É o seguinte... tá bem?

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quinta-feira, novembro 24, 2005

Questão mundana

Dúvida escato-filosófica:

Tem cocô que bóia e tem cocô que afunda.

O quê, na composição de um cocô, faz com que ele bóie ou afunde?

quarta-feira, novembro 23, 2005

Ah! As grávidas...

Não existe mulher mais chata do que mulher grávida. Dentro de casa, claro, porque na rua, são uns amores. Grávidas perturbam mesmo o marido e os familiares mais próximos: minha barriga tá enorme/minha barriga não cresce; tô gorda; meu nariz parece uma batata; meu pé tá inchado; não consigo dormir; ou qualquer outra coisa nessa linha ou seja em qual linha for.

Grávidas exigem mais carinho, mais atenção, mais amor de todo mundo. Grávidas querem o melhor de tudo o que todo mundo vai ter igual. Grávidas usam a gravidez a todo minuto, para pleitear o que quer que seja. A barriga vira instrumento poderoso de chantagem emocional.

Mas também nada mobiliza tanto amor e atenção dos presentes quanto uma grávida. Perto dela, ninguém fala palavrão, ninguém engrossa a voz, ninguém solta pum. É dela a melhor cadeira da festa, a que fica na sombra ou no local mais fresco e agradável. O melhor pedaço do pudim, a fruta mais fresca, a verdura mais verdinha. O bife mais suculento.

Grávidas, ao entrarem em qualquer lugar, recebem sorrisos e manifestações de afeto, que crescem na mesma proporção que a barriga.

Tudo porque elas carregam dentro de si o milagre da vida. A expressão é batida, mas não consegui pensar em nada melhor para substituí-la.

E isso desculpa qualquer tipo de chatice que elas possam apresentar!

terça-feira, novembro 22, 2005

EU NUNCA BATI O CARRO!!!!

A declaração acima me arrepia, ainda mais quando vem carregada de orgulho e superioridade em relação a nós, pobre mortais que volta e meia temos um arranhão na lataria.

Quase sempre ela é proferida por alguém que pega no volante com freqüência bissexta. Ou pra andar 5km, daqui ali, fora do horário de rush. A mesma pessoa que se orgulha de ter um carro com 5 anos de uso e apenas 2 mil km rodados. Faça as contas.

Dirigir bem é uma questão de treino e de personalidade. Pessoas desligadas do mundo jamais dirigirão bem. Pessoas egoístas também não.

Ou então ela sai da boca de motoristas como a senhora de um Corsa que encontrei hoje no estacionamento do hortifruti, uma garagem pequena.

Ela achou uma idéia brilhantérrima, supimpa, genial e esperta sair da garagem cortando pelo meio das vagas.

Acontece que a garagem tem duas entradas e saídas, e eu tinha entrado pelo outro lado e virado justamente no pedaço por onde ela pretendia sair, para estacionar e comprar minhas frutinhas e verdurinhas.

Deu-se então a cena:
- ela atravessada no meio do estacionamento, virada pro lado errado, porque não percebeu que a sáída era para o outro lado e se ela continuasse ali, ia parar na parede.
- eu dei uma pequena ré pra facilitar a vida dela e poupar meu carro (novo e lindo) do risco de uma beijoca do dela.
- ela fez com que o cara do Santana que já tinha até engatado a ré pra sair da vaga ficasse onde estava, pelo mesmo motivo.
- não satisfeita em tumultuar a vida de dois carros, ela foi manobrar pra virar o carro pro lado certo, dando ré. Sem olhar pra trás, claro, na maior.
- com isso, a mulher do Vectra que estava atrás dela, tão alerta quanto eu e o motorista do Santana, imediatamente deu ré no carro dela. E a senhora do Corsa nem mesmo notou e invadiu pelo menos metade do espaço que a outra ocupava anteriormente.
- ou seja, não estivéssemos nós três prestando atenção em todos os lados do estacionamento, ela certamente teria enfiado o carro no carro de alguém.
- e assim, depois de tudo isso, ela saiu do estacionamento, feliz e saltitante para casa, para depois se orgulhar perante a família e os amigos:

EU NUNCA BATI O CARRO!!!!

