É o seguinte... tá bem?

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domingo, fevereiro 26, 2006

Homenagem

Quero, por meio deste post, homenagear solenemente as focas, que são as fornecedoras da gordurinha de foca, responsável pela sobrevivência de tantas em épocas de total desespero de causa, não permitindo que elas cortem os pulsos ou façam coisa pior, como ligar, chamar no msn, mandar email etc etc etc.

Baiocada

Como já deu pra ver em posts anteriores, a galera da minha família é de imaginação fértil pra nomes. Alguns primos meus têm uns nomes que são um caso à parte. Eu, que me chamo Cláudia e minha irmã Rosana (a Rosa Graciosa) somos quase exceção no meio de tantos nomes exóticos. E como primas mais velhas, dava até um arrepio quando sabíamos que alguma tia ia ter um bebê, já antecipando a criatividade familiar neste quesito.

E nossos tios não nos desapontaram!

Na casa da minha tia Madalena a coisa também não é tão hard assim. Correu-se o risco de uma tragédia logo na primeira filha, uma vez que ela e o marido tiveram a brilhante idéia de juntar o nome do pai com o nome da mãe. Como minha tia é Maria Madalena e o meu tio era Estélio, ficou... Marystela! O y ninguém sabe porquê, mas desconfio que seja genético, uma vez que ele se repetiu na outra filha, Maryana. Depois veio o Octávio, que recebeu o nome do avô paterno (menino de sorte, vai que o avô se chama Hermengardo?).

Já na casa do meu tio Abel, temos a Denia Rúbia (que apesar de soar estranho sabe que eu acho bonito? Talvez por associar diretamente a ela, que é linda). Que ganhou um irmãozinho cujo nome era homenagem aos avôs. Ok, meu avô se chamava Guilherme (Guilherme Gregorio, sonoro não?), mas o avô do lado de lá era Vanderlei. Ficou Vander Guilherme. E depois veio mais um, o Gabriel Estevão.

Meu tio João startou a filharada com uma menina que já veio com sibilante nome artístico: Kássssssia Wanesssssssa. Em seguida, minha tia ficou grávida de gêmeos, um casalzinho, ah!, que felicidade! Nomes escolhidos: Kassiano e Késia. Eu e minha irmã passando mal com os nomes. Até que um dia meu tio chegou da rua com a novidade: vou mudar os nomes dos bebês, não vão mais se chamar Kassiano e Késia.
Suspiramos aliviadas, mas apenas por meio segundo. Foram batizados como Gleison e Gleydes. Alguns anos depois veio a Wania Karla.

Agora, imbatível mesmo foi a minha tia Ida (a que ia ser Madalena também e acabou levando pra casa um Cecília, porque meu avô esqueceu o nome da sogra na hora do registro), casada com um Roberto. A coisa começou com Lyris Christine, evoluiu para a Nummila Renata do post anterior e culminou com a chegada do filho mais novo, um menino:

Pablyto Robert.

E agora me calo.

Pablyto em homenagem ao ator Pablyto Calvo, de Marcelino Pão e Vinho; Robert por causa do pai

terça-feira, fevereiro 21, 2006

Disque-denúncia

Tá no artigo V da Declaração Universal dos Direitos do Homem.
Além de tudo foi o Bono quem bem lembrou durante o show:

Nenhuma pessoa deverá ser submetido à tortura, nem a tratamento ou punição cruel...

Para quem eu denuncio aquele que me tortura tanto com sua ausência?

One love... one life...

Como meu séquito infindável de leitores já sabe, eu não pude ir ao U2 por conta do pé que tá demoraaaaando pra melhorar. O que me consolou foi que dei meu convite para um amigo muito querido, espero que ele tenha se lembrado de mim ao menos um instantinho durante o show.

E como acontece todas as vezes que estou em casa chateada, ou nervosa, ou triste, ou ansiosa, à noite em casa, me enfiei na cozinha para assar alguma coisa. A não-ida ao show rendeu um lombinho de porco que dormiu no tempero, uma torta de ricota e um bolo de maçã. Assistir ao show na Tv nem pensar, só ia aumentar a minha dor-de-cotovelo!

