É o seguinte... tá bem?

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domingo, novembro 30, 2008

Iguaria

No Peru, eles comem porquinhos-da-índia.
Te cuida, Mafuá!

sábado, novembro 29, 2008

Destino

Eu já devo ter mencionado aqui no blog o quanto eu acredito em destino. Não a crença de que não devemos fazer nada, apenas ficar sentados que nosso destino está traçado e nenhuma ação da nossa parte vai mudar o que está determinado.

A minha crença é que, quando tudo se encaminha para dar certo e dá errado por um motivo besta, isso é destino. E, para mim, o destino age sempre a meu favor.

Mês passado eu queria muito ir ao show do Michael Boltom. Eu sei que ele usa um cabelo péssimo, mas adoro a voz rouca dele e suas músicas melosas. Pois bem, ganhei um par de convites, meio em cima da hora, que seria entregue em minha casa no mesmo dia do show. Cheguei em casa por volta das seis da tarde e liguei pra portaria para saber do envelope. Necas. Liguei mais umas 3 vezes e nada. Perdi o show.

No dia seguinte, eu soube que o porteiro do turno anterior tinha recebido o envelope, que havia sido entregue em mãos, e colocou do lado de fora da porta de serviço do meu apartamento, sem nem protocolar o recebimento, coisa que não é o procedimento padrão aqui do prédio - tirando a correspondência normal, todo o resto é entregue na mão do morador, que tem de assinar um livro de recebimento, bem organizado.

A coisa foi tão absurda que meu pensamento foi - além de ter xingado o porteiro e comunicado ao síndico a displicência - que era o destino agindo para me proteger de alguma coisa ruim que poderia acontecer comigo na rua. É desta forma que creio no destino. Assim como quando, sem explicação alguma, eu sinto uma inquietação, uma sensação esquisita, e resolvo mudar meu caminho usual para ir a algum lugar, ainda que o caminho diferente escolhido não seja nem o mais curto, nem o melhor, ou mesmo o mais coerente.

Hoje recebi a Vejinha e lendo os boxes da matéria sobre os PMs que morreram em serviço, mais uma vez pensei no destino como agente protetor, e no quanto devemos estar atentos para ouvir o que ele tem a nos dizer. Um dos PMs mortos em serviço havia prestado concurso 16 vezes até conseguir se tornar um policial militar. Ficou no posto apenas por cinco meses e foi morto numa blitz. Pode parecer um pensamento simplista, mas o destino tentou mantê-lo afastado e ele não conseguiu entender.

O destino nos fala em diferentes línguas e tenta nos mostrar o melhor caminho. Muitas vezes não estamos aptos para entender e tantas vezes só conseguimos dimensionar a mensagem depois que a situação já passou.

quinta-feira, novembro 27, 2008

Fofurice



Esses lêmures moram no zôo do Japão. Como são animais que têm dificuldade de manter a temperatura corporal, o zôo providenciou um aquecedor pra dar uma forcinha.

Não são umas coisicas?

quarta-feira, novembro 26, 2008

Tá doente?

Vai no drócs.

Porque você sente uma secura na garganta que não melhora, e aí o torrino manda você ir no drócs*.


*endócrino, em Socorrês

segunda-feira, novembro 24, 2008

Caloura



Pessoal,

eu sei que é um porre aturar essa horda de meninada que passou no vestibular pedindo dinheiro no sinal.

Mas se alguém encontrar essa menina linda daí de cima em algum farol desta cidade de São Paulo, com a cara pintada de bixete, favor colaborar.

Afinal, ela acaba de ser aprovada na ESPM em TERCEIRO LUGAR e a mãe dela aqui tá que não se aguenta de tanto ogulhudimamã!!!

sábado, novembro 22, 2008

A diferença

Fomos ao show do Duran Duran em grupo, mas ficamos em locais separados. No meio do show, mando um recado para os 4 amigos que estavam em outro local diferente do meu, o mesmo texto para todos, avisando que nos encontraríamos no mesmo lugar da entrada, ao fim do show.

A resposta de cada um deles ilustra bem a diferença na comunicação entre homens e mulheres:

amigo 1 (homem): ok
amigo 2 (homem): ok
amigo 3 (homem): ok
amiga 4 (mulher): ok... sem problemas... a bateria do meu cel tá acabando... encontro vcs no mesmo lugar! bjssss

Show!