Claro que não. Bate o carro quem anda pela cidade. Bate o carro quem se arrisca. Bate o carro quem tem de prestar atenção não só no próprio volante mas também nos de pessoas que não se cansam de repetir

EU NUNCA BATI O CARRO!!!!

segunda-feira, novembro 21, 2005

Parecido não é igual

Persista... mas não insista.

Acho o ditado acima um dos mais pertinentes, e por meio do qual tento levar a minha vida.

Há uma linha tênue entre as duas ações. Nem sempre descobre-se a tempo quando é que já se passou para o lado da insistência, quando é que deixou de ser persistência.

Duas ações com significado linguístico parecido, mas ao mesmo tempo profundamente diferentes em sua essência.

Sapiência

Minha sogra (que é ex de fato mas não ainda de direito, mas eu nem ligo, porque gosto muito dela) é funcionária pública e trabalhava na Consultoria Jurídica do Ministério do Trabalho, há alguns anos.

Eis que trabalhava com ela o s. Fulano (não lembro o nome dele), um senhor humilde, que era contínuo da Consultoria.

Volta e meia o s. Fulano ia trabalhar de terno e gravata, perfumado, chique toda vida.

Minha sogra perguntou o motivo de vez por outra ele ir daquele jeito.

"Sabe o que é? E que quanto mais sem dinheiro eu estou, ou quanto mais triste seja por que motivo for, mais eu me arrumo e me enfeito, que é pra atrair coisas boas e não me deixar abater."

Me aguardem...

domingo, novembro 20, 2005

Milk shake de nutella

Toda vez que eu digo que não gosto de palmito, escuto a mesma pergunta, e vejo a mesma cara de "como assim":

VOCÊ NÃO GOSTA DE PALMITO?????

Fico me sentindo a única criatura do mundo a não ter a capacidade de gostar de tão maravilhosa iguaria.

Lanço agora outra declaração que vai provocar a mesma reação:

EU NÃO GOSTO DE MILK SHAKE DE NUTELLA DO GENERAL PRIME BURGER

Na verdade, pode até ser que eu tomasse um gole do milk shake de alguém que pedisse e achasse gostoso. O caso é que eu não gosto mesmo é de Nutella, acho enjoativo demais, mesmo para uma formiga como eu. Por conseguinte, o milk shake também não me emociona.

E como dizem que ele é better than sex, e eu não gosto dele, terei de ficar com a outra opção mesmo, fazer o quê, né?

sábado, novembro 19, 2005

Zulmira

(nesta foto, vemos Zulmi tentando se concentrar no seu novo livro da Nora Roberts)
Zulmira é a lombriga que mora no meu estômago. Mais precisamente no compartimento destinado aos doces, apesar de circular com desenvoltura pelos demais compartimentos: delícias da padaria e empadinhas, carnes mal-passadas ou ao ponto, e saladas (este último uma kitinete com vista para o paredão dos fundos).

Zulmira tem vida própria. É uma lombriga mutante de cinco metros de comprimento, mas nem parece, porque ela vive enrolada em si mesma e volta e meia levanta a cabecinha quando escuta algo que a interessa.

Zulmira é uma dependente açuco-emocional, e as crises de abstinência dela são de deixar qualquer um de cabelos em pé.

Eu bem que tento contê-la, mas ela, com seus cinco metros de comprimento, é bem maior do que o meu 1,72m e faz valer essa diferença de tamanho nos momentos em que mais preciso que ela fique lá bem quietinha, imperceptível.

Experimente falar perto dela palavras como: tortinha de morango; pão de maçã; empadinha de camarão! Por mais que você sussurre essas palavras, bem baixinho, Zulmi escuta.
(esqueci de dizer que ela é uma lombriga biônica, igual à mulher do Steve Austin, lembram???, que tinha um ouvido capaz de captar todas as fofocas do mundo - sonho de consumo de toda mulher).

Tardes modorrentas são as preferidas de Zulmi para esticar os ouvidinhos e escutar o que não deveria ser da alçada dela. E depois que Zulmi escuta, nada mais pode ser feito a não ser conter a sanha assassina da bicha dando a ela o que ela quer.