Depois do banho, resolvi dar só uma espiadinha no show, pela TV, só pra ver se faltava muito para acabar.

Bem na hora de One. Lindo, lindo, emocionante! Até chorei no meu quarto, assistindo à cena e ouvindo o Bono cantar.

Se eu estivesse no show, tinha virado pro lado e dado um beijo na boca do primeiro que aparecesse ali. Só pela curtição do momento!

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

... (suspiro!)

Tudo o que eu vou ver do show do U2 são as barraquinhas do povo acampado no estacionamento do estádio do Morumbi, quando passo por eles a caminho da fisioterapia...

Uma dúzia de Ana

Minha mãe, como eu já disse no post anterior, é a primeira filha de seis irmãos. Todo primeiro filho recebe o nome que os pais mais gostam, claro, porque sabe-se lá se terão a chance de colocar numa segunda oportunidade. Deve ser por isso que tem tanta Bruna Cristina Renata Patrícia Polyana por aí, os pais devem ter optado por um filho só e resolveram colocar todos os nomes de que gostavam de uma só vez.

Bem, e por ser a primeira, minha mãe recebeu o nome que meu avô Gregorio adorava: Duziana.

Duziana (originalmente Druziana, mas meu avô resolveu simplificar e tirou o r) era a heroína de um romance que ele havia lido. Gostou tanto do nome que batizou a primeira filha com ele: Duziana Therêza.

Duziana, que meu avô escolheu; Therêza, escolhido pela minha avó, para o caso dela não gostar do Duziana (já deu pra notar que a minha avó adorou a escolha, né?, pensou até num plano B!).

Duziana Therêza, que ao se casar, tirou o Therêza e ficou só com o Duziana.

Claro que todo mundo pede pra ela repetir o nome quando ela fala da primeira vez. Depois se acostuma fácil, porque não é um trava língua.

Meu pai achou uma explicação simples e prática, como toda explicação masculina costuma ser. Quando o interlocutor começa com Luziana? Dulciana? Luciana?, ele logo manda:

- Uma dúzia de Ana.
- Ah, tá! Duziana!

Pronto! Eu tenho a impressão de que ela não gosta muito do uma dúzia de Ana, mas na verdade acho que meu avô escolheu um nome bem adequado para a filha: a minha mãe realmente vale por 12!!!

Beijo, mãe!!!

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Lapso de memória

Eu tenho uma tia que se chama Ida. Ida Cecília. É irmã da minha mãe, a do meio, pois minha mãe é a primeira filha de seis irmãos, os quais nasceram intercalando sempre menina/menino e por aí vai.

Quando minha tia nasceu, na cidadezinha de João Neiva, interior do Espírito Santo, alguém resolveu que o nome dela seria uma homenagem as avós, o que muitas vezes pode ser uma temeridade. Digo alguém resolveu porque ninguém sabe se a idéia partiu do meu avô ou da minha avó, ou de algum tio ou tia que morava por lá.

Fato é que meu avô saiu de casa em direção ao cartório com a incumbência de registrar a menina com o nome de Ida Madalena.

Chegando lá, na hora do vamos ver, o escrivão pergunta o nome da criança e ele:

- Ida...
(tinha se esquecido do segundo nome, o da sogra!)

- Pode colocar Ida Cecília!

Foi assim que minha tia Ida Madalena tornou-se Ida Cecília. Como ele explicou isso em casa, eu não sei, mas acho que naquele tempo não havia muito essa de dar satisfações pra mulher, né?

E minha bisavó Madalena teve de esperar nascer a próxima menina para receber a homenagem devida!

Quase igual!

Eu tenho uma prima chamada Nummila. Acho que ela é a única Nummila do mundo inteiro, a menos que haja alguma outra, mais novinha, por aí, cujo nome certamente foi inspirado no da minha prima. Hoje a gente já se acostumou ao nome dela, mas no começo era uma dificuldade. Como ela sempre gostou do nome Nummila, não queria que a chamássemos de Renata.

