É o seguinte... tá bem?
terça-feira, março 27, 2007
Quando Bela tinha dois aninhos, meu pai construiu esta casinha de bonecas pra ela, em cima de uma base de cimento feita por um pedreiro, no terreno da casa da minha ex-sogra.
Projeto dele. Pintura dele. Execução dele. Carinho dele. Dedicação dele.
Amor de vô.
Hoje a casinha foi reformada, ganhou janelinhas com floreiras, ficou mais elaborada. Mas não tem mais nela o que tinha de mais bonito: a menininha de dois anos na varandinha, no dia da inauguração, toda feliz com o trabalho do vovô!
As grades
Tem coisas de que a gente nem se dá conta, até que acontecem.
Um dos quartos do meu apartamento tem uma janela enorme, daquele tipo que abre pra fora. Uma não, duas, porque elas formam um L, quase que do teto ao chão. Largas.
Elas são janelas muito baixas, e como a Isabela tinha apenas 7 anos quando me mudei pra cá, antes mesmo de mudar eu mandei instalar grades pantográficas nessas janelas, com medo dela cair.
Isabela cresceu, e as grades ali.
Não servem para proteger a gata, que inclusive passa no meio delas pra ficar no parapeitinho interno da janela tomando sol, mas continuavam ali.
Escurecem o quarto, porque são pretas pra combinar com a esquadria, mas ali ficavam.
Dificultam a limpeza do vidro, apesar de poderem ser abertas, mas olha as grades resistindo!
Não tinham mais razão de ser, só existiam.
- d. Cláudia, a senhora não quer me dar essas grades não? É que lá em casa, se a gente deixar a casa sozinha, eles roubam, então se a senhora me der as grades, eu coloco lá.
- Pode, Socorro, pode tirar e levar.
As grades são meio chatas de tirar, por isso ela tirou apenas uma por enquanto. Liberou uma das janelas.
Agora há pouco, entrei no quarto e me assustei: pela primeira vez na vida, desde que me mudei, eu olhei para aquela janela sem as grades em frente ao vidro.
Ali, sem nada, somente a persianinha fina filtrando a luz, deixando ver a paisagem do outro lado.
Eu nunca tinha me dado conta do quanto aquelas grades cobriam a paisagem daquela janela. Elas sempre estiveram ali, e continuaram mesmo depois de terem perdido a utilidade.
Como tantas coisas na nossa vida, que perdem um dia a razão de ser mas continuam ali, cobrindo a visão límpida que poderíamos ter da paisagem diante dos nossos olhos. Porque sempre estiveram, não pensamos na possibilidade delas deixarem de estar. Ficam por inércia, por hábito, por apego, seja lá porque motivo, mas certamente forte o suficiente para garantir-lhes a sobrevivência.
Um dos quartos do meu apartamento tem uma janela enorme, daquele tipo que abre pra fora. Uma não, duas, porque elas formam um L, quase que do teto ao chão. Largas.
Elas são janelas muito baixas, e como a Isabela tinha apenas 7 anos quando me mudei pra cá, antes mesmo de mudar eu mandei instalar grades pantográficas nessas janelas, com medo dela cair.
Isabela cresceu, e as grades ali.
Não servem para proteger a gata, que inclusive passa no meio delas pra ficar no parapeitinho interno da janela tomando sol, mas continuavam ali.
Escurecem o quarto, porque são pretas pra combinar com a esquadria, mas ali ficavam.
Dificultam a limpeza do vidro, apesar de poderem ser abertas, mas olha as grades resistindo!
Não tinham mais razão de ser, só existiam.
- d. Cláudia, a senhora não quer me dar essas grades não? É que lá em casa, se a gente deixar a casa sozinha, eles roubam, então se a senhora me der as grades, eu coloco lá.
- Pode, Socorro, pode tirar e levar.
As grades são meio chatas de tirar, por isso ela tirou apenas uma por enquanto. Liberou uma das janelas.
Agora há pouco, entrei no quarto e me assustei: pela primeira vez na vida, desde que me mudei, eu olhei para aquela janela sem as grades em frente ao vidro.
Ali, sem nada, somente a persianinha fina filtrando a luz, deixando ver a paisagem do outro lado.
Eu nunca tinha me dado conta do quanto aquelas grades cobriam a paisagem daquela janela. Elas sempre estiveram ali, e continuaram mesmo depois de terem perdido a utilidade.
