É o seguinte... tá bem?

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quarta-feira, outubro 29, 2008

Atentado ao bom gosto



Qualquer pessoa que conheça Santo Amaro já viu a estátua do Borba Gato. É essa monstruosidade aí da foto, nos dois sentidos, tanto de tamanho quanto de mau gosto e feiúra, o Kassab devia incluir na lei cidade limpa e rancar aquele troço dali.

Pois agora um artista plástico resolveu fazer uma intervenção urbana (patrocinada pelo Centro Cultural Banco do Brasil, ainda por cima) e colocar salva-vidas côdiabóbora em 15 monumentos de São Paulo, inclusive neste. Segundo ele, é para chamar a atenção para a cidade e estimular as pessoas a olhar o que está à sua volta. Bem, se a intenção era essa, conseguiu. Mas tinha de ser na linha falem mal mas falem de mim?

Ou seja, o Borba Gato, além de medonho, agora também está ridículo. Até 14 de dezembro.

Fazendo as contas

Cada posição que a gente fica na depilação... Kama Sutra perde!!!

Exatos 20 minutos foi o tempo que uma depiladora levou hoje para fazer um trabalho que deixou minha carteira R$ 45,00 mais vazia. Significam R$ 135,00 por hora. Nem vou comparar com categorias profissionais como professores ou enfermeiros que é pura covardia.

Tá certo que não é nada agradável ficar ali depilando o fiofó ou a suvaqueira de alguém. Mas uma pedicure leva quase uma hora pra fazer um pé desgracento, com aquele cascão na sola e um eventual chulé, e ganha uns R$ 18,00 pelo mesmo tempo. Serviço aliás, bem mais artesanal do que passar uma cera em todo lugar onde há um pelo e depois puxar.

Longe de mim menosprezar o trabalho de alguém, mas faz as contas brutas: em três horas de trabalho, essa depiladora em questão fatura um salário mínimo. Se ela trabalhar apenas 3h por dia - porque nem sempre há clientes e tempo é algo que não dá pra guardar - são R$ 405,00 diários. Em 20 dias, são R$ 8 100,00.

Não sei quanto disso fica limpo para a profissional, mas cera é algo barato - porque eu tenho o aparelhinho de roll-on e a cerinha custa pouco mais de R$ 5,00 e eu depilo as pernas duas vezes com um tubo - e produzida on demand. Em alguns lugares ela é inclusive reaproveitável.

Vou mudar de ramo.

domingo, outubro 26, 2008

Wii

Momento Ana Maria Braga


Acabou hoje a maratona da comemoração do aniversário de 18 anos da Belinha. Isso, aquele que não teve festa, porque ela ganhou de presente um camarote com direito a convidar 30 amigos (o que, no caso da Isabela, selecionar apenas 30 foi quase como fazer uma lista de Schindler)do dono da balada mais hype do momento - a gente que é mãe de adolescente fica toda por dentro das gírias prafrentex da patota! - que é amigo do pai dela.

Com isso, e juntando com o fato de que o pai dela ia viajar logo na manhã seguinte do dia do aniversário dela, pela primeira vez não me vi às voltas com bolo, salgadinho, docinho etc. Ou seja, em teoria não tive trabalho algum, certo?

Errado.

O movimento começou já na quarta-feira, hora do almoço, com a chegada do meu sobrinho, vindo de Brasília para o grande evento. Na quinta, ele foi assistir a um show fechado do Paramore e depois passou o resto do dia no circuito 25 de março-Galeria do Rock, levado pela minha prima. O menino delirou lá no muquifo, cada doido com sua mania. Na mesma quinta, chegou no fim da tarde a prima da Isabela, também vinda de Brasília.

Na sexta, que era o dia do aniversário em si, saí mais cedo do trabalho para almoço em família no Applebis (argh!). Bela já estava no shopping desde cedo, procurando O Vestido e A Sandália pra usar na sensacional balada de logo mais. Fui me encontrar primeiro com o pai dela, numa joalheria, que ele queria comprar um anel pra ela. Ele já estava dentro da loja quando entrei e a vendedora anunciou:

- olha sua filha aí! - virou-se pra mim: - Seu pai tá escolhendo o seu presente!

Ganhei o dia né?