Ontem fui ao show do Duran Duran. Já tinha ido há 3 anos, em Buenos Aires, porque por uma feliz coincidência houve um show deles lá no mesmo fim de semana do casamento de uma amiga. Não dava pra perder, concordam?

O show de ontem foi bem melhor. Não apenas porque eles tocaram Wild Boys, que é a minha preferida deles - e eu me acabei de me esgoelar que wild boys never lose it, wild boys never chose this way, wild boys never close your eyes, wild boys always shine e mais todas as coisas que os wild boys fazem na vida e a gente nem fica sabendo - como também porque estávamos confortavelmente instalados num camarote com uma bela visão do palco e cadeiras para sentar quando o cansaço batia.

show do Duran Duran é isso, a média de idade é lá em cima, a gente fica toda feliz com a possibilidade de descansar os ossinhos entre uma música e outra, devia ter desfibriladores espalhados pelo lugar todo.

O show da Argentina foi um teste para os fãs, em especial para minha amiga e eu, que tínhamos enfrentado uma maratona: sai de São Paulo sexta bem cedo, chega em Buenos Aires, vai ao salão etc, casamento com festa à noite. No sábado, dia inteiro andando de barco no Tigre, depois shopping pra comprar um casaco - era dezembro e deveria estar calor - e vai para Puerto Madero, onde acontecia um evento de música a céu aberto.

Céu aberto esse que tinha mandado chuva o dia todo e não havia um único lugar seco para sentar. O show era pra começar 11h30 e eles só entraram no palco às 2h30 da manhã, depois que terminou a apresentação aparentemente interminável dos Babasonicos, juro que eles tocaram por pelo menos 3 horas.

Só gostando muito de Simon Le Bon e sua turma. Como nós!

No orkut

Sorte de hoje: Encontre a felicidade no seu trabalho ou talvez nunca saberá o que é felicidade.

Isso tá mais pra ameaça do que pra sorte. Será que é pra me consolar porque estou trabalhando em pleno sábado, além de ter feito o mesmo no feriado?

sexta-feira, novembro 21, 2008

Deu no O Fuxico

Thammy Gretchen grava CD inspirada em músicas do Latino.

Preciso continuar?

Barracos em geral


Se tem um casal que se encaixa perfeitamente no termo se merecem, este casal é Marcelo Silva e Fernanda Cunha.

para quem estava em Marte até ontem à noite, Marcelo Silva é o ex-marido da atriz Suzana Vieira e Fernanda Cunha é a amante que se deu ao trabalho de ligar para a Suzana contando do caso entre os dois.

É uma coisa impressionante: o cara é um desajustado, foi expulso da PM depois que deu uns sopapos numa prostituta e quebrou o quarto do motel - e segundo a moça, que foi ao Superpop (onde mais?) falar sobre o caso, o cara não somente brochou como chamou a mãe dele pra pagar a conta - e agora embolachou a atual amante depois que ela ligou pra Suzana pra revelar os detalhes sórdidos do caso entre os dois.

Aí, a amante embolachada fez um drama e um B.O. e correu pra casa da mamãe em Goiás, que deve ter dito que ela era uma doida ensandecida: primeiro por se envolver com um tipo daquele, depois pela cor do bronzeamento artificial e da tintura do cabelo, aquilo não é coisa de gente que bate bem mesmo.

Qual não é minha surpresa ao saber que os dois pombinhos - pombinhos porque ambos só fazem cagada - foram ao programa da (argh!) Sonia Abrão para declarar publicamente o seu amor, que estão apaixonados, que a Fernanda era a mulher da vida dele (isso porque 4 dias antes ele alegadamente tentou se matar porque a Suzana Vieira expulsou ele de casa), que ela se arrependeu do que tinha feito (uma cara de arrependimento digna de figurar nas melhores novelas mexicanas do SBT anos 90), e dizer que todos vão ter que engolir o romance dos dois. Haja farinha pra ajudar a descer a quantidade de notículas que vão pipocar todos os dias: Marcelo e Fernanda compram pão, Marcelo e Fernanda vão à praia, Marcelo e Fernanda vivem de brisa, porque ele não tem emprego e ela teve flat e mesada cortados pela mãe.

Lá em Brasília a gente tem um ditado que cabe bem aqui: errar uma vez é humano, duas é goiano. A fofa se envolve com um cara que todo mundo sabe que é tranqueira, e depois de tomar uma bifa ainda retoma o romance?

