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quinta-feira, março 23, 2006

Brinquedos anos 70



Eu me lembro bem quando eu era pequena, no Natal dos meus 4 anos de idade. Ganhei uma boneca chamada Gui Gui. Você abria e fechava os bracinhos dela e ela virava a cabecinha de um lado para o outro e dava gargalhadinhas. Apesar de leve semelhança com a posterior noiva do Chuck, porque havia um quê de tétrico em uma boneca que ficava sempre com aquela expressão risonha na cara, eu adorava a minha Gui Gui.

GuiGui era megafashion, vestida com o auge da moda dos anos 70: vestidinho curto parte liso, parte xadrez, abotoado na frente como se fosse um casaco, de capuz. E botinhas brancas. Passei um bom tempo da minha vida querendo ter um figurino como o da Gui Gui. O vestido eu nunca tive; as botinhas brancas, vim a tê-las 10 anos depois, mas aí já eram os anos 80 e TODO MUNDO que REALMENTE CONTAVA tinha bota branca, de maneira que não era assim uma vantagem, mas acima de tudo uma obrigação.

Gui Gui foi a única boneca que eu quis guardar pra mim. E sobreviveu intacta, na casa da minha mãe, por longos anos. Eu planejava dar a Gui Gui pra Isabela quando ela fosse maiorzinha até que minha mãe deu a triste notícia de que, na mudança de um apartamento para o outro, o tosco do cara da mudança, visto que a caixa não fechava com a boneca em pé lá dentro, arrancou a cabeça dela pra poder caber. Mas não é um imbecil? Então quando ele for comprar uma calça comprida e o zíper não subir, ele por acaso vai cortar o pinto dele fora???

Mas se houve um brinquedo que eu realmente adorei este brinquedo foi um forninho elétrico da Atma. Para os mais novinhos, Atma era um fabricante de brinquedos concorrente da Estrela, e certo ano da década de 70, lançou esta maravilha.

Você preparava a gororoba de acordo com a receitinha que vinha na embalagem, colocava na forma do forninho, que já estava devidamente ligado na tomada e portanto, quente, e punha pra assar. Dali a um tempinho, era só tirar e comer. Ou melhor, EU comia, mais ninguém, e eu só comia pra não dar o braço a torcer de que tinha ficado um lixo.

Ah!, os maravilhosos anos 70 onde nada era politicamente correto e fabricavam-se forninhos elétricos que esquentavam de verdade para criancinhas de 7, 8 anos de idade poderem queimar suas mãozinhas e quem sabe até tomar um choque vez por outra pra ficar espertas! Onde brincava-se de Pega Varetas, tão pontudas que a gente até podia aproveitar pra furar os olhos de algum amiguinho não tão amiguinho assim. Na qual os meninos corriam pra lá e pra cá atrás uns dos outros atirando com revólveres pretos que pareciam de verdade e faziam tá!! tá!! tá!!! Meu vizinho, o Marinho, tinha um e eu achava aquilo o máximo!

Não que se preocupar em criar meninos menos violentos, cuidar do meio ambiente, incentivar a vida saudável e reprovar males como o cigarro não seja uma coisa boa. Ao contrário, acho mesmo que mais e mais campanhas deveriam ser feitas, em especial contra o álcool, que potencializa o efeito de todas as demais drogas e é capaz de tornar qualquer pessoa um assassino mesmo que sem ter a intenção.

Mas vamos combinar que quando não existia a corrente do politicamente correto, os brinquedos eram bem mais divertidos???


a sugestão do assunto deste post veio da minha irmã Rosana, a Invejada. taí, maninha, espero que goste! beijo

12 Comentários:

Blogger MH disse...

adorei... fiquei aqui lembrando dos meus brinquedos favoritos. alguns ainda existem, em algum maleiro distante na casa dos meus pais.

Mas o politicamente correto às vezes realmente vai longe demais. Acabei de ler na Veja sobre as mudanças nas letras de músicas infantis. Atirei o pau no gato virou "Não atire o pau no gato", com lição de moral e tudo. E eu nunca conheci ninguém que "obedecia" e saia por aí atirando pau no gato.

10:10 AM  
Blogger Luciana disse...

Posso er gostado tb??!!