Aí veio o almoço, com a chegada do amigo que veio de Curitiba também para o evento, também para se hospedar lá em casa, depois a ida até a loja dO Vestido para comprar o modelito já separado, e aí não tinha o tamanho dA Sandália, e aí roda pra lá e pra cá pra achar uma outra, e aí não acha, e aí a aniversariante chora porque não vai ter A Sandália pra usar com O Vestido, aí resolve comprar aquela que é um número menor mesmo, alegando que nem ficou pequena no pé e tamos aí, aniversariante pode tudo.

Sai dali e vai comprar um presente para o tal amigo que tão gentilmente ofereceu a festa, emenda com uma loja de brinquedos e segue para a festinha infantil que tinha prometido dar uma passadinha.

Vem a tal balada, e a ligação de madrugada pra avisar que o amigo tá passando mal porque bebeu demais, e mais outro telefonema pra dizer que vão voltar com o irmão da amiga, e mais uma ligação para avisar que parte vai voltar com o pai de um outro amigo, e depois de novo pra dizer que o amigo vomitou mas agora já tá dormindo, e depois pra dizer que o pai do outro amigo já chegou, e mais uma pra dizer que o irmão da amiga que ia buscar também já estava lá, e mais uma pra avisar que tá quase chegando, mas que eu nem preciso acordar, até que finalmente chegam todos e aí Bela me mostra os presentes, e conta da festa, e mostra as fotos... que delícia!

Sábado dormiram quase o dia todo. Acorda no fim do dia, vai pro shopping, cinema, lanchonete, busco depois.

Domingo, aeroporto para os de Brasília: um embarcando em Congonhas, outro em Cumbica, que é pra ficar mais fácil. O de Curitiba a mãe veio buscar.

E aí, fim, sobrando só o roupeiro de cama e banho para deixar em ordem e a casa de pernas para o ar. A lava-louça nunca trabalhou tanto num fim de semana só.

Tudo isso pra contar que resolvi passar o resto do domingo fazendo um bolo de limão, que é esse daí da foto, orgulho!!! Receita da minha tia Madalena, moleza de fazer, pra quando a sogra vier visitar, ou quando quiser fazer um momento fofoca com as amigas, ou pra impressionar o namorado e ele achar que você é moça pra casar.

Bolo de limão da tia Mada

Bater no liquidificador:
- 3 ovos
- um copo de leite com suco de dois limões (dica: esprema primeiro os limões e depois complete o copo com leite)
- um copo de óleo
- 1 pacotinho de gelatina em pó sabor limão
Bata bastante, até cansar, até o barulho do liquidificador te deixar semi-surda (semissurda? Tati, socorreaê). Vá então juntando um pacote de mistura para bolo sabor limão, alternando com 2 colheres de chá de fermento em pó.
Coloque numa forma untada e enfarinhada, e asse em forno médio, pré-aquecido, por uns 40 minutos.

A-há!!! Agora que vem a melhor parte, aquela que vai te fazer figurar em todos os anais de culinária, a que vai te transformar na Isabela Suplicy de Santo Amaro e arredores, a que vai elevar a sua fama como boleira até o ponto mais alto do pódio.

Abra uma lata de leite condensado, misture com o suco de 3 limões, e jogue por cima do bolo. Antes de espremer os limões, raspe a casca para fazer as raspinhas de limão que enfeitam o bolo.

Voilá! Tá pronto!


Já o prato de bolo, não vai dar pra imitar. Legítimo dos anos 80, presente de casamento, uma relíquia!

sexta-feira, outubro 24, 2008

Para a menina mais linda deste mundo e de qualquer outro


belinha, com quase 2 anos

Meu amor, neste dia em que você completa 18 anos eu poderia dizer muitas coisas. Mas só tenho a dizer uma única:

OBRIGADA!!

