Casamento
Uma amiga minha vai se casar daqui a dois dias, mais precisamente neste sábado dia 30. Devo dizer que, desde que ela marcou a data até agora, os dias voaram e quando vi, já tinha chegado!
Hoje ficamos arrumando as caixinhas das lembrancinhas, amarrando fitinha, colando cartão.... eu, ela, a mãe e a irmã dela.
Impossível não me lembrar de quando eu mesma me casei, aos 20 anos de idade. Tem horas que eu até penso que casar aos 20 anos sem estar grávida nem ter sido vendida pelo pai como escrava branca (mas não muito) é realmente uma coisa muito fora do padrão. Mas na época, pra mim, não era; era normal que depois de alguns anos de namoro eu me casasse com o homem por quem era apaixonada desde os 15.
Eu me lembro bem dos preparativos, das coisas a serem vistas, das flores, do buffet, da escolha do vestido. Lady Di, claro, como pelo menos 90% das noivas anos 80. A grinalda que já contei a história. A compra do sapato (altíssimo!, que eu calcei só na hora de ir pra igreja, em todas as fotos feitas antes disso eu tava era descalça mesmo). O buquê de orquídeas e angélicas, em forma de cascata. A distribuição dos convites, os presentes chegando, que delícia abrir todas aqueles pacotes! Os docinhos parcialmente feitos pela Elisa, amiga da minha mãe que me adorava.
Quando se casa aos 20 anos, tudo é uma grande curtição e não há lugar para o stress. Meu vestido ficou pronto no dia do casamento, de manhã, quando fui buscá-lo e fazer a última prova. Tudo porque a bordadeira deu o cano e quem teve de bordar foi a filha da costureira e a menina acabou tudo na madrugada do casamento. Lembro de mim até hoje dizendo pra minha mãe, que tava à beira de um derrame com o fato do vestido ainda estar sendo bordado: mãe, quem é que vai notar se uma parte do vestido não estiver com todos os bordados????
A floricultura não tirou o tapete vermelho da nave da igreja e colocou o verde por cima. O flautista foi embora antes da música do final, que tinha um solo de flauta e para isso ele tinha sido contratado. O fotógrafo se atrasou e chegou queimando de febre. Fizeram uma maquiagem na minha mãe que ela parecia uma boneca de cera.
Em compensação, o vestido ficou lindo; a maquiagem e o cabelo maravilhosos. Meus amigos e minha família presentes, os que puderam ir. O quarteto de cordas que tocou lindamente na cerimônia. O tema de Tara me fazendo sentir a própria Scarlett O'Hara entrando na igreja. Aquele clima de festa, de confraternização e de alegria que só se repete quando nasce um bebê.
Até hoje, o que mais me marcou, o que é minha mais forte lembrança do meu casamento foi ouvir a voz do meu então quase marido dizendo: eu, Marcelo, te recebo, Cláudia, como minha mulher, e te prometo ser fiel, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-te e respeitando-te todos os dias da minha vida.
Não importam os rumos que a vida toma depois, mas para mim não existe nada mais contundente do que este momento, em que um se compromete com o outro a estar sempre ao seu lado. Não é uma promessa fácil de se cumprir. Todas as vezes em que vou a um casamento, me emociono muito neste momento, que é o mais lindo, o mais profundo, o mais significativo de todos.
E provavelmente é o que vai acontecer no sábado que vem: vou me desmanchar em lágrimas. Haja rímel à prova d'água!
Hoje ficamos arrumando as caixinhas das lembrancinhas, amarrando fitinha, colando cartão.... eu, ela, a mãe e a irmã dela.
Impossível não me lembrar de quando eu mesma me casei, aos 20 anos de idade. Tem horas que eu até penso que casar aos 20 anos sem estar grávida nem ter sido vendida pelo pai como escrava branca (mas não muito) é realmente uma coisa muito fora do padrão. Mas na época, pra mim, não era; era normal que depois de alguns anos de namoro eu me casasse com o homem por quem era apaixonada desde os 15.
