É nas horas de dificuldade que a gente sabe quem gosta da gente ou não. Parece uma coisa batida, mas sempre verdadeira.
Há coisa de um mês a pindaíba bateu forte. Na verdade, ela já vem visitando tem tempo, mas eu fiquei achando que daria um jeito, daria um jeito e protelei as medidas drásticas de corte de gastos que já deveria ter tomado há tempos - e que, como já comentei aqui, são difíceis de serem tomada por uma baronesa arruinada, não por falta de vontade, mas por falta de noção mesmo, a gente
acha que está fazendo grande coisa, mas na verdade não está nem perto de fazer o básico.
Radicalizei e agora tô miando pra economizar o gato. Sentindo muita falta de um monte de coisas, mas é um aperto necessário. Como tudo na vida tem um lado bom, recebi doses extras de carinho e preocupação vindas dos meus pais e da minha irmã, que não eram inesperadas mas que me confortaram muito porque me deram segurança e principalmente não ficaram me apontando o dedo e me criticando. Mais uma vez só tenho que agradecer a Deus pela família que tenho.
Segunda dia 9 foi meu aniversário e uma amiga queridíssima veio aqui em casa me cumprimentar e disse que a logística do meu presente não havia sido possível para aquela data. Fiquei brincando, perguntando se por acaso o voo do Javier Bardem tinha atrasado, ou se aquela vaca da Penelope Cruz tinha criado caso - detesto gente egoísta que não divide os brinquedos - mas ela fez mistério.
Até hoje pela manhã, quando me ligou e disse que meu presente já estava disponível. Um presentão aliás! Há anos religiosamente eu faço massagens semanais perto da confecção, com uma massagista que cumpre todas as funções: massagista, terapeuta, levantadora de astral. Faço não, fazia, porque com as medidas a minha massagem teve de ser suspensa por tempo indeterminado, com enorme pesar.
Comentei isso com a minha amiga e ela se deu ao trabalho de ir até lá e negociar com a massagista um pacote de massagens para me dar de presente. Para, nas palavras dela,
me levantar até eu me levantar sozinha. Que eu tinha ficado tão triste por ter de abrir mão da massagem que ela não conseguiu pensar em outro presente de aniversário melhor que esse.
Eu tinha acabado de dar tchau para os meus pais no aeroporto, minha mãe tinha me beijado e me abraçado pelo menos três vezes antes de entrar para o embarque, e eu sei que ela viajou preocupada, quando ela me ligou falando do presente. Foi bem dificil não cair no choro bem ali no meio do aeroporto.
Porque mais do que a massagem, que eu adoro, minha amiga me deu carinho, atenção, amor, preocupação e vontade de me ver bem. Não podem existir na vida melhores presentes de aniversário do que isso!
Então, além de agradecer a Deus pela família que tenho, agradeço também pelos meus amigos queridos, que cada um à sua maneira me dão um pedacinho de si e fazem a minha vida sempre melhor!