É o seguinte... tá bem?

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domingo, novembro 29, 2009

Amor nos tempos do ócio


Eu estava à toa na vida e meu amor não me chamou pra ver a banda passar cantando coisas de amor. Aí, para passar o tempo, nada como bater um bolo de chocolate e usar as forminhas de coração que comprei em Santo Amaro - onde tem de tudo nesta vida, até aquelas cestas de piquinique com tampa que abrem dos dois lados, sabe? sou louca por uma dessas, pra que não sei.

Ia cobrir com chocolate hidrogenado, aquele que fica durinho, cobrindo pão-de-mel (comprado onde? acertou!), mas Bela prefere sem nada e eu também gosto dele assim purinho, além dos meu quadris agradecerem a deferência.

Ótima coisa para ficar pronta meia-noite e meia de um sábado regado a Telecine!

Amor nos tempos do cólera

O marido da mulher amada morre, e no mesmo instante em que sabe do ocorrido, ele vai ligeiro até a casa dela para dizer que esperara 51 anos, nove meses e quatro dias para dizer-lhe que a ama.
Senso de oportunidade é tudo nesta vida!

Tempos românticos, esses antigos. Depois de gramar por vários e vários dias, finalmente o cara - outro - consegue que a mocinha lhe dê permissão para falar com o pai dela para que ele possa namorá-la. As viagens daqui ali duravam semanas, a contagem do tempo era outra, as expectativas eram diferentes.

Não é um julgamento de valor, nem uma comparação,somente uma constatação.




Depois de 2h de Nicolas Cage, nada como mais 2, agora com Javier Bardem. Sabadão!

sábado, novembro 28, 2009

Cindy mode on

Sábado de intensa preguiça. Eu e Cindy. Pra não dizer que nem saí de casa, fui a pé até o salão de beleza pra fazer as unhas.

Planejei ir até o novo shopping da Vila Olímpia, mas enrolei, enrolei, e quando vi já era meio tarde pra ir. Também pensei em ir ao supermercado, pois amanhã irei a um churrasco para o qual prometi levar uma farofa e preciso dos ingredientes, mas quem disse? Vou amanhã de manhã.

Até Bela, sempre cheia de atividades e eventos, ficou por aqui: a amiga veio pra cá ontem à noite, pediram pizza, hoje foram ao salão de beleza, um cineminha e volta pra casa. Desistiu da festinha que tinha de noite porque tinha muita coisa pra estudar e fazendo as contas do tempo que levaria para se arrumar + tempo da festa + acordar tarde no dia seguinte, não daria tempo de terminar tudo.

Com isso, cá estou eu assistindo pela milésima vez ao filme Um Homem de Família, com o Nicolas Cage. Ô homem charmoso!!! - a despeito dos últimos filmes que ele tem feito, que foram uma bomba. Adoro este filme e o assisto todas as vezes em que ele passa na TV - e não em DVD, porque, não sei o motivo, eu quase nunca tomo a iniciativa de colocar um filme pra ver no DVD, há de ter uma explicação científico-psicológica para isso.

Viver a vida

E a criancinha inconveniente da novela faz uma redação:

"eu quero conhecer a Argentina, um lugar cheio de gente legal..."

ãhn?





exceção feita aos meus amigos argentinos, porque eles são mesmo muito legais!

quinta-feira, novembro 26, 2009

Nasceram!!!

E como todos os bebês resolveram nascer da semana passada pra cá, também deram o ar da graça os filhotinhos da nossa vizinha Sabiá - que já disseram que não é bem uma sabiá, mas como não disseram nenhum pássaro pra colocar no lugar, fica sendo sabiá mesmo.

Da minha janela eu a vejo chegar com comidinha no bico, e só consigo ver saindo de dentro do ninho umas pontinhas de biquinhos abertos no máximo, famintos. Neste momento, alimentados todos, ela descansa dentro do ninho, com os filhotinhos no andar de baixo da casinha.

Amanhã trago a máquina pra ver se rola uma fotinho!

quarta-feira, novembro 25, 2009

Bônus sem ônus?


Naturalmente que você já ouviu falar na Feiticeira, aquela personagem do programa do Luciano Huck que se apresentava em trajes mínimos, rebolativa, que saiu na Playboy e por aí vai.