Lembro-me bem quando ela nasceu, em dezembro de 1974 (e de ter pensado: tadinha, logo tão perto do Natal!). Eu e minha irmã somos as primas mais velhas, depois veio a Lyris, irmã mais velha da Nummila. Minha tia, irmã da minha mãe, com aquele barrigão explodindo, de vestido vermelho, no altar, madrinha do casamento do irmão delas, meu tio João. A Nummila nasceu logo depois, a quarta neta, e a preferida do meu avô Gregorio até ele morrer, no começo de 1977.

Nummila Renata. Nummila????

O tempo passou, eis que mais ou menos um ano depois, numas dessas férias, eu e minha irmã resolvemos perguntar para o meu tio de onde ele tinha tirado o nome da Nummila.

- Ô, meninas, então vocês não sabem? É em homenagem àquela ginasta que ganhou um monte de medalhas nas olimpíadas, a Nummila Turischeva*...


* a ginasta Ludmilla Turischeva brilhou nas Olimpíadas de Munique, em 1972, conquistando 4 medalhas de ouro, além de diversos campeonatos mundiais e europeus.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Xeretando


Posso ver o que você tá fazendo aí do outro lado?



Cindy Quebra Barraco, siamesa, oito meses
fotógrafa: Isabela (linda e maravilhosa!)

Nem tudo são flores no Valentine's Day

Novidade em academia de Nova York: bater em foto de ex-namorado

Uma academia de Nova York está oferecendo uma aula para lá de criativa: dar golpes e socos em fotos do ex-namorado no Dia de São Valentim.

A academia The Gym lançou o "Treinamento para o Amante Desprezado", na qual os solteiros recalcados podem descarregar sua raiva batendo em uma foto de seu ex-amor colocada no peito do treinador.

"Trata-se de uma aula terapêutica, cujo objetivo é se divertir, não se torturar, e se sentir bem no final", disse o instrutor Adam McEleavy, que considera a atividade física uma forma saudável de liberar tensões e descarregar a raiva.

Como complemento, a academia The Gym tem uma promoção especial durante o mês de fevereiro, que inclui dez aulas de boxe, uma caixa de bombons, uma garrafa de vinho e tesouras(!) para cortar as fotografias e as cartas de amor do ex-namorado ou ex-namorada.


fonte: uol

Ô tristeza...


Depois de vários dias imobilizado e o início de intensa fisioterapia que ainda se estenderá por pelo menos mais duas semanas, eis que meu pé está quase de volta ao normal.

Pelo menos já abandonei a botinha e agora não preciso mais andar com um forno de microondas atrelado.

Porém, salto alto nem pensar. Aliás, nem alto nem baixo. Só coisa plana. O que me acarretou um enorme problema, uma vez que plano, no meu armário, só tinha um chinelinho azul, uma bota de camurça vinho (fresquiiiiinhaaaa, boa de usar com os 30 e tantos graus que tem feito) e tênis. Considerando que ainda não cabe nada fechado no pé, fiquei na situação de ter apenas um chinelo pra colocar no pé.

Shopping sábado, comprei um chinelo com sola de cortiça, desses meio papete que estão usando agora.

Bonitinho, tem até umas pedrinhas, mas não é pra mim. Me sinto uma hipopótama manca com ele. Uma pata choca. Um show de deselegância.
À medida que o pé incha durante o dia, a auto-estima murcha...

14 de fevereiro

A paixão do amor é incompreensível a quem não a sente.
(Dante Alighieri)

Be my Valentine!


Quero um namorado
Que mesmo cansado
Tenha um beijo molhado
Para me agradar

Quero um namorado
Cheiroso e suado
Para de braços dados
Comigo andar

Quero um namorado
Que seja tarado
Que com seu olhar
Possa me incendiar

Quero um namorado
De abraço apertado
De carinhos dados
Quando me encontrar

Quero um namorado
Para, de pés entrelaçados
O filme passado
De noite assistir

Quero um namorado
Bonito e letrado
Por mim apaixonado

A quem eu desejaria...
HAPPY VALENTINE’S DAY

O imperador romano Cláudio II ordenou aos soldados romanos que não se casassem. Um padre, chamado Valentim, os casava às escondidas. Descoberto, foi preso e degolado como traidor no dia 14 de fevereiro. Depois da sua morte, o padre Valentim foi considerado santo. Posteriormente, a Igreja alterou a celebração da primavera de 15 de fevereiro para o dia 14 - o dia de S. Valentim!

