É o seguinte... tá bem?

Minha foto
Nome:
Local: São Paulo, SP

sexta-feira, novembro 30, 2007

Prova de vida

A vida anda agitada na Venezuela por conta do plebiscito do próximo domingo. Ontem, uma multidão saiu às ruas para defender o não às mudanças constitucionais. O ponto que mais chama a atenção é a possibilidade de reeleição infinita do presidente da República, e a coisa começa a cheirar a Fidel Castro.

Chavez, além da polêmica com o rei da Espanha - o que mandou o por que no te callas? que já virou hit de ringtone em Caracas -, agora se desentende com o presidente da Colômbia, que o destituiu da tarefa de negociar com as Farcs a troca de reféns por presos pertencentes à organização. Chamou de volta o embaixador colombiano em Caracas e disse que só fica de bem quando o presidente da Colômbia não for mais o Uribe.

Ele era o mediador justamente porque as Farcs são simpáticas ao seu governo. Penso que qualquer governo que tenha como simpatizante uma organização guerrilheiro-terrorista que tem como principal moeda de troca as vidas dos reféns já não pode ser considerado democrático e respeitador dos direitos individuais, por mais que no papel ele siga todos os pré-requisitos de um.

Mas o assunto deste post é que três guerrilheiros das Farcs foram presos na Colômbia, e com ele provas de vida dos reféns: gravações em vídeo e cartas para a família. Uma das reféns, que era presidenciável na Colômbia na ocasião do seu sequestro, está sequestrada desde 2002. Cinco anos. Três americanos estão presos desde 2003. Quatro anos.

Imagine a tortura de ter alguém da sua família por anos nas mãos de um grupo que nada tem a perder, cuja ideologia tem traços de fanatismo, de matar ou morrer. Qual deve ser o sentimento de um filho que vê um vídeo da sua mãe sequestrada há cinco anos, no qual ela aparece abatida, entristecida, mas viva? Qual o preço incalculável que uma família nessas condições pagará para sempre, ainda que seja ela libertada com vida?

O Natal está próximo. E tudo o que posso desejar é que essas famílias possam ter um Natal diferente dos que tiveram nos últimos anos: com a famíia reunida, livre de imaginar em que parte da selva está seu ente querido, com as orações voltadas para o agradecimento pelo fim de parte do pesadelo.

quinta-feira, novembro 29, 2007

Chapeuzinho Vermelho na imprensa

Se a história de Chapeuzinho Vermelho saísse na imprensa nacional, veja como ficaria, de acordo com o veículo:

JORNAL NACIONAL
(William Bonner): Boa noite. Uma menina chegou a ser devorada por um lobo na noite de ontem....
(Fátima Bernardes): ... mas a atuação de um caçador evitou uma tragédia.

FANTÁSTICO
(Glória Maria): ... Que gracinha, gente. Vocês não vão acreditar, masessa menina linda aqui foi retirada viva da barriga de um lobo, não émesmo?

CIDADE ALERTA
(Datena):... Onde é que a gente vai parar, cadê as autoridades? Cadê as autoridades?! A menina ia para a casa da avozinha a pé! Não temtransporte público! Não tem transporte público! E foi devorada viva...Um lobo, um lobo safado. Põe na tela!! Porque eu falo mesmo, nãotenho medo de lobo, não tenho medo de lobo, não!!!

REVISTA VEJA
Lula sabia das intenções do lobo.

REVISTA CLÁUDIA
Como chegar à casa da vovozinha sem se deixar enganar pelos lobos no caminho.

REVISTA NOVA
Dez maneiras de levar um lobo à loucura na cama.

REVISTA MARIE-CLAIRE
Na cama com o lobo e a vovó.

FOLHA DE S. PAULO
Legenda da foto: Chapeuzinho, à direita, aperta a mão de seu salvador.
Na matéria, box com um zoólogo explicando os hábitos alimentares dos lobos e um imenso infográfico mostrando como Chapeuzinho foi devorada e depois salva pelo lenhador.

O ESTADO DE S. PAULO
Lobo que devorou Chapeuzinho seria filiado ao PT.

ZERO HORA
Avó de Chapeuzinho nasceu no RS.

REVISTA CARAS
(Ensaio fotográfico com Chapeuzinho na semana seguinte)
Na banheira de hidromassagem, Chapeuzinho fala a CARAS: Até ser devorada, eu não dava valor para muitas coisas da vida. Hoje sou outra pessoa.

PLAYBOY
(Ensaio fotográfico no mês seguinte)
Veja o que só o lobo viu.

REVISTA ISTO É
Gravações revelam que lobo foi assessor de político influente.