Como tantas coisas na nossa vida, que perdem um dia a razão de ser mas continuam ali, cobrindo a visão límpida que poderíamos ter da paisagem diante dos nossos olhos. Porque sempre estiveram, não pensamos na possibilidade delas deixarem de estar. Ficam por inércia, por hábito, por apego, seja lá porque motivo, mas certamente forte o suficiente para garantir-lhes a sobrevivência.
segunda-feira, março 26, 2007
Olhar
Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai que bom
Que isso é meu Deus
Que frio que me dá
O encontro desse olhar
Meu olhar com o seu pela primeira vez se cruzando. Seus olhinhos tentando se acostumar com a luz daqui de fora, meus olhos brilhando por nunca terem visto nada mais lindo neste mundo do que o seu olhar.
Há 16 anos tem sido assim: encontrar o seu olhar é sempre a maior emoção do meu dia!
A Michelle
Então...
hoje era o dia da Michelle levar o bolo pra vender para arrecadar fundos para a festinha de formatura.
Aquele bolo que você, mãe zelosa, não só tem de fazer, como também enfeitar, lembram-se? Que tem de ter pelo menos 20 pedaços, pra serem vendidos cada um a R$1,00.
Aquele bolo que não pode ser substituído por meros vinte contos pra te dar menos trabalho.
A notícia de hoje caiu como uma bomba atômica no 3o. B:
A MICHELLE NÃO LEVOU BOLO!
pior...
A MICHELLE LEVOU R$ 20,00 NO LUGAR PORQUE ESTAVA COM PREGUIÇA DE FAZER O BOLO!
Foi a primeira coisa que a Isabela comentou comigo quando fui buscá-la. Com o adendo de que a menina é uma chata insuportável que só quem agüenta é a melhor amiga dela. A turma inteira tá de cara virada pra Michelle.
Michelle tá marcada para todo o sempre como a menina dos vintão.
Michelle não terá mais companhia no intervalo.
Michelle tem recebido olhares tortos.
Michelle terá seu nome pichado no muro junto com uma nota de R$ 20,00.
As mães recolhem as criancinhas quando Michelle passa.
Michelle virou uma pária do Terceiro Ano, perigando que alguém coloque o pé pra ela tropeçar bem na hora do desfile de abertura do Field Day.
Por essas e outras é que já me preveni com confeitos Mil Cores para fazer lindos bolos enfeitados e gostosos e garantir o lugar ao sol da minha filhota!
hoje era o dia da Michelle levar o bolo pra vender para arrecadar fundos para a festinha de formatura.
Aquele bolo que você, mãe zelosa, não só tem de fazer, como também enfeitar, lembram-se? Que tem de ter pelo menos 20 pedaços, pra serem vendidos cada um a R$1,00.
Aquele bolo que não pode ser substituído por meros vinte contos pra te dar menos trabalho.
A notícia de hoje caiu como uma bomba atômica no 3o. B:
A MICHELLE NÃO LEVOU BOLO!
pior...
A MICHELLE LEVOU R$ 20,00 NO LUGAR PORQUE ESTAVA COM PREGUIÇA DE FAZER O BOLO!
Foi a primeira coisa que a Isabela comentou comigo quando fui buscá-la. Com o adendo de que a menina é uma chata insuportável que só quem agüenta é a melhor amiga dela. A turma inteira tá de cara virada pra Michelle.
Michelle tá marcada para todo o sempre como a menina dos vintão.
Michelle não terá mais companhia no intervalo.
Michelle tem recebido olhares tortos.
Michelle terá seu nome pichado no muro junto com uma nota de R$ 20,00.
As mães recolhem as criancinhas quando Michelle passa.
Michelle virou uma pária do Terceiro Ano, perigando que alguém coloque o pé pra ela tropeçar bem na hora do desfile de abertura do Field Day.
Por essas e outras é que já me preveni com confeitos Mil Cores para fazer lindos bolos enfeitados e gostosos e garantir o lugar ao sol da minha filhota!
domingo, março 25, 2007
25 de março
Até este momento, o dia já rendeu um pacote de deditos, um de ovinhos de amendoim e uma dor-de-barriga imensa pelo excesso de gordura.
sábado, março 24, 2007
Paixão antiga
Paixão antiga sempre mexe com a gente
é tão difícil esquecer
basta um encontro por acaso e pronto
começa tudo outra vez
e vendo você
meu coração parece que vai saltar
pelo meu corpo saudade em todo lugar
e eu sem disfarçar te como com meu olhar
foi bom demais não tinha que acabar.