por todas as fivelinhas que prendi no seu cabelo, por todas as lancheirinhas que arrumei para você levar pro colégio, por todas as historinhas que li antes de você dormir;
por todas as vezes em que fomos à praia juntas, por todos os castelinhos de areia que construímos, por todas as milhares de perguntas que me fez;
por todas as fitas que costurei nas suas sapatilhas de balé e por todas as vezes em que me esgoelei na arquibancada do jogo de vôlei;
por ser motorista em todos os eventos que você inventa - e olha que são muitos!;
por cada febre que tratei, cada nariz escorrendo que limpei, cada fraldinha que troquei, cada machucado em que passei merthiolate, soprando pra não arder;
por tantas, tantas e incontáveis vezes em que você me deixou tão orgulhosa de ser sua mãe;
por todos os deveres de casa que ensinei e todas as maquetes que ajudei a montar;
por cada festa junina, dia das mães, dia do livro, formatura que compareci;
por cada beijinho, cada abraço, cada carinho seu;
por todas as malcriações e acessos de mau-humor;
por ter morado em minha barriga e saído dela direto para o meu coração.

Filha, nada se compara à alegria e enorme felicidade de ser sua mãe. Nenhum sapo engolido por você foi grande, verde ou indigesto demais. Diante do seu sorriso, da sua carinha, eles se tornaram verdadeiros manjares dos deuses. Por você eu dançaria tango no teto, eu limparia os trilhos do metrô, eu iria a pé do Rio a Salvador. Ou, como bem cantava Cazuza no ano em que você nasceu: Por você eu faço tudo, vou mendigar, roubar, matar...

Eu sempre temi te perder quando você crescesse, e felizmente pude aproveitar intensamente cada fase da sua vida. Mas ao contrário do que imaginei, te sinto cada vez mais minha querida, mais minha amada, mais minha docinho, mais minha estrelinha.

Se algum dia eu tivesse duvidado da existência de Deus, eu certamente teria passado a acreditar no instante em que tive você, porque nada terreno pode produzir algo tão lindo, tão iluminado, tão maravilhoso e especial como você.

E hoje e sempre meu pedido é um só, há 18 anos: que você seja sempre muito feliz!!!

muitos beijos e feliz aniversário

Mamãe

terça-feira, outubro 21, 2008

Horário de verão

Adoro. Fico esperando chegar, todo ano, e quando acaba, acho que podia ainda durar pelo menos mais um mês.

Não sofro dos efeitos colaterais de sono desregulado, ou apetite fora de horário -bem, disso eu sofro sim, o ano inteiro, vamos combinar. A única coisa é que acabo me distraindo e perco a noção do tempo.

Tem coisa mais legal do que sair do trabalho e ainda estar de dia? Dependendo do dia, com o sol ainda no céu? Nem parece que se trabalhou o dia todo, parece que dá tempo de viver, de fazer outras coisas, o ânimo é outro!!

Tomara que fevereiro demore bastante para chegar.

Seis é pouco

Existe uma teoria de que cada indivíduo está separado de algum outro indivíduo qualquer no mundo por no máximo 6 pessoas. O que significa que, conhecendo as pessoas certas, entre mim e o Javier Bardem há apenas 5 pessoas - e no meio delas certamente a vaca perebenta da Penélope Cruz. Vai ver que entre mim e o Nicolas Cage só tem umas 4, e quem pode garantir que o Jude Law não tá bem ali, somente a duas alminhas de mim?

Mas como tudo na vida tem mais de um lado, o lado ruim dessa teoria é que ela também funciona para a banda oposta. Ou seja, você também está a até 6 pessoas de gente que você detesta, de gente que você gostaria de nunca mais saber que existe, de gente que você seria capaz até de mudar de calçada para não ter de pisar no mesmo chão e contaminar a sola do seu sapato.

Com os sites de relacionamento escancarando a vida de todo mundo por aí, inclusiva a sua, não é raro ter o dissabor de descobrir que um amigo querido é amigo de alguém que você abomina. E aí a distância entre você e a Abominável Criatura fica sendo muito curtinha e ameçadora, só aquele seu amigo.

Como ele obviamente não detesta a pessoa em questão, aliás, ela não é nem um pouco abominável para ele, você ainda corre o risco de, um belo dia, dar uma festinha - do tipo das que acontecem aqui em casa, abertas pra amigos de amigos - e seu amigo resolver trazer junto a Abominável Criatura, sem nem desconfiar de que você preferia que seu cabelo ficasse pixaim a ter o indivíduo aboletado em seu sofá, porque pra isso pelo menos você podia fazer uma chapiuska japa, e matar alguém ainda dá cadeia, a menos que você seja o Pimenta Neves.

