É o seguinte... tá bem?

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quinta-feira, agosto 31, 2006

Piadinha de internet

A corrupção do governo é tanta que foi só o Lula mandar um astronauta brasileiro pro espaço que já sumiu um planeta!

segunda-feira, agosto 28, 2006

Bernardinho, sempre ele!

Do Bernardinho, depois da seleção brasileira de vôlei derrotar a França, por 3 x 2, numa virada espetacular quando perdia por 2 x 0, e sagrar-se HEXACAMPEÃ MUNDIAL (coisa que a de futebol não fez, mas deixa pra lá):

- A gente tava perdendo, errando muito, mas fizemos nossa obrigação, que era lutar pra vencer e conquistar o título.

NÉ NÃO, PARREIRA, RONALDOS E COISAS AFINS?

domingo, agosto 27, 2006

Sobre madrinhas

Hoje pela manhã, depois da balada gay de ontem, fui buscar minha afilhada de dois anos de idade para um passeio já prometido. Eis então que dez horas da manhã estávamos as duas na porta da Estação Natureza, uma mini-fazendinha dentro de São Paulo, prontas para dar cenoura aos coelhos, milho pros patos, ver a corrida das tartarugas e mais um monte de outras coisas legais.

Minha amiga, mãe dela, é bem diferente de mim. Temos personalidades tão opostas e maneiras de agir tão diversas que às vezes penso que afinidade nos une. E isso fez com que eu me lembrasse da minha própria madrinha, Ivonete.

Madrinha Ivonete era o oposto da minha mãe. Ainda é, pois até onde sei, apesar de ter perdido o contato com ela há alguns anos já, ela não morreu. Pelo contrário, imagino que esteja bem viva por aí.

O que minha mãe tem de contida, ela tem de expansiva. O que minha mãe tem de seguidora das regras, ela tem de quebradora. Fala palavrão, desce de shortinho pra andar no calçadão da praia todas as noites, quando chega do trabalho. Quando me casei, ela já tinha se separado do meu padrinho (legal, mas chaaaatoooo, metóóóódicoooo - bem, alguém tinha de ser né?) e arrumado um namorado zulu, contrastando com ela bem loira de olhos azuis, e me deu de presente de noivado um babydoll lindo e sexy.

Ela tem dois filhos, o Fábio (Pabo) e a Biane (Fabiane). O Pabo tem uns dois anos a mais que eu, a Biane é da minha idade, talvez um ano mais nova. Pabo, quando terminou o colégio, arrumou emprego em um circo para viajar por aí, vivendo do próprio trabalho, antes de se dedicar a uma faculdade. Biane tava noiva de um feliz proprietário de um morro em Serra Pelada, no tempo em que Serra Pelada era um buxixo só.

Quando eu era pequena, ela morava em uma casa grande num bairro afastado da praia, em Vila Velha (ES). Casa com quintal, cachorro, onde tantas vezes Pabo tentou me ensinar a andar de skate e eu, medrosa, nunca aprendi. Eu adolescente, ela mudou-se pra um apartamento na beira da praia.

Era uma delícia passar as férias na casa da minha madrinha. Começava que ela alimentava meu ego leonino me dando de presente, todos os anos, um biquini espetacular, que depois fazia o maior sucesso em Brasília onde os biquinis eram todos lamentáveis nos early anos 80. Continuava com o dia inteiro de praia (na arrebentação, na parte das ondas fortes, que era onde se reunia a turma dos meus primos), roller ou cinema em Vitória à tarde - atravessando o braço de mar de lancha, porque nesta época só tinha uma ponte ligando as duas cidades.

Matiné da Blow Up. Papo furado antes de dormir, no fresquinho do ar condicionado. Se virar pra comer durante o dia com o que tinha na geladeira. E mesmo assim, não me lembro do Pabo e da Biane fazendo nenhuma grande merda com a liberdade que eles tinham, dando trabalho e preocupação, enchendo o saco, se envolvendo com quem não devia, nada disso.

Houve um carnaval que passei lá e que íamos (os 3) a um baile no clube, que ficava a uns 300m do prédio onde ela morava. Eu tinha 14 anos. Minha mãe questionou quem ia nos buscar e ela falou que nós voltaríamos sozinhos, porque era um grupão grande de meninada:
- mas, Ivonete, não é perigoso eles voltarem sozinhos, assim tão tarde?
- não, Duziana, quando eles voltarem já vai estar amanhecendo, não vai mais estar escuro, não tem perigo.

Essa era a minha madrinha. E acredito que o jeito descolado dela de ser encontrava eco dentro da minha mãe, porque ela nunca me proibiu de ir pra casa da minha madrinha, nunca boicotou, nunca disse que eu não podia e até onde sei, mesmo tendo perdido o contato, minha mãe se refere a ela com carinho até hoje.