A situação torna-se especialmente crítica quando ela escuta o nome DELE. Ou vê algum email enviado por ELE. Ou o número DELE chamando no meu celular. Agrava-se perigosamente quando escuta o nome DELE vindo de um lugar bem mais familiar pra ela, bem mais próximo: de dentro do meu coração.

Zulmira domina a minha vida em todos os aspectos. Mas estamos entrando em um acordo, em nome da sobrevivência de ambas.

sexta-feira, novembro 18, 2005

Correnteza

É uma sensação esquisita esta, a de deixar acabar.

Logo eu que vivo sempre remando, sempre achando que é possível, sempre achando que vai dar certo e que há fôlego renovado todos os dias.

Mas chega uma hora em que torna-se impossível nadar contra uma correnteza mais forte do que você. Onde, por mais fortes que sejam suas braçadas, a correnteza se torna ainda mais hermética. Como se você estivesse em uma daquelas piscinas de treinamento e cada vez que consegue superar, a intensidade do fluxo da água aumenta. Como se você fosse um contato comercial e toda vez que está prestes a bater a meta do mês, seu chefe a coloca um patamar acima.

Você pensa em mil alternativas para vencer as ondas, o cansaço, o desânimo, a solidão do mar aberto. Até que se convence que a melhor coisa que pode fazer em prol da sua sobrevivência é se deixar levar. Deixar que tudo se acabe no vazio.

Largar o corpo ao sabor das ondas, do destino. Mesmo que seja pra concluir depois que ainda vale a pena nadar mais um pouquinho.

Ou não.

PUTZ PUTZ PUTZ PUTZ

Há tempos a humanidade procura uma linguagem que seja universal, que seja entendida por todos os povos, que faça sentido da mesma forma para uns e outros.

A internet acabou consolidando naturalmente o inglês como a língua mundial (vamos nos reportar apenas à parte ocidental do mundo).

E na música, a linguagem mundial é a da música eletrônica.

Eventos ligados à música eletrônica acontecem o ano inteiro, em variadas partes do mundo, levando os aficionados a se deslocar para participar deles.

É tudo igual. Não tem letra. São repetitivas. As letras, quando existem, são pobres. Os críticos da música eletrônica se valem basicamente desses argumentos para desprezá-la.

Não, a música eletrônica não é igual sempre. Drum'n'bass não é nem um pouco parecido com psycho, atraem inclusive públicos totalmente diferentes: os homens gostam mais de drum'n'bass, as mulheres adoram psycho - basicamente. Até mesmo o grau de agressividade de uma pista pode ser controlado por meio do estilo a ser tocado.

Sim, quase sempre não tem letra, ou as letras são bobinhas e pobres. Porque o forte da música eletrônica não é a letra, mas sim a batida. O ritmo. A vibração. Suas várias vertentes são imperceptíveis aos ouvidos menos iniciados, mas com caractéristicas muito próprias para aqueles que gostam de música eletrônica, que conseguem identificar um estilo, um produtor, um dj, onde os demais só escutam a batida de fundo. O tão criticado PUTZ PUTZ. A alma da música eletrônica.

Sim, é repetitiva, porque se propõe a ser hipnótica. Quanto mais repetitiva, melhor. O transe na pista faz parte da música eletrônica, a batida que se repete milhares de vezes por minuto, compassando com o coração. Que vai crescendo, crescendo, em direção ao clímax, quando a batida vira, para continuar igual.

É preciso ter em mente a que se propõe a música eletrônica. É injusto julgá-la pela letra, da mesma forma que seria injusto criticar o Chico Buarque porque a música dele não lota a pista. São estilos muito diferentes e não excludentes. Gostar de um não significa não gostar do outro. Aliás, normalmente os amantes da música eletrônica são ecléticos e gostam de uma gama variada de estilos musicais, que vão do samba ao rock. Diferente dos roqueiros, por exemplo, que desprezam todos os demais que não sejam o rock.