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Receita para o seu namorado achar que você é uma chef internacional


Amanhã, 14 de fevereiro, é Valentine's Day. Como se não bastasse ter UM dia dos namorados, agora querem nos empurrar mais um, e assim ficaríamos com DOIS dias no ano destinados única e exclusivamente ao corte dos pulsos com facas cegas e enferrujadas para doer mais.

Mas você, querida amiga que efetivamente tem um namorado e tá achando essa história de comemorar por estas bandas a data do hemisfério norte uma gracinha, resolveu que vai fazer uma coisinha especial para surpreender o namorado na hora do lanchinho noturno (além do óbvio!).

Acontece que você não é nenhuma Juliana na cozinha e mal sabe fritar um ovo. Mas pode perfeitamente bater um bolinho de maçã anti-sola e convencer o seu namorado de que você já está mais que pronta para ser levada ao altar.

Bolo de maçã

Bater no liquidificador:

2 maçãs grandes (ou 3 médias, ou 4 se for maçã da Mônica), com casca mesmo, sem sementes
4 ovos
1 xícara (chá) de óleo
Meia xícara de mel

Juntar numa tigela com:

2 xícaras (chá) de farinha de trigo
1 xícara de açúcar
2 colheres (sopa) de canela
1 colher (sobremesa de pó royal)
Um pouco de uma das maçãs acima picadinhas (se for da Mônica, metade, por exemplo).

Mexer bem, até formar uma massa homogênea. Levar para assar em forno pré-aquecido, na temperatura média por aproximadamente meia-hora. Forma untada com manteiga, margarina ou óleo, e enfarinhada.
Eu costumo colocar uma forma embaixo da forma do bolo para não queimar o fundo.

Esta mesma receita pode ser feita usando banana ou cenoura no lugar da maçã. No caso da cenoura, elimine a canela e o mel da receita e aumente meia xícara de açúcar.

Tãããooo mocinha...

Estava eu lendo no blog da mh um post sobre lembranças no qual ela menciona renovação de carteira de motorista e me lembrei de um elogio meio enviesado que recebi uns meses atrás.

Minha carteira de motorista é daquelas que denunciam a idade: bem velhinha, cinza, sem foto. Daquelas que você só renova quando faz 40 anos. Que vêm com o endereço da sua casa - e a minha tem o meu endereço de solteira, em Brasília ainda. Enfim, uma relíquia quase.

Eis que me param numa blitz (documento! ué, só temos instrumentos!) rotineira e o guarda me pede carteira de motorista, identidade e documento do veículo.

Os três documentos costumam ficar juntos, mas como eu tinha usado a identidade para alguma coisa pouco tempo antes, ela tava jogada na minha bolsa. Entreguei a carteira de motorista e o documento do carro pro guarda já ir checando os dados enquanto eu revirava a papelada da bolsa pra achar a identidade.

O guarda olhou, olhou, olhou. Virou a carteira de motorista pra lá e pra cá. Olhou a carteira, olhou pra mim, pra carteira de novo. Entregou para um segundo levar até lá dentro da Base Comunitária Móvel. A essa altura eu já tinha encontrado a identidade e já a entregava para o guarda, intrigada com o que estava acontecendo.

Volta a carteira de motorista, o guarda olha pra ela, olha pra identidade, olha pra mim e diz:

- Tudo certo, pode ir. É que eu achei que a senhora não parece nada ter a idade que tem e tive de verificar a carteira de motorista.

Me senti tão elogiada que até nem liguei dele praticamente ter me chamado de falsária, ou suspeitado que eu tinha roubado o documento de uma senhorinha na rua.

Vestidinhos


Eis que então aparece no Golden Globes Awards a atriz Renée Zellweger com um vestido Chanel que tinha sido usado por outra fulaninha numa premiação dessas de tapete vermelho estendido na calçada em 2003 (coisa feia, hein? Coco Chanel deve estar se revirando no túmulo!).

