É o seguinte... tá bem?

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quarta-feira, novembro 29, 2006

Irmã

O fato de você ter uma irmã traz um adicional do qual você não pode abrir mão, mesmo querendo: ela sempre irá se lembrar das coisas da sua infância e adolescência que nem mesmo você lembrava mais.

Ou teria preferido esquecer.

E se a sua irmã for tão observadora como a minha e tiver a memória de elefante que a minha tem, aí sim que tu tá, como diria meu pai, frita e com pouca banha.

Cada vez que ela comenta um post aqui no blog, ou no blog dos amigos, eu sinto os cabelinhos se arrepiarem de medo do que vem por aí.

Porque uma irmã capaz de se lembrar de que você usava sandália Melissa coca-cola com meia é realmente capaz de tudo!

beijo, Rosana!

sábado, novembro 25, 2006

Injustiça divina

Então, numa noite quente e agradável, você sai pra jantar com o seu amigo, e para alegria da porteirada ele vai te buscar de Porsche. Conversível. Com a capota arriada, pra você se sentir a própria Grace Kelly em Mônaco.

Fosse Deus mesmo justo, você teria cruzado com algum conhecido na rua. Ou, se Deus fosse mulher (e esta é mais uma prova de que ele é homem, com certeza), teria cruzado com aquele ex que te fez comer o pão que o diabo amassou, só pra ter a chance de dar assim um tchauzinho.

quarta-feira, novembro 22, 2006

Coincidência?

Eu não sou uma pessoa implicante, mas tem umas coisas que são irresistíveis, não dá pra deixar de postar.

O SBT tem um programa educativo chamado Aprendendo sobre sexo. Todo domingo, bem tardão da noite, que é pra não chocar seus conservadores telespectadores.

Nem vou comentar do programa, que qualquer dia vai contar a história da sementinha, podem apostar.

Mas a apresentadora se chama Carla... Cecarello! Vai me dizer que não foi de propósito?

Desbancando Regina Duarte de cima da canastra

Ontem eu tava passando pelos canais da TV e dei de cara com uma novela da Record. Parei pra ver, já que estão elogiando tanto o departamento de teledramaturgia da emissora, que tá desbancando a Globo etc etc.

A cena era entre um casal, sobre uma tal fita de vídeo que revelava uma traição. A mocinha ameaçava o mocinho de liberar as cenas da fita na internet, que era só digitar a senha, se ele não fizesse o que ela mandasse. Que mandaria email pra todo mundo que ela conhecia com o link do vídeo se ele não beijasse os pés dela.

Coisa high tech não? Só faltou ela explicar que aí os amigos dela iam clicar no link que ela mandou e abrir uma janelinha com o vídeo, e se fosse o caso eles instalariam o media player pra poder ver. Algo assim, didato-diabólico.

Aí, o personagem-mocinho pega a tal fita da mão dela, joga no chão, pisa em cima pra destruir. Mas negada, se já tava na internet, significa que já tinha sido transformada em um arquivo digital não? Então, mais que óbvio que não adiantava sapatear em cima da fita nem puxar a película de dentro pra dar fim ao filme comprometedor. Ou será que no computador da personagem-mocinha tem uma entrada para fita, tipo videocassete? Capaz.

Mas o pior da cena era o ator que interpretava o mocinho: Marcos Mion.

Vou repetir: Marcos Mion.

O cara é péssimo. Não, ele é pra lá de péssimo. Ou melhor, acho que ele é abaixo da categoria péssima do ranking dos péssimos. Keospariu, vai ser ruim assim lá na MTV e nos programinhas adolês que costumava comandar.

Ele fazendo cara de nojo, de raiva, de ameaçador, de bandido malvado e cafajeste foi a coisa mais lamentável que já vi recentemente em novelas. Olha, ganha longe da Regina Duarte dobrando o pescocinho e fazendo beicinho. E o figurino maneiríssimo? Uma camisa assim meio risca de giz, meio pra dentro meio pra fora da calça, deixando entrever um cinto de couro branco.