Da mesma forma que os demais estilos, a música eletrônica também tem seus ídolos. DJs que têm cachês na casa dos 5 dígitos. Em dólares, bem entendido. Que são capazes de mobilizar pessoas do mundo inteiro para suas apresentações. Que vendem milhares de Cds a cada lançamento.

É curioso observar o comportamento da pista em uma festa de música eletrônica onde há DJs se apresentando. Se antes eles ficavam confinados a cabines minúsculas, escondidos num canto da pista, hoje eles são atração. Não raro, o lugar deles é em um palco, à vista da galera.

Se antes as pessoas dançavam em grupinhos voltados para dentro, hoje elas o fazem de frente para o DJ, exatamente como acontece em um show. Ele é o artista, ele é o dono da festa, ele é o comandante do espetáculo.

Porque a música eletrônica não pode sobreviver sem as viradas, sem o feeling do DJ para saber exatamente qual set tocar. Para sentir qual a vibração da pista e não deixá-la morrer. Para levar os freqüentadores ao transe necessário para ter fôlego pra dançar 5 ou 6 horas seguidas sem desanimar, sem doer o pé.

Ele é majestade de um reino espalhado por todo o mundo. E nós, amantes da música eletrônica, seus súditos fiéis. E animados!

Madrinha

Em casa, quase sem voz, toca o telefone, eu atendo:

- Cláudia, aqui é da academia que você freqüenta (ah ah ah... freqüenta.. ah ah ah!). Eu sou a fulana e nós estamos com um programa onde cada professor apadrinha um aluno e o ajuda em tudo o que puder dentro da academia, para melhorar o seu desempenho.
Então, eu fui escolhida como sua madrinha, pode contar comigo, viu?

Esqueci de perguntar se ela era apenas madrinha ou se ela era FADA MADRINHA, se tinha varinha de condão, essas coisas, porque do jeito que anda a minha boa vontade pra malhar, só assim.

terça-feira, novembro 15, 2005

Ouvido de passagem

Devemos encarar as pessoas que nos atacam e nos ofendem como lixas.
Cada esbarrão que dão em nós serve para nos deixar mais polidos e brilhantes, enquanto elas, tais como as lixas, ficam cada vez mais gastas e mais velhas.

segunda-feira, novembro 14, 2005

União, construção, emoção

Amanhã é o almoço de comemoração do casamento da minha amiga Lu. Aquela que eu contei, posts atrás, que o noivo ligou na terça perguntando se ela tinha o que fazer no sábado pela manhã, e uma vez que ela tava livre no horário, eles se casaram.

Almoço pra família e amigos, na casa da cunhada, um grupo restrito, do qual fico felicíssima de ter sido incluída.

Toda vez que vou a um casamento, batizado, algo que remeta a amor, família, união, construção de um relacionamento, fico emocionada e me pego pensando nas histórias tão diversas que levam as pessoas a se unirem, nos problemas que tiveram de enfrentar para finalmente estar ali, no amor que permeia aquele momento, na vontade de ter uma vida feliz com alguém neste mundo louco que nos cerca onde o amanhã é cada dia mais incerto*.

Não é fácil conhecer alguém e adaptar sua vida à presença deste alguém. Por mais que as adaptações sejam para melhor, abrir mão da conhecida vida de outrora é um passo corajoso. Muito mais simples é entoar a síndrome de Gabriela: eu nasci assim, eu cresci assim e sou mesmo assim (Gabrié-é-la!!!), e usar como escudo para não dar nenhuma brecha para que alguém faça parte da sua história.

Por isso acho que sempre choro nessas ocasiões: de alegria pelo momento, de emoção contagiante, de admiração pelas pessoas que dão passos tão importantes como se casar, ter um filho com alguém, mudar de casa ou de cidade para tentar uma vida nova.

Penso que as pessoas desprovidas de fé na humanidade ou no seu vizinho deveriam ser obrigadas a freqüentar lugares assim, e tentar se despojar de conceitos prévios para apenas admirar, aproveitar e sorver a graça do momento.

Sairiam de lá pessoas mais abertas, mais doces, menos fechadas, mais dispostas a viver melhor, a fazer mais por si mesmas e por quem está por perto, seja esse alguém pai, mãe, irmãos, avós, amores, amigos.