E que depois participou da Casa dos Artistas cheia de hormonio masculino no corpo, para ver se as pessoas esqueciam da Feiticeira e passavam a reconhecer nela a Joana Prado - dificil, né, uma vez que a tal da Feiticeira foi martelada exaustivamente em nossas cabeças por um tempo longo até demais.

Aí a nêga casou com o lutador Vitor Belfort, teve 3 filhos, e nesse meio tempo fez o que a maior parte do povo que se dedicou ao erotismo para alcançar o estrelato vem fazendo: converteu-se à Igreja Evangélica.

Uma vez convertida, ela agora não mais permite que sejam mostradas imagens dela da época de Feiticeira, nem fotos da Playboy e nem nada que remeta a esse tempo em que ela ganhou tanto dinheiro que poderia hoje se dar ao luxo de viver sem trabalhar até morrer - palavras da própria, inveja da que vos escreve.

Todo mundo tem o direito de se arrepender das cacas que fez na vida, de querer se reinventar, de não ser estigmatizado por uma personagem - que o diga a pobre da Lucelia Santos, que nunca mais se livrou da Escrava Isaura, até mesmo porque não tinha nada para colocar no lugar - e de preservar a própria imagem diante dos filhos. Em programa recente de televisão, a Feitic... ops, Joana Prado afirmou que hoje ela tem tanta coisa mais interessante para falar, como os filhos e a confecção que ela montou - o público interessadíssimo no xixi da Kyara, claro, ou nas gracinhas do Davi ou nos cachinhos da Vitória - e que fica constrangida quando vê as cenas de quando era Feiticeira.

O fato é que a Feiticeira efetivamente existiu, e não tem como apagar isso, somente o tempo fará com que caia num relativo esquecimento, que não será absoluto. Não tem como virar Joana da noite para o dia e querer que todo mundo se esqueça do que passou. Ela dançava seminua sim, e saiu pelada na revista sim, e é inevitável que no futuro um dos filhos dê de cara com a revista onde mamãe saiu mostrando a persê. Você pode sim mudar de vida e encarar tudo de outra maneira, mas não pode pretender colocar um manto sobre seu passado e achar que ninguém nunca vai ali levantar uma pontinha pra espiar.

Se você quer tanto que a Feiticeira seja esquecida, se você quer tanto focar sua vida em seus filhos e sua confecção, a troco de que mesmo você vai a programas de televisão onde fatalmente falarão sobre o assunto e até mostrarão imagens? O único interesse atual que uma emissora tem na Joana Prado é o fato dela ter encarnado a famosa Feiticeira, ninguém quer saber se o acabamento da roupas da confecção dela é bem-feito ou com quantos anos o filho aprendeu a usar o piniquinho.

Ou seja, fica em casa e vai tocar sua vida quietinha no seu canto, e não saindo na Caras, aparecendo em programas de televisão para dizer: gente, olha, para de falar na Feiticeira, eu sou a Joana. Meio aquela coisa de te liguei pra te dizer que não é pra você me ligar.

Digo mais: se o arrependimento é assim tão profundo, se o constrangimento é assim tão grande, se você não quer ter nada a ver com aquela personagem que viveu e que te fez uma mulher rica, como administrar o conflito de que todo o dinheiro que você tem hoje, aquele que te permitiria viver até morrer velhinha sem trabalhar, veio justamente da Feiticeira e sua bunda? Uma vez que não me parece que você tenha cogitado (e se o fez, não externou) doar tudo o que ganhou como Feiticeira para a caridade.

Ou aí já seria esquecimento demais?

Famosa quem?

Eu ainda não consegui definir qual a subcelebridade que é mais sub: a que é conhecida como a do vestido curto da Uniban ou aquela a quem se referem como ex-nora da Luma de Oliveira.

segunda-feira, novembro 23, 2009

Desde sempre

Ele era amigo do irmão dela desde a adolescência e nutria por ela um amor não correspondido.
Ela se casou com outro e teve três meninas.
Ele não se casou com ninguém.
Ela se separou, pegou as trouxas e as filhas e voltou para a casa da mãe, na mesma rua em que ele sempre morara e onde a conhecera ainda garota.
Ele, ao saber da separação, pensou: é a minha chance!
Ela, mãe de três meninas pequenas, começou a namorar com ele.
Ele nem se importava que ela vinha com tanta bagagem, além de uma mãe doente: sempre quis namorá-la.

Namoraram, casaram, e no último domingo a filhinha deles fez um aninho.

