É o seguinte... tá bem?

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sexta-feira, setembro 30, 2005

Flashdance cover


Da esquerda para a direita:
- a primeira eu não me lembro o nome: a segunda é a Luciene, a terceira minha amiga Giovanna (que fez o favor de resgatar a foto), a quarta sou eu (acreditem se quiser!), a quinta é a Mônica, irmã da Luciene, a última eu não me lembro também.

Quando?
Novembro de 1982

Onde?
Teatro Nacional de Brasília

Por que?
Porque era uma apresentação de final de ano da academia Cinarte, onde fazíamos jazz. Dançamos a música Can You See the Light, do Brass Construction, que tava no auge da moda na ocasião.

Como diria a Ju, vou ali me matar e já volto.

Casamento da Tetê

Amanhã é o casamento da Terezinha, vulga Tetê, para os mais íntimos deste blog, TT.
O tal casamento no sítio para o qual eu não achava sapato - achei ontem, escapei de ir de chinelo havaiana.

Estamos em polvorosa, uma ansiedade só para o acontecimento.

Louca pra ver minha amiga TT vestida de noiva e começar uma nova vida!!

quinta-feira, setembro 29, 2005

Era feliz e não sabia

Quando eu tinha 14/15 anos, eu e minha amiga Giovanna éramos inseparáveis. Acho inclusive que já contei aqui que o pai dela tinha uma veraneio, com cortininhas, que ia buscar a gente no final do eixinho norte, em Brasília etc etc.

Pois bem, achei a criatura pelo orkut. Ou ela me achou? Já nem lembro.

E agora ela tem até msn depois de muita insistência, de modo que nos falamos com freqüência.

Hoje ela ameaçou me mandar uma foto de quando dançamos uma apresentação de final de ano da academia onde fazíamos jazz. Toda menina descolada e cool dos anos 80 fazia aulas de jazz, e nós pertencíamos ao grupo das descoladas ou melhor das que eram loucas para ser, porque descoladas mesmo eram as de 16, 17 anos.

Digo ameaçou porque na foto estamos ambas de macacão de lycra brilhante branco, mangas compridas, pernas compridas. Na lateral, uma amarração de cima a baixo que não permitia usar calcinha. Nem ter pneus.

Foto de um tempo em que eu era feliz e não sabia, me achava uma baleia e era uma beldade.

Giovanna ficou de scanear a foto e me mandar... ai Deus, será que eu quero mesmo?

Fraude

Em tempos de fraudes generalizadas na política, e agora até no futebol, me pego pensando:
Será que os lábios do Fábio Assunção são uma fraude, puro silicone?
Candidato-me para tirar a prova!

O passado te condena

Estávamos eu e Isabela escolhendo as fotos pra passar no clip de fotos que tem em toda festa de 15 anos (e no qual ela jurou que vai tocar Exagerado do Cazuza, porque eu canto essa música pra ela desde bebê, mas só acredito no dia).

Fotos de quando ela era bebê. Fotos atuais. Fotos intermediárias (e ela não permitiu nenhuma dela com roupinha de balé, chuif...). Uma delícia de se fazer, e na verdade, são tantas que fica difícil escolher só 50. Uma hora você desiste.

E é claro que no meio das fotos, têm aquelas que você pensa: como eu pude?

Como eu pude usar calça santropeito? Franjinha falsa, aquela dos fiapinhos? Franja VERDADEIRA, combinada com cabelinho comprimento chanel?

COMO EU PUDE USAR SUTIÃ DE OMBREIRAS??????

De que adianta estar lindinha na foto, no auge dos 25 anos, se do pescoço pra baixo você encontra aquele show da moda, como bem classificou o camelô do Largo 13 (não para mim, claro, foi uma amiga da prima de uma amiga distante que me contou...rs)?

O único consolo foi achar uma foto do ex-marido de bermuda roxa, camisa da seleção azul royal, pochete de couro marrom e óculos escuros de aro dourado. Em pose de gatão sob o sol.

quarta-feira, setembro 28, 2005

Coisa mais feiosa

Minha amiga Tetê se casa neste sábado. Casamentão em BH, num sítio lindo, festa para um bandão, ao meio-dia.