* (não reparem, é que depois que aconteceu o babado do meu carro, passei a achar os amanhãs incertos, antes eu os achava ótimos apenas)

Chances reduzidas

Estava vendo um pedaço de um filme agora há pouco e numa cena, um cara vira pro outro e diz:
- Ela é perfeita, fulaninho! Divorciada, sem filhos, sem gato...

Aí eu fiquei pensando cá comigo que minhas chances de casar novamente se reduzem a um terço, sendo eu uma divorciada (quase, mas também não precisa acabar comigo), COM filha (adolescente) e COM gata (das mais levadas).

Uma vez que não pretendo me livrar nem de uma (filha) nem de outra (gata levada), devo deduzir então que, se depender disso para arrumar alguém com a pinta do Al Pacino (era ele o fulaninho), eu tô perdida?

sábado, novembro 12, 2005

Feriadão dos bão

Preciso dividir com todos vocês, leitores do É o seguinte... tá bem?, minhas perspectivas de um feriadão sensacional.

Vou começar pelo meu carro.

Meu carro estava perdendo potência na subida. Gasolina suja, pensei, ou alguma coisinha, nada demais, porque ele tá andando bem e não é sempre que dá.

Resumo: na sexta, sete e meia da matina, o bicho parou e não andou mais. Embreagem ferrada (porque no blog a gente não pode falar fudida, então fala ferrada), era embreagem o problema. Duas horas esperando guincho, carro rebocado, e eu nem mesmo sei se fica pronto hoje, sábado, ainda.

Preju de R$ 995,00. Isso porque eu resolvi não viajar no feriadão para economizar uma grana.

Pensa que acabou? Não, tem mais... ESTE CARRO NÃO É MAIS MEU! Eu troquei por outro no final de semana passado e devo pegar o novo na segunda ou na quarta pós-feriado.

Ou seja, vou morrer em mil reais para pegar o carro provavelmente na segunda (porque eu não acho mesmo que ele vá ficar pronto ainda hoje, pelo andar da carruagem) e entregar na concessionária.

Para dar continuidade, neste momento estou trabalhando, para poder emendar a segunda-feira.

E na terça, tenho um almoço de casamento na Serra da Cantareira, para o qual fiz um vestido lindo com um tecido todo diferente que comprei no outlet de tecidos da Lita Mortari... decote frente única.
18 graus por enquanto lá fora, pelo menos uns 14 na Cantareira. É torcer para melhorar até terça, porque senão vou congelar (não tenho MAIS NADA no armário pra jogar sobre o corpinho - e as leitoras irão entender exatamente do que falo).

É por essas e outas que, de agora em diante, adotarei o lema de SEMPRE viajar nos feriadões, porque quando a gente fica na cidade, SEMPRE dá merda.

Saindo daqui vou tomar um passe para tirar a urucubaca: fazer uma escova, uma hidratação, uma depilação, qualquer coisa. Cada qual com sua religião, afinal!

quarta-feira, novembro 09, 2005

Vingança divina

Como já percebi rodando os blogs por aí, todo mundo tem problema com barulho de vizinho.

Pois bem, mas a justiça divina tarda mas não falha, podem acreditar nisso!

Meu vizinho do oitavo andar, casado, uma filha adolescente. Som nas alturas, TV idem, um inferno. Quem ligava pra reclamar, quando ele atendia o interfone, era só grosseria. Sem contar a brigaiada entre o casal, essas coisas deliciosas que ele fazia questão de compartilhar não só com todo o prédio, mas com o restante da rua.

Aí, esposa fica grávida, assim, sem planejar.

Aí, nasce o bebê.

O bebê, não. OS BEBÊS. TRIGÊMEAS, LINDAS DE MORRER, UMAS FOFAS. Mas três de uma tacada só... ah ah ah ah ah!!!!!

Pergunta agora se alguém escuta algum som alto vindo de lá? Nequinhas... vai que acorda as meninas quando elas finalmente dormem, as três ao mesmo tempo???

Deus é ou não é justo???