Claro que foi A notícia de todas as revistas de fofoca que cobriram o evento, que fizeram questão de colocar lado a lado as fotos das duas, de parzinho de jarro.

Pô, a nega ganha milhões pra estrelar um filme, não pode gastar cinqüentinha pra comprar um modelito exclusivo e não pagar esse tipo de mico?

Sobre o assunto, a atriz declarou que achava um absurdo que as mulheres se esforçassem tanto para brilhar nos filmes e a imprensa só ficasse falando sobre os vestidos que elas usavam na premiação.

Se ela pensa mesmo assim, porque não vai a esse tipo de festa de jeans e camiseta e tênis, como forma de protesto?

Mas não foi apenas a Renée quem sofreu com contratempos com o vestido.

A coitada da Mariah Carey, que queria tanto vestir um Escada, teve que se contentar com um Chanelzinho mesmo, feito especialmente para ela pelo próprio Karl Lagerfeld, uma vez que o objeto do desejo ficou preso na alfândega (nem sabia que apreendiam vestidinhos na alfândega, ai meus Deus, me arrisquei a ficar sem os meus!).

A Scarlett Johansson também já sentiu na pele o que é ter um vestido atrasado. Na estréia londrina de Match Point, ela foi o-bri-ga-da a se virar com um modelo Dolce & Gabbana. Ô dó...

Depois essas atrizes dão chiliques e ninguém compreende o motivo.

Pesquisando sobre o assunto, achei um link da Renée de Vielmond. Eu achava essa atriz a mais chique das mais chiques quando era pequena, com nome francês e tudo!

sábado, fevereiro 11, 2006

Beleza argentina



A foto acima é a prova viva de que tudo na nossa vida pode piorar bastante!

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

La scuolina dell' insignante Renato


Em janeiro comecei um curso intensivo de italiano na Scola Italiana Eugenio Montale, aqui nas bandas da roça mesmo. Aulas de segunda a quinta, duas horas por dia, um curso bem legal!

Às segundas e quartas tenho aula com um professor, o Cósimo; terças e quintas com outro, o Renato. O Cósimo é um velhinho, magriiiinho, fala baixo, essas coisas.

Já o Renato... ah! o Renato!...

Além de bonito e simpático, charmoso toda vida. Desses homens de visual largado mas que mesmo assim continuam lindos. Uns olhos de um tom de azul que combina perfeitamente com o tom moreno da pele. Cabelos grisalhos, sorriso cativante, bom professor. Duas horas de aula com ele passam tão rápido...

O visual de costas também é uma beleza, mesmo com aquelas calças de sarja folgadas que ele usa. Redondinha, combinando superbem com todo o conjunto.

Com isso, cada vez que eu pergunto "come si scrive... in italiano?" e ele levanta e vai até o quadro pra escrever a palavra que perguntei, eu me sinto como personagem da Escolinha do Professor Raimundo, quando a gostosona da classe levantava para ir ao quadro-negro e todo mundo ficava de olho nella sua sedere.

Dá vontade de abrir o Aurélio e perguntar "come si scrive... in italiano?" cada uma das palavrinhas ali contidas.

Será que ele vai desconfiar das minhas intenções??

Pé, do tipo torcido


Bem, como todos os meus cinco ou seis leitores já sabem, eu virei o pé há uma semana e torci o tornozelo. E apesar da anta de um tal de dr. Rogério que me atendeu no Hospital Alvorada ter dito que no domingo (o que passou) eu podia tirar a tala em casa mesmo e sair saltitando por aí, a verdade é que o bicho nem de longe melhorou e com isso não poderei ir ao U2 entre outras coisas.

Pior de tudo tem sido a contabilidade. Sim, porque agora comecei a fazer fisioterapia. Como pé é coisa séria, só se igualando em seriedade ao joelho, na minha opinião, resolvi fazer a fisioterapia no São Paulo, porque, afinal de contas, se eles recuperam aqueles jogadores de futebol podres pra ainda fazer render uma graninha, hão de fazer maravilhas pelo meu pé.