Casamento campestre, na hora do almoço, saquei do armário meu vestidinho de renda rosa com fundo bege e pensei: é este!

O problema é que da vez que o usei, era noite. E eu coloquei um sapato chanel dourado, justamente pra levantar o bicho e ele ficar mais glamouroso.

Como agora a intenção é contrária, ou seja, deixá-lo com cara de casamento no sítio, resolvi procurar um sapato ou sandália que fosse neutra e combinasse com a nova proposta dada para a vestimenta. Tarefa das mais simples, pensei eu, porque não sou do tipo que o sapato tem de ser exatamente assim ou assado, meu gosto é bem variado.

Porém, ALGUÉM achou que TODO MUNDO deve usar aquele saltinho pequenininho chamado Sabrina. Uma coisa horrível e sem classe. Um salto que não favorece ninguém além da Ana Hickman e ela mesma já declarou que não usa.

Todos os sapatos e sandálias existentes que não sejam de plataforma vêm com este saltinho ridículo, parecendo um pedaço de madeira entuxado na sola do sapato, um parafuso, sei lá.

Coisa feia demais.

E por conta disso, hoje já é fim da noite de quarta e eu tô aqui, escrevendo este post e ainda sem o sapato para usar no sábado.

PS: ando falando demais de roupas, né? É que a época tem sido cheia de casamentos, festas etc.

Invejinha...

Show de cafonalha

Esta tarde saí para cumprir dupla jornada: levar Isabela para escolher o vestido da valsa dos 15 anos enquanto coordenava, pelo telefone, a produção das camisetas de alguns clientes (tudo para ontem, como de costume).

A dificuldade começa no seguinte: Isabela é uma menina básica. Adora um rosa-choque, afinal de contas alguma coisa do meu DNA tinha de ter passado pra ela, mas detesta fru-frus, bordados, detalhes, rendas e tudo o que possa parecer rococó.

Alguém me diga onde, nesta cidade, existe um vestido rosa pink, de debutante dançar valsa, ao mesmo tempo valsável e despojado? Não há, em parte alguma. Na verdade, é um show de cafonalha a cada esquina.

Enquanto entrávamos e saímos das lojas (em algumas desistíamos ainda no estacionamento, só de olhar a vitrine), eu ia pendurada no celular resolvendo os assuntos de trabalho. Uma orelha para a IC, outra para a Isabela.

Difícil mesmo era segurar a cara de CRUZ CREDO! a cada vestido brega, bolo de noiva (no caso, bolo de debutante), terrivelmente medonho que era mostrado. E o riso com a polidez da Isabela, que a cada aberração retirada das araras ela dava um sorrisinho simpático e dizia: bonito, mas acho que prefiro dar mais uma olhada por aí.

Desistimos, decidimos que faremos isso no domingão, sem tanto stress.

Deus nos ajude!

terça-feira, setembro 27, 2005

Boa noite

- Boa noite. Espero encontrá-lo em meus sonhos.
- Eu também.

Futilidade básica

Sou leonina e convivi com minha leoninice por toda a vida, como já puderam ler em outros posts, como o da cigarra e da formiga. Com o tempo a gente se acostuma, e quem convive com você também, e até se surpreende quando você aparece vestida de um jeito basiquinho, como a Lu que arregalou os olhos azuis quando me viu de vestido marfim no batizado da Alice.

Em alguns momentos, essa característica aflora com força total. Como no último sábado, quando fui comprar o vestido para a festa de 15 anos da minha filha - que diga-se de passagem é o oposto de mim, mais básica impossível.

Saí de casa idealizando um vestido amarelo-ouro. Isso mesmo, amarelo cheguei, amarelo sol, amarelo girassol, amarelão. De preferência com um lindo decote nas costas, ou na frente, ou nos dois lados, enfim.