Na balada

Eis que hoje um amigo meu que não mora aqui, quis conhecer a casa noturna que um amigo dele abriu em São Paulo.

- Qual é o nome do lugar?, perguntei.
- Vegas, lá na Rua Augusta. Vamos comigo?, quero ver meu amigo.

OPS!

- Lá é uma casa gay, você sabe disso?

Bem, ele não sabia, e acho que sinceramente não acreditou em mim. Muito menos quando eu disse que o lugar era na parte mal freqüentada da Rua Augusta. Lá fui eu de companhia, mas confesso que eu tava era morrendo de vontade de conhecer o lugar e aproveitei que tinha alguém pra ir junto.

Estando no inferno, abraça-se o capeta: deixei minha bolsa na chapelaria e caí no putz putz, apesar do modelito de vestidinho bem comportado de quem saiu pra jantar com amigos não combinar nada com o dress code do Vegas.

Eu já tinha até me esquecido de como é bom se enfiar numa pista de música eletrônica e ficar lá, dançando, sem pensar muito no mundo, até o pé começar a reclamar - e você continuar mesmo assim, pensando que no dia seguinte você jura andar só de tênis.

Nem sei quando foi a última vez que fiz isso, acho que quando minha amiga Fabiane ainda era do mal e íamos juntas. Depois ela casou, engravidou (não nessa ordem), virou mãe de família (apesar de funkeira, ela é mãe de família...) e eu perdi a única amiga que tinha gás pra esse tipo de noitada.

É uma verdadeira lavação de alma. Uma hipnose. Uma catarse. Algo que você faz sem pensar, sem elaborar, só fica lá dançando. Numa casa gay, melhor ainda, porque não tem aqueles caras que ficam te perturbando achando que são sósias do Nicolas Cage. Ninguém tá interessado em alguém do sexo feminino, então, a diversão é ainda maior.

Como eu já disse em um post anterior sobre o assunto, quem gosta de música eletrônica, gosta para sempre. Tendo 20 ou tendo 50 anos de idade. É uma paixão que está no sangue, nas células, nas batidas do coração que se afinam com as batidas do house, do techno, do psy.

Preciso repetir. Candidatos a me acompanhar, por favor manifestem-se!

quinta-feira, agosto 24, 2006

Tolerância Zero... para quem?

Li ontem em algum site de notícias o caso de um menino de 5 anos de idade que teve de se apresentar num tribunal do interior de São Paulo, na frente do juiz, para responder a uma queixa-crime.

Motivo: dois anos antes, o perigoso meliante, que nesta época já contava com a avançada idade de 3 anos, foi acusado de ter jogado uma pedra no vidro de um carro em movimento e quebrado a referida janela. O dono do carro parou, desceu, deve ter dado um chilique daqueles, e nem quis saber do pai pagar o conserto. Deu queixa na delegacia.

E como a nossa Justiça é morosa, eis que o moleque ficou dois anos sem qualquer tipo de punição, até que os policiais foram até sua casa com a notificação de comparecimento ao tribunal. Não conseguiram levar o facínora com eles, porque o mesmo se encontrava na escola naquele mesmo instante. Ele foi depois, acompanhado do pai, perguntando a todo instante se ele ia ficar na prisão.

A polícia do Estado de São Paulo, bem como a Justiça, não deve ter mesmo muito trabalho a fazer, além de ver TV e passar vexame com o PCC, para levar adiante um caso assim.

A começar pelo delegado, que acolheu a queixa do dono do carro, em vez de mandar o cara lavar um tanque de roupa pra parar de frescura. Olha, quem entende de Law & Order pode até me dizer que era obrigação dele, mas cá pra nós, é obrigação dele prender a bandidagem e ele não prende, então...

Fiquei me lembrando de quando eu tinha uns 7 anos de idade e morava numa rua sem saída em Niterói, no Fonseca, ao lado da igreja de São Lourenço. No fim da minha rua, tinha um muro, que nos dividia de um condomínio cheio de prédios.

Uma bela tarde, sem mais nem porque, eu resolvi pegar um tijolo que tava ali no chão e PLOFT! jogar pro lado de lá do muro. Joguei e continuei a brincar até a hora em que apareceu um homem, morador do condomínio, que tinha visto o que eu fiz.

O cara subiu ate minha casa, me dedurou pra minha mãe, deixando bem claro que só tinha se dado ao trabalho de ir até lá porque sabia que eu era uma criança e que eu podia ter machucado seriamente alguém sem querer. E dali ele deu tchau, foi embora, cumpriu seu dever, e me deixou ali, mooooooorrrrta de vergonha e minha mãe com cara feia pro meu lado.