Isso mesmo: BRANCO. B-R-A-N-C-O.

Tapei os olhos na hora pra não ver se o sapato era ou não combinandinho, porque o meu estômago não ia agüentar o baque, depois de ter tido de almoçar uma borrachuda pizza de mussarela numa padaria do Bom Retiro.

Fosse eu o autor da novela, matava logo o personagem-mocinho pra tirar o cara do ar.

Eu tenho dó mesmo é da mãe, do pai, da esposa, dos filhos dessa criatura. Já pensaram na escolinha?

- vi seu pai na novela ontem, esmagando uma coisa esquisita que eles chamavam de fita de vídeo.
- não, não era ele não, é um cara ridículo que se faz passar por ele. Meu pai não é ator, ele é traficante de crianças e armas de destruição em massa.

terça-feira, novembro 21, 2006

Sai que este pedaço é meu!!!



Cindy Quebra-Barraco, depois de dar um tabefe na webcam que fica em cima do monitor, atrapalhando sua soneca habitual em seu local preferido.


fotógrafa: Tomatinho do meu molho.

Ronaldo Fenômeno vai se casar!

Ãhn... hein? De novo?

Nonsense

À noite, ele a chama no msn:
- Te bloqueei no messenger porque não tenho tempo de ficar falando sobre nós dois - ele diz.
- Aaahhhh tá, entendi - ela diz.

Dia seguinte, de manhã cedo, toca o celular dela. Era ele:
- Tô te ligando pra te dizer que não dá pra eu ficar ligando pra falar com você o tempo todo - ele diz.
- Tudo bem, eu já tinha entendido ontem que você é ocupado demais - ela diz.
- Então, mas é que eu sempre quero falar contigo, mas acabo desistindo de ligar - ele diz.
- Tá, você já disse isso também - ela diz.
- A gente pode falar sobre vários assuntos, se você quiser - ele diz.
- Tá, pode começar, já que você que me ligou. O que eu tinha pra dizer eu já disse ontem - ela diz.

Silêncio.

- ah, ok - ele diz.
- tchau - ela diz.
- um beijo - ele diz.
- tchau - ela repete.
- tchau.

Estou enganada ou é mesmo a típica situação de "tô te chamando pra te dizer que não posso falar, e tô te ligando pra te dizer que não é pra me ligar?"

domingo, novembro 19, 2006

Como assim?

Acabei de ler que a Holanda aprovou na última sexta-feira uma lei que proíbe o uso da burqa em ruas, locais públicos, escola, transportes públicos etc. E que a Itália já anunciou que pretende seguir pelo mesmo caminho, banindo dos locais públicos o uso do véu pelas mulheres.

Como assim, gente?

Como assim proibir o uso da burqa e do véu, que são símbolos religiosos?

Vão proibir também o solidéu judeu? Sair na rua com uma correntinha com um crucifixo será proibido também?

Proibir o uso da burqa nos países não-muçulmanos é o equivalente a obrigar o seu uso nos países islãmicos. É uma afronta à liberdade religiosa e à liberdade individual. É obrigar alguém a ir contra suas crenças e seus costumes, apenas porque uma minoria radical se aproveita de uma má interpretação dos preceitos do Islã para pregar o fanatismo e a intolerância religiosa.

Para muitas mulheres muçulmanas, o uso do véu ou da burqa é importantíssimo. É uma demonstração profunda de amor à religião e elas não se sentem nem um pouco constrangidas ou desconfortáveis com isso. Ao contrário, imagino que, para elas, desconforto seja vestir um biquini como os brasileiros. O véu é o símbolo de submissão a Deus, assim como o solidéu judeu serve para lembrar que há alguém maior acima do homem.

Como um país como a Holanda, que permite o livre consumo de drogas e regulamenta a prostituição, ícones máximos da liberdade individual, pode proibir o uso de um símbolo religioso que não agride nem prejudica os não-praticantes?