Meu bem
quando te vi
tudo voltou
e eu compreendi
que te amo, quero, adoro, sempre mais
Deixa o coração te seduzir
não dá mais pra disfarçar
deixa o sentimento decidir
já é hora de voltar.
(Tim Maia - minha preferida dele)
Com pequenas adaptações, esta é a música-resumo da semana.
é tão difícil esquecer
basta um encontro por acaso e pronto
começa tudo outra vez
e vendo você
meu coração parece que vai saltar
pelo meu corpo saudade em todo lugar
e eu sem disfarçar te como com meu olhar
foi bom demais não tinha que acabar.
Meu bem
quando te vi
tudo voltou
e eu compreendi
que te amo, quero, adoro, sempre mais
Deixa o coração te seduzir
não dá mais pra disfarçar
deixa o sentimento decidir
já é hora de voltar.
(Tim Maia - minha preferida dele)
Com pequenas adaptações, esta é a música-resumo da semana.
Negligência... de quem?
Estava lendo uma notícia sobre um avô que foi preso sob acusação de tortura, por manter o neto de 2 anos amarrado a uma corda dentro de um canil, junto com 3 cachorros, enquanto trabalhava ali do lado. O menino usava um casaco de capuz, a corda era amarrada a este capuz, e havia um colchãozinho para que ele pudesse sentar, brincar, dormir.
O menino foi recolhido a um abrigo e talvez seja adotado por alguma família. Vizinhos dos avós da criança estão revoltados e dão conta do avô como um homem carinhoso, que teria amarrado a criança para mantê-la em segurança, porque ali do lado tem um lago e um cachorro da vizinhança que é muito bravo e não há ninguém para tomar conta da criança enquanto ele trabalha.
A criança não se alimenta, chora chamando pela mãe, pelo avô e pelo au-au do vô.
Não cabe aqui um julgamento da situação. Cabe sim uma reflexão. A de que famílias cercadas pela pobreza são desamparadas pelo Estado e precisam dar uma solução nas próprias vidas. Algumas soluções são bizarras, como a citada acima. Para nós, totalmente incoerente; mas não para eles.
Você sonharia deixar em casa sozinho o seu bebê de seis meses com a irmãzinha de 7 anos pra tomar conta dele durante o dia, ambos trancados em uma casa precária? Pois centenas de mães têm de fazer isso, para poder trabalhar e sobreviver. Uma faísca, um curto-circuito (porque as instalações elétricas são mais precárias do que a própria casa), um incêndio, uma tragédia.
Negligência materna? Pode-se alegar negligência numa cidade como São Paulo, cujo deficit de vagas em creches públicas bate na casa de 100 mil?
E as creches que funcionam, abrem às 7h e fecham às 16h. Quem, em nome de Deus, consegue estar de volta do trabalho às 16h para pegar o filho na creche? Poucas privilegiadas.
A creche onde uma das minhas funcionárias deixa a filha de um ano fechou para férias no dia 22 de dezembro para reabrir somente em 2 de fevereiro. Durante as férias, roubaram os fios elétricos, e a creche ficou sem eletricidade. Hoje é dia 24 de março, e talvez em abril ela volte a funcionar. Minha funcionária é privilegiada no cenário: tem mãe, o pai da criança mora com ela, trabalha alguns dias em turno noturno e pode ajudar a tomar conta. Mesmo assim, tem dia que tudo dá errado e lá vem Yasmin trabalhar com a mamãe. Aqui tem espaço, e todo mundo acaba se revezando pra tomar conta dela. Mas e se assim não fosse, o que ela teria feito de 22 de dezembro pra cá?
Aqui na confecção, convivo com um mundo muito diferente do meu. Um mundo onde não existem berçários nos quais as mães podem ver seus bebês pela internet quando bate a saudade no trabalho. Não é um mundo miserável, todos têm suas casas, suas vidas certinhas, pagam as contas com o suor do trabalho e se empenham em que seus filhos estudem e sejam mais do que eles são. Mas convivem de perto com pessoas que não têm o básico, com gente que dorme em cima do estrado da cama por não ter um colchão.
E se escandalizam, como eu e você. A diferença é que a linha entre eles é tão tênue que eles não apontam o dedo para criticar, mas sim para apoiar e defender. Porque se eles não se defenderem, não há quem os defenda, os ajude e os proteja em um mundo onde seus básicos direitos são negados todo o tempo.