Acontece que o convênio não cobre. São pelo menos 15 sessões, cinqüentinha por sessão, com a possibilidade de precisar de mais algumas cinco ou seis. Mais o táxi ida e volta, porque dirigir com a robofoot é proibido e meio impossível, uma vez que ela não permite que se faça o movimento do pé necessário pra pisar fundo no acelerador. Então, tô usando o carro somente para ir pra aula de italiano à noite, quando não tem ninguém na rua aqui no Morumbi (só a onça, que eles soltam bem cedo pra entocar todo mundo em casa).

Junta-se a isso táxi pra ir e voltar do trabalho; perua escolar pra levar e buscar filha no colégio; aluguel de muletas...

Minha expectativa é de perder pelo menos uns 10kg nessa brincadeira, porque provavelmente não sobrará dinheiro pra comida até o final do mês.

Vai ser bom: pé recuperado, forma de sílfide, acho que vou virar bailarina!

domingo, fevereiro 05, 2006

Duas semanas


14 dias para arrancar os cabelos
14 dias para comer os cantinhos das unhas
14 dias de luta diária para conter Zulmira
14 dias para o tempo passar
E eu aqui, de botinha robofoot, sem poder descontar a ansiedade na academia ou no trabalho.
Aceito sugestões para o tempo passar mais rápido!

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Godzilla vegetal


NABO GIGANTE ENTRE A VIDA E A MORTE NA UTI COMOVE O JAPÃO


Dúvidas a respeito do estado de saúde de um nabo gigante está causando comoção no Japão e ganhando espaço nobre nos noticiários do país.
(fonte: site ig)

Depois não querem que a gente pense mal deles...

Folga?

Chegando ao fim da tarde do terceiro dia de pé engessado, perdi a conta de quantas vezes escutei ou li, de quarta-feira pra cá, a seguinte declaração, ou algo na mesma linha:

AH, BEM QUE EU ADORARIA TER UNS DIAS DE FOLGA E FICAR SEM FAZER NADA!!!

Eu também adoro quando tenho folgas, mesmo que por algumas horas. Como não cumpro horário específico, vez por outra me vejo desocupada antes do que imaginava. Por vezes estou cansada demais e só quero ir pra casa tirar o salto alto; por vezes dá pra ir ao salão de beleza, ao supermercado sem olhar para o relógio, ou tomar um café com uma amiga.

Já ficar sem fazer nada nas condições em que me encontro é algo que certamente ninguém adoraria. Ficar de folga é bom quando se pode ir pra lá e pra cá, quando se pode bater perninhas num shopping, quando se pode zanzar pela casa pelo simples prazer de mudar de ambiente. Tomar sol na piscina, andar de bicicleta, ir à academia, ao cinema, ao barzinho, aonde desejar. Isso é mesmo uma delícia! Ou mesmo ficar fazendo exatamente o que tenho feito nos últimos 3 dias, nada, mas sabendo que é por opção, e não compulsoriamente.

Ficar de folga quando na verdade estava explodindo de coisas pra fazer; ficar de folga quando a ida do seu quarto até a sala da sua casa é uma tortura e cansativo demais; ficar de folga quando se tem um forno de microondas atrelado à perna; ficar de folga dependendo dos outros pra pegar e fazer tudo por você; ficar de folga sem poder entrar embaixo do chuveiro decentemente; ficar de folga desse jeito estressa mais do que trabalhar, acreditem.

Até porque ninguém tá de folga, só você mesma. Então, além do cansaço, da dorzinha chata e do saco cheio, ainda bate uma solidão danada...

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Manquitolando por aí

Chegou hoje pela manhã o par de muletas que aluguei para ver se a minha situação locomotiva melhora. Veio o cara da loja, ajustou, testou, ensinou e foi-se. Me deixou aqui com elas.

Mesmo com as dificuldades de adaptação, ao menos o uso das muletas poupou a minha perna boa de fazer todo o serviço de me agüentar enquanto pulava pela casa ontem. Apesar da atendente da loja de aluguel de muletas ter me dito que eu sou LEVINHA e por isso não precisava ser daquelas muletas de colocar embaixo do braço, podia ser a tal da canadense, que é menorzinha, pedi a tradicional mesmo. Levinha é um adjetivo que não se aplica a mim em nenhuma situação.

