É o seguinte... tá bem?

Minha foto
Nome:
Local: São Paulo, SP

quarta-feira, janeiro 30, 2008

Incurável


Pessoal,

alguns de vocês já freqüentam este blog desde que ele nasceu, há pouco mais de dois anos. Algumas leitoras inclusive já fizeram o curso de Penélope, aqui ministrado em duas diferentes oportunidades. Acompanharam meus momentos de altos e de baixos.


Então, sinto-me à vontade para revelar a vocês que sofro de uma terrível síndrome: a Síndrome da Batata da Perna do Schwarzenegger, conhecida nos anais da medicina como Sibapernegger.


Como saber se você é portadora da Sibapernegger? Facílimo! Consegue usar uma meia 3/4 sem que ela pareça um torniquete? Sua batata da perna entra em uma calça skinny ou mesmo em uma que tenha a boca levemente afunilada? Quando você cruza as pernas, a perna de cima fica quase reta em relação à de baixo, em vez de elevada por causa do volume da batata? Se você respondeu não às alternativas acima, você é um legítimo caso de Sibapernegger.


A Sibaperneggeriana pode ser facilmente identificada pelas botinhas meio cano, pelas meias marcando a perna e pelas calças de corte reto ou com boca levemente mais largas. Também pela aparência de coxa de chester quando usa fusôs.


Quem tem a Sibapernegger, como é o meu caso, desenvolve um terrível trauma ao longo da vida: o de nunca conseguir comprar livremente uma bota de cano alto. As mulheres que sofrem de Sibapernegger - sim, a síndrome só se torna um problema quando se manifesta em pernas femininas, nas masculinas elas deixam de ser uma síndrome e passam a ser um espetáculo da natureza - entram nas lojas de calçados, experimentam todos os modelos de botas de cano alto existentes nas prateleiras e saem de lá sem um único parzinho que tenha fechado o zíper além da primeira metade da perna, onde começa a curva da batata.


Na eventualidade de uma portadora da Sibapernegger encontrar uma bota de cano alto que porventura lhe sirva, ela provavelmente irá comprar uma de cada cor, mesmo que uma das cores seja verde-periquito, para aproveitar o acontecimento raro. Como conseqüência dessa manifestação da Sibapernegger, o portador da síndrome cuidará daquelas botas como se fossem os sapatinhos de cristal da Cinderela. Cuidará até melhor, porque, afinal de contas, a Cinderela perdeu um dos pés na escadaria.


Por ser uma causa perdida, uma vez que as portadoras da Sibapernegger possuem pouca gordura e muita musculatura no local, inviabilizando uma lipo que tiraria dali uns 4 ou 5 cm e erradicaria a síndrome, elas costumam inclusive pagar pequenas fortunas pelas tão cobiçadas botas de cano alto quando elas finalmente cabem.


Olha, confesso aqui que não é fácil entrar em uma Shoestock com a coleção de inverno toda ali, exposta aos seus olhos, e já saber de antemão que nada, nada irá servir. E que haverá uma liquidação fenomenal daquelas botas lindas no mês seguinte e você ficará ali, com a carinha colada no vidro, igual criança em loja de balas, olhando para aquela horda de mulheres enlouquecidas com 3 ou 4 pares nas mãos.


Lanço, então, um desesperado apelo: alguém sabe onde descolo um lugar que façam botas sob medida?


sexta-feira, janeiro 25, 2008

Sr. Deus, dá pra me mandar um desses? Obrigada desde já. Beijos.


quinta-feira, janeiro 24, 2008

Nós, mulheres, e nosso jeitinho Casas Bahia de ser

A Ana observou que mulher tem sempre um carnezinho pra pagar, e conforme comentei no blog dela, carnê eu não tenho, porque me esqueço de pagar, mas já a expressão 3 vezes no cartão foi feita para mim.
E ela termina o texto indagando: por que nós mulheres somos assim?

Ana, querida, nós não somos assim. Nós precisamos ser assim. É por mera força das circunstâncias, é a vida que nos obriga a colecionar os carnês.