É mais ou menos como aquela história de que um beijo durar 10 segundos é pouco, mas ficar dez segundos com a mão numa panela quente é muito. Neste caso, nem toda a humanidade seria suficiente para te separar da Abominável Criatura.

quinta-feira, outubro 16, 2008

S. Chiquinho

S. Chiquinho morreu de repente, vítima de aneurisma ou infarto, agora já não sei. Fato é que s. Chiquinho era o churrasqueiro oficial da vizinhança lá na Vila São José, queridíssimo por todos e conhecidíssimo de todos.

De família muito pobre, que não tinha condições de arcar com os custos de um sepultamento decente. Os vizinhos não quiseram deixar ele ser enterrado de qualquer jeito e se cotizaram para dar a s. Chiquinho um velório e enterro como ele merecia.

Isso aconteceu no bairro onde mora uma das minhas costureiras, mãe da Jackeline, 5 anos, intensa fornecedora de posts para esses blogs.

Foram todos ao enterro, inclusive a criançada da rua, todo mundo pra dar tchau pro s. Chiquinho que agora ia morar lá com Jesus.

Na volta do enterro, Jackeline quis dar sua opinião:
- que beleza de velório, hein, mãe? Nossa, achei a coisa mais linda! S. Chiquinho tava todo bonito lá esticado, deitado... Só não gostei muito quando começaram a jogar terra em cima da caixa dele. E o cemitério, então? Ma-ra-vi-lho-so, cheio de lugar pra gente brincar! Quando tiver outro enterro você me leva?

Socialite até a página 3

Tem gente que diz que as histórias só acontecem comigo, ou que eu invento algumas coisas. Bobagem, histórias acontecem com todo mundo, basta ler os blogs por aí pra ver que é cada uma mais inusitada que a outra.

A diferença é que quem tem um blog acaba prestando mais atenção às coisas que nos cercam, para ter assunto para os posts. A visão do mundo é outra, e os detalhes contam muito. Eu, então, que além de blogueira sou jornalista, tenho especial interesse em gente. Adoro histórias de gente, e odeio quando me contam historinhas resumidas, sem os detalhes sórdidos. Para me contar um encontro com alguém, por exemplo, tem de partir pelo menos da hora em que se levantou no dia, o que fez, onde, como, porque, pra quem, de que jeito e por aí vai. Impossível não nascer um post.

Tem horas que nem é preciso procurar muito, porque as histórias acabam caindo no colo. Às vezes nem chega a ser uma história com começo, meio e fim, mas apenas um fato fora do usual. Como este:


- Você pode almoçar comigo hoje? - amiga convida. Sentindo o cheiro de fofoca no ar, respondo:
- Posso, sim, desde que seja rapidinho, porque ainda tenho de ir até o centro da cidade.

Fomos então almoçar já meio tarde, num restaurante estilo buffet, que a comida já está ali à sua espera.

Comemos, batemos um papinho, o restaurante bem vazio, com umas 4 ou 5 mesas ocupadas. Em uma delas, havia uma mulher de uns 27/30 anos, loira, bonita e posuda, apesar da calça jeans e da rasteirinha despojada, almoçando com outra pouco mais velha. Não dava pra saber se eram amigas, ou se era uma sondagem de emprego, ou se eram conhecidas. Bem, amigas íntimas não deviam ser, porque olha só o que aconteceu depois.

Acabaram de almoçar e saíram do restaurante. A mais velha pegou o carro que o manobrista trouxe, deu tchau pra outra e saiu.

A moça loira voltou para dentro do restaurante. Pegou uma tigelinha nas sobremesas e encheu de merengue de morango. Lotou, fez aquele morrinho, manja? Pegou uma colher e ali, de pé mesmo, no meio do restaurante semivazio, devorou o merengue em apenas 4 colheradas, imensas e rápidas, do tipo que fica saindo pelos cantos da boca porque não cabe tudo lá dentro. Quase um ato de desespero!