O progresso

Não sei de onde veio a resolução, quem intercedeu, não sei se o Serra mora por aqui, ou algum parente, sei lá...

Fato é que estão asfaltando as ruas do Morumbi.

Asfaltando não, reasfaltando, elas já eram (mal e porcamente, é verdade) asfaltadas. Tão é dando um tapa, colocando asfalto novo, pintando nova sinalização, essas coisas.

Ótimo, claro. Não fosse pelo fato da tarefa ter de ser feita à noite e de madrugada, para não tumultuar o trânsito.

Agüentamos então o cróóóó da máquina que raspa o asfalto, bem devagarzinho que é pra demorar a madrugada toda, senão não tem graça. Do apito da mesma máquina quando sobe a rua de volta, de ré, para sinalizar que tem máquina pesada se movimentando de ré.

Depois, o asfalto sendo jogado por uma máquina barulhenta, mais a máquina que passa pra assentar o bicho, barulhenta, óbvio.

A peãozada gritando entre si (olha o carro! faz isso! faz aquilo!), alguns assobiam, mas devo dar graças a Deus por nós, mulheres, ainda não termos dominado o mundo da construção civil, setor trabalho pesado, porque senão ia ser tudo isso e mais uma fofoca comendo solta madrugada afora, aí mesmo que ninguém dormia.

Detesto

Quando vou a um salão de beleza que não é o habitual e o cabeleireiro que meatende fica dizendo que meu cabelo tá poroso, precisa de um corte, uma hidratação, umas luzes.
(ele é do tipo que não sacou ainda que vamos ao salão para nos sentirmos glamurosas e não para ficar sendo detonadas por alguém que nunca vimos antes).

Quando vou ao shopping e fica o segurança no estacionamento sinalizando para eu estacionar na vaga, em qualquer uma não aquelas do tipo apertadinha, só porque sou mulher (e portanto, não sei estacionar), porque nunca vejo nenhum fazendo isso com os motoristas-homem.

terça-feira, novembro 08, 2005

Uma tonelada e meia

Foi o peso que tirei das minhas costas nesta tarde que passou.

Da net

Um homem sábio escreveu certa vez, em seus conflitos internos:
-Dentro de mim existem dois cachorros, um é cruel e mau, o outro é bom e dócil.
Os dois estão sempre brigando......

Quando lhe perguntaram:
-Qual dos cachorros ganhará a briga?

O homem parou, refletiu e respondeu:
-Aquele que eu alimentar.

Não costumo postar textos que recebo pela internet - até porque a grande maioria arrasadora é do Veríssimo e acho que ele ficaria bem bravo - mas o de cima eu achei bem pertinente e combina com o que eu penso.

segunda-feira, novembro 07, 2005

Revolta

Acredita que o judas escariotes do vizinho do varandão sinuoso do quarto andar do prédio da frente apareceu hoje andando para lá e para cá como se não tivesse dado um bolo na gente?

Muita petulância!

Conflito

Ao mesmo tempo que se deseja, se teme profundamente.
Ao mesmo tempo que se sente alívio, se sente frustração.
A eterna briga entre a emoção e a razão.

domingo, novembro 06, 2005

Trilha sonora

Estava eu hoje no carro, ouvindo Tim Maia, que adoro, quando comecei a pensar nas músicas de que mais gosto.

Fiz uma rápida lista mental:

- Sexual healing - Marvin Gaye
- Kayleigh - Marillion
- Paixão antiga - Tim Maia
- Breathe Again - Toni Braxton
- Always on my mind - Elvis Presley
- And I love you so - Elvis Presley
- A viagem - Roupa Nova
- Essa tal liberdade - Só pra contrariar
- Your song - Elton John
- I'll be looking at the moon - Rod Stewart (mas acho que a original é com Billie Holiday)

Bom, tem mais um monte, essas são as mais recentes, as que me trazem algum tipo de lembrança ou que me tocam por algum motivo.

Síndrome de Dóri

Às vezes eu desejo não ter uma memória emocional funcionando a tão curto prazo.
Assim eu me lembraria facilmente de dias como o de hoje e tudo ficaria bem mais fácil.