Veja o seguinte exemplo: um mocinho novo no pedaço te convida para sair. Aquele mocinho que você vem cobiçando já há algumas semanas. Esse mesmo, que você já descobriu que não tem namorada e é amoroso com o sobrinho de 6 anos. E que volta e meia arruma uma desculpa pra puxar um papo contigo ou pra tomar um café na mesma hora em que você está na copa.

Comparemos então a preparação de ambos para o grande evento:

ele
faz a barba, toma um banho, pega uma roupa do armário, passa um perfume, passa as mãos pelo cabelo, calça um sapato e voilá! Tá prontinho!

você
conta para as amigas que ele finalmente te chamou para sair, e a partir de então vocês passam longos minutos conversando - no trabalho, por telefone ou por msn - sobre o assunto, para definir o que você vai vestir e calçar. Chegam todas à conclusão de que nada do que você tem no armário servirá para jogar em cima do corpo, e combinam que vão almoçar no shopping (despesa 1) para dar uma olhadinha nas lojas e ver se encontram um vestidinho bonito/comportado mas nem tanto/sensual mas nem tanto/que disfarce a barriga, empine os peitos, amasse os culotes e realce a bunda (despesa 2). Quase o Pitanguy sob a forma de viscolycra. Naturalmente que o vestidinho que ficou implorando para ir pra sua casa necessita de um sapato ou sandalinha combinando (despesa 3), coisa fácil de resolver já que você está no shopping. Aproveita e compra um batom novo, meio batom meio gloss (despesa 4), que vai te deixar com os lábios lindos e convidativos. E também um rímel (despesa 5) e uma sombra em bastão (despesa 6), porque se você levar mais de R$ 50,00 em compras no quiosque, ganha uma mini-bolsinha.
Fim do expediente, você sai correndo pra casa, toma um banho rápido e se manda para o salão de beleza. Lá, faz as unhas da mão (despesa 7), as do pé (nunca se sabe - despesa 8), uma hidratação nos cabelos (despesa 9) e uma escova (despesa 10). Dependendo do andamento, uma depilação (despesa 11).

E no trabalho? O cara pode ter dois ternos, meia dúzia de camisas e umas quatro ou cinco gravatas e pronto! Tá sempre bem arrumado. Se os dois ternos forem preto e marinho, ou cinza, ele pode inclusive ter apenas um único sapato, e tudo bem. Já nós precisamos combinar a roupa com a bolsa, com o sapato, com o brinco e o anel, além disso tudo ter de combinar com o nosso humor e com o estilo do dia: ensolarado, com mormaço, com sol tímido, levemente nublado, nublado pra valer, chuviscando, chovendo fraco, chovendo sem parar.

Perceberam a diferença? Junte-se a isso o fato de que as mulheres nem sempre recebem a mesma remuneração que os homens e está feito o rombo. O habitat perfeito para a livre reprodução dos carnês.

Cria-se assim o monstro, a Criatura que dominará o seu criador.

terça-feira, janeiro 22, 2008

22 de janeiro

Hoje é, de longe, o melhor dia desde que começou o ano: Maria do Socorro voltou das férias!!!

domingo, janeiro 20, 2008

Matemática

Segundo a revista Veja desta semana, em 2007 o Brasil produziu 164 milionários por dia.
Foram 59 860 novos milionários ao longo do ano passado e, segundo a reportagem, a coisa continua por 2008 a fora.

Será possível que não vai sobrar nem unzinho para mim?

sexta-feira, janeiro 18, 2008

Ele


Como eu já disse no post da barata, tem horas que é duro não ter um marido. Para matar a barata, por exemplo. Qualquer mulher provida de um marido, ao avistar a barata, simplesmente daria um grito de pavor e bateria em retirada, deixando o problema para o príncipe encantado. Que prontamente mataria a barata, não com inseticida, mas com uma boa e arrasadora chinelada, usando seus braços fortes e musculosos para vingar o nosso desespero, e ainda nos mostraria o cadáver, pra gente ficar tranqüila e saber que aquele Godzilla não mais nos ameaçará.