Pediu um guardanapo ao garçom, limpou a boca e saiu. Provavelmente bem feliz de ter parado de fazer tipo de fina e podido chafurdar naquele merengue, que tava mesmo uma delícia! Ou correu para o banheiro mais próximo para se livrar imediatamente do objeto de tanta compulsão.

quarta-feira, outubro 15, 2008

Carl Sagan te enganou direitinho

Você assiste Guerra nas Estrelas, Star Trek, Inteligência Artificial, Eu Robô, 2001 Uma Odisséia no Espaço e termina o filme crente que assistiu a um filme de ficção científica.

Aí vai ao cinema e vê um filme que se passa numa casa totalmente isolada numa praia inteiramente deserta, sem uma única alma num raio de nem sei quantos quilômetros. Casa esta que tem água encanada, luz elétrica, telefone fixo, gás encanado - sim, o governo proveu essa praia deserta de tudo isso, para os coitados dos siris não ficarem sem banho quente.

Para esta casa foi uma mulher lá com seus 40 e poucos anos, recém-separada de um marido que a traiu, para tomar conta do imóvel que pertence a uma amiga de longa data, que é na verdade um misto de residência e pousadinha. E que receberá um único hóspede, numa época de furacões na qual ninguém costuma se hospedar por lá.

Qual não é sua surpresa ao constatar que esse hóspede é um homem maravilhoso lá com seus 50 e poucos, charmoso, inteligente, rico, sem um pingo de barriga, com todos os cabelos no alto da cabeça - grisalhamente sedutores - e melhor ainda: sem esposa, namorada, noiva, amante ou algo que o valha. Pra ficar ali sozinho alguns dias com você. E se apaixonar perdidamente por ti, claro.

Esta sim, caros leitores, é a verdadeira ficção científica! Além é claro de publicações na linha coma tudo o que quiser e emagreça.

terça-feira, outubro 14, 2008

Mundinho pequeno

Ontem saí da aula de dança e fui comer uma coisinha com uma amiga que não via há vários dias, enlouquecida que ela anda no trabalho por conta dessa crise no mercado financeiro. Fomos a um restaurante basiquinho, que era uma antiga casa de sucos, perto da casa dela.

E não é que, naquele restaurante nada na moda, vazio que só numa noite de segunda-feira tão tarde, encontro eu um amigo de Brasília que eu não via há pelo menos 15 anos? Desde que eu tinha 10... rs

Engatamos num papo e só saímos de lá quando os garçons ameaçaram trancar a porta com a gente dentro.

E como Deus é bom e Jesus protege - como diria minha amiga Tetê - eu tinha ido naquele dia mesmo ao salão de beleza e feito umas luzes nos cabelos que ficaram lindos! Porque ninguém merece reencontrar alguém das antigas estando um bagulho, né?

sábado, outubro 11, 2008

Repertório variado



- Tia, você conhece a história do pequenino grão de areia?
- Não, como é?
- Um pequenino grão de areia era um pobre sonhador. Aí ele olhou pro céu e viu uma estrela e imaginou coisas de amor. Passaram muitos anos, ela no céu, ele no mar, o pobrezinho nunca pôde com ela encontrar. Ninguém sabe explicar se houve alguma coisa entre os dois, mas depois, muito depois, apareceu a Estrela do Mar.
- Ah...

Abaixo, a letra da música. Isso que dá ir pra escola com o vovô.

Estrela Do Mar

Dalva de Oliveira
(Composição: Marino Pinto / Paulo Soledade) - década de 50

Um Pequenino Grão De Areia
Que Era Um Pobre Sonhador
Olhando o Céu Viu Uma Estrela
E Imaginou Coisas De Amor

Passaram Anos, Muitos Anos
Ela no Céu e Ele no Mar
Dizem Que Nunca o Pobrezinho
Pode Com Ela Encontrar

Se Houve Ou Se Não Houve
Alguma Coisa Entre Eles Dois
Ninguém Soube Até Hoje Explicar
O Que Há De Verdade
É Que Depois, Muito Depois
Apareceu a Estrela Do Mar

sexta-feira, outubro 10, 2008

Bichinho de estimação



Como já contei aqui no blog, meus pais foram ambos criados no interior do Espírito Santo, em cidades diferentes, mas ambos na roça.
Minha mãe convivia com os patos, pintos, galos, vacas etc que tinha em casa. Meu pai também tinha uns animaizinhos de estimação: um bicho-preguiça, uma jacupemba e um tatu - que fugiu do cercadinho que ele amorosamente construiu para o bichinho, só que esqueceu de cercar por baixo: ele cavou um buraco e fugiu.