Tente você achar um vestido amarelo de festa. Missão quase impossível. Eu concordo que nem todo mundo fica bem de amarelo, mas nem todo mundo fica bem de roxo e lilazinho, ou de verde (argh!), e existem montes de vestidos dessas cores por aí. Alguém decretou que amarelo não é cor de vestido de noite. Quando existe algum modelo em amarelo, ele é xoxo, sem brilhos, sem detalhes, sem nada, quase uma camisola para dormir. Pura marcação.

Pior coisa do mundo é sair de casa com idéia fixa. Tento evitar isso ao máximo, porque não há nada mais difícil do que encontrar a roupa ou o sapato que se encaixem perfeitamente na sua idéia original. Só que tem horas que é impossível: eu já tinha introjetado a minha imagem dentro de um vestido amarelo.

Não achei, óbvio.

Tive de me contentar com um vermelho. Tudo bem, eu me realizo usando acessórios dourados, falou?

Se eu fosse uma gatinha


Se eu estivesse com você agora, eu faria como faz Cindy Quebra-Barraco:
- subiria em cima de você e ficaria escolhendo o melhor lugar para me aninhar
- faria massagem para você ficar quentinho e fofo
- colaria meu rosto no seu e te daria beijinhos até você acordar
- miaria no seu ouvido para chamar sua atenção
- grudaria em você nesta noite fria e ficaria bem quietinha até dormir...

Inverno

Nesta tarde gelada, chuvosa, cinzenta e triste, meu único consolo seria saber que o encontraria à noite e ficaria quentinha.

domingo, setembro 25, 2005

Grande Prêmio do Brasil de F1

Como já passa de meia-noite, hoje é o dia do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula Um. O que para muitos não diz nada, mas para mim é dia de ferveção no autódromo, de ficar ouvindo o barulho dos carros, de tomar guaraná da Schincariol (nada é perfeito na vida) e de quebra ficar passeando os olhos pelos moços bonitos que vão à corrida. Acho que corrida de Fórmula Um é a maior concentração de homem bonito por metro quadrado.

Ver na TV é muito mais informativo. Mas na TV não se ouve o motor embolando na freada, não tem gente por perto comentando, nem dá pra ver os carros relativamente de perto. Não é igual. Por muito tempo achei que fosse um saco ir ao autódromo, até que fui pela primeira vez. Amei. A vibe é outra e a corrida ganha outros ares.

Fico tentando tirar fotos dos carros, levo todo o equipamento, quem vê até pensa. Modéstia à parte, apesar das inúmeras fotos de asfalto puro, depois que eu pego a manha e o tempo entre a freada na curva e o momento em que vai passar na minha frente, saem umas fotos maravilhosas. Também, gente, pra quê passar naquela velocidade toda?, aquela coisa ignorante, podia passar mais devagar e dando tchauzinho para o público, assim facilitava meu trabalho de fotógrafa amadora.

Então, mais tarde, na falta do Rubinho pra torcer (e no meu caso, na falta do Schumacher, de quem sou fã pelo profissionalismo), a torcida fica para o Fernando Alonso, que tem grandes chances de decidir o campeonato aqui em Interlagos. Meu coração ferrarista (atualmente mais ferrarista do que sempre foi) que me desculpe, mas o moço merece ganhar.

A parte triste fica na saída do autódromo, com várias crianças maltrapilhas, moradoras da favela que circunda Interlagos, pedindo os restos de lanches que são distribuídos nos espaços vips. Uma imagem triste do nosso país, apesar de bem real.

Obstáculos

Fica difícil postar alguma coisa quando se tem um filhote de gato siamês sentado na frente da tela do computador, tentando desesperadamente pegar a setinha do mouse.

sexta-feira, setembro 23, 2005

Letras do além

É chique dizer "adoro ler e detesto televisão". Já eu, acho um absurdo. Não o fato de adorar ler, mas de dizer que detesta televisão. Houve uma época em que isso era descolado, como diria minha amiga Lu, época em que isso era contestador etc etc. Hoje me soa como alienação.