Outra coisa para a qual um marido é imprescindível é para preencher o papelzinho da imigração dentro do avião. Coisinha chata preencher aquilo, mas se você tem um marido, pode simplesmente ignorar aquele troço, que ele vai preencher direitinho. E também vai responder todas as perguntas do moço da imigração no país de destino, enquanto você fica só ali do lado, pescoçando o free shop e pensando no perfume que vai comprar. De quebra, ele presta atenção a todas as conexões do vôo, sabe qual é o portão pra onde vocês devem ir, e já na cidade, fica lendo o mapa do metrô pra saber direitinho que itinerário vocês vão fazer.


Tem melhor que um marido pra levar o carrinho de supermercado de volta para a garagem? Para dirigir na estrada na viagem de férias, enquanto você capota em sono profundo no banco do carona? Pra fazer check in e check out? Regular a temperatura do ar condicionado? Dizer pro motorista de táxi pra onde vocês querem ir? Enfim, para que você possa se comportar como se não tivesse responsabilidade nenhuma na vida. Ele inclusive vai prestar mais atenção do que você na hora de atravessar a rua, até porque você estará ocupada demais flanando por aí para se ligar no trânsito.


Isso porque nem vou mencionar os vidros cujas tampas foram feitas apenas para ser abertas por um marido. E muito menos todas as demais utilidades óbvias de um marido.


Agora, se tem uma utilidade-mor para o marido, é o papel dele enquanto instituição, a nível de empregada doméstica folgada. Para as empregadas domésticas e faxineiras em geral, ele é O Marido. O soviete supremo do lar. O Rei, muito mais que Roberto Carlos. Mais Imperador do que o Adriano, do São Paulo. Mais Príncipe Encantado do que o Charles (grande vantagem...).


O Marido é aquele que enche a geladeira. O que paga o salário delas, mesmo que seja você a que rala o mês todo para não ter de lavar, passar, limpar e arrumar nas horas vagas. O que manda no pedaço, no gato, no cachorro, em você, e, em última instância, nelas.


Roupa ficou mal-passada? Vá você dizer que quer que ela capriche mais! Nariz torcido na certa. Mas se você disser que O Marido pegou aquela camisa do armário e nem quis usar porque o punho estava meio enrugado, pode contar que ela imediatamente irá repassá-la com o afinco de uma 5 a sec.

Banheiro encardido? O Marido falou um monte na hora de tomar banho. Comida mais ou menos? O Marido nem jantou direito, foi dormir com fome. Quebrou alguma coisa? Ai, meu Deus, era o porta-retrato preferido dO Marido, e agora, como você vai fazer? Capaz dela ir até a loja e comprar outro pra colocar no lugar.


Porque, afinal de contas, O Marido não pode nunca ser desagradado.


Para a tática funcionar, você precisa da ajuda da entidade em questão. Se o seu marido for do tipo que bate papo com a empregada, pode esquecer. Tem de ser do tipo que dá bom dia, sério, com voz grossa, de preferência arrumado para trabalhar. Se algum dia ele tiver alguma queixa a fazer, ele jamais poderá fazê-la diretamente para ela. Porque O Marido tem assuntos mais importantes para resolver do que o colarinho mal lavado e não vai ficar tratando desses assuntos de mulherzinha com a empregada. Nem vai perguntar para a faxineira onde foi que ela guardou alguma coisa. Ou determinar o que será feito no jantar. Não, nada disso é coisa que O Marido faria.


É um verdadeiro telefone sem fio: O Marido fala pra você, que fala com a empregada, que se torna sua cúmplice na tarefa de agradar o exigente Marido e capricha. Ela deve achar que ele te bate quando acha uma meia na gaveta errada e fica solidária no seu sofrimento, porque ela sabe que os homens, especialmente O Marido, são criaturas difíceis mesmo, mas fazer o quê, minha filha?


Neste círculo vital, ficam todos satisfeitos, porque nada pode deixar uma empregada doméstica ou uma faxineira mais feliz do que saber que O Marido não reclamou do serviço delas. Vale mais do que todo e qualquer elogio que você possa ter feito.