Imagine se fosse o cara do carro de vidro quebrado? Já me vejo sendo intimada no meio da rua, na frente de todos os meus amiguinhos. O GOE isolando a área, com aqueles policiais de roupa preta e máscara, submetralhadoras em punho. Um helicóptero sobrevoando a rua, espantando os cachorros do S. Oscar, nosso vizinho de uns 70 anos que dava cobertura pra molecada quando a gente resolvia pular o muro da casa onde moravam uns caras da TFP (Tradição Família e Propriedade), porque tínhamos certeza de que um dia as equipes da Swat e das Panteras da rua Padre Leandro iam encontrar um cadáver na garagem.

Saia com as mãos para cima!!! Você está cercada!!! Não tente fugir, ou atiraremos para matar!!!

E eu ali, sendo algemada e levada pelo braço para dentro do camburão. Minha mãe chorando e prometendo me levar bolinho na prisão todo domingo. Alguém comentando que eu nunca tinha sido flor que se cheirasse mesmo e que eu sempre tive aquela aparência perigosa de terrorista internacional.

Ainda bem que eu nasci na época em que as travessuras infantis eram tratadas dessa maneira: como travessuras infantis, tendo como punição um olhar atravessado, ter de subir pra casa mais cedo enquanto a galerinha tá toda se acabando lá embaixo, e se a coisa fosse grossa demais, duas palmadas no bumbum e pronto, tava resolvida a questão.

Nossa, que alívio!

sexta-feira, agosto 18, 2006

Maninhas

Mas não é mesmo pra encher de beijos a filha adolescente de quase 16 quando você vê que ela faz parte de uma comunidade no orkut chamada Minha mãe parece minha irmã???

quinta-feira, agosto 17, 2006

E o miguxês chega às rádios

Quando Deus te deseô
ele tava namoranduuuu
quando Deus te deseô, naná
ele tav namoranduuu
na beira dumá
na beira dumá duamô...
na beira dumá
na beira dumá duamô...
(Desenho de Deus - Armandinho)


O pior de tudo é que devo confessar que eu gosto da musiquinha...

Libertadores

Sobre o jogo de ontem, olha que eu torço muito pro São Paulo, por causa do Rogério Ceni, mas tenho de admitir que o Internacional tava irresistível com toda aquela garra colorada e aquele estádio lotado, vibrando, uma cena linda de se ver.

Ainda sobre o jogo de ontem, duas coisinhas:

- quando o São Paulo fez o gol de empate, vira-se o Casagrande (comentarista) e diz: o gol veio na hora certa! Gente, e por acaso gol a favor vem em hora errada? O cara faz um gol e pensa: PQP, eu não queria ter marcado um gol! Agora meu time corre o risco de ganhar, eu corro o risco de ser o artilheiro da competição, que merda!

- e aquele Fernandão do Inter, hein? Podia o Dunga, que é conterrâneo dele, convocar pra seleção. Pra enfeitar o campo, porque tá difícil aquele escrete feiosinho.

quarta-feira, agosto 16, 2006

A fila anda

Gente, eu detesto a expressão acima, ainda mais quando a usam comigo.
Acho de uma enorme falta de respeito com o sentimento alheio. Você está triste, amargurada, chateada, fazendo das tripas coração pra esquecer o tal fulano com o qual sonha todas as noites e durante boa parte do seu dia e vem alguém e te diz:

A fila anda!

Pra começar, nem fila eu tenho. Não sou do tipo que consegue administrar vários prospects ao mesmo tempo, usar estratégias para deixar um em banho-maria aqui, outro meio de suspense ali... Confesso que sinto até uma ponta de admiração por quem tem este talento, porque parecem pessoas tão resolvidas, ou ao menos tão pró-ativas. Mas eu nem de longe sou assim.

Usando uma expressão de uma amiga minha, eu já nasci casada. Isso mesmo, já nasci pra ter uma vida a dois. Não gosto da vida de solteira. Ah, você pode fazer o que quiser, dormir como quiser, usar o banheiro como quiser, receber quem você quiser, ir e voltar a hora que desejar. Bem, quem disse que eu quero isso tudo?

Ou, como disse uma outra amiga, tão bom aqueles telefonemas: onde você está? pra onde você vai? com quem? você vai demorar pra chegar?