Na minha opinião, atitudes como essa são muito preocupantes, numa Europa que pretende ser uma comunidade cada vez mais abrangente, mas que se mostra cada dia mais intolerante e mais xenófoba. Fico logo pensando se não foi num ambiente assim em que se criou um Adolf Hitler, cuja história sombria nós já estamos cansados de saber.

Salve, lindo pendão da esperança; salve, símbolo augusto da paz!



Hino à Bandeira
Música: Francisco Braga (1868/1945)
Letra: Olavo Bilac (1865/1918)

Salve, lindo pendão da esperança,
Salve símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz

Recebe o afeto que se encerra,
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra
Da amada terra do Brasil!

Em teu seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul...

Recebe o afeto...

Contemplando o teu vulto sagrado,
Compreendemos o nosso dever,
E o Brasil por seus filhos amados,
poderoso e feliz há de ser

Recebe o afeto...

Sobre a imensa Nação Brasileira,
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre sagrada bandeira
Pavilhão da justiça e do amor.

Recebe o afeto...

Todo primeiro domingo do mês, há a cerimônia da troca da bandeira do Brasil que fica na Praça dos Três Poderes, em Brasília. A cada mês, um Estado se oferece para doar a bandeira. É uma cerimônia linda (como já disse, adoro cerimônias militares), com todo o ritual necessário para que a bandeira, que é enorme, não toque no chão em momento algum, e que a nova bandeira chegue ao topo no exato instante em que a anterior chega às mãos dos soldados que a amparam.

Para mim, o Hino à Bandeira é o mais bonito. Adoro o refrão recebe o afeto que se encerra em nosso peito juvenil // querido símbolo da terra, da amada terra do Brasil.

Sonho de um dia de verão

Cenário: uma praia, normalzinha, dessas que a gente vai no verão ou num dia ensolarado, com gente pra lá e pra cá, vendedor de picolé, de água de coco e milho, de limão e mate. Ou seja, nada de Polinésia Francesa ou afins.

Mobiliário: um guarda-sol, uma espreguiçadeira, uma cadeia de praia, dessas de plástico que o cara da barraquinha põe pra você, e que você jura que vai abrir as pernas e te fazer cair estatelada no chão no primeiro movimento.

Céu: azul, com muito sol.

Mar: calmo.

Situação: eu deitada na espreguiçadeira, torrando no sol como de costume num cenário assim, de biquini. Ele sentado na tal cadeira fatídica, de short, sem camisa, embaixo do guarda-sol, com um copo, ou algo que o valha, na mão.

Nós dois conversávamos sobre alguma coisa que nem sei. Mas acima do céu azul, do sol lindo e brilhante, do mar logo ali mandando aquela brisinha pra refrescar, havia uma sensação de felicidade, apenas por estar ali com ele.

Foi só um sonho. Mas bem que um anjo gordo podia passar neste momento e dizer amém! pra que tudo se torne real.

Além de incomodar, irrita

A minha irmã, Rosana, me mandou por email um texto que listava algumas coisas que o autor achava chatas: falar uma ironia fazendo aspinhas com os dedos; carregar uma garrafa de água pra cima e pra baixo e ficar bebendo o tempo todo; palestras motivacionais com exercícios para distribuir a energia positiva; naturebas radicais que pregam a vida saudável o tempo todo, mesmo no boteco, de madrugada.

Vou acrescentar mais uma, que é uma chatice típica de orkut (duas, aliás, porque odeio quem AINDA se refere ao orkut como iogurte ou yakult, piadinha velha e gasta agora que o nome do site é mais que popular e já virando verbo, como o google): aquele povo que participa de comunidades eu te incomodo // eu causo inveja. Ou coloca a própria foto com uma legenda do tipo ah, te incomodo? foda-se!

Normalmente é mulher que faz isso, numas de Sou a Rainha da Cocada Preta e por isso incomodo e causo inveja a todas as demais. E que por ser assim tão megamaravilhosa, as outras se sentem incomodadas com a minha presença e por isso falam mal de mim e querem me derrubar.