Acreditem: funciona.

Garota Laje 2008

Tem mulher que sente saudade das férias passadas em Paris.
Outras sentem saudades da lua-de-mel na praia.
Algumas de uma noite de amor em Monte Verde.

Mas só a Júlia da novela das oito sente saudades mesmo é da laje da casa do Evilásio, na Portelinha.

Olha o perigo...

Avenida João Dias, no semáforo do cruzamento com a rua Missionários.

Um marronzinho do CET na esquina, bem ao meu lado. Toca o celular, ele atende, e eu estico os ouvidos para escutar a conversa dele com a namorada (porque eu não sou Juvenal, mas também tenho as minhas antenas!):
- não, não entendi não. Quero saber onde você foi ontem, que você não estava em casa e ninguém sabia de você, nem a sua mãe. Não me liga, não fala nada...
Penso que a moça do lado de lá da linha deve ter argumentado que ligou pra ele sim, porque a resposta foi:
- ligou já era mais de onze horas da noite, que eu marquei no relógio.

O sinal abriu e eu fui embora, pensando que, dependendo do tamanho da encrenca, ele ainda ia acabar multando uma meia dúzia de oito ou nove, só pra descontar a raiva que ele tava da fulana.

Alguém me diga II

Por que a Gyselle do BBB fica usando aqueles penteados elaborados com aquelas florinhas e borboletinhas coloridas presas all over the coque?

Parece a princesa sem noção do filme Encantada.

Caçada na madrugada

Já devia ser perto de meia-noite quando a Cindy começou a fuçar embaixo da cômoda do meu quarto, tentando pegar alguma coisa. Metade da gata pra baixo da cômoda, metade da gata pra fora, as patinhas dianteiras esticadas para alcançar sabe-se lá o quê.

Descobri momentos depois, quando saiu de lá uma assustada e assustadora barata. Daquelas bem criadas. E que voam. Aquela coisa lustrosa, sabe?

Provavelmente veio na mala da Isabela, importada do cerrado. Não é difícil, uma vez que minha sogra mora em casa, e casa é aquela coisa facinha de aparecer barata. E barata do porte daquela não dá em apartamento.

É nessas horas que você sente o peso da separação: você ali, sozinha e indefesa com aquele monstro, e nem um marido para chamar de seu para dar conta da tarefa. Porque matar barata, gente, desde que o mundo é mundo, é serviço de homem.

Rodox em punho, saí a caça do bicho, que desapareceu embaixo da poltrona. Taquei remédio em tudo quanto foi embaixo, além da fresta da porta do closet e da porta do banheiro. Nem pensar em levantar a poltrona pra olhar, vai que dou de cara com ela e ela voa na minha cara. Blergh!

Nisso, chegam os reforços: minha prima, que segundo ela não tem medo de barata, apenas nojo, tentou localizá-la com uma vassoura. Nada. Ah, a essa altura ela já deve ter entrado no seu closet e se escondido em uma das gavetas. Obrigada, era bem essa a informação que eu precisava receber já quase uma da manhã: a de que, no dia seguinte, eu corria o risco de encontrar minha indesejável visitante dentro da gaveta de meias, ou coisa pior.

E quem consegue dormir com a ameaça de ser escalada por uma barata na calada da noite? Olha, tá certo que ela provavelmente tava com mais medo do que eu e ia ficar quieta onde estava, mas vai que é uma barata destemida e com espírito de Discovery Channel? Duas e quinze da manhã e eu estava vendo Two and a half men.

Perto das seis da manhã, a Cindy começou a ficar agitada, subindo nos móveis e andando pra lá e pra cá. Isso nem é novidade, começa a amanhecer o dia e ela já acha que é hora de levantar para cuspir, e, principalmente, de dar atenção a ela. Então ela pulou no chão e ficou fuçando embaixo de uma sacola que estava no chão do meu quarto.