Por outro lado, há os que proclamam que adoram ler. Aí você pergunta: o que você gosta de ler? E vem a resposta: adoro romance espírita, adoro os livros da Zíbia Gasparetto, leio todos. E mais nada na vida. Fué, fué, fuééé´...

Eu já li muito romance espírita e posso dizer: são todos iguais. Todos absurdamente óbvios e maniqueístas, com personagens rasos e chatos de doer.

Vale pela doutrina que é interessante e com a qual concordo em muitos pontos? Sim, vale, mas para isso basta você ler um e pronto, já leu todos.

É impressionante a quantidade de gente que só lê isso, que consome avidamente este tipo de literatura e nada mais.

Não defendo aqui que as pessoas só devem ler obras profundas, didáticas, clássicos consagrados. E nem quero ser a pedante que se acha a the best. Quer coisa melhor do que ficar torrando no sol lendo um bom Nora Roberts? Passar o tempo esperando ser atendida no médico com um Sabrina nas mãos, que vai durar o tempo da sala de espera? Lembro até hoje quando eu estava na pós-graduação que qualquer coisa que eu lesse que não fosse sobre nacionalismo europeu me fazia sentir culpada, como se eu estivesse sonegando o tempo que deveria me dedicar ao curso.

Bobagem. Melhor mesmo é conseguir equilibrar para fugir da chatice e da falta de assunto.

Mocinhas casadoiras

Duas amigas vão se casar. Na verdade, são três amigas, mas o post refere-se às duas primeiras pelo inusitado da situação.

Uma delas namora há dez anos o futuro marido. Há pelo menos 4 vivem separados pela distância São Paulo-BH. É um tal de vai e vem, eu vou, você vem, quem vai morar na cidade de quem. Até que resolveram se casar.

Minha amiga então resolveu que quer se casar no dia de Santa Terezinha, porque ela tem o nome da santa (já deu pra sacar qual é a amiga, né?). Dia Primeiro de Outubro. Até aí, tudo normal, não tivesse ela decidido isso no fim de agosto. Como o noivo faz questão de casamento com tudo o que tem direito (civil, religioso, festa para trocentas pessoas e esposa usando seu sobrenome), desde então ela anda enlouquecida com os preparativos da festa.

Já a segunda amiga conheceu seu príncipe consorte (bota sorte nisso, que ele tirou a sorte grande mesmo) há pouco mais de um ano. Resolveram se casar e ele até mandou fazer uma aliança especial pra ela, escrito EU TE AMO em código morse, com nome dele gravado por dentro e tudo. Podem imaginar o festival de ahs! e ohs! quando vimos.

Iam se casar em novembro, tudo acertado, viagem de lua-de-mel inclusive. Aí, na terça passada, ele liga pra ela e pergunta assim: o que você vai fazer no sábado de manhã? E ela: acho que nada. E ele: é que tem horário no cartório às 10h15, eu reservei para nós, a gente podia se casar neste sábado, o que você acha?

Ela achou que dava pra incluir o próprio casamento entre a passadinha matinal no supermercado e a ida na manicure na hora do almoço. Teve de cancelar a feira e vai passar o final de semana sem frutas e legumes frescos, mas não se pode ter tudo, não é mesmo?

E a gente lá, de prontidão nos dois eventos, com as mãos cheias de arroz pra jogar em cima dos noivos. E os lencinhos por perto, para qualquer eventualidade.

quarta-feira, setembro 21, 2005

Irmã inteligente


Estava eu lendo o blog da Ju e um post me chamou a atenção: aquele no qual ela diz que não é fácil ter uma irmã linda.

Se eu fosse escrever este post eu escreveria: não é fácil ter uma irmã super inteligente.

Minha irmã é um ano e pouco mais velha do que eu. Mega inteligente, sempre foi. Como estudávamos sempre no mesmo colégio, isso significava que no ano seguinte eu pegava os mesmos professores que tinham sido dela no ano passado. Todos a adoravam, até mesmo uma professora de Ciências, a irmã Carmem, da qual todo mundo tinha pavor, dava a ela selos para a sua coleção (ela colecionava selos e eu também, só pq achava que se ela fazia isso era porque era superbacana).