Ainda no segmento barracos, resolveram pegar no pé da Luana Piovani. Eu concordo que ela é uma chata, arrogante e mal-educada que se acha o último frango da malásia, como diz minha prima (preciso arrumar outra expressão, agora que passou a gripe aviária), mas daí a achar que ela não pode nem questionar se foi garfada na conta da pizzaria vai uma distância enorme. Deixa a criatura de lado por um tempo, assim, por uns 35 anos pelo menos.

Dá uma folga pra ela e pra gente.

quinta-feira, novembro 20, 2008

Gol pra quê?

Ontem a seleção brasileira venceu a de Portugal por 6x2. Tinha tempo que a seleção não empolgava a torcida e não goleava desse jeito, ainda mais a seleção portuguesa, uma das melhores dos últimos tempos quando ainda era treinada pelo Felipão - sou fã dele. E tendo em campo Cristiano Ronaldo, um dos jogadores mais talentosos da atualidade, cogitado para ganhar o prêmio da FIFA de melhor jogador do mundo.

Tá certo que a hora do hino nacional é aquela tristeza: vão focalizando os jogadores brasileiros um a um, aquele show de homem feio, vai dando um vergonha, um desânimo... E depois o Zezé di Camargo cantando o hino, tão cheio de botox e sei lá mais o quê, achei que cada vez que ele cantava mais alto, a cara dele ia explodir. Mas o público aplaudiu e fez festa para os seis gols marcados, em especial para Luis Fabiano, que marcou 3 e ainda deu o passe para mais um.

Mas vamos combinar aqui entre a gente que o momento mais empolgante da partida foi na hora do intervalo, quando o Cristiano Ronaldo foi caminhando na direção do túnel que dá acesso aos vestiários, sem camisa? Jesus me chicoteia!

Agora, a seleção joga de novo só no dia 10 de fevereiro, em Londes, contra a seleção dos titifoi, a Italia. Não dá pra perder!

quarta-feira, novembro 19, 2008

Razão e sensibilidade

Aqui em casa a internet banda larga cai que é uma beleza.

Qualquer motivo é suficiente para isso. Manja aquela teoria do bater das asas de uma borboleta na Tailândia provocando um terremoto nem sei onde? Pois é, cai a net aqui em casa. Se espirrar também cai, e se alguém soltar um pum, são dois dias pelo menos pra restabelecer o sinal.

A banda larga aqui em casa é mais sensível do que aquela princesa que dormiu em cima de 20 colchões de pena de ganso e mesmo assim conseguiu sentir a ervilha que a sogra colocou no estrado da cama. Aliás, vai ser chata assim no raio que o parta, aposto como ela viu a sogra colocando a ervilha ali e não sentiu foi nada, dormiu feito pedra e até roncou.

E a sogra hein? A moça nem cogitava namorar o príncipe e ela já foi lá infernizar...

terça-feira, novembro 18, 2008

Desgraceira



desculpaí, pessoal.

Rudolph e seu amigo



Desde que me mudei para o apartamento onde moro até hoje - e isso tem 10 anos - que eu sonho em ter na jardineira da sala aquelas reninhas iluminadas no meio das plantas. Mas todo ano eu acabava deixando pra última hora ir até a 25 de Março comprar as tais renas, e o projeto tornava-se inviável, já que não dava pra encarar a multidão natalina de dezembro na 25, muito menos eu tinha coragem de comprar as renas nas lojas especializadas de enfeites de Natal, que cobravam uma fottuna.

Além disso, por um período pós-separação tudo na vida tinha perdido a graça, inclusive o Natal, símbolo máximo da vida familiar aqui de casa, que era quando viajávamos todos juntos para Brasília, as famílias minha e dele passavam a noite de Natal juntas. Por uns 2 ou 3 anos enfeitar a casa para o Natal tornou-se um momento de tristeza para mim e eu me limitava a montar o presépio e a árvore - mentira, a árvore era a Socorro que acabava montando, de tanto que eu enrolava e deixava a caixa com a árvore e os enfeites no meio da sala.

Como não há bem que sempre dure nem mal que nunca se acabe, quando o sol voltou a brilhar em minha vida, voltaram também a alegria e a satisfação de pendurar luzinhas na varanda, comprar bolas novas para a árvore, espalhar lacinhos aqui e ali, colocar as toalhinhas de Natal no lavabo, pendurar a meia e os enfeites no hall de entrada. Apesar de nunca ter passado um único Natal em minha casa desde que me casei, sempre a enfeitei para o Natal como se a festa fosse feita aqui.