Era ali que se encontrava o objeto dos meu temores. Tocaiada por Cindy Sabujo e pelo inseticida, ela correu para a varanda, onde foi abatida com um golpe certeiro de tênis.

O cadáver foi removido e jogado vaso afora. Alívio...

Com tudo isso, fiquei traumatizada. Foi a primeira barata que matei na vida.

E perdi o sono de vez. Mau humor à vista durante todo o dia.

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Chama o Kassab!

Alguém pode por favor pedir à Prefeitura que interdite a Etna? Daquele jeito, emparedando as portas da loja com tijolos?

Na boa, aquele lugar é tão viciante e financeiramente perigoso quanto os bingos e os cassinos.

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Silvio Santos vem aí

Aeroporto é meio Programa Sílvio Santos: a gente fica ali no desembarque, na maior ansiedade, esperando que se abram as Portas da Esperança, e que do outro lado delas esteja aquilo que tanto desejou.

No meu caso, a chegada da minha filhotinha!

Teu presente te condena

Quando eu morava na 103 Norte, em Brasília, nos idos dos anos 80, havia na minha quadra uma família de 4 irmãos, carinhosamente apelidada de Família Maravilha. Preciso dizer o motivo? Bem, os caras eram praticamente os Baldwin da quadra.

O mais velho nem era assim tão bonito, mas do segundo pra baixo a coisa só ia melhorando. À medida que os pais iam se aperfeiçoando, os filhos saíam cada vez mais lindos.

O tempo passou, eu me mudei de lá, eles também, perdemos o contato. Bem, perdemos é força de expressão, porque vamos combinar que amiga mesmo eu era do mais novo de todos, éramos amicíssimos por sinal. O que vinha logo acima do meu amigo acho que tinha uma vaga noção da minha existência, e os dois mais velhos só faltavam dar tapinhas na minha cabeça quando me viam, daqueles que se dá em criancinha, sabe? Se o mais novo que era meu amigo, era dois anos mais velho que eu, imagine a imensa distância duns 5 ou 7 anos para os dois mais velhos. Quando se tem 14 anos, é um abismo.

Todos envelhecemos, mas algumas pessoas envelhecem bem. Já outras, teria sido melhor nem ver depois de anos passados, que é pra guardar na mente a boa lembrança dos anos idos.

No caso da Família Maravilha, a coisa até que fluiu bem. O primeiro, que não era nenhuma beldade aos 20 anos, ficou bem interessante aos quase 50. O segundo, que sempre foi meu preferido - eu nutria por ele uma profunda paixão adolescente platônica, enquanto ele me tratava como a amiguinha engraçadinha do irmãozinho caçula, ai que desgosto!!! -, continuou sendo meu preferido. O mais novo, que era o meu amigo, continua lindo, como pude comprovar recentemente quando nos vimos. Cafa como sempre foi, mas lindo como sempre foi.

Já o terceiro... achei pelo orkut num desses momentos de ócio antes de dormir. Ô tristeza, ô decepção!

Lembro que ele era maratonista e treinava todos os dias, correndo no eixinho. Muitas vezes o acompanhávamos de bicicleta, só na ida, claro, porque na volta não aguentávamos o ritmo dele. O cabelo liso era usado bem baixinho, quase raspado, porque ele estudava no Colégio Militar. Aliás, era praticamente um acontecimento vê-lo chegar do colégio, fardado, com aquela calça de sarja do uniforme marcando o bumbum redondinho e umas coxas que vocês bem podem imaginar o naipe. Alto. Sobrancelhas bem grossas. Atlético. Sorridente, com os olhos meio puxadinhos, como sempre estivesse sorrindo. Um charme.

Enfim, tinha tudo pra ter um futuro promissor, mas hoje, ao ver suas fotos atuais, constatei que o tempo foi muito madrasta com ele. O cara tá derrubadíssimo, acabado, feio, e pior de tudo, agindo como se tivesse ainda 18 anos de idade.

Bem que dizem que tem coisa que é melhor ficar no passado.