Não preciso dizer que agora, fim da tarde, eu já não agüento mais as tais muletas. Até porque você anda com elas e não pode carregar nada, uma vez que todo o peso é apoiado nas mãos. Nas duas. Nem pensar em fazer um chá na cozinha pra bebericar na sala, vendo TV. Carregar como??? Também não sei como ainda não me esborrachei no chão me apoiando nelas.

Ando fazendo jus ao significado* do meu nome. Acho que meus pais eram visionários.


*Cláudia: aquela que claudica (manca)

Volta às aulas

Ah!, o doce mundo da volta às aulas! Estudantes ansiosos, classes novas, quem caiu com quem, onde é a sala nova, fomos pro segundo andar do colégio (onde ficam os mais velhos) ou não...

E, sob minha perspectiva, é tempo dos plantões de venda dos uniformes.

Forneço direto para os alunos em dois colégios, cujos padrões de mensalidade se equiparam. O perfil dos pais, porém, é outro: quem escolhe um dos colégios em questão são pais que não buscam status, o colégio é antigo e tradicional mas não é de grife. A preocupação é com o ensino e ponto. A direção do colégio adota o mesmo procedimento: desde que os alunos estejam uniformizados detnro do padrão e não haja reclamações de pais, está tudo bem pra ela, o colégio não pretende interferir porque é colégio e não fabricante de uniformes.

Essa postura se reflete na hora de comprar os uniformes, normalmente em cima da hora das aulas começarem (neste ponto, todos são iguais), naquela correria: são pais mais descolados, mais pacientes, menos chatos com detalhes imperceptíveis que não farão diferença no uso do uniforme.

Já no outro colégio, a postura é outra. As queixas são referentes a coisas mínimas, como uma letrinha do silk que ficou um pouco tremida (sendo que há uma pilha de 30 camisetas, logo que diferença faz, pegue outra e pronto!). Se a mãe (infelizmente tenho de dar a mão à palmatória e confessar que 99,99% dos criadores de caso são mães de alunos e não pais) quer comprar cinco camisetas e por acaso naquele momento só tem quatro e as demais vão chegar dali a 2 ou 3 dias, é capaz de ir até a direção reclamar que NÃO TEM UNIFORME DISPONÍVEL NO PLANTÃO. Isso porque a gente anota o nome do aluno, manda entregar na classe e a pessoa só paga depois.

Não isento a minha confecção de falhas, elas ocorrem a todo o tempo e por isso do dia 20 de janeiro até o dia 20 de fevereiro, pelo menos, minha função primordial fica sendo apagar incêndios e contornar imprevistos. Tento antecipá-los ao máximo, mas sempre acontecem.

Já tentamos organizar melhor o negócio, permitindo aos pais encomendar o uniforme com antecedência, pra deixarmos separado, damos vantagens de pagamento aos que fizerem isso, mandamos o formulário impresso e o deixamos disponível na internet... menos de 1% de resposta, em todos os colégios onde já tentamos o sistema. Só funciona se for um tom meio de ameaça, do tipo: ó, se não fizer isso seu filho fica sem uniforme. Fora da realidade da relação fornecedor/consumidor, não?

Fora as famílias com os filhos fora do padrão. Nós fazemos os uniformes dessas crianças, quando solicitado, não cobramos diferente por isso, apesar de tumultuar a produção. Difícil mesmo é fazer com que a mãe entenda que não dá pra fazer do dia pra noite. Que demora um pouco mais. Pô, se você já sabe que seu pimpolho é fora do padrão e que o uniforme dele tem de ser encomendado, por que deixa pra ir na véspera do começo das aulas, às três da tarde? Vai antes de ir pra praia. Volta da praia cinco dias antes.

E as que querem que façamos a bainha da calça (fazemos e não cobramos por isso) sem cortar. Quase sempre dá. Mas além de sem cortar um pedaço, sem marcar com a costura e sem que, quando descer a bainha pq a criança cresceu, não haja uma marca de arrastado no chão na barra, nem a marca da dobra do tecido, ainda não é possível fazer.