Ele deixou cair uma lágrima discreta na hora do parabéns a você.
Ela viu.

E mais tarde, já em casa, abrindo os presentes junto das 4 meninas, ele chorou sem esconder. Chorou, segundo ele, de pura emoção, por ver seu sonho realizado: o de ter uma família com ela.

Eu nunca, nunca vou me cansar de admirar essas histórias de amor da vida real, que novela alguma consegue igualar.

sexta-feira, novembro 20, 2009

Mais uma

Uma rã entra em uma pickup. Qual o nome do filme?



Rã na Montana!!!!

quinta-feira, novembro 19, 2009

Já não falta mais nada

Preso no Peru grupo que poderia ter assassinado até 60 pessoas para vender sua gordura.

O titular da 57ª Promotoria Provincial Penal de Lima, Jorge Sanz, informou em uma nota de imprensa que os quatro detidos são acusados de homicídio por lucro e formação de quadrilha em agravo do Estado.

A investigação desenvolvida pela Polícia e o Ministério Público do Peru assinala que estes indivíduos teriam causado a morte de Abel Matos Aranda dia 16 de setembro com o objetivo de substrair, segundo a nota, "tecidos somáticos da vítima".

Posteriormente, estes tecidos seria comercializados em Huánuco, 415 quilômetros ao nordeste de Lima, na própria capital peruana e inclusive na Europa.



Sob o ponto de vista deste grupo, eu sou tão ou mais sequestrável que o Antonio Ermirio de Moraes.

quarta-feira, novembro 18, 2009

Agropsicolobusiness

A personalidade de cada um se manifesta nas pequenas coisas, até mesmo em bobagens como a fazendinha do Facebook.

Enquanto uma amiga minha já é nível nem sei qual na fazendinha dela, produtivíssima em sua atividade de plantar, colher, recolher ovos, leite etc, e gasta o dinheiro facebookiano dela primordialmente em novas sementes e animais para ter mais lucro e ampliar sua roça, eu tenho um plantação relativamente pequena, volta e meia não tenho dinheiro nem para todas as sementes de que preciso, mas minha fazendinha já tem mesa de piquinique, laguinho, gazebo cor-de-rosa...

aliás, como já devem ter notado, viciei nesse negócio. Se antes eu nem entrava todos os dias no site, hoje entro várias vezes para cuidar dos meus animais e da minha plantação. Acho admirável quem cria esse tipo de coisa, um verdadeiro gênio da eficiência, porque da mesma forma que eu, várias pessoas devem ficar toda hora entrando no facebook só pra tomar conta da sua rocinha.

Lúdico x lúcido

Camisinha é uma coisa que faz parte do repertório dos caras mais novos, cuja vida sexual começou sob o estigma de uma doença incurável e intratável que destruía o sistema imunológico, mas para os mais velhos, ela é um mal necessário e dispensável na primeira oportunidade.

Com isso, pipocam nas revistas femininas - as piriguetáveis como Nova - dicas sobre como apimentar o uso da camisinha, com inúmeras opções presentes no mercado, de vários diferentes sabores. Tudo isso para tentar fazer com que o uso da camisinha seja mais lúdico.

Isso mesmo, lúdico.

Eu, de minha parte, não acho que este seja um assunto que diga respeito ao público feminino da forma como é apresentado. Ter consigo uma camisinha para as situações de emergência é uma coisa, comprá-las para usar com o namorado de maneira lúdica é outra.

Porque aquilo ali, pro cara, não é nada lúdico. Se fosse essa diversão toda, todos os homens usariam desde sempre, na maior alegria, e se alguma menina não quisesse usar, eles implorariam: por favor, deixa eu usar a camisinha só um pouquinho, vai...

Comparo com o nosso absorvente higiênico, guardadas as diferenças. Por mais que seu namorado tenha no banheiro da casa dele um absorvente para o caso de você precisar - o que faria dele praticamente um santo homem - não o habilita a ser seu fornecedor habitual do produto. Assim como nada te habilita a ser fornecedora de camisinhas dele.

Pelo simples fato de que só você sabe o tipo de absorvente que mais te apetece, da mesma forma como o cara é quem sabe qual modelo ou tamanho ou marca ele prefere na hora de insulfimar as partes.

Então, para mim, esse negócio de comprar camisinha sabor chocolate, morango, menta que arde, menta que não arde, transforma o uso dela em algo tão lúdico como se o cara chegasse em casa nos trazendo um absorvente cheio de babadinhos.