G MAGAZINE
(Ensaio fotográfico com lenhador)
Lenhador mostra o machado.

quem me mandou por email foi minha prima Nana!

terça-feira, novembro 27, 2007

Distorção

Só porque sua única filhotinha, criada a pão-de-ló, namora um cara que não tem onde cair morto, que não tem emprego fixo a não ser de capanga do capo, que mora na Portelinha - favela comandada pelo Marlon Fagundes Brando Corleone já referido - você, como pai, se acha no direito de estrebuchar??? Só por isso??? Coisinha pouca.

tsc tsc tsc tsc tsc... e o pessoal da novela quer convencer a gente que todo o problema do cara é ser negro. Ou melhor, afrodescendente.

Com um currículo desses, faria diferença pra você ele ser negro ou loiro de olho azul? Mas como estamos na era do politicamente correto, todo mundo tem de achar megafofo o namoro dos dois pombinhos, sob pena de ser acusado de racista.

*novela das oito, claaaaro!

sábado, novembro 24, 2007

Novela, de novo

Juvenal Antena devia ser o responsável pela segurança pública durante a Copa de 2014.
Uma eficiência só.

Memória curta

Cansada do visual praiano dos meus cabelos dos últimos dois anos - não que fosse intencional, é que fiz umas luzes, tomo muito sol, a coisa foi clareando... e mais um pouco eu catava duas ráfias e saía pulando por aí, de fardinha e short branco, cantando Ilariê - resolvi escurecer as madeixas, pra combinar melhor com a pele morena e as sobrancelhas escuríssimas:

- Ju, voltaí o meu cabelo pra cor original, que cansei dessas luzes.
- Tá bem, Cláudia. Qual é a cor original do seu cabelo?

Ãhn?...

sexta-feira, novembro 23, 2007

Filosofando II

Como diria o grande (?) filósofo Nelson Ned... tudo passa, tudo passará!

quarta-feira, novembro 21, 2007

Dica

Intervalo do jogo da seleção, entrevistam na platéia o Raí, aquele jogador responsável pela torcida feminina do São Paulo ter crescido tanto nos últimos 15 anos.

Continua lindo, continua gato, continua titifoi, Mas alguém podia chegar ao pé do ouvido dele e dizer que a gente não gosta quando os moços pintam os cabelos com tinta negra como a asa da graúna.

Calendário


20 de agosto.


Este foi o dia em que aquele que viria a ser meu marido me pediu em namoro. Eu com 15, ele com 18, voltando da festinha de 15 anos (é, quando você faz 15 anos, todas as suas amigas fazem também, então é o ano de mais intensa vida social de toda a sua vida) de uma amiga.

Até então, já tínhamos nos conhecido no aniversário dele, depois nos encontramos numa baladinha, depois nos vimos na minha festa de 15 anos. Tudo isso sem rolar um único beijinho, o qual, aliás, só rolou depois que eu aceitei o pedido. Tempos ingênuos e românticos aqueles...


Não gente, eu não nasci em 1930, como pode parecer.


O que quero dizer com isso é que eu e ele sabíamos exatamente em que dia tínhamos começado a namorar. Qual era a nossa data, mais importante até do que o aniversário de casamento, tão marcante para os dois que continuou sendo celebrada de alguma maneira, por meio de jantares, ou flores, ou email, ou telefonema, mesmo nos anos que se sucederam à separação.


Hoje fica mais difícil ter toda essa precisão. O desenrolar é outro, nem melhor nem pior, quero deixar bem claro. As pessoas se conhecem, começam a sair juntas, hesitam em qualificar o outro como namorado. Uma amiga minha quase me batia quando eu chamava de seu namorado o moço com quem ela vinha saindo há, sei lá, uns bons dois meses. Três meses beijando na boca de dia e não era namorado?


Com isso, a definição da nossa data acaba sendo um processo com uma certa dose de subjetividade, e implica um consenso entre as partes. Alguns casais consideram como sendo o dia do primeiro beijo, outros consideram como o dia em que dormiram juntos a primeira vez, outros o dia em que apareceram como um casal diante dos amigos. Tem quem radicalize e marque a data como sendo o dia em que uma das partes deu à outra uma cópia da chave de casa, pra molhar as plantas durante a ausência.


Aí eu penso como deve ser a definição, porque num caso assim, dificilmente ambas as partes têm em mente como sendo aquele o mesmo dia. O gap entre o dia que um acha que é em relação ao dia que o outro marcou no coração pode chegar a um mês ou até mais. O que dá margem a muitas pulgas atrás da orelha: se ele não se considerava meu namorado, isso quer dizer que saía com outras nesse período, além de mim? Se ela não se considerava minha namorada, então aquele amigo tão próximo que tá sempre na casa dela podia ser um amigo com direitos?


- 15 de setembro, eu me lembro bem, nós fomos jantar juntos, você tinha me mandado flores logo pela manhã...