Em alguns casos, nem de explicar.

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Eu já tentei de tudo mas não tenho remédio pra livrar-me desse tédio*

Nem doze horas de pé engessado ainda e eu já não agüento mais de tédio. Como sobreviver a mais quatro dias inteiros assim? Fico só imaginando, pra me consolar, que tem gente que precisa ficar meses, quando quebra um fêmur, uma bacia e resolvo não reclamar da sorte.

Banho foi bem, mas lavar os cabelos ainda não dominei a técnica. No chuveiro imagino que será impossível, mas de pé no tanque eu nem tentei, porque não ia dar pra ficar dando uma de flamingo apoiada num pé só pelo tempo que eu levo para lavá-los. Com o joelho apoiado numa cadeira talvez... amanhã, como diria Scarlett O'Hara, será um outro dia, e eu tento.

Amanhã pela manhã minha vida deve melhorar com a chegada da muleta que aluguei.
Assim não precisarei mais ficar pulando num pé só feito um saci. Pé este que, se duvidar, no ritmo que vai é capaz de ter de ser engessado depois, por pura fadiga de suportar todo o peso do meu corpinho mignon (1,72m x 1,72m) pra lá e pra cá.

E vem a manicure também, pra dar um tapa nas unhas da mão que ninguém é obrigado a ficar mulambenta por conta de um gesso!


* Tédio, do Biquini Cavadão

PARABÉNS!!!


Lala, Fabiane, Fátima, Xu, Isis, Ju, Ingrid, Leo e qualquer outro amigo que seja publicitário e eu nem saiba...

Feliz dia do publicitário!!!

Penélope no hospital

Minha confecção fornece uniformes, atualmente em regime de plantão de volta às aulas, para dois colégios aqui em São Paulo (tenho de localizar, afinal o meu blog chiquérrimo tem leitor que mora em Londres!!!).

Por conta disso, estava eu hoje pela manhã em um dos colégios que atendemos, descendo umas escadas de piso irregular, quando PLEFT! virei o pé e caí.

Imediatamente formou-se uma bola na lateral do pé, pegaram gelo, me ajudaram a levantar e sentar num banquinho etc etc. Eu não sabia se chorava pela dor, pelo vexame do tombaço, ou por já antever que ia ter de ficar engessada alguns dias bem nesta época do ano, especialmente corrida e delicada para nós.

Me levaram pro hospital e eu disse que tudo bem, eu ficava sozinha, me virava sem problemas, obrigada, coisa e tal.

Entrei no hospital já na cadeira de rodas, empurrada pelo segurança, que me instalou em um canto da ortopedia. Ali fiquei, esperando atendimento.

Incrível o efeito que uma mocinha de vestidinho, com as sandálias de salto alto na mão, bolsa no colo, sentada sozinha em uma cadeira de rodas no corredor, sem acompanhante, pode causar no corpo masculino de um hospital.

Era segurança, enfermeiro, ortopedista, radiologista, técnico de gesso, todos perguntando se eu estava sozinha ali. Ante a minha resposta "tô..." com aquela carinha desamparada, os cílios batendo na velocidade exata para completar a expressão, o beicinho trêmulo que só anos de penelopice podem proporcionar, nenhum resistia: Quer uma água? Vou arrumar uma sacola pra guardar a sua sandália. Quer que eu te coloque em algum lugar mais confortável/menos barulhento/ mais agradável? Tá doendo? E eu: "tá, um pouco...". (até era verdade, tava doendo, e bem!)

O médico me atendeu em dois segundos. Ficou fazendo plantão na porta do raio X pra pegar meu exame. Mandou colocar a tala e fui prontamente atendida. Parecia seriado americano, tipo E.R., tudo rápido, eficiente! Nao levou nem 20 minutos pra tudo terminar.

Enquanto isso, as enfermeiras passavam por mim e nem tchum. Provavelmente porque notavam que todo aquele drama não me impedia de ficar pendurada no celular cuidando dos assuntos pendentes da confecção e tentando deixar tudo encaminhado para o pessoal tocar na minha ausência.

Algo que a existência do cromossomo Y ignorou completamente.