Isso não significa que quero casar com o primeiro que me cruza o caminho. Nada disso, até porque essa coisa de ficar junto só funciona com alguém com quem se tem afinidade, amor e carinho suficientes para não estressar a cada dia em que ele fizer alguma coisa que te faça subir pelas paredes (no pior sentido da expressão). Mas eu acho o máximo dos máximos passar um domingão inteiro sem fazer nada de específico, um tomando sol lendo um livro enquanto o outro lê o jornal, ou escuta música, ou vê TV. Pegar uns trocinhos na cozinha pra beliscar na cama. Falar mal dos vizinhos, confessar pequenos pecados, saber que dormir de lado o faz roncar mais ou roncar menos, ele vir da padaria e te trazer o pão de maçã que você adora, essas coisinhas que só a intimidade traz.

Então, por todos os motivos citados acima, repito: eu odeio a expressão

A fila anda!

Porque um homem que me faria sentir desta forma especial, com o qual eu estivesse disposta a dividir a minha vida, jamais estaria numa fila qualquer.

sexta-feira, agosto 11, 2006

Uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa

Não é porque não se quer mais contato que a saudade imensa deixou de existir.

Another language

Eu sempre quis saber porque é que as pessoas mudam de idioma quando querem dizer algumas coisas.
Do tipo: tá no maior papo no msn com um paquera e quando vai falar alguma coisa mais pesada, mais picante, mais comprometedora, fala em inglês, italiano, espanhol ou grego arcaico. Menos em Português.

Acho a coisa mais esquisita do mundo e só justificável quando o lado de lá pertence a outra nacionalidade e você quer agradar, fazer uma gracinha, mostrar que tá se esforçando pra aprender a língua dele. Ou porque você acha sexy ele falando no idioma natal, com sotaque, mesmo que não entenda lhufas. Ou porque ele não domina o seu idioma, nem você o dele, e resolvem usar um terceiro para facilitar o diálogo.

Mas quando não é o caso, qual o propósito? Tirar a carga emocional da coisa? Fingir um personagem? Esperança de que depois se possa dizer que não foi bem isso que eu disse ou quis dizer, não domino muito bem o idioma que usei?

Sei lá, mas me soa pedante, sem graça e até mesmo brega, se querem saber.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Ueba! Presente!!

Como tudo que é bom, meu aniversário acabou. Por este ano ao menos. Ainda fica uma certa carência até o dia 31 de agosto, porque é o MÊS do aniversário, mas isso é invenção minha: primeiro pro aniversário durar mais tempo; segundo pra que eu justifique os parabéns atrasados que dou aos meus amigos quando passa da data, alegando que dentro do mesmo mês ainda é aniversário. Esfarrapada, mas melhor que nada.

Minha mãe sempre afirmou que gosta muito mais de dar presente do que de receber. Eu gosto muito de dar presentes, em especial quando encontro alguma coisa que é a cara do presenteado. Aí, não só gosto de comprar o presente como fico quicando de ansiedade para entregar e ver se a pessoa realmente vai achar bacana ou se você viajou na maionese.

Mas tem coisa melhor do que ganhar presente, seja ele qual for? Há muitas coisas a se incluir na categoria presente, e uma delas é um amigo se despencar da casa dele até a sua só porque é seu aniversário.

Sem demagogia. Numa cidade como São Paulo, onde se trabalha tanto, onde o trânsito rouba horas tão preciosas do dia, todos os dias, onde o deslocamento é difícil e cansativo, e morando eu num bairro que não é central, comparecer à minha festinha de aniversário, tendo sido convidado com dois dias de antecedência apenas é, para mim, uma forma carinhosa de me presentear.

E por este motivo agradeço a todos os que foram lá em casa ontem à noite, mesmo com o bairro bombando e entupido de gente por conta do jogo do São Paulo, 70 mil neguinhos a mais no pedaço.

Os que não puderam ir e ligaram, mandaram email, ou um recadinho pelo orkut, eu também gostei muito, obrigada! Até DDI me fizeram!!!

Alguns, além disso tudo, ainda levaram uma coisinha, todas com a minha cara. Abaixo, a lista dos presentes bacanas que passaram a morar no meu armário:

- minha irmã me deu um colar com uma pedra parecida com o Heart of the Ocean do Titanic, bem legal;
- minha tia Mada me mandou de Vitória uma correntinha de prata para colocar no tornozelo, delicadinha;
- meus sogros mandaram pelo Submarino a trilogia da Sissi em DVD, uma história que eu adoro;
- meus pais me deram uma franquia em $$$ pra eu gastar no que eu quisesse - e eu vou comprar um pé do tenis que tô querendo há meses e é caríssimo;
- minha afilhada me deu um sapato fashion;
- minha amiga Paula tricotou um xale de lã marrom escuro pra mim, exclusivo;
- minha filhotinha me deu uma bolsa prateada desbundante;
- meu ex-marido me deu o perfume Hypnôse, cheirosíssimo;
- o pessoal da confecção me mandou uma telemensagem logo de manhã que me fez chorar de emoção, e uma das costureiras me deu uma cestinha de flores lindinha;
- minha sócia me deu um pijama, e um set para comer japa tão lindo que até cogitei de colocar pra enfeitar o móvel lá de casa;
- a Ju me deu um livro que parece ser muito interessante, mas ainda deve a dedicatória;
- a Cris me deu hidratante, sabonetinho e velinha da Ducha, e eu adoro essas coisinhas;
- a Lu me deu umas coisinhas da Lush, e eu sou Lush lover;
- a família da Lala me mandou uma caixinha com bem-casados, chocolates, um bolinho de mel e uma moldura coração cheia de miniflores com um cartão assinado "da sua família de São Paulo";
- a Márcia me deu uns palitos de chocolate da Kopenhagen...nham!;
- a Agnes me deu um jogo de tábua e pratinhos pra comer queijo megachique;
- a Ingrid me deu uma pulseira diferentona;
- a Lu burger me deu uma bolsinha florida romântica;

E todos, absolutamente todos, me deram muito carinho e ajudaram a minimizar o fato de que era o primeiro aniversário sem ouvir a vozinha fraquinha da minha avó Mariquinha pelo telefone me dizendo Deus te abençõe; ou a da vó Galdina, com sotaque carioca, cantando Parabéns pra você.

quarta-feira, agosto 09, 2006

Aniversários

Hoje este blog faz um aninho!!!

Já eu... bom, deixa pra lá... ah ah ah

Eu li em algum lugar, e acho que foi a Danusa Leão quem escreveu - e se não foi, tem a cara dela - que mulher tem de começar a mentir a idade desde os 20 anos. Especialmente se for famosa.

Porque sempre haverá alguém para se lembrar do dia em que você disse que tinha 25 anos, fazer as contas e chegar à conclusão de que você jamais poderia ter aquela idade que declara no momento.

Nunca tive problemas com idade, apesar da brincadeira acima. Este é meu último ano na casa dos 30, então ano que vem haverá uma enorme festa, podem esperar! São 39 anos em que vivi a minha vida, na medida do possível, da forma que eu quis. Não exatamente como eu quis, mas vida não é um roteiro adaptado em que fazemos o que queremos e ponto.

Acredito que fazer o que se quer, na vida, é fazer o que se quer dentro das circunstâncias oferecidas. Fazer o seu melhor, ainda que não seja o que planejou ou pretendeu. Entender que nem sempre se deixar levar pelas ondas significa fraqueza, mas sabedoria. Saber que algumas limitações são intransponíveis e que qualquer opção, por mais estudada que seja, por melhor que tenha sido, trará consigo sempre uma perda junto aos ganhos.

Carpe Diem, como diz a minha tatoo. Todos os dias.

Comemoro cada aniversário com muita alegria, porque acho que a data merece demais: tenho saúde para lutar pelo que quero, uma filha que nem se eu pedisse viria igual, no meio de tanta violência, sou abençoada por nunca ter me acontecido nada de verdadeiramente ruim. Família presente que adoro, apesar da distância. Amigos que estão sempre comigo: poucos e bons.

Nesses 39 anos, fui esmagadoramente feliz a maior parte do tempo. E quando estou triste pra valer, lembro de todos os momentos felizes e me renovo, pois sei que eles sempre estarão presentes, mesmo que naquele instante eles tenham ido até ali e já voltam!

terça-feira, agosto 08, 2006

Emprestadinho

Brincar com fogo pode resultar numa lareira incrível pra te aquecer. Mas também numa ferida difícil de cicatrizar.


Do Man In the Box.

Quero presente também!

Está combinado então: no próximo final de semana, o do Dia dos Pais, vamos ter uma bandidagem extra solta pela cidade, além dos habituées do bairro, por conta do indulto.

A coisa resumidamente funciona assim: você rouba, mata, sequestra, trafica armas e drogas. Vai preso, se for do tipo azarado. Mas como seguiu direitinho as regras da penitenciária e não fez rebelião, não traficou drogas internamente, não agrediu nenhum guarda ou colega de cela, você é premiado! Premiado por ter feito o básico mínimo necessário.

Aí eu fiquei aqui pensando que respondo criminalmente pelos meus atos há 20 anos e nesse tempo todo não matei ninguém, não roubei ninguém, não seqüestrei, não apliquei nenhum golpe, não vendi drogas em porta de escola. Pelo contrário: trabalho pra caramba, emprego 11 pessoas, 12 com a Socorro lá de casa, todas com carteira assinada e com os direitos trabalhistas em dia, pago IPVA, IPTU e os demais impostos de pessoa física e jurídica em dia.