O menino foi recolhido a um abrigo e talvez seja adotado por alguma família. Vizinhos dos avós da criança estão revoltados e dão conta do avô como um homem carinhoso, que teria amarrado a criança para mantê-la em segurança, porque ali do lado tem um lago e um cachorro da vizinhança que é muito bravo e não há ninguém para tomar conta da criança enquanto ele trabalha.
A criança não se alimenta, chora chamando pela mãe, pelo avô e pelo au-au do vô.
Não cabe aqui um julgamento da situação. Cabe sim uma reflexão. A de que famílias cercadas pela pobreza são desamparadas pelo Estado e precisam dar uma solução nas próprias vidas. Algumas soluções são bizarras, como a citada acima. Para nós, totalmente incoerente; mas não para eles.
Você sonharia deixar em casa sozinho o seu bebê de seis meses com a irmãzinha de 7 anos pra tomar conta dele durante o dia, ambos trancados em uma casa precária? Pois centenas de mães têm de fazer isso, para poder trabalhar e sobreviver. Uma faísca, um curto-circuito (porque as instalações elétricas são mais precárias do que a própria casa), um incêndio, uma tragédia.
Negligência materna? Pode-se alegar negligência numa cidade como São Paulo, cujo deficit de vagas em creches públicas bate na casa de 100 mil?
E as creches que funcionam, abrem às 7h e fecham às 16h. Quem, em nome de Deus, consegue estar de volta do trabalho às 16h para pegar o filho na creche? Poucas privilegiadas.
A creche onde uma das minhas funcionárias deixa a filha de um ano fechou para férias no dia 22 de dezembro para reabrir somente em 2 de fevereiro. Durante as férias, roubaram os fios elétricos, e a creche ficou sem eletricidade. Hoje é dia 24 de março, e talvez em abril ela volte a funcionar. Minha funcionária é privilegiada no cenário: tem mãe, o pai da criança mora com ela, trabalha alguns dias em turno noturno e pode ajudar a tomar conta. Mesmo assim, tem dia que tudo dá errado e lá vem Yasmin trabalhar com a mamãe. Aqui tem espaço, e todo mundo acaba se revezando pra tomar conta dela. Mas e se assim não fosse, o que ela teria feito de 22 de dezembro pra cá?
Aqui na confecção, convivo com um mundo muito diferente do meu. Um mundo onde não existem berçários nos quais as mães podem ver seus bebês pela internet quando bate a saudade no trabalho. Não é um mundo miserável, todos têm suas casas, suas vidas certinhas, pagam as contas com o suor do trabalho e se empenham em que seus filhos estudem e sejam mais do que eles são. Mas convivem de perto com pessoas que não têm o básico, com gente que dorme em cima do estrado da cama por não ter um colchão.
E se escandalizam, como eu e você. A diferença é que a linha entre eles é tão tênue que eles não apontam o dedo para criticar, mas sim para apoiar e defender. Porque se eles não se defenderem, não há quem os defenda, os ajude e os proteja em um mundo onde seus básicos direitos são negados todo o tempo.
segunda-feira, março 19, 2007
Receita do bolo de chocolate que vendeu rapidinho
3 ovos
1 xícara de nescau
1 xícara de açúcar
2 xícaras de farinha de trigo
2 colheres (sopa) de manteiga ou margarina
1/2 xícara de óleo.
1 xícara de leite fervendo
1 colher (sobremesa rasa) pó royal
Coloque numa tigela todos os ingredientes, menos o leite e o pó royal. Misture tudo. Depois, coloque o leite fervendo e em seguida o pó royal sobre o leite. Ele vai espumar, fazendo txiiiii!. Misture novamente, sem bater.
Despeje em uma forma untada e enfarinhada, e coloque para assar em forno médio pré-aquecido por 30 a 40 minutos.
Então, a receita acima não dá 20 pedaços não, viu? Dá só metade.
Eu sempre coloco uma outra forma por baixo da do bolo, pra não sapecar o fundo da massa e ficar aquele gosto de queimado.
Controle a ansiedade e não fique abrindo o forno toda hora. Deixe o bichinho lá quietinho por pelo menos meia hora antes de ir dar uma olhadinha pra ver se já está bom.
Depois, faça um brigadeiro de microondas mesmo, mole, jogue por cima e enfeite com os confeitos MIL CORES, O REI DOS SABORES!!!
1 xícara de nescau
1 xícara de açúcar
2 xícaras de farinha de trigo
2 colheres (sopa) de manteiga ou margarina
1/2 xícara de óleo.