Aí ambos cresceram, se conheceram em Vitória, se casaram e tiveram duas lindas filhas: eu e minha irmã, nesta foto acima, junto com meu pai e minha tia Ida (aquela irmã da minha mãe que ia se chamar Ida Madalena, para homenagear as avós, mas na hora H meu avô esqueceu como era o nome da sogra e colocou Ida Cecília mesmo e tamos aí, também já contei essa história), sentadas no muro do Cercadinho, bairro onde morávamos em Vila Velha, no pé do Convento da Penha.

Nessa época, meu avós paternos precisaram morar um tempo conosco. Quando vieram, meu avô trouxe seu bichinho de estimação junto. Tadinho, ele não ia deixar o pobrezinho só, né? Eram muito apegados.

Ele e a capivara.

Isso mesmo, meu avô Antonio tinha uma capivara como pet. Que morria de medo de todo mundo e não se adaptava a ficar dentro de casa(!) porque o piso era de madeira e ela escorregava.

Começo a achar que, na minha família paterna, ter uma gatinha como bichinho de estimação é que é anormal.

quarta-feira, outubro 08, 2008

Business

Atletas de alta performance costumam tomar cápsulas de gordura antes de competições que exigem esforço extremo e prolongado, como o triatlo.

E eu aqui, abundando de matéria-prima prum novo negócio e nem desconfiava disso. Vou ficar milionária!

Só me resta descobrir como faço para entuchar as minhas gorduras em cápsulas, porque no presente momento elas andam bem fora de controle.

segunda-feira, outubro 06, 2008

Agora eu sou solteira* e ninguém vai me segurar

Todo mundo sabe que o Superpop é um programa que prima pelo rigor jornalístico. Hoje, por exemplo, a discussão é sobre o funk: ele vulgariza ou não a mulher?

Para isso, já começa o programa com uma apresentação do grupo Gaiola das Popozudas - obrigada, Superpop, eu agora posso morrer em paz sabendo que existe um grupo com este nome.

E segue com a opinião de um padre(!), com uma professora de Português para analisar as letras (ãhn?), uma terapeuta de casal, uma apresentadora de TV famosa quem?, uma radialista. Além do grupo em si.

Todo mundo concorda que a batida do funk é uma delícia. É mesmo. Eu já fui fãzoca da Furacão 2000 em tempos idos. Mas aí você escuta uma funkeira dizendo que o funk não vulgariza a mulher, não expõe a mulher, que as roupas não mostram nada... e você cai em si e se pergunta porque motivo está assistindo Superpop, pelamordedeus?

Resposta: porque é imperdível ouvir a apresentadora famosa quem? perguntar pra Valeska - vocalista do Gaiola - no que ela se inspira pra cantar fica de quatro e balança o rabo. E ouvir como resposta que se ela não fica de quatro e balança a bunda é porque ela é uma travada.

De sainha...

Com a Luciana Gimenez dizendo: gente, olha o nível, olha o nível... Porque é claro que ela jamais esperava que um papo sobre funk descambasse prum mínimo de baixaria que fosse. E perguntar para um padre se ele conhece as letras de funk. E ouvir o padre dizendo que conhece sim!!!! Melhor ainda, ouvir a vocalista da Gaiola dizendo que não era nem pro padre estar ali dando palpite, que era pra ele estar pregando, orando, rezando...

VIREI FÃ DA VALESKA DA GAIOLA!

Aí a Luciana pergunta pruma sexóloga cujo sobrenome é Cecarelli - dá pra ouvir uma coisa dessas e não se lembrar do vídeo da praia da quase homônima? - se o funk pode provocar uma aceleração da maturidade sexual infantil e por aí vai. Olha, desde que a Madonna surgiu usando o sutiã por cima da blusa que essa pergunta roda por aí. Desde que Xuxuxu-xaxaxa apareceu com suas botinhas brancas e seus shortinhos colados santropeito. Desde que a primeira paquita posou pra Playboy. Não vou nem falar do carnaval.