- não não, nós começamos a namorar mesmo foi só em 10 de outubro, quando fomos na festa do Marcão e blá blá blá.


ou


- não, não foi quando a gente passou a noite juntos depois do aniversário da minha prima, foi só umas 3 semanas depois, quando você veio aqui em casa pra pizzada de fim de ano com meus amigos e minha família, lembra?


Pronto, tá feita a caca. Se um é mais romântico que o outro, ou se um se apaixonou mais rápido que o outro, ou se um é mais ciumento que o outro, esse descompasso pode causar imensos problemas.


Eu sou das antigas. Do tempo em que se pedia em namoro, marcava-se em que dia foi e comemorava-se de forma especial. Para mim, namorado é namorado e amigo é amigo. Amigo com direitos é uma coisa que não existe no meu universo. Essa coisa dúbia, esse terreno arenoso, definitivamente não é pra mim.




Desesperança

Como podem ver, pela quantidade de mini posts, tô aqui de bobeira esperando começar Brasil x Uruguai, e já sabendo que, mesmo que a seleção goleie o adversário, o jogo vai ser um show de horror.

Cada homem feio, meu Deus! Dá até uma tristeza na hora do hino nacional, em que eles focalizam um por um... ai que vergonha do Walter!


update: que coisa mais linda o hino nacional tocado pela orquestra! E como tinham a orquestra pra mostrar e logo em seguida a queima de fogos, ficamos livre do festival de mocinhos medonhos que costuma ser a nossa seleção.

Dá dá dá dá dá! Dá dá dá dá dá! Dá dá dá dá dá DELÍCIA!

Alguém pode me dizer o que significa aquela menina fofa demais cantando no comercial da Delícia? Linda demais!

A novela

Só mesmo nessa novela pra mocinha aceitar o pedido de casamento do mocinho dizendo sim sim mil vezes sim.
E o mocinho se chamar Claudius.
Aliás, Caco Ciocler com Marjorie Estiano é uma coisa que só podia ter saído da mesma cabecinha que imaginou aquela cabeleira loira pra Suzana Vieira.

Isso pra não falar do Marlon Fagundes Brando Corleone, mas isso é assunto para outro post.

Filosofando

O difícil, como todos bem sabem, não é fácil.

terça-feira, novembro 20, 2007

Feriado

Hoje é o Dia da Consciência Negra. Feriado aqui em São Paulo.

Imagine o que é um feriado municipal 5 dias depois de um feriado nacional. Considerando que o feriado nacional caiu numa quinta e o municipal na terça subseqüente, e que a maior parte das escolas enforcou a sexta e a segunda, porque o quorum em sala de aula seria mesmo ínfimo, e está feito o estrago.

O pior é que os funcionários das empresas que tiveram de trabalhar na sexta e na segunda se sentiram injustiçadíssimos de não ter podido emendar todo o feriadão. Numa época de produção intensa como esta, pelo menos no meu ramo de negócio, isso nem entrou em cogitação.

Por isso eu digo: eita feriadinho besta o de hoje!

Os motivos são variados. Pra começar, acho discriminatório existir um Dia da Consciência Negra. Ah, é pra chamar atenção para o preconceito racial etc etc. Ok, mas nós mulheres somos muitíssimos discriminadas também, temos menos oportunidades de trabalho, ganhamos menos que os homens, cumprimos dupla ou tripla jornada, e nem por isso ganhamos um diazinho só para nós. Ou melhor, até temos, pomposamente chamado de Dia Internacional da Mulher, mas não é feriado, nem mesmo ponto facultativo. Nosso lobby não é forte o bastante?

A Prefeitura e o Sindicato do Comércio de Guarulhos entraram com uma liminar contra o feriado neste dia. Ou seja, hoje, em Guarulhos, era pra ser feriado mas não é. Aplaudo de pé. O feriado custa caríssimo para as empresas e não temos retorno, ou desconto nos impostos, nada que alivie a nossa carga. Hoje estamos trabalhando e como não foi possível trocar a terça pela sexta, como fizeram várias empresas, pelo simples fato de estarmos sobrecarregados, serei obrigada a pagar caríssimas horas extras para cumprir meus compromissos.

Não sou contra os feriados, pelo contrário. Acho que eles cumprem uma função importante, de proporcionar uns descansos aqui e ali que ajudam a desestressar ao longo do ano. Só acho que alguns são incoerentes. Feriado religioso, por exemplo. Se o País não é oficialmente católico, por que tantos feriados católicos? Por que não temos feriados judaicos ou kardecistas? Segundo a legislação, além das datas nacionais, pode-se ter 4 feriados religiosos. Vamos contar: terça de carnaval, sexta-feira da Paixão, Corpus Christi, Nossa Senhora Aparecida, Natal. Isso porque não incluo nesta conta o Dia de Finados, uma vez que todo mundo morre independente da religião. Já não passou de 4?