Para ser lúdico.

terça-feira, novembro 17, 2009

Piadinhas ruins rurais

Aproveitando que ando viciada em agrobusiness - tradução: fazendinha do Facebook - vai aí uma leva de piadinhas ruins do mundo rural.

Quem é o pai da Horta?
- o Paimito.

E a mãe?
- a Mãedioca.

E o Tio?
- o Tiomate.

o celeiro de tanta bobagem é o padrinho da minha filha, ele tem uma coleção infindável delas!

terça-feira, novembro 10, 2009

O meu sangue não ferve por você, porque acabou

Crepúsculo, Lua Nova, The Vampire Stories... é, a vampirada está na moda. Já que é assim, eu também tenho a minha própria história de vampiragem pra contar.

Fui ao médico (ao drocs, endocrinologista em Socorrês), fiz uns exames, ele me encaminhou a mais dois especialistas que estão me virando do avesso. Tudo por causa de um fan reagente que não era pra ser assim essa proatividade toda. A hipótese mais provável é que não seja nada grave - fan reagente indica a presença de uma doença auto-imune - mas é aquela coisa né, vamos fazer uns exames para afastar todas as demais.

Por conta disso, semana passada tirei 8 tubinhos de sangue de uma só vez no laboratório. Dois dias depois, toca meu celular:

- d. Claudia, aqui é Maricotinha, do laboratório lébous. Peço mil desculpas, mas eu me esqueci de relacionar dois exames e preciso que a senhora venha tirar sangue de novo.

Vamos lá né? ok, era uma lista imensa, e tem vez que a gente não está mesmo num dia bom. Além do mais, era só um exame de sangue e não uma biópsia. Esperei a consulta com o especialista 2, que também me pediu uma lista imensa de exames, e fui hoje tirar sangue para tudo.

Fiz a ficha, a enfermeira me chamou, mesma senhora da outra vez: ah! que bom, hoje é só um tubinho, assim você não sofre tanto. Tirou o tal tubinho de sangue, catei a bolsa e saí da sala.

No caminho para o corredor, a impressora com as etiquetinhas do próximo paciente, uma fila enorme de etiquetinhas.

- Coitado do próximo, vai sair daqui pálido, olha só quantos tubinhos!, comentei.

Parei para tomar uma água na recepção e vem a enfermeira correndo atrás de mim:

- você não comeu nada ainda, comeu?

O próximo paciente, com aquela fileria imensa de etiquetinhas pros tubinhos de sangue, era eu. Aquele tubeco de nada era somente para os dois exames que ficaram faltando. Voltei para o local de coleta, novo furo em outra veia e...

16 tubinhos de sangue!

No total, da semana passada pra cá, já foram 25 tubinhos.

É ou não é uma história de vampiro???

segunda-feira, novembro 09, 2009

Levanta o dedo aí

quem não aguenta mais Fernanda Young dizendo porque vai posar pra Playboy/porque posou/como posou/o que sentiu quando posou/porque posou como posou...
e mais todas as coisas chatas que só ela sabe declarar.

Depois desse ensaio, podiam mudar o nome do programa de Irritando Fernanda Young para Fernanda Young (nos) irritando.

A nova vizinha - atualização

A nossa nova vizinha, a passarinha que estava fazendo ninho na árvore aqui em frente à janela, já está chocando seus ovinhos.

Fica ali o dia todo, tadinha, sem ninguém pra bater um papo, nem pra ajudá-la a chocar os ovinhos.

Sei que foi a natureza que fez assim, e que portanto deve ser algo beirando a perfeição, mas morro de peninha quando chega à noite e chove tanto quanto ontem, a bichinha ali, exposta ao tempo.

Não fosse o fato de que ela abandonaria o ninho, ia dar um jeito de fazer uma cobertura pra protegê-la das intempéries.

Quanto tempo leva para nascer uma ninhadinha de sabiás?

Adoro!


Níquel Náusea. Perfeito!

sábado, novembro 07, 2009

Chegou!!!

Ganhei dos meus pais, de presente de Natal antecipado, um notebook Dell.
Vermelho-cereja, lindo!

Eu nem acredito que tenho PC de novo, com teclado de PC, tela de PC, configurações de windows - já o novo! - enfim, tudo familiar como era antes da minha casa ser invadida pela Apple. Estou, inclusive, escrevendo estas linhas que agora ledes com meu notebook novinho.