Eu me lembro bem dos preparativos, das coisas a serem vistas, das flores, do buffet, da escolha do vestido. Lady Di, claro, como pelo menos 90% das noivas anos 80. A grinalda que já contei a história. A compra do sapato (altíssimo!, que eu calcei só na hora de ir pra igreja, em todas as fotos feitas antes disso eu tava era descalça mesmo). O buquê de orquídeas e angélicas, em forma de cascata. A distribuição dos convites, os presentes chegando, que delícia abrir todas aqueles pacotes! Os docinhos parcialmente feitos pela Elisa, amiga da minha mãe que me adorava.
Quando se casa aos 20 anos, tudo é uma grande curtição e não há lugar para o stress. Meu vestido ficou pronto no dia do casamento, de manhã, quando fui buscá-lo e fazer a última prova. Tudo porque a bordadeira deu o cano e quem teve de bordar foi a filha da costureira e a menina acabou tudo na madrugada do casamento. Lembro de mim até hoje dizendo pra minha mãe, que tava à beira de um derrame com o fato do vestido ainda estar sendo bordado: mãe, quem é que vai notar se uma parte do vestido não estiver com todos os bordados????
A floricultura não tirou o tapete vermelho da nave da igreja e colocou o verde por cima. O flautista foi embora antes da música do final, que tinha um solo de flauta e para isso ele tinha sido contratado. O fotógrafo se atrasou e chegou queimando de febre. Fizeram uma maquiagem na minha mãe que ela parecia uma boneca de cera.
Em compensação, o vestido ficou lindo; a maquiagem e o cabelo maravilhosos. Meus amigos e minha família presentes, os que puderam ir. O quarteto de cordas que tocou lindamente na cerimônia. O tema de Tara me fazendo sentir a própria Scarlett O'Hara entrando na igreja. Aquele clima de festa, de confraternização e de alegria que só se repete quando nasce um bebê.
Até hoje, o que mais me marcou, o que é minha mais forte lembrança do meu casamento foi ouvir a voz do meu então quase marido dizendo: eu, Marcelo, te recebo, Cláudia, como minha mulher, e te prometo ser fiel, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-te e respeitando-te todos os dias da minha vida.
Não importam os rumos que a vida toma depois, mas para mim não existe nada mais contundente do que este momento, em que um se compromete com o outro a estar sempre ao seu lado. Não é uma promessa fácil de se cumprir. Todas as vezes em que vou a um casamento, me emociono muito neste momento, que é o mais lindo, o mais profundo, o mais significativo de todos.
E provavelmente é o que vai acontecer no sábado que vem: vou me desmanchar em lágrimas. Haja rímel à prova d'água!
4 Comentários:
AI MEU DEUS DO CÉU! AI MEU PAI NOSSO E MINHA AVE MARIA!
Não quero nem ver minha irmã LIIINDA, entrando na Igreja com meu pai, que não dorme há dias então estará um trapo.
Bem, amiga, antes de mais nada, obrigada pela sua ajuda. Você é da família, mas nem por isso tinha obrigação.
E depois: sábado uma coisa vermelha VAZABNDO AGUA por todos os olhos no altar sou eu tá?
Beijos e té lá!
E ela chora meeeeesmo, de fungar e tudo. No meu casamento parecia que era meu funeral, até eu reparei.
Bjs. Rosana.
E eu que pensava que era o único que ainda se emocionava ao ouvir exatamente essas palavras... De minha vida anterior (leia-se "casamento anterior"), que durou nada menos que dez anos, uma das coisas mais fortes que ainda me lembro foi desse momento no altar, cujas palavras foram ditas no final de uma tarde abafada e chuvosa em janeiro de 1988.
Mas a vida é uma caixinha de surpresas, e realmente foi uma promessa difícel de cumprir (por ambos). Mas hoje - cada um de um lado e sem nos vermos há anos - estamos bem melhores, obrigado...
é que eu acho, Adauto, que independente de como a vida se encaminhará, é preciso coragem e muito amor pra se comprometer assim. Não é pra qualquer um não.
Rosana, chorei no seu casamento sim, né, um pouquinho só...
Lala, todas nós vazando água, né? Todas nós.
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