Minha mãe
Ontem, ouvindo a Band News no caminho para o trabalho, o Ricardo Boechat disse que não se lembrava de algo marcantemente carinhoso que sua mãe tivesse feito - porque a rádio estava colhendo depoimentos variados sobre o assunto em homenagem ao Dia das Mães - mas que naquele instante havia se lembrado de uma canção de ninar que ela cantava, em espanhol, até que eles dormissem. E cantou a música todinha, ao vivo, no ar.
Eu, que já sou manteiga derretida mesmo e ando numa fase dificílima da vida, e portanto superemocional, fui às lágrimas. A caminho de uma reunião com um cliente, que já seria espinhosa. Para minha sorte, tinha maquiagem na bolsa e dei um tapa no visual no caminho, porque chegar com o rímel borrado às oito da manhã ia parecer que eu tinha virado a noite na esbórnia.
Fiquei pensando no que responderia se me perguntassem algo assim. Que momento especial eu destacaria em relação à minha mãe. Confesso, que, como o Boechat, tive dificuldade, porque, como a mãe dele, a minha estava sempre ocupada, sempre cheia de tarefas domésticas, sempre despachando a gente para o colégio, buscando, conferindo dever de casa, dando bronca, fazendo bolo, comida... cansei só de listar.
Pensei que se alguém me perguntasse agora que momento especial eu destacaria em relação à minha mãe, eu responderia: TODOS OS DA MINHA VIDA, com sua onipresença, sempre sabendo tudo o que acontecia comigo e com a minha irmã, sempre cuidando para que tivéssemos a melhor comida, a roupa mais bem lavada e passada, os cabelos mais bem penteados (e sem piolhos!), o material escolar mais bem arrumado, o quarto mais limpo, as melhores notas no colégio, a melhor educação.
Me dei conta de que, por mais afinidade que eu tenha com o meu pai - e já falei disso tantas vezes aqui - por mais que eu achasse que minha mãe nunca me entendeu quando eu era adolescente, em todos os momentos da minha vida em que eu me sinto triste, doente, acuada, cansada, a primeira coisa que eu penso é que eu quero a minha mãe. Em como seria bom ir para perto dela. Em como me sinto protegida e cuidada quando ela está comigo. Em como ela nunca deixou de estar ao meu lado e me defender do que quer que fosse, e de nos elogiar com a frase que começava sempre com "não é porque é minha filha não, mas..." e que agora ela usa com os netos.
O mais curioso é que todas as vezes em que estou beeem triste ou beeem chateada ou fragilizada, penso "quero minha mãe"com fervor, e ela me liga!!! Me liga dizendo que sonhou comigo, e conta o sonho comprido com todos os detalhes, me liga dizendo que estava pensando muito em mim, detecta se minha voz está triste...
Ela SABE. Ela ESCUTA quando eu a chamo, mesmo quando eu a chamo baixinho, com o coração fraco. E a sua resposta pronta me fortalece e me dá ânimo para continuar, sempre!
Eu, que já sou manteiga derretida mesmo e ando numa fase dificílima da vida, e portanto superemocional, fui às lágrimas. A caminho de uma reunião com um cliente, que já seria espinhosa. Para minha sorte, tinha maquiagem na bolsa e dei um tapa no visual no caminho, porque chegar com o rímel borrado às oito da manhã ia parecer que eu tinha virado a noite na esbórnia.
Fiquei pensando no que responderia se me perguntassem algo assim. Que momento especial eu destacaria em relação à minha mãe. Confesso, que, como o Boechat, tive dificuldade, porque, como a mãe dele, a minha estava sempre ocupada, sempre cheia de tarefas domésticas, sempre despachando a gente para o colégio, buscando, conferindo dever de casa, dando bronca, fazendo bolo, comida... cansei só de listar.
Pensei que se alguém me perguntasse agora que momento especial eu destacaria em relação à minha mãe, eu responderia: TODOS OS DA MINHA VIDA, com sua onipresença, sempre sabendo tudo o que acontecia comigo e com a minha irmã, sempre cuidando para que tivéssemos a melhor comida, a roupa mais bem lavada e passada, os cabelos mais bem penteados (e sem piolhos!), o material escolar mais bem arrumado, o quarto mais limpo, as melhores notas no colégio, a melhor educação.
Me dei conta de que, por mais afinidade que eu tenha com o meu pai - e já falei disso tantas vezes aqui - por mais que eu achasse que minha mãe nunca me entendeu quando eu era adolescente, em todos os momentos da minha vida em que eu me sinto triste, doente, acuada, cansada, a primeira coisa que eu penso é que eu quero a minha mãe. Em como seria bom ir para perto dela. Em como me sinto protegida e cuidada quando ela está comigo. Em como ela nunca deixou de estar ao meu lado e me defender do que quer que fosse, e de nos elogiar com a frase que começava sempre com "não é porque é minha filha não, mas..." e que agora ela usa com os netos.
O mais curioso é que todas as vezes em que estou beeem triste ou beeem chateada ou fragilizada, penso "quero minha mãe"com fervor, e ela me liga!!! Me liga dizendo que sonhou comigo, e conta o sonho comprido com todos os detalhes, me liga dizendo que estava pensando muito em mim, detecta se minha voz está triste...
Ela SABE. Ela ESCUTA quando eu a chamo, mesmo quando eu a chamo baixinho, com o coração fraco. E a sua resposta pronta me fortalece e me dá ânimo para continuar, sempre!