É, gente, eu sou mesmo apegada e tradicional feito uma pomada Minâncora.

Tô intrigada

Eu nem vejo a novela, mas eu queria saber o que leva uma nêga a viver enchendo a cara, tendo o Mateus Solano à disposição?

quinta-feira, novembro 05, 2009

Insone de Seattle


Neste momento assisto, pela enésima vez, ao filme Sleepless in Seattle - em português, Sintonia de Amor. Adoro o filme, adoro a trilha sonora de músicas antigas, adoro comédias românticas, Tom Hanks e Meg Ryan.

E principalmente, adoro a ideia da existência de sinais que nos indicam que caminho o Destino quer que sigamos, e o filme trata disso, e da vida que até pode ser a perfeita, mas não é a desejada e seguir o coração pode ser a melhor resposta, ainda que por vezes, ela pareça errada, ou se mostre errada depois.

Por fim, assisti pela primeira vez em uma época especial da minha vida, quando morava em Lisboa e me sentia muito feliz. Toda vez que vejo este filme ou escuto sua trilha, me lembro de lá, e isso me faz gostar ainda mais de assisti-lo.

Sem contar a cena ótima da irmã do protagonista Samuel Baldwin sendo sacaneada pelo irmão e pelo marido, ambos descrevendo um filme de pancadaria da mesma forma como ela descreveu a cena crucial de Tarde Demais para Esquecer, emocionada e indo às lágrimas - e não é assim mesmo que os homens fazem com os filmes de que nós mulheres gostamos, ficam debochando da nossa cara?

quarta-feira, novembro 04, 2009

Da atualidade do curso de Penélope


O Curso de Penélope foi ministrado neste blog há 4 anos, e até hoje falam dele para mim. Ele nasceu numa tentativa de fazer graça com a imensa dificuldade que uma amiga querida tinha de se deixar ser mimada e paparicada, de agir como mocinha, temendo ser rotulada de fresca, ou oportunista, ou folgada, ou qualquer outra coisa absurda que passava pela cabeça dela com tanta frequencia quanto o secador de cabelos passa pela minha. Aliás, em algumas ocasiões ela não conseguia nem perceber o cavalheirismo e não foram poucas as vezes em que eu praticamente bati nela pra ver se a mocinha que vivia nela acordava - até porque ela ia me arrastar junto na roubada, certo? Do tipo ir junto do mocinho pegar o carro na chuva em vez de esperar embaixo da marquise, pra acabar com a escova no cabelo, feita a duras penas com o secador de cabelos do hotel que não ventava, emitia uma leve brisa morna.

Afinal de contas, se o cabelo dele molha, é curto, seca num instante e ele não levou nem 3 minutos pra arrumá-lo - considerando que passou um pente, em vez de apenas as mãos. Já a gente, dependendo do grau de intensidade da chuva, não apenas o cabelo se desgraça, como a maquiagem fica comprometida, a roupa grudada no corpo, os pés, molhados, e se estiver com uma sandalinha, fim de caso para ela, coitada, rest in peace.

Hoje, a musa inspiradora do curso praticamente se doutorou em penelopês e percebeu que podia continuar sendo excelente profissional, fora de série, inteligente, independente e capaz, e ao mesmo tempo ser Penélope. Que uma coisa não excluía a outra e que aceitar gentilezas masculinas, bater os cílios, enrolar uma mechinha e deixar o mocinho da vez fazer papel de homem que quer agradar em alguns bons momentos da vida não a fariam menos excelente profissional, fora de série, inteligente, independente e capaz.

No fim, acho que o grande sucesso da série de textos penelopianos reside no fato puro e simples de que todas nós temos nossa dose de Penélope, algumas mais outras menos, e que demonstrar isso nem sempre é uma coisa simples, tamanha a cobrança que nós mesmas nos impusemos de sermos sempre perfeitas.

Bateu a curiosidade? Leia aqui, mas de baixo pra cima, começando pelo Como ser Penélope em 7 rápidas lições.

Se não sabe brincar, não desce pro play

Adoro a frase acima e sempre rio muito quando a escuto, o que foi o caso hoje, conversando com uma amiga carioca, que mandou essa no meio do papo em que ela me contava sobre sua vida amorosa - na boa, como nós mulheres falamos nesse assunto não? e como ele rende, ficamos hoooorasssssss! - entremeado com algumas novidades aqui e ali da vida profissional, familia e amigos em comum.