Juntam-se a eles o Dia do Trabalho, o da Independência, o da República, o do Ano Novo, o do aniversário da cidade, o da Revolução Constitucionalista, o de Tiradentes, e suas respectivas emendas. Como já disse acima, são todos ótimos para descansar, mas por vezes, o preço desse dia em casa sai caro demais.

Estado de alerta

Quando tenho muita coisa pra finalizar com data marcada, por ser evento, sempre perco o sono por volta dumas 4h da manhã. Acordo listando tudo o que tenho pra fazer para dar conta dos compromissos, é uma m.

Aí, pego o computador e mando email de to do list pro trabalho, na tentativa de amainar minha ansiedade e tornar produtiva a perda do sono adiantando o que terei de fazer logo mais.

A porcaria disso tudo é que o sono volta sim: agora, quase 6h, quando tenho de estar de pé antes das 7h. E tudo isso vai durar, sem sobra de dúvida, até pelo menos o fim do ano, com pequena pausa na época do Natal, e volta com força total em janeiro.

Espero que essa consumação toda ao menos me deixe mais magra. Alguma vantagem tem de ter.

segunda-feira, novembro 19, 2007

Brasil x Uruguai

Minha vida tende a piorar de amanhã pra depois.
A seleção joga partida pelas eliminatórias da Copa do Mundo, quarta a noite, no Morumbi.

Levando em conta que o cursinho da Isabela fica a 500m do estádio, e levando em conta também que domingo é a primeira fase da Fuvest e nem dá pra sonhar em pedir pra ela faltar, pensem vocês na minha situação quarta-feira, seis da tarde, que é o horário em que pego ela pra voltar pra casa.

Só falta eles estarem hospedados no Hyatt, o que é bem provável. Que por sinal fica bem no caminho pelo qual tenho de passar pra ir pra casa.

Espero que, depois de todo esse transtorno, a seleção pelo menos GANHE. Coisa que tem sido dificil.

Os homens são de Marte e a gente não entende a cabeça deles mesmo

- o que vocês mulheres não entendem, Cláudia, é que para os homens, esses casinhos não significam nada.
- isso dá pra entender, amigo. O que nós mulheres não conseguimos entender é por que motivo os homens arriscam aquilo que para eles significa muito por conta de algo que não significa nada.

Silêncio.

domingo, novembro 18, 2007

Eu quero...


Lindas lembranças

Hoje fiquei pensando em Portugal e me lembrando do tempo que morei lá. Começou porque de tarde estava passando uma matéria com o Zeca Camargo, nem sei que programa era aquele, e ele falava das expressões portuguesas, diferentes das nossas.

Morei em Lisboa por precisamente um ano e um mês. Em Miraflores, na Avenida das Tulipas, 14 - Quarto Direito - que, como já expliquei aqui um dia, quer dizer que eu morava no quarto andar, no apartamento do lado direito. Bem, olhando de frente pro prédio, ele na verdade ficava do lado esquerdo. Talvez eu devesse ficar na mesma posição que o prédio, ou seja, de costas pra ele, ambos (eu e o prédio) de frente para um morrinho florido, e então o apartamente ficaria efetivamente do lado direito. Bem, ele ficava do lado direito de quem saía do elevador, ao menos.

(tô vendo um filme com Robert Redford e Brad Pitt, e eles são tão parecidos que o filme podia ser algo do tipo eu sou você amanhã)

Quando cheguei a Portugal, foi pra morar apenas por seis meses. Seis meses que viraram o um ano e um mês que mencionei. Quando voltei, sentia um misto de alegria por voltar para casa e de tristeza por sair de lá.

Porque, apesar da saudade da minha casa, dos meus amigos e da minha família, eu fui tão, tão, tão feliz lá, que Portugal morará para sempre em um lugar muito especial em meu coração.

Toda vez que penso em Portugal, três imagens são predominantes em minha cabeça: a primeira é da minha querida e linda Torre de Belém, meu lugar favorito na cidade, meu refúgio nos momentos de melancolia, minha confidente, enfim o lugar que eu chamava de meu.

A segunda é Cascais, com todo aquele mar aberto diante de mim. Era curioso ficar parada no sol lindo, sob o céu azul, de frente para o mar, toda encasacada por conta do frio. E ficar olhando para o horizonte, e pensar no quanto minha vida era abençoada e no quanto eu me sentia feliz.

A terceira eram os campos intermináveis de girassóis do Alentejo. Quase todo fim de semana eu inventava alguma viagem para algum lugar de Portugal. Onde houvesse um muro velho, lá estava eu, como dizia meu ex-marido. Ele tinha toda razão. Bastava eu saber que numa determinada cidade havia uma fortaleza, ou um castelo, e eu queria ir conhecer. Muitos deles ficavam nesta região de Portugal, o Alentejo, e enquanto meu então marido dirigia até o destino escolhido daquela ocasião, eu me lembro de ver campos de girassóis tão floridos e lindos, tudo tão amarelinho, até onde a vista alcançava, e como era linda aquela cena.