A coisa começava no primeiro dia de aula, na chamada:
- Cláudia Baiôco Pereira!
- Presente!
- Você é irmã da Rosana?
- Sim, eu sou.
- Ah, nossa, que beleza, fui professor dela no ano passado, ótima aluna etc etc e por aí ia o rosário de elogios.

Até aí, tudo bem. O problema começava com o passar do ano. Eu também era boa aluna, mas falava pelos cotovelos. Era mudada de lugar volta e meia para não perturbar os outros. E aí vinha a inevitável comparação:
- olha, você até é boa aluna, mas nem se compara à sua irmã.

A didática perfeita dos anos 70...

Pior era quando alguém falava assim: a Cláudia é tão bonita... Eu tomava aquilo quase como uma ofensa, porque soava como "tão bonita, mas nem tão inteligente". Para mim as duas coisas eram excludentes e como meus pais sempre valorizaram demais o estudo e beleza nunca foi um assunto em pauta na minha casa, eu ficava murcha, murcha.

Portanto, minha amiga Ju, veja só como as coisas podem ser tão diferentes, dependendo do ângulo que se vê.

E eu, que me achava bem moderna...

- ... e aí você manda por email para os seus amigos! - disse eu, achando que tinha arrumando a solução perfeita.
- que email, mãe? Ninguém mais abre email. - responde Isabela, com aquela cara de enfado típica de uma menina de 14 anos de saco cheio por ter de ir pra aula de Inglês, para a mãe que acaba de falar o absurdo do século.
- ué, pq não? Virus?
- email, mãe? Coisa mais lerda! Pra que que a gente vai usar email se tem orkut, msn, que é muito mais rápido? Eu e meus amigos não usamos mais email.

É né? Coisa mais arcaica...

domingo, setembro 18, 2005

Saia burra

Estava eu me trocando para sair, TV ligada aleatoriamente no canal GNT, começa a reprise de um programa Saia Justa.

Parei para ver. Nunca assisti a um único programa, apenas pedaços de alguns poucos, sem nem saber qual o assunto tratado.

Começou bem, com a Monica Valdwogel explicando ao teslespectador a conjuntura política econoômica do dia da gravação daquele programa, no qual os Maluf tinham sido presos, Roberto Jefferson seria cassado ou não, seria provado ou não que a assinatura de Severino em um documento fajuto era dele ou forjada. Enfim, assunto para debate era o que não faltava, ali tinha papo para pelo menos 3 ou 4 programas.

Ingenuidade minha.

Para resumir, o quadro final do Saia Justa é o seguinte: a única que entende alguma coisa dos assuntos levantados era a Monica. O restante fica no achismo, no chute, na crítica vazia que até a dona Maria faz com o chapeiro da padaria, com muito mais propriedade aliás, porque ela vive o dia-a-dia e não um mundo de fantasias e falso glamour.

Ficam então as outras 3 (Luana Piovani, Betty Lago e uma gaúcha que nem sei quem é) falando m... (os pontinhos são porque este blog é escrito por uma mocinha fina e lido por leitores de alta classe) ao quadrado e a Monica Valdwogel explicando que não é bem assim.

Seguem alguns exemplos ilustrativos:

- Resolveram prender o Paulo Maluf pra desviar atenção do mensalão (o furacão Katrina também arrasou Nova Orleans só pra isso, para desviar a atenção).
E vem a Monica: apesar da pirotecnia, é uma operação que já dura 4 anos e que começou a ser truncada com o fato dele continuar em liberdade, porque ele tava fazendo isso, aquilo etc e deu uma explicação citando fatos, nomes etc.

Sobre uma universitária entrevistada que disse que ia fazer concurso público:
- Um absurdo, uma menina dessa idade já pensando em passar a vida carimbando papéis em vez de batalhar pelo que quer.
E vem a Monica: o serviço público não é só burocracia. Se ela estiver estudando direito e quiser ser delegada de polícia, promotora ou juíza, ela tem mesmo de prestar concurso público.

