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terça-feira, maio 24, 2011

Finalmente, a Justiça!

Por fim, onze anos depois de ter matado a namorada à luz do dia e na frente de testemunhas, cinco anos depois de ter sido condenado pela Justiça, esgotaram-se os recursos do Pimenta Neves e ele finalmente vai pra prisão pelo asssassinato de Sandra Gomide.

Uma das melhores imagens dos últimos tempos, em que predominaram tsunamis, terremotos, tornados, naufrágios, foi a dele saindo de casa para finalmente ser colocado num xilindró, lugar de assassinos como ele. Pra eu ficar mais contente, só se ele estivesse algemado e tivesse sido transportado no porta-malas sacolejante e abafado de um camburão.

Eu admito a possibilidade da pessoa perder a cabeça e cometer um desatino num momento de fúria, frustração, raiva ou desespero. Absolutamente ninguém está livre disso. Tenho para mim que quem atirou no coronel Ubiratan foi a namorada dele, em meio a uma discussão, na qual infelizmente o que estava ao alcance dela era uma arma e não um tamanco ou um vaso de flor ou um cinzeiro. 10 segundos de cegueira e qualquer um de nós poderá se ver na situação de ter tirado a vida de alguém, machucado seriamente alguém, destruído um patrimônio ou qualquer coisa que jamais faria em seu estado normal.

Pimenta Neves, porém, não estava diante da namorada, batendo boca ou sendo ofendido, menosprezado e provocado por ela. Ela já tinha deixado claro que não queria mais nada com ele. No entanto, ele saiu da casa dele na zona sul de São Paulo e dirigiu por pelo menos uma hora até chegar a Ibiúna, armado com um revólver. Chegando ao haras onde ela estava, teve de procurar em que local ela estava. Quando a encontrou e ela tentou fugir, atirou pelas costas.

O que torna este crime especialmente sórdido é que o cara teve tempo para desistir, para pensar melhor, para voltar atrás, para pensar "essa bisca que se dane", para retomar a vida dele, para conhecer outra mulher e se recuperar do pé na bunda que tomou.

Ele acabou com a vida dela e da família dela - o pai dela adoeceu, perdeu a saúde, a esperança, espero que as imagens dele sendo levado para o presídio possam finalmente trazer alguma paz, algum alento para esta família.

Acabou com a própria vida também. Mas isso ele fez por opção própria, porque se alguém nessa história toda pôde optar pelo que quer que seja, este alguém foi ele.

quinta-feira, maio 19, 2011

Chegou.

E então ela vai amanhã.

Desde o começo do ano eu já sabia que ela ia por esses dias, e desde pouco mais de um mês eu já sabia a data em que minha amiga tão querida, para quem admito as coisas mais escabrosas com a cara mais lavada do mundo, iria se mudar para fora do país.

Acho que até hoje, véspera da viagem, eu não tinha me permitido ficar triste, ou pensar muito no assunto e suas implicações. Tal qual Scarlett O'Hara, não na cena do rabanete - nem que seja preciso trair, roubar bla bla bla -, mas que diz "amanhã eu resolvo isso", postergando os problemas sentimentais que a afligem, eu fui empurrando com a barriga o assunto, como se com isso ele pudesse se resolver sozinho, ou eu acordasse um dia e já tivesse passado, sei lá. Mas não resolveu, não passou, e o dia chegará, e enfim a mudança se concretizará.

Ou talvez tivesse sido porque ela já tinha tanta coisa nas costas, tanto pepino pra resolver, os previsíveis e os imprevisíveis, e já nem cabia mais um, que seria eu choramingando com a ida dela, que eu guardei para mim a tristeza em saber que, por mais que a tecnologia ajude, por mais que eu vá visitá-la e a veja sempre que ela vier aqui, a proximidade das pequenas coisas, auxiliada pela geografia que nos faz morar e trabalhar em áreas relativamente próximas de uma cidade que não favorece nem um pouco os encontros frequentes, não poderá ser substituída.

- café na padoca pra eu te contar de ontem?
- café na padoca, que eu tô precisada...
- café na padoca?
- tô no xópei (sic), a que horas você larrrrga (sic) o selvissu (sic sic sic sic siiiiccccc!!!!)?
- vamos ao cinema hoje, sessão das 20h?
- bora almoçar?
- vem aqui em casa tomar um café.
- fiz uma jantinha, não quer passar aqui?
- fofoca: pendura no vício.
- rabutô?
- tô rabutando, desce.


Minha amiga querida, desejo tanto que tudo dê certo, que você seja muito feliz no país novo, na casa nova, no carro novo, no escritório novo com estagiária puxa-saco dos infernos nova!!! Você ainda nem foi e eu já sinto tantas saudades!!!!

Boa sorte!

Com todo o meu amor

domingo, maio 08, 2011

Dia das mães