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Alguém me diga

O que a Françoise Fourton tá fazendo no Big Brother?

domingo, janeiro 13, 2008

Uma coisa prática

Uma amiga minha disse que se tem uma coisa que ela detesta nas novelas é a burrice dos personagens, quando eles deduzem as coisas e a partir daí tomarem todas as decisões importantes da vida, em vez de primeiro tentar esclarecer tudo.

Sim, se assim fosse, não se chamaria novela.

Ela afirma que vai escrever uma novela sem esse tipo de coisa. Que na novela dela, se a mocinha vir o mocinho abraçando carinhosamente outra mulher, em vez dela ficar chocada e resolver terminar tudo, e se casar com o outro, magoada, ela vai até o mocinho e perguntar quem é a fulana.
E aí, ainda segundo o roteiro dela, o mocinho teria a chance de responder que aquela é sua irmã querida que ele não via há pelo menos dois anos. As coisas se resolveriam e não ficava aquela lenga-lenga de vários capítulos, até ela descobrir a verdade.

Nessa toada, a novela dela ia durar uma semana e a audiência seria próxima de zero.

quinta-feira, janeiro 10, 2008

Escolhas

Quando o filho da gente passa no vestibular, é a maior alegria. E também um grande alívio. Uso o vestibular como parâmetro porque é o primeiro grande marco da vida adulta. Outras conquistas maravilhosas virão, mas o vestibular é muito marcante.

Alegria porque é muito legal saber que seu filho segue em frente. Orgulho por ter superado os osbstáculos e as limitações para chegar à faculdade.

Alívio porque são os pais que fazem escolhas desde o começo da vida do filho. Escolhem que tipo de educação ele terá, em que colégios irá estudar, que cursos extra-curriculares irá fazer.

Quando a Bela não passou na primeira fase da Fuvest, me peguei pensando se eu tinha feito as escolhas certas para ela. Se eu a tinha colocado no melhor colégio, se eu tinha exigido o suficiente dela como estudante, se ela podia ter tido uma formação melhor em uma escola com outro tipo de orientação, se eu fui uma mãe atenta o suficiente para perceber suas dificuldades.

A gente fica se sentindo muito responsável, sabe? Como se fôssemos, nós pais, os culpados por arruinar a vida dos filhos com nossas escolhas erradas, ainda que bem intencionadas. Não adianta alguém falar que depende também deles, que eles também têm de se empenhar, de se esforçar, que não adianta o melhor colégio se não há interesse.

blá blá blá

Ser mãe é se sentir culpada, e pronto! Culpada porque faz frio, porque faz calor, porque a criança caiu, porque adoeceu, porque emagreceu, porque ficou gordinho demais, porque não percebeu que o filho tava triste ou deprimido, porque o filho foi mal-educado, porque assistiu tv demais, porque ficou na internet, porque não aprendeu espanhol, francês, alemão e grego antigo.

E aí você vê que aquela coisinha que vestiu o primeiro uniforme escolar quando mal tinha saído das fraldas agora está na faculdade... será que tem semana de adaptação, aquela na qual os pais ficam ali do lado de fora, numa sala, para o caso da criança não se adaptar e querer ir embora? Devia né? Mais para o caso da gente não agüentar ver nosso bebê crescer tão rápido, e cair no choro.

Melhor ainda: na faculdade que eu, (nem tanto)secretamente, torci para que fosse a que ela ia cursar. É uma deliciosa sensação de dever cumprido e de que, no fim, nossas escolhas podem não ter sido as melhores, mas também não foram das mais ruins.

2008 já começou bem!

De manhã, na secretaria de Comunicação da PUC, pra fazer a matrícula da Isabela:
- nossa, eu achei que você estava se matriculando, você não tem idade pra ter uma filha universitária, tem?

Agora à tarde, no orkut:
- você está convidada para ser a capa da comunidade Beldades Poderosas*.


*o nome é brega, mas inflou o ego do mesmo jeito!