Quase um remédio

Segundo matéria que saiu no uol, o vinho tinto ajuda a prevenir a celulite, porque é feito com a uva inteira, e em sua casca estão concentrados os polifenóis, que são estruturas químicas antioxidantes.

Boa desculpa não?

sábado, novembro 05, 2005

Parece mas não é


Ontem, na pizzada que rolou aqui em casa, resolvi me esmerar na cozinha.

Comecei fazendo uma torta de ricota com cobertura de goiabada cascão para a sobremesa. Pensei em fazer uma sangria mas desisti por pura falta de cointreau ou vermute em casa.

E claro, a caipira de jabuticaba, com frutinhas escolhidas para este fim.

Amassei as bichinhas, deixei lá com um pouco de açúcar para colocar a vodca (porque esqueci de comprar sakê, então vamos de vodka mesmo) e o gelo quando parte dos convidados chegasse (no caso, bastava chegar uma única pessoa para dar início aos trabalhos, como diria a Lala).

Chega a Ingrid, ficamos papeando na cozinha, eu pego a vodka no congelador, abro, junto na jarra com a jabu esmagada, provo e... blergh!!!!

Ingrid olha o rótulo da bebida transparente e importada que eu tinha colocado e diz: isso não é vodka, é licor! E de anis ainda por cima, bem forte!!!!

Ficamos no vinho tinto mesmo de todas as horas, mais seguro.

A lombriga da vontade da caipira de jabuticaba foi saciada pelo Gustavo, que chegou mais tarde com uma garrafa salvadora de sakê. Como sou uma jabulover, tinha comprado mais de uma bandejinha. E terminamos a noite com a sakerinha de jabuticada feita pelo Gus.

Que aliás, operou o nariz hoje de manhã e jura que vai ficar a cara do Antonio Banderas!

Orgulho di mamã


Esta é a IC Artigos Promocionais e Uniformes, minha confecção.
Instalaram ontem nosso letreiro e nossa camiseta gigante.
Não ficou linda?

O dia!

Hoje amanheceu um dia tão lindo, com um céu tão azul, com os passarinhos cantando tão inspirados, que deu vontade de abrir toda a casa, empurrar as cortinas para o lado, deixar entrar o ar frio do começo da manhã e regar os gerânios da jardineira!!


(Fiz tudo isso, menos regar as plantas, porque depois da chuva de ontem, tudo o que elas não estão precisando neste momento é de mais água nas idéias.)

Plano infalível!

Em frente ao meu prédio, do outro lado da minha rua, tem um prédio que eu namoro desde que me mudei para cá (olha que já faz quase oito anos e o namoro continua firme e forte!).

Não sei o que mais me atrai nele: se a coluna de vidros azuis posicionada de forma tal que, em determinado momento do dia, o sol incide sobre ela e projeta uma sombra azul no chão; se a arquitetura em si; se o fato da sala ser toda envidraçada, com várias portas, dando idéia de luminosidade; ou se é o varandão sinuoso que circunda esta mesma sala.

Pois neste varandão sinuoso, mais precisamente no varandão sinuoso do quarto andar, mora meu vizinho solitário.

Foi minha mãe, que nem mora em São Paulo e só vem de passagem, quem primeiro notou, há alguns anos. Todas as noites, este vizinho vai até a varanda, mal iluminada pela meia luz que vem da sala, e talvez apenas uma lâmpada na varanda, com uma taça de vinho e um cigarro nas mãos. E ele fica pra lá e pra cá, absorto nele mesmo, às vezes gesticula como se consigo falasse, tomando calmamente seu vinho.

Passei então a notar que este homem repetia este ritual todas as noites. Sozinho. Apenas uma única vez vi movimento dentro do apartamento, e acredito que eram visitas; essas, também raras. Noite após noite.

Minhas dúvidas sobre se ele observaria ao redor, os outros prédios, a rua, as demais varandas, ou não, dissiparam-se quando meu prédio foi vítima de uma tentativa mambembe (felizmente) de assalto. Ele viu quando os homens pularam a divisão da área de lazer para a portaria e chamou a polícia.