Ontem, fazendo compras no Wal-Mart, dou de cara com o quê? Com minhas tão sonhadas reninhas, a um preço razoável o suficiente para que eu não tenha de bater pernas em meio à horda de pessoas do centro da cidade. Comprei duas, feliz feito um pinto no lixo.

Em casa, abro as caixas e... as reninhas vêm desmontadas. Para mim era um emaranhado de arames e fios e luzinhas. Fui salva pela Bela, que cedeu aos meus ansiosos apelos pedinchões de ajuda e montou as duas.

Colocamos as duas no meio das plantas da jardineira. Ficaram lindas, do jeitinho que sempre sonhei. Até saí com o carro só pra ver o efeito delas do lado de fora.

Agora só falta colocar as luzinhas na varanda, montar a árvore, espalhar o restante dos enfeites e comprar o anjo e um dos reis magos do presépio, que a Cindy heregemente se encarregou de quebrar, para que a minha casa fique do jeito que eu gosto, toda enfeitada para o Natal.

sexta-feira, novembro 14, 2008

Juntando os cacos

Brigou com o namorado? Perdeu o emprego? O cabeleireiro errou a mão e te deixou com o cabelo medonho?

E tudo isso te deixou aos cacos?

Olha, os seus caquinhos ela não consegue juntar, mas dá só uma olhada no que a Nana faz com outros tipos de caquinhos, bem aqui!

terça-feira, novembro 11, 2008

Coisa de europeu

Se a gente tem o hábito de tomar banho todo dia, qual a vantagem de um desodorante cujo maior apelo - no nome inclusive - é o de durar 48h?

segunda-feira, novembro 10, 2008

Teligênssa!

Domingo passado, Ogulhudimamã fez vestibular na Belas Artes, o primeiro de uma série de três faculdades, em todas prestando para Design.

Hoje saiu o resultado e Estrelinha do Meu Céu ficou em sexto lugar na classificação geral! Tô que não me agüento...

Domingo, dia 16, é a prova da faculdade que ela mais quer das três. Então, gente, a partir de agora, tá valendo: oração para Nossa Senhora Destadora de Nós, macumba, mandinga, despacho, promessa, vela de sete dias, qualquer negócio!

domingo, novembro 09, 2008

Come back to me...

Tá passando na TV, neste momento, Em algum lugar do passado.
Com Christopher Reeve bem novo e a Jane Seymour, lindíssima.

Amo, amo, amo este filme...

Discurso coerente

Hoje foi mais uma fase eliminatória do concurso que escolherá a Musa do Brasileirão - é, inventaram essa agora.

O concurso rola no Caldeirão do Huck, e além da beleza as meninas também precisam mostrar tradição - tem candidata de 19 anos de idade, tradição onde, pelamor? - e amor pelo time. Ainda bem que amor pelo time conta ponto, porque a seleção de baranguete (cruza de baranga com piriguete) que arrumaram é de chorar. A representante do Botafogo foi a primeira a ser eliminada, penso que por unanimidade, porque ela era realmente feia pacas.

A mecânica do concurso é mais ou menos assim: as candidatas desfilam, cada uma representando seu time de coração - que deve estar participando do Campeonato Brasileiro - e depois eles apresentam um pequeno vídeo gravado com cada participante.

Chegou a vez da musa do Flamengo. Durante a entrevista, ela contou que era advogada, e que tinha parado de advogar e resolvido participar do concurso para acabar com o preconceito contra as mulheres loiras e bonitas.

E para isso, para acabar de vez com o preconceito, enquanto se ouvia a voz dela em off, apareciam imagens dela posando de top de renda vermelha e calcinha minúscula preta, fazendo poses sensuais e caras e bocas.

Ah, entendi...

quarta-feira, novembro 05, 2008

Boicote!

Segundo o EGO, divisão de fofocas cinematográfico-televisivas do globo.com, Luana Piovani foi só patada com os repórteres que tentaram entrevistá-la sobre o rompimento com Dado Dolabella, na estréia de uma peça teatral.