Concordo contigo quanto ao politicamente correto tirar o brilho da vida vez ou outra!
bjs

11:43 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Adorei seu post, Cláu!
Qto a ser politicamente corrento, lembrei daquele comercial em que o menino pede para a mãe comprar chicória (ou é com 'x'?) em vez de chocolate...
...
Lembro-me do pega varetas; e uma vez ele serviu de instrumento para uma tentativa de lesão corporal na escola...na verdade, houve a lesão e uma punição de suspensão para o agressor (no caso, eu).
Um beijo, Vivi

3:07 PM  
Blogger Ana Téjo disse...

Peraê, peraê, peraê. Comassim “TODO MUNDO que REALMENTE CONTAVA tinha bota branca, de maneira que não era assim uma vantagem, mas acima de tudo uma obrigação”??? Isso foi um ataque direto à minha pessoa, que não tinha botinha branca porque achava um horror e que parecia que a criatura estava com os dois pés no gesso? Eu, que era uma adole de bom gosto nos anos 80, usava só coisas bonitas, como calça semibag, saia balonê e Melissa Coca-Cola furadinha com meia Dancin’ Days.
Ah, e eu também tive forninho da Atma é ótima. Eram uns pacotinhos, com um pozinho, né? Que a gente reconstituía sabe-se lá como e metia no forno. O meu sempre ficava cru de um lado e queimado do outro, mas eu usava assim mesmo. O seu veio com granulados coloridos para pôr em cima? Ah, bons tempos, amiga...
JU...

6:16 PM  
Blogger Cláudia disse...

Ju
minha botinha branca não só era branca como era folk: o cano era meio longo apenas e era cheio de sianinhas, ponto russo, bordados, uma coisa assim vintage, hippie chique, o máximo!
Só não vou cortar relações pela falta da bota pq vc se salvou tendo o forninho da Atma.
beijo

6:21 PM  
Blogger Cláudia disse...

mh
vi essa matéria, coisa mais sem graça, como se isso fosse o que realmente vai mudar o mundo. Agora que não cantamos mais Boi da Cara Preta, acabamos com o racismo, certo?

Lu
não era bom o tempo em que se podia brincar com essas coisas sem ter ninguem patrulhando?

Vivi
tá vendo? Se fosse hj, vc não teria com que dar uns cutucas no pentelho que te enchia o saco!

6:23 PM  
Anonymous Anônimo disse...

O tal forninho "assava" a massa (...)porque tinha duas lâmpadas incandescentes tamanho natural dentro, e as forminhas eram de ferro enferrujante e esquentante pra caramba. O forno de lá de casa foi derretendo com o calor da lâmpada. Às vezes a massa transbordava e caía em cima da lâmpada. Ninguém morreu.
Bjs. Rosana.
PS: eu não tive botinhas brancas, era muuuuito tímida para ousar tanto.

12:05 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Amei seu relato sobre a Gui Gui!
Quando eu estava no colegial, 1985 a 1987, recebi o apelido de Gui Gui por causa da boneca. Agora, vinte anos depois, reencontrei a turma que estudou comigo... Todas me chamam de Gui até hoje...!
Detalhe: meu nome é Andreia... rs..
Ah! Eu não tive a boneca...mas tive bota branca!!! rs
beijao!

8:58 PM  
Anonymous Anônimo disse...

eu quero algo relacionado a droga do pega varetas...meu trabalho de didatica.....

8:15 PM  
Anonymous Anônimo disse...

quero algo relacionado a ciencias com o pega varetas =======)

8:16 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Realmente, adorei! Eu tbm não lembro das botas brancas, mas tive o forninho e a Guigui, e antes dela, a Candy, que tinha disquinhos nas costas e cantava a jovem guarda. E a mãezinha, e a Tippy, que andava de triciclo, eu acho, e a Lalá e Lulu, e até a Amélinha, que passava roupas ( que horror ) Bons tempos aqueles....

\Beijos
Fernanda

11:39 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Olá, gostaria de saber se vc ainda tem a sua gui gui mesmo quebrada, pois eu sei arrumar!!! Vc pode me falar como é a ropua da sua gui gui?? Ela tinha uma touca branca de lã??? Aguardo sua resposta.

1:47 AM  

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