Como amanhã é meu aniversário, devo imaginar que Mr. Sobrancelhas Rebeldes baterá em minha porta logo pela manhã, anunciando que eu, por bom comportamento, mereço uma viagem de uma semana a Roma, primeira classe, com tudo pago, mais dois mil euros pra gastar por lá.

Justo, justíssimo, não?

Pra contar pras crianças

A minha irmã Rosana acabou de resgatar, em conversa pelo msn, uma historinha italianíssima, que minha mãe contava quando a gente era pequena e acreditava piamente nas coisas que ela dizia.

A historinha era sobre egoísmo. Quando eu ou minha irmã não queríamos emprestar alguma coisa pra outra, meu pai dizia que ia faltar terra pra cobrir o nosso caixão na sepultura - eu, particularmente, morria de medo disso acontecer de verdade e todo mundo descobrir que eu tinha sido mesquinha. Já a minha mãe chamava a gente de Mãe de São Pedro.

Dizia-se que São Pedro, com pena da mãe que amargava no fogo do inferno (gente boa ela, não?), resolveu interceder (como diz a minha irmã, o nepotismo é da natureza humana) e jogou uma cordinha para resgatá-la.

Junto com a mãe de São Pedro, penduraram-se muitas outras almas que de lá queriam escapar. E aí a mãe de São Pedro expulsou todas da cordinha gritando MI SOLA! MI SOLA!!

Com isso, a cordinha arrebentou e ela continuou no inferno. Porque a cordinha podia agüentar o peso de mil almas, mas não podia agüentar o peso do egoísmo.

Presente de Dia dos Pais II

E aí que o meu pai, aquele mesmo de 75 anos e meio, resolveu que não quer mais a bicicleta de presente e comprou ele mesmo o próprio presente do Dia dos Pais.

Com nota fiscal endereçada a mim e à minha irmã, porque com ele o serviço é completo pra ninguém ter trabalho.

No lugar da bicicleta, ele comprou um sapato anti-stress.Duplamente anti-stress, neste caso: para os pés dele, pelo sapato em si; para a saúde mental da minha mãe, por ter substituído a bicicleta.

O que significa que as novenas da minha mãe dão certo sim!

segunda-feira, agosto 07, 2006

De folga

Cenário: vila São José, perifeira sul da cidade de São Paulo, final de semana dos dias 05 e 06 de agosto.

É neste aprazível lugar que mora uma das minhas funcionárias, e as histórias que ela conta das relações entre traficantes, bandidos e polícia são de arrepiar e de revoltar qualquer um.

E de dentro da casa dela, neste último final de semana que passou, ela escutou o seguinte, de um traficante para um cliente que tinha ido comprar drogas:

- Não, cara, esse final de semana ninguém tá vendendo nada não. A gente tá de folga por ordem do comando, porque no final de semana que vem (o do dia dos pais) é pra gente ficar à disposição do comando pra arrebentar.

À medida que os demais funcionários foram chegando, funcionários esses que moram em bairros periféricos da Zona Sul da cidade com o mesmo perfil da Vila São José, a história foi se confirmando: o fim de semana passado foi de folga pra bandidagem ligada ao PCC, pra se preparar para o próximo.

Liguei para uma amiga que trabalha em uma emissora de TV e ela já tinha a informação, mas não pode divulgar sem provas, para que não sejam acusados de instigar a violência. Como se a violência em SP precisasse ser instigada por alguém.

Se eu sei, se meus funcionários sabem, se a maior emissora de TV do país sabe, vai me dizer que o Governo do Estado nem desconfia?

Um aninho!

Em setembro do ano passado, depois de meses de quimioterpia, cirurgia e de definhar sob meus olhos sem que mais nada eu pudesse fazer para impedir, minha gatinha siamesa Aninha morreu de linfoma.

No mesmo final de semana da morte dela, foi abandonada dentro de uma caixinha de papelão, na porta de uma amiga, uma filhotinha de siamês. Bem cuidada e mansa, não parecia ser uma gatinha de rua, mas talvez o excedente de uma ninhada, ou de alguém que pegou para si e depois se arrependeu.

Essa amiga me mandou um email com a foto da gatinha que fora abandonada, dizendo que dificilmente abandonavam siameses, e que se eu quisesse ficar com ela mas ainda não estivesse preparada para outra gatinha, que ela cuidaria dela pra mim até que eu estivesse pronta para buscá-la.

A gatinha era irresistível, com aquela carinha que só os filhotes têm, dentro de uma jaulinha, olhando para a câmera. Quem poderia resistir a tanta fofura? E foi assim que, 3 dias depois da morte da Aninha, a Cindy veio para a minha casa. Ela não ocupou o lugar da outra, pois até hoje eu tenho saudades de muitas coisas que a Aninha fazia, mas certamente ajudou a aliviar a perda da minha companheirinha de tantos anos.