Tenho vontade de escrever pra tal fulaninha que faz isso e dizer: querida, você incomoda sim, porque você deve ser uma chata tonta que se acha a última tigela de açaí com granola da academia.

Mas além do trabalho de ter de fazer isso prum montão de neguinha que se acha, é bem capaz de reforçar a idéia dela de que ela incomoda MESMO.

E nem se tocar de que, quem incomoda pra valer, quem desperta inveja pra valer, não precisa ficar anunciando isso aos quatro cantos do mundo, nem escrever no orkut pra tentar se convencer.

sábado, novembro 18, 2006

Trilha sonora

Como eu já devo ter mencionado algumas vezes, minha adolescência foi passada na Brasília dos anos 80, numa época em que ninguém era de lá, todo mundo de fora, cada um com sua cultura, blá blá blá.

E que se hoje, com o avanço dos meios de transportes, Brasília continua sendo bem longe e bem no meio do nada, imagine há mais de vinte anos como era a coisa. Por conta disso, a gente não tinha shows de fora e tinha de se contentar com as bandas locais, que para nossa sorte eram Legião Urbana, Capital Inicial, Plebe Rude, Milton Guedes, mas isso eu também já falei.

O que eu não sei se já contei - se não contei, conto agora; se já contei, podem me chamar de gagá - é que em todo barzinho de música ao vivo do Gilberto Salomão (centro comercial com concentração de bares e boates, no Lago Sul), fosse qual fosse a banda que estivesse tocando, uma música era obrigatória: a música do Canudinho.

Não me lembro do nome do autor e, a essa altura, já deve ter virado domínio público. Eu ouvi tantas vezes que até hoje me lembro da letra. Simplinha, fofa, facinha, mas que absolutamente todo mundo sabia cantar.

Assim:

Se eu tivesse um canudinho
eu chupava você
pra dentro do meu mundinho
pra comigo viver.

Mas se eu tivesse um canudinho
eu me enchia de você
e acabava este vazio
o vazio de viver.

quarta-feira, novembro 15, 2006

A verdade absoluta para este verão

Quem é mulher sabe e vai concordar: não há como sobreviver neste mundo confuso de meudeus sem os bons e velhos testes de revista.

Sendo de internet, melhor ainda, porque não precisa ficar anotando os resultados para fazer as contas depois. Bastam alguns cliques e pluft! Você já fica sabendo qual o seu tipo de gato preferido, de que cor deve ser a parede do seu quarto, que tipo de cérebro você tem, qual heroína do cinema você é, e, fundamental agora com a proximidade do verão, Qual praia combina com o seu biquini!

Meninas, olha que fazer esse teste salvou a minha vida. Já imaginou frequentar uma praia que não tem nada, nadica a ver com o seu biquini? Ficar se sentindo assim, uma ET no meio da areia porque o seu biquini na verdade foi feito pra Miami Beach e não pra Maresias? Que na verdade aquela estampa de oncinha para a qual você torceu o nariz na loja é o hit do lugar? E que você apareceu na areia sem nem um rimelzinho e, pecado dos pecados, entrou no mar e arruinou a chapinha? Mulher alguma merece esse desgosto.

Graças a este teste, agora sei que, usando os meus biquinis, eu devo freqüentar as praias do ridijanêro. Segundo o teste, eu sou a própria menina do Rio - calor que provoca arrepio, não tenho dragão tatuado no braço e sim o apelido da filha na nuca, mas o que é uma pequena adaptação frente à cientificidade de um teste como este?

Segundo o teste, meus biquinis combinam com as praias cariocas, por serem floridos (verdade, alguns são), com listras (nenhum) e de cores alegres (tirando os obrigatórios preto e branco, tenho biquini laranja, azul-turquesa, pink). Gosto de ir à praia apenas com o biquini e sandálias Havaianas (meia-verdade, vou de Havaianas sim, mas a quantidade pululante de banhas ao redor do biquini não me permite abrir mão do short), protetor solar (verdade) e dinheiro para água de coco (siiimmmm, além do picolé de milho verde, um livro e o celular pra bater papo sob o sol).