E continuou por aí. E nem sei mais o que deu, porque desisti de tentar ver o festival de bobagens proferidas.

Fiquei pensando no papel da Monica Valdwogel, uma jornalista experiente, que já cobriu fatos políticos importantíssimos, que já trabalhou nos grandes veículos de comunicação do país, sentada ali, no meio daquelas 3, driblando as b... (mesmo motivo acima) que elas falam de boca cheia e total sapiência.

Falta de opção? Afago no ego? Resolveu que já ralou demais e agora quer ter uma vida mais light? Não sei. Mas ela é a única ali a quem vale a pena ouvir, caso vc esteja de cama, sozinho em casa, imobilizado, com o controle remoto quebrado, e ninguém possa mudar o canal para você.

quinta-feira, setembro 15, 2005

Decisão

Decisões são sempre difíceis de serem tomadas. Não me refiro, claro, àquelas decisões cujas conseqüências não afetam sua vida de forma decisiva. Escolher almoçar em um restaurante em detrimento do outro pode ter como conseqüência máxima o arrependimento, porque a comida não tava lá essas coisas ou te deu dor de barriga.

Claro também que uma decisão pode começar bobinha, mas aí neste mesmo restaurante você pega o marido com outra e a partir daí... bem, não vou me alongar para não fugir do assunto.

Uma das decisões que considero fazendo parte do time das difíceis é deixar algo certo por algo que desconhecemos. Ou algo que sabemos que vai ser difícil de conviver e de arcar, mas que ainda assim desejamos muito, e o desejo é maior que as dificuldades a enfrentar.

Em especial quando o assunto é amor. Deixar quem você sabe que vai te dar tudo aquilo que você quer por alguém que não vai te dar o que você idealiza, mas... é por ele que seu coração bate, a escolha já está feita.

É difícil separar, e fazer o outro entender, que você está sim, ciente de como as coisas se desenrolariam. Que você está disposta a arregaçar as mangas e fazer dar certo. Que não vai se deixar abater.

Mas que apesar de tudo isso, ficar triste e chateada é parte do relacionamento. Triste e chateada com a situação e não com o indivíduo. Triste e chateada porque por mais que a razão compreende e ache coerente, a emoção não segue nenhuma linha de raciocínio lógico.

Deveria ser simples de entender, mas na verdade é bem difícil.
Mais ainda de explicar.

quarta-feira, setembro 14, 2005

Crime e castigo

Poucas coisas podem ser tão humilhantes para uma mulher quanto a avaliação física na academia, depois de um longo período de atividade física irregular (eufemismo para aliviar a consciência, no lugar de quase inexistente).

Começa pela balança, passa pelo teste de flexibilidade, no qual o médico que está te avaliando, sempre uma simpatia, fala que está bom, mas pode melhorar (tradução simultânea: que bosta hein?), as flexões de braço, os abdominais, até chegar no ápice do vexame:

O MOMENTO EM QUE O AVALIADOR PEGA O BANHÔMETRO!!!

Aquela garra com aquele medidor aproximando-se dos seus pneus, tão duramente cultivados ao longo dos meses que se passaram. Você encolhe a barriga, mas não adianta: nada nem ninguém é capaz de burlar o banhômetro. Nessas horas é que aparecem aquele chocolatinho que você comeu e ninguém viu, o pãozinho a mais que tu tirou da cestinha, a coxinha do aniversário do sobrinho, o brigadeiro...

E então você sai da salinha, com aquele monte de percentuais de gordura na cabeça, pensando que só reencarnando pro seu caso ter solução e ainda tem de esperar dois dias para que venha documentado no papel o vexame que tu pagou lá dentro.

Ninguém merece.

domingo, setembro 11, 2005

Madrugando

Eu tenho mania de acordar cedo, como podem ver pelo horário deste post em pleno domingo. Acho a manhã o período mais legal do dia, o que rende mais. Tanto que, quando tenho muita coisa para fazer no trabalho, fico postergando o almoço pras 4h da tarde, porque depois que eu almoço, o dia vira "de tarde" e aí nada mais é igual ao que era quando o dia ainda era "de manhã".