Na boa, ela sempre trata mal os profissionais da imprensa e vive dizendo que não precisa deles. Eu imagino que seja mesmo um porre levar um tabefe do namorado e ainda ter de ficar escutando sobre isso, mas a relação ruim dela com a imprensa é só quando não interessa a ela, porque quando interessa, flui superbem. Além do mais, quem posta num blog aberto ao público textos tratando sobre o assunto, sabendo que a imprensa de fofoca anda atrás, não pode reclamar depois de falta de privacidade.

Fosse eu os profissionais de imprensa, todos eles, ignorava solenemente Luana Piovani ou qualquer acontecimento que a envolvesse. Para a imprensa de fofoca, não vai fazer tanta diferença assim, afinal sempre tem uma (dúzia) querendo aparecer mais que a outra, e artistas vendendo a mãe em 12 vezes no cartão para ganhar algumas linhas da Caras desta semana.

Boicote total. Nome de Luana Piovani na imprensa, só quando ela morrer, daqui a anos e anos, na parte obrigatória do obituário do jornal. E aí como será que ela vai divulgar as peças de teatro por exemplo? Só botando a mão no bolso e pagando mídia. E quem vai querer patrocinar o projeto de uma artista que sofre boicote da imprensa?

Aí eu acho que a relação dela com os joranlistas vai ficar uma maravilha.

Barak Obama



Quando ele nasceu, os negros eram obrigados a ceder seu lugar nos ônibus para os brancos, isso quando não tinham bancos separados no fundo do veículo; negros e brancos estudavam em escolas diferentes; negros eram proibidos de frequentar banheiros públicos destinados a brancos, ou lavanderias, ou lanchonetes, ou igrejas; organizações como a Ku Klux Klan eram toleradas quando não aplaudidas e a discriminação era sacramentada por lei.

Faz pensar que pouco mais de 40 anos depois este mesmo país é capaz de eleger, por larga margem, um negro para ser seu Presidente.

terça-feira, novembro 04, 2008

Sobre heroísmo, pena e gratidão

No zoológico de Brasília, há coisa de 30 anos, um menino de 13 anos escalou o alambrado e caiu no fosso das ariranhas. Os bichos - eram seis - viram no menino uma ameaça aos filhotes e começaram a atacá-lo. Um sargento do Exército pulou para dentro do fosso, tirou o menino de lá, e foi tão machucado pelas ariranhas até ser resgatado que morreu de septicemia três dias depois, no Hospital das Forças Armadas, com mais de 100 mordidas espalhadas pelo corpo.

Em homenagem a ele, o zoológio de Brasília tem seu nome: Silvio Delmar Hollenbach.

Há algum tempo atrás, entrevistaram o filho deste sargento, e ele disse que a maior mágoa dele e da mãe era que nunca a família do menino salvo pelo seu pai os procurou para dizer obrigado. E o já rapaz dizia: eles acharam que a gente ia pedir alguma coisa pra eles? meu pai morreu pra salvar o filho deles e eles nem ligaram.

Tem resposta pra isso? Pode haver consolo para a dor da ingratidão? Pode-se até dizer que a família do garoto salvo estivesse constrangida com o ocorrido e sem saber o que fazer, mas nenhum constrangimento, ou qualquer tipo de sentimento, podia ser maior que o fato de que aquele garoto tinha perdido o pai.

Nem sei porque me lembrei dessa história hoje. Talvez porque o mundo ande tão individualista, com tanta gente tão egocentrada e sem tempo de olhar para outro local a não ser o próprio umbigo, que lembrar disso faz com que eu não me esqueça de que nunca devemos deixar de ter consideração ou mesmo pena pelos outros.

Aliás, o sentimento pena anda tão deturpado, e todo mundo quer tanto ser fodão, que não se pode mais sentir pena de alguém, como se isso fosse um crime. E como se receber a pena e a compaixão de outrem fosse uma ofensa. Pena sempre foi um sentimento ligado a outros sentimentos nobres. É a pena que muitas vezes nos faz estender a mão para alguém, e este gesto de compaixão, seja ele simbólico ou concreto, pode mudar a vida, tanto a de quem sente pena quanto de quem a recebe. Tenho certeza de que minhas amigas próximas sentiram muita pena de mim, por tanto sofrimento quando me separei, e por conta disso me apoiaram, não me deixaram sozinha e se desdobraram para arrancar de mim um sorriso que fosse. Não tenho dúvidas de que a pena delas me salvou.