Como eu a peguei no dia 7 de setembro e a veterinária disse que ela parecia ter um mês de idade, então hoje é o presumível aniversário de um aninho da Cindy Quebra-Barraco.

Hoje, quase um ano depois da sua chegada, não consigo imaginar a casa sem suas travessuras, sem seus miadinhos, sem vê-la empoleirada sobre o monitor do computador, dormitando enquanto digito, sempre grudada em alguém.

Parabéns, Cindy!!!

domingo, agosto 06, 2006

Domingo no parque

Algumas coisas na vida são para provar que o ser humano é antes de tudo uma criatura otimista que acha que as coisas sempre podem ser melhores do que efetivamente o são. Bem, eu pelo menos sou assim, e é por este motivo que hoje, domingão ensolarado depois de vários dias de muito frio e chuva, achei que dava pra ir pro Parque do Ibirapuera às 9h00 da manhã e andar tranqüilamente de bicicleta durante uma horinha apenas.

Digo isso porque estou mais que careca de saber que em domingos ensolarados o melhor horário pra ir andar de bicicleta no Ibirapuera é antes das oito. Antes das 7h30 melhor ainda. Depois disso, o parque fica entupido de gente e andar de bicicleta torna-se uma das atividades mais estressantes do planeta, algo como pediatra de UTI neonatal: você tem de administrar a criançada o tempo todo.

O problema poderia ser minimizado se os pais de crianças pequenas não sofressem de supressão de simancol, fenômeno este que só começa a melhorar quando seu filho entra na adolescência e você volta a se dar conta de que ele é sim insuportável algumas vezes.

Pais de crianças pequenas são uma raça terrível. Posso falar com conhecimento de causa porque já pertenci à categoria e não tenho a pretensão ou ingenuidade de achar que eu era diferente e com uma carga de bom senso que, repito, não acontece nessa fase da vida adulta. E quando se trata de falta de noção, nos casos citados abaixo os pais são piores do que as mães, porque mãe sempre vê perigo em tudo e com isso acaba livrando os filhos de situações que são potencialmente perigosas mesmo.

E porque seus filhos de 4 anos têm tamanho de 8 e capacidade intelectual de 12, eles podem e devem andar na ciclovia dos adultos. Isso, naquela em que em tese é proibida a circulação de menores de 10 anos. No único espaço em que os adultos podem andar de bicicleta num dia de parque lotado.

A ciclovia dos adultos também é o melhor local para ensinar a filhotinha de 3 a pedalar a bicicleta de rodinhas. E como você não pode deixar o seu filhinho de um ano e meio, no velotrol, em outro lugar, você o leva consigo para a ciclovia dos adultos. E como você é um paizão e não faz distinção entre as crianças, você se coloca no meio dos dois, um pimpolho de cada lado, pois desta forma você pode ocupar toda a extensão lateral da ciclovia e não permitir que alguém andando de bicicleta nem mesmo te ultrapasse por pura falta de espaço.

Você também pode ser um paizão que se orgulha do fato de seu filho achar que não é mais uma criancinha pra andar na ciclovia dos adultos, mesmo que ele tenha seis anos de idade. Também pode achar o máximo seu filho de 8 tentando se equilibrar numa bicicleta de adulto, e com isso ziguezaguear pela ciclovia sem se importar com quem vem atrás ou na direção contrária. Porque seu garotão é esforçado!

Ah, também pode andar a pé com sua filhinha de dois, ou puxar com uma cordinha o fusca de plastico do seu bebê de 1 ano, com ele dentro. Tudo isso na ciclovia dos adultos, senão perde a graça e sabemos o quanto os homens gostam de viver perigosamente.

Hoje mesmo vi um pobre ciclista animado como eu ser catapultado de sua bicicleta e aterrissar na grama ao lado para não atropelar um garotinho de aproximadamente 6 anos de idade. O menino andava com sua bicicletinha - onde? na ciclovia dos adultos, claro! Afinal, ele tem inteligência de 11 anos! - com o pai acompanhando na calçada.

Até que, sabe-se lá o que o pai disse pro moleque, o garoto emputeceu-se, parou, largou a bicicleta onde estava e pôs-se a fazer uma malcriação monstro no meio da ciclovia, bem na hora em que o pobre ciclista do começo desta história ia passar ao lado dele. Para não machucar o garoto, tomou um tombo fenomenal e ralou todo o cotovelo e o braço até o pulso. Eu vinha logo atrás e parei pra ajudar (uma vez que eu não podia esbofetear o pai da criança, fui ver se o ciclista acidentado precisava de algo). O pai do menino ficou com aquela cara de sem graça, deu um sorrisinho e disse "criança é imprévisível mesmo".

