Love Love Love
A mc escreveu um post intitulado Exemplo real do homem ideal, e eu me lembrei de uma história real que remete à situação que ela descreve no post.
Fui fazer um comentário no blog dela, mas ficou comprido demais. Então, antes de continuar a ler aqui, dê um pulinho até a mc e leia primeiro o post citado acima.
Já leu??? Tá bem, então continue...
Brasília, 1982. O Brasil perde para a Itália na Copa do Mundo e sai da competição uma das mais brilhantes seleções que o país já teve. Comoção nacional. A irmã mais velha da minha amiga aproveita a deixa e termina com o namorado italiano de alguns anos, porque o desalmado, burro, insensível e desnaturado chegou na casa dela minutos após o jogo todo contente, vestido com a camiseta da Squadra Azurra.
Primeiro, entendam a Brasília dos anos 80: cinema, havia uns 3 ou 4, se muito, contando os bons e os ruins. Lanchonetes eram umas 3 também, casa noturna então era uma por temporada. A cidade era provincianíssima, com poucas pessoas morando, que se esbarravam aqui e ali! Pudera, Brasília tinha apenas 20 anos de vida, não tinha sido possível formar vida própria, com tanta gente vinda de lugares tão diferentes. Era uma colcha de retalhos - e notem bem, não era daquelas colchas de patchwork, onde os retalhos se combinam.
A mesma coisa acontecia com os supermercados, e quem morava no Lago Sul tinha apenas um supermercado (chamo de super pra não chamar de quitanda expandida), que era o Jumbo do Lago.
Pois bem, a Patrícia*, irmã da minha amiga, volta e meia ia fazer as compras da casa lá, na volta do trabalho, para dar uma força à mãe. E foi numa dessas vezes, depois de terminar com o italiano, que ela conheceu o Edu*.
Conheceu é modo de dizer: cruzou com ele em um dos corredores, ele falou oi, ela falou oi e seguiu em frente. Pagou as compras e foi pra casa.
E aí, quase todas as vezes em que ela ia ao supermercado ela o via por lá, fazendo compras. E ele puxou um papo um dia, no outro também, e depois de papinhos animados entre as latas de molho de tomate e os rolos de papel higiênico, ele a convidou para jantar.
Jantaram. Começaram a namorar. E depois que ele a pediu em noivado (acho lindo essa coisa de noivado!), confessou pra todo mundo que desde que tinha visto a Patrícia no supermercado um dia, passara a ir lá TODOS OS DIAS no mesmo horário na esperança de cruzar com ela de novo por lá.
Casaram-se dois anos depois. E até onde sei, continuam juntos.
Brasília não é mais a mesma e hoje já tem até Wal Mart. Só desejo, daqui de longe, que ela continue guardando histórias assim, em suas inexistentes esquinas.
* os nomes foram trocados para preservar a intimidade dos envolvidos neste blog de altíssima visitação.
Fui fazer um comentário no blog dela, mas ficou comprido demais. Então, antes de continuar a ler aqui, dê um pulinho até a mc e leia primeiro o post citado acima.
Já leu??? Tá bem, então continue...
Brasília, 1982. O Brasil perde para a Itália na Copa do Mundo e sai da competição uma das mais brilhantes seleções que o país já teve. Comoção nacional. A irmã mais velha da minha amiga aproveita a deixa e termina com o namorado italiano de alguns anos, porque o desalmado, burro, insensível e desnaturado chegou na casa dela minutos após o jogo todo contente, vestido com a camiseta da Squadra Azurra.
Primeiro, entendam a Brasília dos anos 80: cinema, havia uns 3 ou 4, se muito, contando os bons e os ruins. Lanchonetes eram umas 3 também, casa noturna então era uma por temporada. A cidade era provincianíssima, com poucas pessoas morando, que se esbarravam aqui e ali! Pudera, Brasília tinha apenas 20 anos de vida, não tinha sido possível formar vida própria, com tanta gente vinda de lugares tão diferentes. Era uma colcha de retalhos - e notem bem, não era daquelas colchas de patchwork, onde os retalhos se combinam.
A mesma coisa acontecia com os supermercados, e quem morava no Lago Sul tinha apenas um supermercado (chamo de super pra não chamar de quitanda expandida), que era o Jumbo do Lago.
Pois bem, a Patrícia*, irmã da minha amiga, volta e meia ia fazer as compras da casa lá, na volta do trabalho, para dar uma força à mãe. E foi numa dessas vezes, depois de terminar com o italiano, que ela conheceu o Edu*.
Conheceu é modo de dizer: cruzou com ele em um dos corredores, ele falou oi, ela falou oi e seguiu em frente. Pagou as compras e foi pra casa.
E aí, quase todas as vezes em que ela ia ao supermercado ela o via por lá, fazendo compras. E ele puxou um papo um dia, no outro também, e depois de papinhos animados entre as latas de molho de tomate e os rolos de papel higiênico, ele a convidou para jantar.
Jantaram. Começaram a namorar. E depois que ele a pediu em noivado (acho lindo essa coisa de noivado!), confessou pra todo mundo que desde que tinha visto a Patrícia no supermercado um dia, passara a ir lá TODOS OS DIAS no mesmo horário na esperança de cruzar com ela de novo por lá.
Casaram-se dois anos depois. E até onde sei, continuam juntos.
Brasília não é mais a mesma e hoje já tem até Wal Mart. Só desejo, daqui de longe, que ela continue guardando histórias assim, em suas inexistentes esquinas.
* os nomes foram trocados para preservar a intimidade dos envolvidos neste blog de altíssima visitação.
11 Comentários:
Ai queria tanto uma coisa linda assim pra mim!
Mas as minhas chances de topar com um príncipe no Pão de Açúcar da Sócrates são tão boas quanto a de Camarões vencer a Copa.
Passe a freqüentar o da Gabriel, quem sabe...
E eu nem completei... eles se casaram no jardim da casa dela, olha que demais!
Ai, que lindo...!!!
Adorei a história, Cláudia!!
E Lala, não perca as esperanças, qdo vc menos imaginar...tá cheio de lugar inusitado por aí!!!
e a hora há de chegar.
beijocas.
Vivi
opa, propaganda gratuita!! adorei seu post/comment Clau! e realmente, que história FOFA! adorei! beijos
então, mc, eu comecei a escrever no seu, mas resumi tanto que ficou sem sentido.
Aí resolvi fazer o post e creditar a idéia!
Vivi, não é? eu tb achei o máximo. Ela era irmã mais velha da minha melhor amiga de colégio.
"Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração; quem irá dizer que não existe razão."
Não existe mesmo, jayme, felizmente, apesar das possíveis agruras que poderiam ser evitadas.
Estou estrebuchando de curiosidade: qual das melhores amigas?
Bjs. Rosana
Rosana, a Lina!
A história aconteceu com a irmã mais velha dela, é que eu troquei os nomes das personagens.
Até que enfim tu apareceu de novo hein?
Lala reclamou que vc não gosta dela, porque nunca comenta no blog dela! pronto, falei!
beijo
Lala,
Olha que na penúltima Copa, o pessoal de Camarões de um susto danado, hein? Portanto, cuidado com os desejos!
Clau,
Um homem que vai no supermercado TODO DIA só pra tentar rever a moça? Um homem que, efetivamente, GOSTA de supermercado? Será que ele tem irmãos? Um primo consanguíneo, talvez...
Beijos,
JU...
Ju, sei lá se ele gosta de supermercado, ou se tava lá por acaso pra comprar papel higiênico e água mineral.
Fato é que ficou lá, de tocaia...
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