Era como se o mundo todo fosse florido, amarelo, radiante, ensolarado!!!

sexta-feira, novembro 16, 2007

Começou o carnaval - mas já??

O grande babado da semana, assunto de todos os programas de fofoca da TV brasileira - acreditem, eu tô assistindo a todos hoje, enquanto tento arrumar coragem pra sair da cama, que tá tão quentinha... - é a escolha de Gracyanne Barbosa como rainha da bateria da Mangueira.

Ahhh... Gracyanne quem?

Gracyanne, gente, noiva do Belo, aquele cantor com beleza inversa ao que o nome sugere, que além de feio pra dedéu ainda cumpriu pena por tráfico de armas, droga, associação ao crime e sei lá mais o quê. Ex-marido da Viviane Araújo.

Situou?

Então. Do-i-díssima por ter sido preterida pela Mangueira, Viviane Araújo contra-ataca assumindo o posto de rainha da bateria do Salgueiro, ex-agremiação da atual noiva do seu ex-marido, com direito a troca de farpas entre as duas concorrentes ao mesmo cargo, ao mesmo homem e ao posto de marca de biquini aparente mais aparente.

quinta-feira, novembro 15, 2007

Pequena reflexão amarga

Hoje é feriado, e pra quem sonhava neste instante estar estatelada em cima da canga, na areia de uma praia qualquer, besuntada de óleo Cenoura e Bronze (que por se só já dá uma tingida na pele), estar sentada em frente ao computador, na minha mesa de trabalho, é uma diferença e tanto.

Pra ser sincera, nem tô reclamando. Não que eu tenha virado uma viciada em trabalho, acho que isso nunca vai acontecer comigo. Adoro vir trabalhar, mas sinto uma falta danada das coisas da minha casa, cuidar pessoalmente das plantas (elas agradecem penhoradas pela minha falta de tempo para isso, porque sou péssima neste quesito), bater um bolo, ficar perto da Bela nem que seja só escutando o batuque do teclado dela conversando com os amigos pelo msn, arrumar os armários, tudo com calma, e portanto jamais o trabalho irá ocupar o primeiro lugar na minha vida.

Digo que não tô reclamando por dois motivos: o primeiro é que tá um dia medonho de cinzento, chuvoso, frio e com aquela aura triste que só os dias medonhos de cinzento, chuvosos e frios conseguem ter, a menos que se esteja sob o edredon com alguém, vendo filme e cochilando grudadinho, o que não é definitivamente o meu caso, a menos que eu possa contar a Cindy Quebra-Barraco como alguém. O segundo é que esta é uma época do ano muito intensa no meu ramo de atividade e os prestadores de serviço que costumam me ajudar durante o ano, quando tenho sobrecarga, também estão sobrecarregados, o que me deixa mais enrolada ainda. Por um acaso do destino, dois deles abriram brechas para mim até o sábado, de maneira que tudo tinha de ficar pronto para ser enviado para eles entre hoje e amanhã. Juntou com o fato de dois funcionários terem pedido pra vir pra cá hoje para adiantar seus próprios afazeres e cá estou eu.

Como é feriado nacional, o telefone não toca, ninguém manda email, nem tem o restante do pessoal para me solicitar quase o tempo todo, sobra tempo para responder emails de amigos e escrever textos compridos no blog, enquanto aguardo que tudo fique pronto para finalmente despachar para os respectivos destinos.

Sobra tempo também para pensar na vida, claro. E como o dia está medonho de cinzento, chuvoso, frio e com aquela aura triste que só os dias medonhos de cinzento, chuvosos e frios conseguem ter, os pensamentos seguem a mesma linha.

Fico pensando se o que estava reservado para mim, em termos de história de amor, já passou. Se por acaso eu já vivi tudo o que deveria ter vivido ao longo de uma vida inteira de maneira precoce - casei cedo, fui mãe cedo, me divorciei cedo - e esgotei as possibilidades. Ao mesmo tempo, penso que não é possível que Deus tenha me reservado destino tão mau assim tão jovem. Dramático, eu sei, mas drama é mesmo minha especialidade.

Aí, sinto que um novo alguém está em algum lugar para mim, mas ando tão desanimada e tão cansada de tentar que, se depender do meu ânimo, não nos encontraremos, a menos que ele me caia no colo ou vice-versa.