Agora, quer saber? Pior de tudo são as pretensas intelectuais tentando analisar o fenômeno, sob os aspectos sociológicos, psicológicos, feministas. Céus, quanta merda sendo dita!!! LATE QUE EU TÔ PASSANDO!!! Que um estrangeiro vendo isso vai pensar o que da mulher brasileira? Nada de diferente do que já pensa, mas é claro que descolar umas menininhas de 15 anos do morro em Copacabana por conta de uns trocados não ajuda em nada disso.

A culpa é só do funk. E de quem vai pro baile sem calcinha.




* trocar por piranha na versão proibidão.

Mundo publicitário

Primeiro foi a invasão de comerciais pró-cocô. Agora, é uma série de comerciais pró- produtos pra deixar a periquita cheirosa.
Tem coerência. Depois de se acabar de vender produto pra soltar o intestino, vão se acabar de vender produtos pra deixar as partes baixas cheirando patchoully.
Qual é o próximo passo? Um bombardeio de comerciais de camisinhas?

Senta que é novela!

Eu não posso assistir a essa novela que logo rola um post. Basta sentar na frente da TV que já rende assunto. Mas vejam vocês se eu posso resistir a isso:

O Murilo Benício - aquele moço que costuma passar o rodo na sua companheira de cena nas novelas, te cuida, Ciro Gomes! - comprou uma casa de 3 milhões de dólares (1, 2, 3 milhões) na Chácara Flora. Parte dos 3 milhões deve-se ao fato da Chácara Flora ser um condomínio fechado de casas maravilhosas, cercado por muros de pelo menos 6 m de altura, em cujo topo há sensores de presença que detectam até a presença de um gato, com portaria vigiada, ronda interna de segurança, que fica aqui em São Paulo, em Santo Amaro, mas não no Mundo Maravilhoso - leia-se Largo 13 e arredores - e sim na parte podre de chique do bairro.

Aém de tudo, o Rodo tem dois rottweilers parrudos, que devem comer um saco de 5kg de ração por dia, fora a carne misturada pra dar uma sustância, pra reforçar a segurança do cafofo.

Se fosse mundo real, teria Murilinho prendido os cachorros justamente à noite? Onde já se viu isso, gente? PRENDER OS CÃES DE GUARDA DURANTE A NOITE. Na novela, onde mais?

Mas ainda bem que ele fez isso, porque senão a Donatela, que conseguiu furar todo o cerco de segurança do lugar, pular muro e o diabo a quatro pra entrar dentro da casa - que estava destrancada, claro, a gente mora numa cidade que só tem gente boa, segura, com índices de criminalidade próximos de zero - teria levado uma mordida e era capaz do cachorro quebrar uns 3 dentes na bunda duríssima dela (ódio!).

E não é que a danadinha consegue achar um DVD incriminatório importantíssimo assim, logo de prima, numa casa imensa, sem-vergonhamente escondido dentro duma revista no primeiro móvel que ela encontrou. E mais: além de ter conseguido entrar sem ser vista, ela consegue a proeza de sair da mesma maneira, mesmo tendo o Don Juan do Projac suspeitado de que tinha alguém rondando o pedaço, soltado os cachorros, que são de uma incompetência ímpar e não conseguiram achar Donatela escondida atrás da moita - que você foi fazer no mato, maria chiquinha? que você foi fazer no ma-a-tô?

Mas não pára por aí. Eu aposto e ganho como ela vai entregar o tal DVD incriminatório importantíssimo para alguém - tô apostando no s. Pedro, porque se ela largar na mão da cruza de Farrah Fawcet com Wando, vai ser demais, mesmo pra novela. E este alguém, em vez de procurar a polícia com o DVD em mãos, vai - claro! - procurar a Flora, ou alguém que o valha, e ameaçar dizendo: rá rá rá, agora é a hora em que a casa cai e você vai se dar mal. Eu eu eu, a Flora se danou! Você não só vai voltar para aquela cela imunda, como vai comer todo dia aquela lavagem da cadeia, e vai ter de limpar as latrinas, e ver o sol nascer quadrado por mais 18 anos, e todo mundo vai te odiar muito e vai desejar que seu cabelo fique ainda mais pixaim!