O fato é que existem algumas expressões nessa linha que traduzem exatamente o momento, a situação, ou ilustra bem o papo. Já mencionei aqui que meu pai tem várias delas, todas ótimas - a minha preferida é morrem as vacas para a alegria dos urubus, meio empatada com vai que a coruja erra o toco, e devo dizer que recentemente eu praticamente comprei uma bengala branca para a minha coruja, que a bichinha tava bem cegueta e eu nem notei.

O irmão de uma amiga de faculdade tinha uma versão finérrima para a frase do título deste post, aqui devidamente disfarçada por ser um blog de quase respeito: se não tem c..., não contrate a p... Pois é, e toda vez que ela falava isso eu me acabava de rir, porque era sempre perfeita para a ocasião. E ela dizia que se eu visse e ouvisse o irmão dela falando, acharia ainda melhor, porque na boca dele a frase soava ainda mais categórica e adequada.

Foi o caso da minha amiga. Só no Rio de Janeiro é que parquinho de prédio se chama playground pra valer. Aqui em SP, pode até chamar nos anúncios da construtora, mas a gente fala mesmo é parquinho, descer pro parquinho, brincar no parquinho. Aliás, nem no Rio o povo fala playground e sim seu apelido play.

Carioquíssimo! E por isso, a expressão teve muito mais credibilidade saída da boca dela, tal e qual quando eu imaginava o seu sinônimo sendo dito pelo irmão trash da minha amiga.

A nova vizinha



Não sei se dá pra ver direito a nossa vizinha, empenhadíssima em construir um ninho na bifucação dos galhos da árvore que fica em frente à minha janela, aqui na confecção. Ela vai até a hípica, pega um raminho, vem com ele no bico, coloca no ninho, ajeita e assenta até ficar do jeito que ela deseja, testa o resultado entrando no ninho, sai, dá mais uma arrumadinha e vai de novo pegar um raminho.

Praticamente não fiz nada hoje a não ser ficar tocaiando a passarinha para tirar uma foto dela no ninho, mas não dá pra chegar mais perto porque ou ela voa ou eu despenco da janela e caio no nosso jardim/hortinha do andar de baixo, o que não será nada chique e certamente aniquilará as azaleias e o meu orgulho.

A novidade só pode ser apreciada e fotografada porque um dos meninos que trabalham aqui teve a iniciativa e boa vontade de futricar as persianas de metal que não subiam e consertá-las, de ambas as janelas.

Aí agora eu trabalho usando a luz natural que vem do dia lindo que está fazendo, com vista total para a Hípica.

E para a placa com o nome da empresa, que tá sujíssima, mas ele já se comprometeu a dar um trato nela também!

Blitz! Documento!

Vindo para o trabalho hoje pela manhã, um carro de polícia faz a volta no meio da rua, atrás do meu carro, todo mundo subindo a rua atrás de um micro-ônibus. Sinal fecha, carros param, e os policiais descem, um deles já de arma na mão, e abordam um rapazinho de bermudão, camiseta e boné, uniforme oficial dos garotos da idade dele.

O rapazinho já levanta os braços, encosta no muro para a revista. Acompanho pelo retrovisor: o policial tira a carteira do bolso do menino e entrega a ele para que ele mesmo a abra. Tira depois o que parece ser um celular, e após, um mp3. Ou seja, nada que um moleque da idade dele não carregue por aí.

Morro de pena quando vejo uma cena assim, e fico pensando em quão humilhante deve ser você ser abordado no meio da rua, simplesmente porque está passando por ali, e ser revistado assim, como se bandido fosse. Ou ter de descer do onibus, todo mundo, para revista geral. Ou parar a moto e atrasar a entrega da encomenda, como já aconteceu com motoboys que prestam serviço pra gente. Mesmo meninos aqui da confecção já tomaram um guenta da polícia na rua, que só pararam de acontecer porque eles passaram a ter uniforme inclusive para sair da empresa a trabalho - o que já salvou um deles de um apuro quando, uma vez que ele ia só até ali a pé mesmo, saiu sem a carteira com os documentos. Recebo então uma ligação do celular dele, de um policial perguntando se eu conhecia o Fulano de Talequal, e eu já gelei a espinha achando que o cara tinha sido atropelado e morto.