Só me resta torcer para que ele não esteja na mesma vibe que eu, que esteja animado e disposto à minha procura, para que nossos caminhos se encontrem um dia, nesta cidade imensa, mesmo que este dia seja medonho de cinzento, chuvoso, frio e com aquela aura triste que só os dias medonhos de cinzento, chuvosos e frios conseguem ter.

quarta-feira, novembro 14, 2007

Desafio da Tati

Recebi o seguinte desafio de nossa amiga Tati:
1º) Pegue um livro próximo (PRÓXIMO, não procure);
2º) Abra-o na página 161;
3º) Procure a 5ª frase completa;
4º) Poste essa frase no seu blog;
5º) Não escolha a melhor frase nem o melhor livro;
6º) Repasse para outros 5 blogs.

Apareceu na TV algumas vezes e passou os quatro anos seguintes ganhando a vida com demonstrações de embaixadinhas pelas ruas.

(Futebol, o Brasil em Campo, de Alex Bellos, um livro para quem é apaixonado pela paixão que o futebol desperta nas pessoas)

Mando o desafio pra Ju, pra Lala e pra Lu.

segunda-feira, novembro 12, 2007

A modo mio

Io nella vita ho fatto un po' di tutto
non so se ho fatto poco oppure tanto
non sono stato un santo e questo lo sa pure Dio
lo sa pure Dio...

Ho camminato con la pioggia e il vento
ho riso spesso e qualche volta ho pianto
e cento e mille volte son rimasto solo io
e me la son cavata
sempre a modo mio...

A modo mio
a modo mio
che tu ci creda o no
a modo mio...
a modo mio
a modo mio
avrò sbagliato ma
a modo mio...

E tu che sei comparsa tutt'a un tratto
e in un momento hai colorato tutto
tu sei diversa sei importante ed ho paura io
ho paura io...
e chissà se ci riusciròa dirti cheti amo a modo mio...

A modo mio
a modo mio
per una volta ancora
a modo mio...
a modo mio
a modo mio
poi sei venuta tu
amore mio...

(Claudio Baglioni)

Eu na vida fiz um pouco de tudo
Não sei se fiz pouco ou muito
Nao fui santo e isso também Deus sabe.
Caminhei com chuva e vento
ri e também chorei
e cem, e mil vezes fiquei só
e sempre me virei à minha maneira.

E você chegou em um momento
e em um momento deu cor a tudo
Você é diversa e importante
e eu tenho medo
e talvez conseguirei dizer-te que te amo à minha maneira.

sábado, novembro 10, 2007

Ah!... o orkut...

Observar sites de relacionamento é um passatempo para pessoas curiosas e interessadas no ser humano - vulga fofoqueira - como eu. É um universo tão variado, tão cheio de supresas, que não tem como não se divertir ou não descobrir algo curioso cada vez que se entra no orkut.

E também irritante. Claro que é desta parte de que este post trata, porque senão que graça teria ficar falando bem? Nenhuma, óbvio, dãããñnnssssss...

Já citei aqui o quanto acho imbecil o povo que entra em comunidades do tipo: Incomodo sim; Sou maravilhosa e por isso me invejam; Sou feliz e isso te deixa mal; e por aí vai. Pra começar, como também já disse antes, quem é mesmo feliz e quem incomoda pra valer não precisa ficar anunciando por aí pra convencer os outros - e se convencer. É como colocar no nick do messenger algo do tipo: Sinto muito se estou cada dia mais feliz e isso te incomoda. É, tem disso sim.
Quem tá mesmo feliz tá pouco se lixando se alguém - e é sempre um ex - tá se importando com isso ou não. Tá feliz e isso basta.

Todo mundo que usa o orkut sabe que ali é uma vitrine, e que qualquer coisa postada tem o nível de privacidade de se postar no jornal de domingo. Levando em conta que é um site onde entra quem quer e quem tem vontade, me respondam qual é a coerência de se reclamar de invasão de privacidade no orkut e fazer parte dele ao mesmo tempo, postando fotos dos lugares que freqüenta, dos amigos, do cachorro, dos filhos, da avó mineira fazendo pão de queijo, das férias na praia usando biquini de oncinha?

Nada contra a pessoa apagar os próprios scraps depois de lê-los. Ou melhor, vamos aqui confessar que eu tenho tudo contra, porque uma das grandes graças do orkut é ficar passeando pelos perfis. Muita gente já se conheceu, fez amizade ou engatou um namoro porque viu a criatura no perfil do amigo de um amigo, mandou um recado e de lá pulou-se para a vida real.

Mas se quer apagar, apaga e pronto. Pra que deixar recado do tipo: olha, eu leio e apago, tá? Todo mundo vê que a pessoa lê e apaga, uma vez que não tem scraps na página. Ou: os recadinhos são lidos e guardados no meu coração. Haja coração pra guardar tanto scrap! Precisa anunciar? Isso tudo é medo de alguém achar que o indivíduo é um pobre coitado que ninguém nunca deixa um único scrap sequer? Olha, eu sou uma pessoa cheia de gente me mandando scraps, não estão aqui porque eu apago, viu? Aliás, passo meus dias apagando recado, nossa é tão cansativo!