Também gosto de admirar o visual de uma praia bonita e sem lixo por todos os cantos (só eu?) e a primeira coisa que eu faço é entrar no mar pra ficar com os cabelos cheios de onda (não, porque meu cabelo não ondula, vira uma massa disforme mezzo-liso mezzo-cesto, entupido de Neutrox 2).

Portanto, queridos leitores, agora é assim: nada de Guarujá, Maresias, Punta Cana... Praia pra mim, só no Rio de Janeiro! Ou então terei de trocar todos os meus biquinis.

Por favor, poupem-me da recomendação de ir ao Piscinão de Ramos.

Cindy du Soleil





fotógrafa: Conchinha do meu mar

terça-feira, novembro 14, 2006

Dando o exemplo

Marta, casada, dois filhos adolescentes - um menino e uma menina - sai numa bela sexta-feira à noite com a família pra jantar numa churrascaria.

Aquela mesona: maridos, filhos, mãe, sogra, cunhados, sobrinhos, maridos e namorados e afins de sobrinhas. Enfim, a galera reunida.

Marta pede uma caipirinha. Momentos depois, o garçom chega com outra, que aparentemente não tinha dono. Marta, mulher cristã e de bom coração, se comoveu com a triste sina da pobre caipirinha rejeitada, podendo a partir daí desenvolver algum tipo de complexo, do tipo Síndrome da Caipirinha Sem Dono, coisa que ela não ia permitir a uma pobre bebida:

- Pode deixar aqui comigo mesmo, vai.

E mandou ver mais uma.

De repente, o mundo começou a rodar, a ficar mais pesado, meio esquisito e fora do padrão. Marta começou a não sentir direito as pernas e a perder a coordenação motora. O estômago embrulhava, a cabeça doía.

Resumindo: Marta manguaçou bacana bem ali, no meio da mesona com a parentada. E olha que eles nem tavam comemorando nada em especial, era só um jantar tranqüilo, estritamente familiar.

Marta catou a filha de 15 anos e foi até o banheiro feminino pra ver se jogar uma água na cara resolvia o problema. Jogou-se no sofá que havia no banheiro e ficou lá prostrada. A filha foi buscar ajuda:

- Pai, mamãe tá lá no sofá do banheiro passando mal e nem consegue levantar sozinha.

Foi lá o marido, preocupado, achando que a mulher tava tendo um treco. O cunhado, médico, foi junto, e já deu a solução imediata mais plausível:

- Bora levar no hospital aqui do lado pra tomar uma glicose na veia!
- Que hospital nada, eu vou levar é pra casa (e o vexame de chegar com esposa bebum no hospital, não conta?). Pede uma cadeira de rodas.

Então. O restaurante não tinha cadeira de rodas. Até tinham encomendado uma, mas não chegara ainda. Marta foi colocada numa poltrona e carregada ali, desfalecida, até o carro do marido, onde foi jogada no banco de trás.

Caminho de casa. Banco de trás, Marta e um dos filhos, outro filho no banco da frente:

- Eu tô com frio, com muito frio, mooorrrrrta de frio, liga o ar quente que eu tô com hipotermia!
Marido liga ar quente.
- Eu tô com calor, tá muito quente, aaaaaabreeeee o vidro!!
Marido abre os vidros. E assim foram até em casa: abre vidro, fecha vidro, liga ar, desliga ar, língua enrolando pra falar.

Mas o melhor da história mesmo foi Marta, desabando na feira, de cara na barraca de peixe, mas defendendo o pastel a todo custo, aproveitar a carraspana pra educar as crianças no trajeto pra casa. A língua enrolando e ela dizendo:

- Estão vendo, crrrrriançaxxxsssss? Estão vendo o que o álcool é capazzzzzzz de fazerrrrrrrr nuuuuuuma pessoa? Se pra homem já é feio, imagine, minha filha, que coisa maissssss fffeeeeeia pruma mocinha ficar bêbada por aí!