Não me contive e respondi, com o mesmo sorrisinho: por isso é que é perigoso elas andarem na ciclovia DOS ADULTOS.

E neste momento em que escrevo a historinha neste blog, imagino o pai do menino contando a mesma história em casa, e mencionando a chata que nada tinha a ver com o ocorrido, querendo proibir o seu futuro campeão do Tour de France de andar na ciclovia dos adultos. Ora, onde já se viu????

sábado, agosto 05, 2006

Enfim, o sol!


Cindy Quebra-Barraco, a dois dias de completar um aninho de idade, aproveitando o solzinho de inverno na jardineira da sala.

fotógrafa: a minha linda Isabela

Casamento

Casamento
(Adélia Prado)


Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como "este foi difícil"
"prateou no ar dando rabanadas"
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.


É somente assim que eu acredito em casamento: com união, com divisão de coisas boas e ruins, um apreciando o que o outro faz, achar graça nas coisas do cotidiano, ver poesia em ajudar a limpar o peixe na cozinha e saber que aquele momento não se repetirá.

Me causa arrepios quando escuto alguém dizer que não agüentaria dividir o banheiro com alguém. Que imagine só chegar pra tomar banho e encontrar o sabonete assim ou assado, a pasta de dentes apertada na metade, toalha molhada mal pendurada.

Eu já adoro essa intimidade toda de um banheiro compartilhado com alguém que se ama, guardadas as intimidades. Não vou fazer cocô e nem escovar os dentes de porta aberta, por exemplo. Lembro bem de como era bom quando meu marido enchia a banheira: ele sempre foi fanático por banhos de banheira e eu nunca tive muita paciência para isso. Então ele me pedia para sentar na tampa do vaso pra ficarmos juntos de alguma maneira. Intimidade.

Ou de quando a nossa filha era pequena, tínhamos um único carro, e nos mudamos para 20km longe do trabalho dele. Para que o carro ficasse comigo, eu o levava e o buscava todos os dias. Com a Bela junto. Á noite ela invariavelmente adormecia na volta pra casa. Mas às vezes acontecia dela adormecer na ida, ele demorar pra terminar alguma coisa de urgência, e ela despertar antes de chegarmos em casa, com toda a energia que uma criança de um ano é capaz de ter. Aí mudávamos os planos e íamos comer alguma coisinha juntos, jantar ou um sanduíche, os três. Para conversar, conversar, conversar... Proximidade.

Dividir o carro significava arrumar banco e espelhos retrovisores toda vez que se entrava nele. Era se policiar pra não deixar o outro sem gasolina, nem espalhar bagulhada. Dividir o carro era como dividir o banheiro, a cozinha, o quarto, a casa, a vida!

E se é impossível conviver com essas pequenas coisas que incomodam, como é que pode-se dividir os problemas grandes, aqueles para os quais se precisa de doses extras de tolerância, amor, carinho e vontade de que tudo dê certo?

quinta-feira, agosto 03, 2006

Presente de Dia dos Pais

Pai de 75 anos e meio para filha, no msn:

- Filha, já resolvi o que eu quero que você e sua irmã me dêem no Dia dos Pais.
- Ah, é, pai? O que é?
- Uma bicicleta. Eu queria um tênis, mas acho que a bicicleta vai ser melhor. Quero uma bicicleta, tá?

Deus ajude o anjo da guarda... da minha mãe!

quarta-feira, agosto 02, 2006

Mais uma da Cindy

Sabe aquelas corrediças telescópicas que os carpinteiros colocam nas gavetas atualmente, para que elas deslizem suave e levemente, mesmo carregadas?

Cindy Quebra-Barraco descobriu que elas existem nas gavetas do closet. Aí ela fica lá hoooooras tentando abrir a gaveta com a patinha. E tirar tudo o que tem lá dentro e jogar no chão.

Ontem foi a vez dos meus biquinis.

Dublada e não legendada

A vantagem de você percorrer toda a extensão da av. Rangel Pestana, no Brás, por uma hora e meia sem parar, procurando um determinado produto numa cor bem específica, entrando em absolutamente todas as lojas da região fazendo a mesma pergunta...

...é que você acrescenta conhecimento às bolhas nos pés, descobrindo que existe a camurça normal, e a camurça DUBLADA.

A camurça dublada não é camurça dos dois lados. No avesso, ela tem uma espécie de forro, que nem é da mesma cor, é branco quase sempre. Na mesma rua inclusive tem locais onde eles fazem dublagem (de camurça, bem entendido, não é lá que ficam os estúdios da Herbert Richards).

Não me perguntem porque se chama DUBLAGEM.

Ah! Legendada não tinha não.