Pior é quando a pessoa se propõe a colocar um texto enorme para avisar que apaga os scraps. Normalmente textos na linha do: Ah! te peguei! Minha vida não é assunto seu, apaguei antes de você ler, vai procurar no google, eu sou o máximo, Deus deu a vida pra cada um cuidar da sua blá blá blá. Não, querida (digo no feminino porque é sempre mulher com defeito na auto-estima que se acha mais importante do que efetivamente é, já repararam?), ninguém quer saber especificamente da sua vida, é um interesse spãmico, difuso, se hoje você sair do orkut, acha mesmo que quem quer que entre sua página pra ler scrap à toa vai sentir falta? Vai nada, vai ler de outro, e pronto! Comparando, se hoje a Carolina Dieckman resolver dar uma de Lidia Brondi, em dois dias aparece outra para ocupar o lugar dela em Caras. Porque assim funciona o mundo da fofoca.

E o recado de que não adiciona se não mandar um scrap? Coerente, claro, porque às vezes você não lembra quem é - aconteceu comigo, gente que estudou comigo em Brasília, ou morou na mesma quadra, me adicionar e eu recusar por não reconhecer (são 20 anos longe!), e eu só descobrir depois - e o fato de mandar scrap ajuda. Mas é claro que tem aqueles que são importantérrimos, praticamente uma Victoria Beckham ou um Príncipe William no quesito assédio, e que ficam, do alto do seu pedestal, ameaçando as pessoas de ignorá-las se não deixarem um scrap, avisando que estão no orkut apenas para ter contato com amigos muito próximos e que não querem se expor - mas não era melhor usar o messenger, ou o telefone, ou o email, que são privados?

Tem também o povo que abusa do quem sou eu. Coloca um livro ali naquele espaço que deveria ser, a princípio, uma coisa breve. Escreve mil coisas, copia trecho de livro, poema de Fernando Pessoa, trecho da cartinha que o namoradinho da terceira série escreveu e mais uma ou duas orações ou citações bíblicas, ou algo saído de um livro de Malba Tahan também serve. Fica aquela coisa quilométrica e chata de ler. Acho que só o próprio dono do perfil algum dia lê aquilo.

Tô reclamando? Claro que não!!! Muitíssimo pelo contrário, se não houvesse o pessoal dali de cima, ia falta assunto para o post de hoje, nesta manhã modorrenta, cinzenta, escura e chata de sábado, na qual estou no trabalho sem ter efetivamente muita coisa para fazer.

quarta-feira, novembro 07, 2007

A inveja é uma merda

Toda vez que aparece a Ilze Scamparini no Jornal Nacional, eu me mato de inveja.

Porque ela é linda.
Porque ela tá mais perto dos 50 anos do que dos 40 e nem parece que saiu dos 30.
Porque ela é correspondente internacional, um dos meus sonhos de jornalista.
Porque além de tudo ela faz tudo isso em Roma! Pagam pra ela morar lá.

É ou não é pra eu ter um troço?

Confessionário

No feriadão, a Angélica deu à luz seu segundo filho. E teve a pachorra de sair da maternidade deslumbrante. Tudo bem que ela teve um time pra arrumar o cabelo, maquiar etc. Mas tava ela lá, linda, como se tivesse voltado de férias.

Quanto ao fato de ter apenas um leve inchaço na barriga, minha irmã foi capaz de fazer a mesma coisa. Praticamente saiu de lá com a calça jeans de antes da gravidez, isso porque levava no colo um bebê de 3,5kg.
Acho o fim, uma falta de respeito com todas nós que saímos da maternidade achando que nunca mais vamos conseguir apertar a própria barriga com o dedo sem antes marcar o caminho de volta dele com uns miolinhos de pão.

Porque eu tenho de confessar aqui neste blog:

EU TENHO UMA IRMÃ MAGRA!

Magra não, que é eufemismo. Magérrima. Do tipo que nada sobra em lugar nenhum. Do tipo que pode comprar roupa no supermercado que o modelito vai cair bem. Do tipo que, quando engorda, passa levemente dos 50kg. Do tipo que corre todo dia. Do tipo que tem uma pele linda e cabelos lindos, além de ser magra (porque podia ser magra e ter cabelo bombril, nao podia?). Do tipo que além de magra e linda, é inteligente pacas.

Do tipo que a gente odeia e adora falar mal, tenho de confessar.

Como ela é irmã, tenho de me conformar em falar mal da Ana Paula Arosio, da Fernanda Lima, da Angélica, e de quem mais vier. C'est la vie.

segunda-feira, novembro 05, 2007

Desejo Proibido

Coisinha mais linda a nova novela das seis que estreou hoje!