Porque assim a Flora vai poder recuperar o DVD, certo? E não vai destruir, claro que não, e perder a chance de mais alguém encontrar o troço?

E o cabelo do Mario Gomes, vai ser preto pra sempre mesmo?


Rapidinho: por que, em nome de Deus, os maquiadores da Globo insistem em colocar cílios postiços na Deborah Secco, e pior que isso, passam um rímel nos cílios inferiores dela que deixa com os olhos esbugalhados e arregalados parecendo de boneca da feira? Alguém tá querendo derrubar essa nêga!

PS: NÃO!!! A COISA PODE SER AINDA PIOR!!! A PRÓPRIA DONATELA NÃO QUER QUE O DVD VÁ PRA POLÍCIA E SIM QUE SEJA MOSTRADO NA CASA DOS FONTINI BLA BLA BLA. VAI SER BURRA ASSIM NO RAIO QUE O PARTA!!!

sábado, outubro 04, 2008

4 de outubro, dia dos animais

Parabéns Cindy, Niki, Luno, Cookie, Olivia, Micky, Frederico, PTK, Fukão, Zé, Caramelo, Guido, Zeca, Dalminha, Pablito, Suzy, Mel, Maria, Luna, Luke, Nina, Mafuá, Zuca, Pulguita, A FLOR, a galerinha da Susan...

... e todos vocês, bichinhos, que fazem as nossas vidas mais doces, mais felizes, mais iluminadas, mais animadas!

O Belo morreu!

Não, gente, suspende os fogos. Ele não apenas continua vivinho da silva como vai fazer uma participação no DVD ao vivo do Latino.


eu nem quero que ele morra, só parar de cantar já tava bom.

sexta-feira, outubro 03, 2008

Não há consolo possível

Jackeline, 5 anos, em prantos deitada na cama, de bruços, rosto escondido no braço dobrado. Uma cena de novela.

A mãe, preocupada, pergunta:
- filha, por que você está chorando tanto?

Entre soluços ela responde:
- mãe, o Juc (Joaquim, irmão de 7 anos) fez 6 anos antes que eu. Fez 7 anos e nem esperou eu fazer 6 antes. Eu faço sempre por último, mãe! Eu nunca vou conseguir alcançar ele, nunca, nunca!

quinta-feira, outubro 02, 2008

Demolição

Imagina que você é um escultor e levou 16 dias para construir um castelo de areia.
Aí uma repórter de um programa de Tv vai lá te entrevistar e mostrar o seu castelo em rede nacional e PLOFT! LEVA UM TOMBO E DESTRÓI PARTE DO SEU TRABALHO.

Se fosse no Brasil, seria do Superpop, claro! Mas não foi aqui, foi na Espanha.

Código de área

Outro dia eu assistia a um capítulo do seriado Men in Trees, no qual o namorado da protagonista implicava com o fato do celular dela ter o código de área de Nova York, sendo que ela morava no Alaska.

para quem nunca viu a série, a protagonista se muda de Nova York para o Alaska depois de uma desilusão amorosa, para uma cidadezinha - Elmo - cuja proporção de homens para cada mulher é de 10 x 1. E com tanta fartura ela descola um biólogo tudíssimo de bom, e atualmente eles estão morando juntos. No Alaska.

E a idéia era vender o telefone para construir um novo deck na casa onde moram, mas ela relutava em se desfazer do seu telefone com código de área novaiorquino, como se fosse uma perda de identidade, por mais irracional que fosse a manutenção do mesmo.

Entendi como ela se sentia. Apesar de morar em São Paulo há uns 20 anos, meu título de eleitor ainda é do Distrito Federal. Bem como minha carteira de identidade, quando precisei tirar a segunda via, esperei até estar em Brasília para poder fazê-lo. Eu simplesmente não queria trocar para uma identidade emitida aqui.

Não sei exatamente o significado, mas é como se fosse um laço com a minha cidade, como se abrir mão disso fosse abrir mão de Brasília como minha cidade e passasse a colocar São Paulo no lugar - e olha que eu adoro morar aqui e nem pretendo me mudar!

Meio besta, mas fato é que não consegui ainda me desfazer dessa sensação.
Sentimental eu sou...