Tão bom poder crescer ouvindo os bons conselhos e seguindo o bom exemplo dos nossos pais!

Feriado... de novo?

Vai aqui minha opinião como pequena empresária: segunda, dia 20, é feriado.
De novo?

Pra começar, não posso pensar em nada mais racista e discriminatório do que um Dia da Consciência Negra. Sem contar que nem feriado nacional é, é municipal, ou seja, algumas cidades têm consciência negra, outras não.

Juntamos com o feriado de 02 de novembro e com o de 15 de novembro, fora todo o resto que tivemos em setembro e outubro, mais a proximidade do natal e do ano novo, e fica quase impossível ser produtivo pra valer.

Sem contar que não é o governo que arca com o custo do funcionário no feriado: são as empresas, e ninguém vai me dar desconto nos impostos por isso, muito menos me liberar de pagar hora extra pra dar conta dos compromissos assumidos com os clientes.

Para mim, alguns feriados não têm razão de ser. Os religiosos principalmente, uma vez que o Estado Brasileiro é laico. Sou católica e faço promessa pra Nossa Senhora Aparecida, mas não tem sentido ser feriado no dia da santa. Nem na sexta-feira da Paixão. Porque temos feriados nacionais cristãos e não temos feriados nacionais judeus ou muçulmanos?

Eu curto feriado, como todo mundo. Também gosto de saber que terei uma folga no meio do turbilhão. Mas façamos as contas: dos 22 dias produtivos do mês de novembro, 3 são feriados. Quase 15% dos dias. É muito para as empresas arcarem sem prejuízo algum.

Isso porque no dia 20, apesar de ser feriado, é dia de pagar a primeira parcela do décimo-terceiro. Vai ser feriado pra isso também?

Escondidinha



Alguém consegue me achar?
Cindy Quebra-Barraco

fotógrafa: Estrelinha do meu céu

segunda-feira, novembro 13, 2006

Mínimo

O mundo é um lugar muito, muito pequeno mesmo...

quarta-feira, novembro 08, 2006

Greve de fome

44 dos 77 detentos do presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes (só gente do bem) estão em greve de fome, em protesto contra a colocação de placas de aço nas janelas das celas para dificultar a comunicação pelo celular. Segundo eles, as placas prejudicam a circulação do ar dentro das celas.

O juiz corregedor já pediu apuração urgente das condições em que vivem os presos em Presidente Bernardes, os quais se recusam a receber a marmita há 48h, para ver se a queixa procede.

Capaz até de mandar instalar um ar condicionado central, se duvidar.

Ou será que a greve de fome é pra ficar todo mundo esquelético e fugir passando por entre as grades?

em tempo: já que os fofos não querem as marmitas, que tal parar de oferecer a comida pra esses marmanjos que não fazem nada da vida a não ser transtornar a vida de quem não cometeu crime algum e distribuir para moradores de rua, doentes carentes em hospitais, asilos ou algo do tipo?

terça-feira, novembro 07, 2006

Curriculum vitae

Aqui na confecção, estamos contratando alguém para cuidar da limpeza, cozinha, servir café etc todos os dias, já que hoje temos uma faxineira 2 vezes por semana e não tá resolvendo.

Eis que a atual faxineira trouxe o currículo de uma amiga, candidata ao cargo:

Dados pessoais

Grau de escolaridade

Experiência profissional
(ambas como auxiliar de limpeza)

Objetivo
Desejo uma oportunidade para ingressar-me no mercado de trabalho, obter e aprimorar todos os conhecimentos que tiver acesso, dando assim um passo para o meu desenvolvimento profissional e pessoal em conjunto com os interesses da empresa.