Acordo já toda querendo contar, toda querendo socializar, toda querendo fazer e acontecer. Gás total. Meu horário semanal na massagista é aos sábados, oito e meia da manhã (era às oito, mas ela me pediu pra ser meia hora mais tarde), e a partir daí saio emendando o que tenho para fazer, minha lista semanal de futilidades indispensáveis.

Agora mesmo escrevo este post pensando em sair pra andar de bicicleta no parque. Ou tomar sol lá embaixo caso o tempo firme. Ou em voltar pra cama e ficar lá enrolando, dormitando, porque apesar de adorar acordar cedo, acho um abuso acordar antes das oito no domingo, único dia disponível para dormir até acordar.

E é por tudo isso que, quando me chamam prum programinha light do tipo ir em casa de amigos pra tomar um vinho, uma sopa, comer uma pizza, regada à boa conversa, eu, como diria Lala, acabo cedo. Durmo no sofá. Na mesa se deixar. Começo a querer meu paninho para esfregar no nariz, minha cama. A sentir frio e querer meu cobertor.

Entrego os pontos enfim. Porque apesar de acordar pouco depois que o sol se eleva no céu, podem me pedir qualquer coisa, menos pra ficar sem dormir.

sábado, setembro 10, 2005

A Cigarra e a Formiga

Hoje eu tava conversando com a Ju e a Lala e acabei contando o episódio das luvinhas de casamento da minha mãe.

Eu me casei usando as luvinhas do casamento da minha mãe; minha irmã idem. E depois de nós duas, a Simonny, nossa amiga de infância, que recomendou expressamente à minha mãe que guardasse as luvas, porque ela, como filha que se considerava ser, também se casaria usando as luvas. E assim foi.

Quando me sentei em frente ao computador, esperando abrir uma página, distraidamente folheei minha agenda de telefones. E dentro dela uma foto antiga: eu e Simonny com 3/4 anos, fantasiadas de Cigarra e Formiga.

O evento eu me lembro bem. Era a festinha da escola onde estudávamos, o Grilo Falante, praticamente um sítio. Ela era a cigarra, eu era a formiga.

Lembro-me com nitidez da minha fantasia: um macacãozinho preto, com uma sainha vermelha de filó. Xoooooxaaaaaa... E lembro-me com nitidez da fantasia da Simonny: um macacãozinho meio bege, sei lá agora a cor, mas com IMENSAS ASAS nas costas, asas de cigarra, asas de fada, asas maravilhosas que eu invejei profundamente.

Vou mais além: voltando para casa, morávamos em um prédio sem elevador. Eu no terceiro andar, ela no quarto. Nós subindo as escadas, ela na minha frente, eu logo atrás, com a tortura de ver aquelas asas balançando, em contraste com minha fantasia tão feinha e sem graça de formiga...

É nessas horas que eu sinto o peso de ser leonina.

Fim de tarde

Acho que um dia escrevi sobre afinidade. Ou então acho que foi a Lu, quando ainda era do Bóbis. Ou foi a Lala e eu apenas comentei? Já nem sei.

Mas bom mesmo é sentir a afinidade e não apenas falar dela.

Sentir que ela existe naquela conversinha de travesseiro, despretensiosa, gostosa, enquanto a noite vem chegando, a vela tremulando e perfumando o ambiente, a rua ficando silenciosa depois do rush.

E todo o resto do mundo do lado de fora, enquanto o papo corre manso, os carinhos são preguiçosos, quase indolentes, infinitos.

Cindy 2

Cindy, como sabem meus parcos leitores (atenção, parcos e não porcos) é a gatinha sialata que adotei na última quarta.
Adora dormir durante todo o dia.
E a noite ela não quer ficar só, quer dormir de costelinha.
Ou em cima das suas costas, também serve. Caso nada disso aconteça, ela mia. Mia. Mia. Mia muito. Mia continuamente, como uma pequena sirene.
Ganha literalmente no grito, porque quem resiste àquela coisica miando por atenção?
Eu que não...