E foi aí também que eu soube que o vizinho solitário e agora já misterioso é argentino e tem uma filha que não mora ali. Mais nada sei, a não ser que já deve ter pelo menos uns 50 anos, porque daqui da minha varanda dá para ver um monte de coisas, mas como ele fica à meia-luz, não consigo ver as feições (tenho de comprar um binóculo).

Uma bela noite, há quinze ou vinte dias, em petit comitê com mais 3 amigas na minha casa, mostrei o vizinho do varandão sinuoso. Estava ele andando para lá e para cá, tomando seu vinho, fumando ocasionalmente (porque ele não é do tipo chaminé, nem enche a cara, é uma única taça e se duvidar, um único cigarro que rendem horas), e nós quatro de luzes da minha sala apagadas, grudadas no canto do enorme janelão de vidro, trocando impressões sobre o que motivaria aquele homem a um ritual aparentemente tão tristonho.

Quatro mulheres juntas e as idéias começam a fervilhar. E, claro, todas elas parecem ótimas, brilhantes e coerentes, em especial depois de duas garrafas de vinho tinto (o vizinho podia não encher a cara, já nós...).

Resolvemos então que, na próxima pizzada, convidaríamos meu andarilho vizinho do prédio em frente. Faríamos um bilhetinho (querido vizinho, por que em vez de ficar aí sozinho, você não pega o seu vinho, atravessa a rua, e vem comer uma pizza com a gente aqui no sexto andar???), alguém iria entregar - já tínhamos inclusive escolhido quem iria - e pronto!

Chega então o dia da próxima pizzada, que foi ontem. Último capítulo da novela das oito, cidade tumultuada por conta do temporal que tinha caído, e nós aboletados na sala, esperando chegar todo mundo para pedir a pizza.

Já o vizinho... sumiu! Sim, ele não apareceu na varanda!!! Há anos o homem faz isso toda noite e bem naquela, na noite escolhida... necas de vizinho. Necas de meia-luz na sala, nada. Até pensei que ele devia ser noveleiro e estava vendo o último capítulo, mas se assim fosse, ele não ficaria na varanda todas as noites, mesmo no horário da novela.

Oh!, frustração! Todo um plano a duras penas arquitetado caíra por terra!

Fui dormir me lembrando dos planos infalíveis do Cebolinha, que sempre davam errado no final. Mas como o Cebolinha, não vamos desistir! Na próxima, a gente convida!

quinta-feira, novembro 03, 2005

PAAARRR PERFEEEEITO!

Não há absolutamente nada mais divertido na internet hoje do que acessar os perfis do Par Perfeito.

Alguns são tão engraçados que fazem os sites de humor perderem feio!

E as chamadas então? Que são feitas inclusive com o intuito de fazer com que você se interesse por quem as escreve e a partir dali vá acessar o perfil.

Um diz que é limpo e cheiroso, como se isso fosse um plus e não um requisito básico para qualquer ser humano que pretenda arrumar uma namorada. O outro que quer uma mulher cinsera (isso mesmo, nesse grau de cinseridade aí). Aparece um terceiro dizendo que quer uma namorada que seja boa mãe (socorro!!). Mais um cujo nick é loucoporseios, outro que é kasado karente (e como diria uma amiga, o nick é bastante kriativo).

Tem também o mergulhador que procura uma sereia. Tem o que coloca foto de sunga e faz pose na frente do carro. E uma profusão de homens de bem com a vida, que uma outra amiga minha tem verdadeira ojeriza quando lê esta frase.

Claro que nem tudo são apenas gargalhadas. Conheço mais de uma pessoa (bem mais) que conheceu alguém pela internet, casou-se e vive feliz até hoje. Ou que começou um relacionamento bacana com alguém. Acho que sites de relacionamento são como a vida real, tem de tudo. Com a diferença de ser potencializado, porque o universo é bem maior.

Mas se isso não acontecer com você, ao menos terá dado muitas e boas risadas com as pérolas que rolam por aí.

Pra encerrar a noite

- Moço, o senhor tem daqueles cartões que vêm escrito assim: para o meu grande e único amor?
- Tenho sim!
- Então me veja aí uma meia dúzia...