Gastón, já pensou em montar um currículo pra Jô?

segunda-feira, novembro 06, 2006

De volta à condição de simples mortal

Durante um ano inteiro, fui a feliz proprietária de um Daslu Card do Shopping Jardim Sul. Black, chique demais! Não sei baseados em que critérios, selecionaram moradores do Morumbi para ganhar um cartão com o qual não se paga o estacionamento.
Sábado, fui até o shopping revalidar meu cartão e tive a ingrata surpresa de escutar que meu cartão não seria revalidado porque eu o uso pouco.

Eu até imagino que a intenção do cartão seja fazer com que as pessoas freqüentem mais o shopping, e no meu caso, funcionou, porque apesar de eu morar a 5 minutos (a pé) do shopping, eu não tinha o hábito de ir lá, por ser pequeno, com poucas opções etc. Pegava o carro e ia direto ao Morumbi.
Mas se suspendem o meu cartão porque, pelos critérios de avaliação do shopping, eu o uso pouco, agora vou freqüentar menos ainda, porque realmente fazia diferença o fato de não ter de pagar o estacionamento, nem pegar filas para isso. Com o cartão, o Jardim Sul passara a ser uma opção para mim.

Como o cartão não é acompanhado de movimento de consumo, significa que uma consumidora como eu, que atualmente só vai ao shopping para compras pontuais, ou seja, efetivamente para comprar alguma coisa, fica em patamar inferior ao de alguém que usa o shopping como área de lazer, para matar o tempo vendo as vitrines e não comprar nada.

Na minha opinião, é o tipo de estratégia de marketing que acaba se virando contra seu criador, porque me senti tão chateada com a perda do cartão que teria sido melhor que eu nunca o tivesse recebido.

domingo, novembro 05, 2006

...

Saudade... como uma chuva fininha, constante, que cai durante todo o dia e toda a noite, dando a impressão de que o sol nunca mais vai voltar a aparecer.

quarta-feira, novembro 01, 2006

Você veio ao bode certo!



(da animação Deu a Louca na Chapeuzinho)

FOI HÁ TRINTA E SETE ANOS, UM FEITIÇO CAIU EM MIM
AGORA QUANDO EU FALO TENHO QUE CANTAR ASSIM
PRA VIVER CANTANDO, PRECISO ME ISOLAR
POR ISSO ESTA CABANA É MEU LAR!

QUEM VIVE NA MONTANHA TEM SEMPRE O QUE TEMER
POR ISSO É BOM VOCÊ SE PRECAVER!

LA-RI-LEI-LEI-REI-LEI-LEI-REI-LEI-LEI-LEI
LA-RI-LEI-LEI-REI-LEI-LEI-RÁ . BÉE

TENHO CHIFRES ABRIDORES E PRA CHAVES RECOLHER
TENHO CHIFRES PRA SINTONIZAR A IMAGEM DA TV
TENHO CHIFRES PARA DESTAMPAR, BONITOS DE SE VER
TENHO CHIFRES PARA O QUE VIER, EU SEI ME PRECAVER!

PRECAVER, PRECAVER, EU DIGO PRA VOCÊ
É SEMPRE MUITO BOM SE PRECAVER
PRECAVER, PRECAVER, SE NÃO QUER PAGAR PRA VER,
CUIDADO É COISA BOA DE SE TER!

LA-RI-LEI-LEI-REI-LEI-LEI-REI-LEI-LEI-LEI
LA-RI-LEI-LEI-REI-LEI-LEI-RÁ!

DAG-LING-DAG-LING-DAG-LING-É BOM SE PRECAVER!

TEM UMA AVALANCHE VINDO E NÃO DEU PRA PRECAVER
RUGINDO IGUAL LEÃO FEROZ, ASSUSTA PRA VALER
NÃO FOSSE ESSE FEITIÇO EU BERRAVA EM PORTUGUÊS
MAS JÁ QUE É PRA CANTAR, VOU ME ACABAR NO TIROLÊS!

O pecado mora ao lado

Agora o posto de gasolina no fim da minha rua vende picolés Rochinha.
De milho verde inclusive.