasta um pouco, como uma corda que vai rompendo os fio um a um... Chega num ponto que arrebenta!
Mas, antes discutir do que acatar tudo e acabar sendo infeliz!
beijo
urbAnna
Acabei sentindo na pele a merda que as DRs fazem. Mas só fui ver isso depois. Abaixo a DR!
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