Meus pais morrem de pena de uma senhora que passou a vida toda fazendo faxina na casa de conhecidos deles, sem ter tido carteira assinada. Para ela, ela jamais teria direito à aposentadoria. Graças a essa pena sentida, meu pai foi atrás, se informou, levantou a documentação necessária, pagou alguma taxa que precisasse ser paga, e no fim do ano, quando ela completar 65 anos, vai se aposentar e ter uma pensãozinha que a permitirá ao menos não morrer de fome na velhice.

Qualquer sentimento que te leva a olhar para o lado e te faz empreender tempo e energia com outra pessoa, sem nenhum ganho com isso a não ser o fato de saber que ajudou alguém, não pode ser menosprezado.

No dia em que as pessoas pararem de ter pena uma das outras, aí sim, neste dia, a humanidade não terá mais salvação.

segunda-feira, novembro 03, 2008

Brokedemetrioribeiroback Mountain

Eu sempre menciono aqui no blog que Demétrio Ribeiro, um lugarejo perdido no interior do Espírito Santo, é o berço da civilização baioquense. É um lugar que foi fundado pelas famílias italianas que ali chegaram no fim do século XIX/começo do século XX - a minha incluída - onde ainda se fala italiano em algumas casas. Demétrio Ribeiro tem um único acesso, porque, atrás do casario antigo da cidade, estão as montanhas do ES.

Hoje Demétrio Ribeiro - Demétrio, para os íntimos - é uma localidade quase perdida no tempo, e para chegar lá tem que passar por João Neiva, metrópole com quase 14 mil habitantes, cidade natal da minha mãe onde passei todas as férias da minha infância. Hoje até que a vida está fácil, porque há não muito tempo a estradinha de uns 4km que liga João Neiva a Demétrio Ribeiro era de terra e quando chovia era um drama chegar até lá. Asfaltaram, perdeu um pouco da graça, mas essa graça era só pra gente, que ia nas férias, pra quem morava lá era um transtorno.
Sem contar que o rio Clotário, que passa dentro do sítio do meu avô, enchia e invariavelmente derrubava a ponte, de madeira, nos obrigando a subir toda a ladeira até a casa a pé, pensando que a qualquer momento um sapo daqueles gordos e gosmentos ia pular na nossa frente - para não dizer nas nossas pernas. Mais as cobras, os lagartos e toda sorte de bicho rastejante e melado e frio.

Demétrio Ribeiro já foi, porém, uma das cidades mais importantes da região, e dizem os moradores mais antigos que foi uma das primeiras cidades do ES a ter telefone. Bem, tudo o que eu tenho a dizer sobre a telefonia da região é que, lá pelos idos dos anos 80, o único orelhão de João Neiva ficava dentro de uma farmácia, que fechava seis da tarde. E o posto telefônico era uma sala, com uma mesa no meio, um telefone no centro da mesa, e várias cadeiras em volta, para as pessoas esperarem você acabar de falar. Uma privacidade incrível.

Tudo isso pra contar que hoje, na era da internet, mesmo sendo Demétrio Ribeiro resumidamente uma rua com uma igreja no topo dela e um cemitério mais no topo ainda - onde está o túmulo da minha família - não é que achei alguém que também é ligado a Demétrio Ribeiro, tanto quanto eu? E que vem a ser, pasmem, filho da minha amiga de férias na infância, a Bernadete Campagnaro, que, provavelmente, pelo sobrenome do filho, casou-se com alguém da família da minha bisavó paterna, os Carrareto.

Adoro essas histórias de família! E como sempre digo, este mundo é mesmo bem pequeno. Tão pequeno quanto Demétrio.

domingo, novembro 02, 2008

Fernando Alonso



Felipe Massa é o campeão do GP Brasil de Fórmula Um, Lewis Hamilton é o campeão do mundo.
Mas na categoria titifoi, o campeão absoluto continua sendo ele.

Se...



A vida é feita de muitos ses, e é incrível - para não dizer quase assustador - como uma palavra de apenas duas letras pode ser determinante para o destino de todos nós.

Parabéns, Felipe!

sábado, novembro 01, 2008

Fafá de Belém

Amanhã é o GP Brasil de Fórmula Um. GP este que o Felipe Massa precisa vencer e ainda torcer para o Hamilton chegar do sexto lugar pra baixo, pra ser campeão do mundo.

Alguém pode me dizer o motivo pelo qual chamaram uma cantora com notória fama de pé-frio para cantar o Hino Nacional na abertura do GP Brasil?