Ela também se passa no interior de Minas, como a argh! anterior, Eterna Magia. Mas diferente da argh! anterior, a história é doce e envolvente, os personagens são ótimos, os atores que os interpretam são verossímeis.

Que delícia o Marcos Caruso de padre, com sotaque de mineiro do interior!

E a Leticia Sabatella? Meu Deus, os anos passam e ela continua lindíssima! Fala com os olhos, como diria a minha mãe. Adoro ela (a Letícia. Bem, adoro minha mãe mais do que adoro a Letícia!).

Enfim, a novela é um docinho. A única coisa ruim de uma novela assim tão legal é que ela não rende posts como as novelas péssimas que volta e meia rodam por aí.

As voltas que o mundo dá

Recebi o email abaixo de um cliente, comunicando a mudança no número do telefone. Atenção especial para a clareza e a objetividade do texto, reproduzido aqui da forma como foi enviado.


Prezado Sr.(a) Vimos por meio desta informar-lhes que aumentamos nossas linhas telefônicas visando um melhor atendimento para Vossa Senhoria. Em virtude de tal melhoria tivemos uma mudança em nosso prefixo o qual era 34xx e a partir da data de hoje 01 de novembro de 2007 passa a ser 30xx no qual o sufixo continuará a ser o mesmo 5xxx.

domingo, novembro 04, 2007

Tesouros escondidos


Estava arrumando umas gavetas cheias de papel aqui em casa, olhando um por um pra ver o que era pra jogar fora (pelo menos 80% deles tiveram este fim) e o que era pra guardar, e encontrei uma cartinha que Isabela escreveu para o Papai Noel, em 1997 ou 98, agora não me lembro bem, que dizia assim:

Papai Noel eu sempre ajudo a mamãe na árvore de natal, nós duas, enquanto o papai coloca as luzinhas na varanda a gente vai montando até acabar.
É meio difícil arrumar a casa no natal, temos que limpar e enfeitar até ficar bonita.
Eu quero ganhar uma lindona caneta.

sábado, novembro 03, 2007

Subcelebridades

Vida de promoter não é moleza. Imagine a dura tarefa de fazer uma festa ou uma casa noturna bombar. E bombar do jeito certo, o que significa render notinha em Caras, pelo menos, e muito buxixo nos dias subsequentes, ainda mais em São Paulo, que é um evento atrás do outro.

Dizem que toda boa festa é uma combinação de famosos, beldades e fashionistas. Eu não sei se é isso mesmo, porque, como promoter das pizzadas da Comunidade Ispãmica, a minha lista é composta apenas de pessoas legais que podem trazer pessoas igualmente legais junto. Mas penso que este critério não deve se sustentar em uma festa pra sair em Caras, porque as nossas pizzadas são animadíssimas e nunca tivemos nem uma notinha no rodapé.

Na combinação de pessoas necessárias para bombar uma festa, surge uma nova categoria: a de subcelebridades. Nova categoria com velhos participantes, uma vez que antes eles pertenciam à genérica categoria de celebridades. Aí a categoria deve ter ficado grande demais e resolveram subdividir entre celebridade pra valer e subcelebridade.

Mas o que define uma subcelebridade? Como identificar quem é sub e quem é da categoria master? Fácil. O melhor e mais simples critério é que a celebridade em si não vem com aposto explicativo. Exemplo: todo mundo sabe quem é Carolina Ferraz, certo? Mas e Cibele Dorsa? A primeira é celebridade por si só; a segunda é subcelebridade, porque é conhecida por ser a mãe da enteada da Athina Onassis (mega celebridade) e atual namorada do Marcos Paulo (celebridade).

Outro tipo de subcelebridade são os participantes de BBBs, caso da Fani de Nova Iguaçu, que não tem outra identificação na vida a não ser a de ter sido ex-BBB. Ou cantores de uma música só, que fez sucesso há cinco anos e que depois não emplacaram mais nada. Ou ex-namoradas de alguém (exemplo: ex-namorada do Alexandre Frota, ex-Ronaldinha), ex-apresentadores de TV, ex-participante do programa Idolos ou Casa dos Artistas e por aí vai.

O motivo pelo qual as subcelebridades fazem parte da lista de uma festa badalada é substituir a eventual falta de celebridades quando o evento nem vai atrair tanta gente assim ou coincide com a data de outro evento mais importante. Ou quando o orçamento não é suficiente para contratar celebridades pra valer. Enfim, servem pra tapar o buraco e tentar fazer com que a festa seja comentada no dia seguinte.




escrevo este post assistindo Menino do Rio, fillme da época em que o André di Biase ainda tinha cabelo - duro de parafina, mas existente - e fazia papel de filho, e causou comoção no cinema na cena em que aparece pelado, de costas, vestindo uma calça de sarja branca sem cueca.