Agora eu já posso

"Já passou o Natal e o Ano Novo. Passou também o casamento da minha neta, onde todos ficaram felizes. A minha filha deu uma saidinha rápida e a casa está quietinha, somente eu e a enfermeira.
Agora já posso ir, tranqüila.
Tchau, meus queridos, nos vemos mais tarde."

em homenagem à vozinha da Lala, que morreu nesta terça, que se pudesse falar, acho que teria dito exatamente isso.

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Agora é a das sete

Você, fofa, linda e boazinha, arruma um namorado. Aí aparece uma fulana vinda sabe-se lá de onde, irmã da falecida mulher do seu namorado. Parecida com ela, mas totalmente do mal.

Aí a nêga passa a novela toda te sacaneando, porque é apaixonada pelo marido da irmã morta, seu atual namorado, e tá a fim de tomar conta do pedaço. A ponto de picotar o seu vestido de casamento, arruinar sua grinalda e massarocar o seu buquê minutos antes da cerimônia. De quebra, aparece na sua festa pra te chamar de bonita pra baixo. E você, fofa, linda e boazinha, dá o primeiro pedaço de bolo pra ela para que ela possa encontrar a felicidade. Coisa singela de se ver!

Não contente, ela dá um jeito de te enfiar num carro, você grávida do seu já marido, junto com a filha adotiva de vocês, com a intenção de se matar e matar todo mundo, olha que amor de pessoa!

Vocês sofrem um acidente e ela fica paraplégica. E aí você, fofa e linda e boazinha e Gabriela Duarte (sim, este grau de chatice só pode ser alcançado por ela!), vai até ela e diz que não vai denunciá-la à polícia, porque acredita que ela vai ter tempo pra pensar em tudo o que fez de ruim (na prisão ela teria mais ainda, concordam?). Moça de coraçãozinho bom...

E pensar que a nêga fez tudo isso pra ficar com o Marcelo Novaes. Tem doida pra tudo neste mundo! Isso pra não falar do casal sensacional formado pela Gabriela Duarte e o supracitado.

Como eu já disse antes, ainda bem que as novelas são assim sem noção, porque são muito mais divertidas!


ainda sobre novelas, cada vez mais fofa a novela das seis! pena que não tenho chegado em casa a tempo de ver todos os dias, mas cada vez que pego um capítulo, gosto mais.

País tropical


Moradores de Cariacica, cidade da Grande Vitória (ES), deram de cara com um jacaré de 1,70m e 40 kg bem no meio da rua (veja a notícia completa aqui).


Depois a gente acha ruim quando os gringos perguntam se tem índio, jacaré e macaco pelas ruas do Brasil. E não é que volta e meia tem mesmo?

terça-feira, janeiro 08, 2008

Ogulhudimamã!!!!

Puc-SP, Jornalismo.
Parabéns, Estrelinha!

Papai - 77 anos!


domingo, janeiro 06, 2008

Machado de Assis x Wiiliam Shakespeare



No zôo de Brasília, uma macaca atravessava a nado, todos os dias, o lago, para encontrar-se com seu amante do outro lado.


Seu companheiro morreu. Dizem que de desgosto.


Colocaram na macaca traidora o nome de Capitu e no macaco traído, de Otello. É a globalização literária!

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Aqui em Brasília

Saí lá pelas cinco da tarde pra dar uma volta com o cachorrinho da minha irmã, uma coisica misturada de maltês com poodle, carente toda vida, que não fica sozinho em um ambiente um minuto sequer e se apega a você na primeira coçada.

Coleirinha em punho, desço pelo elevador aqui no prédio da minha mãe e vou levar o Luke pra passear, numa linda tarde no cerrado.

Olha, a gente se sente mesmo poderosa atravessando a rua aqui em Brasília. Sim, os carros param na faixa de pedestre, sem hesitação, e esperam pacientemente que você atravesse, sem buzinar ou ficar avançando em cima da faixa pra te apressar. A própria rainha do funk, já posso dizer que minha beleza é de parar o trânsito. Ao menos o daqui, em cima da faixa de pedestres.