Nada, ele tinha convencido o policial a ligar pra cá e confirmar que ele era sim nosso funcionário. Foi dispensado com um pito do policial por andar sem documento, que ele podia sofrer um acidente e acabar indo parar no hospital como indigente bla bla bla. Ele tava quase preferindo ser preso a escutar o sermão.

Concordo plenamente que a bandidagem não está nada fácil e que a coisa vem piorando cada vez mais, e que vários rapazinhos que carregam a carteira, o celular e o mp3 carregam carteiras, celulares e mp3s que não eram exatamente deles até a esquina anterior, mas não vou entrar aqui em discussões sociológicas e antropológicas sobre o ocorrido porque não tenho conhecimento suficiente para debate e tampouco vou levantar bandeira do que quer que seja e ficar numa discussão rasa.

Mas que morro de dó eu morro: das pessoas que passam por isso e de viver em um mundo onde isso seja necessário.

terça-feira, novembro 03, 2009

New Kids on the Block!

Como já devem ter notado, eu sou festeira. Adoro festinha entre amigos, e principalmente, adoro quando essas festinhas são na minha casa, o que acontece 90% das vezes. Minha amada filha diz que é porque eu gosto de ser o centro das atenções e ter todo mundo me rodeando (não foi por causa disso que eu a mandei para um colégio interno no Azerbaijão, não). Pode até ser que parte da minha satisfação seja isso mesmo, afinal de contas eu sou leonina, o signo do zodíaco que mais ama ser paparicado, mimado e não vive sem confete, mas não é só isso não.

Eu gosto muito de gente e de histórias de gente. Por mais que nos reunamos em um restaurante, por exemplo, nunca vai ser a mesma coisa que aqui em casa, as histórias que acabam surgindo, os palpites de cada um no relato alheio, as sessões de psicologia, falar mal de quem vai embora cedo... rs Esses encontros regados a pizza acabam sendo aqui por uma questão de espaço físico, e já acbou virando um evento tradicional entre nós.

Recentemente nossa rodinha anda muito inha, não em tamanho, mas em diversidade. Com todo mundo tão ocupado com a vida que leva, tá faltando tempo para fazer novas amizades e traze-las pro pedaço (de pizza) e assim vamos incorporando gente, a ponto da sala ter-se tornado meio apertada pra todo mundo e eu ter que dividir as turmas - numa leva eu chamo uma parte, na outra eu chamo a parte que não chamei antes e assim vamos levando, até eu ter dinheiro e coragem para derrubar uma das paredes da sala para ficar mais espaçosa.

Novidade mesmo, tava escasso.

Eis que de repente duas amigas confirmam suas presenças e me mandam os nomes dos respectivos para colocar na lista de convidados da portaria. Uns nomes diferentes que eu ainda não vi por aqui, uma já há mais tempo com o cara do que a outra, mas ambos new enter na nossa turminha. O que sempre movimenta a energia, não?

Fora a curiosidade de ver as caras dos moços. Mas não se preocupem, meninas, que eu já ensaiei meu ar blazè de quem nem notou, e que, se notou, tem fleuma suficiente para agir como uma Lady.

No dia seguinte, bora todas almoçar para falarmos por umas 3 horas sobre o assunto!

segunda-feira, novembro 02, 2009

Morcegando

Eu, quando vou adormecer, sou bem friorenta. Nesta noite, por exemplo, que nem está assim tão fria, para adormecer foram necessários: uma camisola de mangas compridas, meias nos pés, lençol e um cobertor tipo termocel.

Depois que adormeço, o frio começa a ir embora e eu começo a desmontar: começo tirando a meia, ainda adormecida; depois coloco os pés pra fora das cobertas - esfriando os pés, esfria-se o resto; se ainda assim estiver calor, tiro o cobertor e, por fim, me descubro.

Claro que, passado o calor de toda a produção do primeiro parágrafo depois do processo de descasque do segundo. volto a sentir frio e fico catando as cobertas de volta. Às vezes acerto de prima e pego somente o necessário, às vezes não. E recomeça tudo de novo.

Ou então perco o sono, como acontece agora em que escrevo este post. Aí eu acho melhor ligar a TV, achar algum programa legal, e ficar vendo até adormecer de novo.

Como tudo na vida tem seu lado bom, neste momento, cinco da matina, enquanto escrevo essas sonolentas linhas, estou assistindo A Ilha da Fantasia, no TCM.

Que delícia!!!