Prova de amor

Uma das maiores provas de amor que um homem pode dar a uma mulher é:
- ir com ela à Shoestock num meio-dia de sábado;
- ficar segurando a bolsa dela enquanto ela prova trocentos pares de sandália;
- e depois guardar o lugar pra ela na fila do caixa.
Praticamente o equivalente a um solitário de ouro branco e diamante quadrado da Tiffany's.

quarta-feira, setembro 07, 2005

Cindy


"Oi Cláudia,
A Aninha está descansando... já está correndo atrás dos outros gatinhos no céu dos gatinhos, ronronando, mostrando a barriguinha... sem dor, sem injeções, sem sentir nada ruim...
Amiga, eu me sinto até mal de te oferecer uma nova gatinha...
E só estou fazendo isso pq vc mesma disse que queria uma nova gatinha, na semana passada...
Sábado, uma siamesinha de 3 meses foi abandonada na porta da nossa veterinária..."

Hoje fomos buscar Cindy, nosso presente divino. Que já está aqui em casa tentando reconhecer o ambiente, cheirando tudo e enchendo nossos ouvidos com seu miadinho de gatinha bebê.

E se duvidar, Aninha adivinhou que havia uma outra precisando de uma casa e gentilmente cedeu seu espaço e suas coisinhas para Cindy. Tenho certeza de que isso foi armação dela... rs

terça-feira, setembro 06, 2005

O estranhamento da saudade


Foram quase 7 anos morando aqui em casa.

7 anos arranhando os móveis, 7 anos se jogando no tapetinho quando chegávamos em casa, 7 anos atormentando a empregada, 7 anos andando atrás das pessoas da casa por não gostar de ficar só, 7 anos pedindo comida batendo no braço da gente com a patinha, 7 anos carregando pela casa seu gatinho de pelúcia como se fosse um filhotinho...

E agora que ela morreu, mesmo sabendo o quanto foi melhor para ela, não dá pra não sentir saudades dela, nem de procurar por ela quando chego em casa.

Incrível como um animalzinho pode fazer tanta companhia e trazer tanta alegria e vida a uma casa!

domingo, setembro 04, 2005

Os dois

Ela veio de um lugar do mundo, ele de outro.
Ela teve uma infância protegida, ele se criou tendo as ruas como escola.
Ela teve pais presentes, ele ficou órfão cedo e ganhou o mundo.
Ela expressa tudo o que sente e pensa, ele se cala, por não saber como fazê-lo.
Ela é emoção, ele é razão.

E no entanto, em algum ponto eles se encontraram.
Em algum ponto se identificaram.
E por algum motivo desejam ficar juntos.

Vai explicar por quais tortuosos caminhos os sentimentos mais profundos conseguem se manifestar...

A hora

"A hora é a hora.
Antes da hora não é a hora;
depois da hora já não é mais a hora."
(uma das frases que eu li no quartel, na minha infância, de autoria do Duque de Caxias)

Hoje pela manhã, acordei bem cedo para ver como estava a minha gatinha.
Ela estava lá, deitadinha, fraquinha demais para ao menos se limpar, como fazem os gatos.
Limpei-a toda com lencinhos de bebê, peguei-a no colo, acariciei-a e rezei a S. Francisco de Assis que a protegesse, e que me iluminasse para que eu soubesse quando eu deveria tomar a decisão de levá-la para ser sacrificada e abreviar seu sofrimento, e que me desse coragem para isso.

Não foi preciso. Ela, sábia como só os animais sabem ser, escolheu a própria hora.

Vai, minha queridinha, minha companheirinha, vai em paz, porque agora não há mais dor nem sofrimento para você. Nada mais de veterinário, soro, quimioterapia, tirar sangue, raspar seu pelinho.

Somente paz.

beijinho

sexta-feira, setembro 02, 2005

O poder da tecnologia

Ou como algumas horinhas de papo no msn podem te fazer ficar tão feliz...