Passeando calmamente com o Luke, que parava a cada dois metros para cheirar demoradamente um montinho de grama, fiquei divagando sobre a cidade, e como a vida em um lugar como Brasília é diferente da vida em um lugar como São Paulo. Não cabe aqui um julgamento de valor, até porque apesar de considerar Brasília minha cidade, adoro morar em São Paulo e não tenho planos de me mudar de lá nos próximos 30 anos. E depois disso estarei velha demais para ir pra outro lugar.

Mas é fato que morar em uma cidade com trânsito livre e horários de trabalho que não avançam insanamente madrugada adentro traz ganhos em qualidade de vida que não podem ser compensados com dinheiro. Pessoas caminhando nas entrequadras - e como é gostoso caminhar aqui, nas quadras do Plano Piloto, super-arborizadas, com passeios calçados especialmente para se andar a pé ou de bicicleta! - avôs com os netinhos, crianças brincando livremente embaixo dos blocos de pilotis sem que precisem ficar confinadas dentro das grades de um prédio, cachorrinhos de pequeno e médio porte soltos no imenso gramado entre a 104 e a 105 Norte, correndo uns atrás dos outros, numa algazarra feliz.

O céu limpo, sem a faixa de poluição a que nós, moradores de São Paulo, estamos acostumados. A cidade de visual agradável, nada de prédios imensos se sobrepujando à paisagem, mas sim prédios residenciais (que aqui chamamos de bloco) com no máximo 6 andares, cuja altura se mistura com a altura das árvores. A cidade dentro da floresta, fiel ao projeto original.

Mas não pensem que tudo aqui em Brasília são flores. Pedimos uma pizza ontem e ela veio como as pizzas brasilienses efetivamente sempre foram: péssima!

2008

O ano novo chegou e com ele, novos posts! Para começar bem o ano, o post incial é sobre... a novela!!!! A das oito, claro, que rende todo o assunto do mundo.

Pois então que a Maria Paula conseguiu achar o crápula que a enrolou no começo da novela, quando ela ainda se vestia de Chapeuzinho Vermelho. E agora ele é rico, poderoso, botocado, plastificado e até usa a mesma tinta do cabelo que o Gugu. Enfim, virou um Lobo Mau de Caras.
Fosse você, mulher inteligente, o que faria (escolha uma das alternativas abaixo):

( ) armaria uma questão jurídica, uma vez que você tem um filho com este pulha, pedindo um teste de DNA que resolveria a questão ou

( ) iria até a festa de noivado do moço, faria um escândalo, depois procuraria o moço pra ameaçar e colocar o dedo na cara dele e ainda falaria: ah ah ah, eu tava grávida, você tem um filho e eu vou provar que é seu filho porque vou fazer um teste de DNA e com isso vou arrastar seu nome na lama e você vai perder toda a sua fortuna e ficar desmoralizado e todo mundo vai saber que você fez plástica, botou botox e pintou o cabelo com a tinta que o Gugu usa! Assim, sabendo tudo o que você pretende fazer ele pode tomar todas as providências contra você, e te fazer entrar pelo cano de novo. O que, no fim, é o que você merece, porque mais burra e mais chatinha, impossível.

E a Júlia, que tá grávida do Evilásio? Tudo isso porque em novela ninguém usa camisinha, a não ser os engajados, com diálogos impensáveis escritos pelo autor, para o rala e rola:

- ai, amor, você trouxe a camisinha?
- sim, querida, eu trouxe. Eu não ando sem camisinha, porque é muito importante eu proteger a minha saúde e a sua também contra doenças sexualmente transmissíveis!
- oh, meu príncipe encantado!!!!

ou

- ai, amor, você trouxe camisinha?
- oh, céus, esqueci!!! Não podemos continuar!
- não, meu bem, não se preocupe. eu tenho uma aqui. Afinal, uma mulher deve sempre andar prevenida para proteger a saúde contra doenças sexualmente transmissíveis que podem comprometer sua capacidade de ter filhos no futuro ou até mesmo levá-la à morte.
- nossa, você é mesmo uma mulher inteligente!

Fora isso, ninguém. Um caso seriíssimo de saúde pública.