1 xícara de leite fervendo
1 colher (sobremesa rasa) pó royal
Coloque numa tigela todos os ingredientes, menos o leite e o pó royal. Misture tudo. Depois, coloque o leite fervendo e em seguida o pó royal sobre o leite. Ele vai espumar, fazendo txiiiii!. Misture novamente, sem bater.
Despeje em uma forma untada e enfarinhada, e coloque para assar em forno médio pré-aquecido por 30 a 40 minutos.
Então, a receita acima não dá 20 pedaços não, viu? Dá só metade.
Eu sempre coloco uma outra forma por baixo da do bolo, pra não sapecar o fundo da massa e ficar aquele gosto de queimado.
Controle a ansiedade e não fique abrindo o forno toda hora. Deixe o bichinho lá quietinho por pelo menos meia hora antes de ir dar uma olhadinha pra ver se já está bom.
Depois, faça um brigadeiro de microondas mesmo, mole, jogue por cima e enfeite com os confeitos MIL CORES, O REI DOS SABORES!!!
Dúvida cruel
Por que será que eu dou conselhos ótimos para as minhas amigas se não consigo segui-los eu mesma?
domingo, março 18, 2007
O bolo
Hoje foi o nosso primeiro bolo, eu e Bela. Não que a gente nunca tenha feito um bolo juntas na vida. Pra falar a verdade, quase nunca, porque Bela não é chegada em cozinha, como eu era, a ponto de montar caderno de receitas (no primeiro de todos os cadernos, descobri hoje que minha mãe escreveu, na última folha, uma Novena para as almas que mais sofrem no purgatório, pode isso?) quando tinha a idade dela ou menos.
Foi o nosso primeiro bolo de uma série deles pra vender no colégio, ao longo do ano, pra arrecadar dinheiro para a festa de formatura, porque meu bebê já está no 3o. ano.
Eu tinha até me esquecido de que o dia dela levar o bolo era amanhã. Foi lá pelas 5 da tarde deste domingo que ela anunciou:
- mãe, tem de fazer o bolo.
- que bolo?
- o bolo pra eu levar pro colégio, mãe, amahã é o meu dia, eu já tinha te falado.
- falou, filha, mas tem de ficar lembrando dois dias antes, pra mamãe comprar os ingredientes, que eu esqueço.
Bati o bolo (no muque, pra aproveitar e fazer exercício pros braços, aliado à preguiça de montar a batedeira) enquanto ela untava a forma. Receita dupla, porque cada bolo tem de render 20 pedaços, vendidos a R$ 1,00 cada.
Bolo no forno, encontro duas amigas no messenger, uma delas mãe de dois ex-alunos do colégio onde Bela estuda:
- oi, meninas. Tava fazendo o bolo pra Isabela levar amanhã pra vender pra formatura etc etc.
- você já enfeitou o bolo?
- como assim enfeitou?
- tem de enfeitar, Cláudia. Eu e a Mi sempre enfeitamos, pra vender mais rápido. Tem de colocar isso, isso, aquilo, blá blá blá.
Entra minha outra amiga no meio do papo:
- não pode simplesmente dar os vinte contos pra eles e pronto?
- imagina, nem pensar! - disse horrorizada a amiga enfeitadora de bolos. - Eles ficam envergonhadíssimos, os colegas olham de cara feia, tem de levar o bolo pra vender. E enfeitado.
- tá vendo? É por causa de mães como você que mães como eu se ferram. Ficam enfeitando os bolos, enchendo de fru-frus, inflacionam o mercado, jogam o grau de exigência da molecada lá no teto e depois a gente tem de fazer igual!!
- deixa de deboche e vai lá enfeitar o bolo da menina vai...
Pois é. Por via das dúvidas, comprei um granulado no supermercado, fiz uma cobertura de brigadeiro e botei tudo em cima do bolo. A cara tá boa, espero que seja um sucesso de vendas.
E já desencavei meus cadernos de receita pra inventar algumas coisas bacanas pra eles venderem no dia do Field Day (o último Field Day, no qual eles homenageiam os alunos do terceiro ano, vou chorar ou não vou?), na Páscoa, no dia das Mães...
Se depender da minha animação, o caixa da baladinha de formatura deles vai explodir de tanta grana! E azar das outras mães que vierem depois de mim!
Foi o nosso primeiro bolo de uma série deles pra vender no colégio, ao longo do ano, pra arrecadar dinheiro para a festa de formatura, porque meu bebê já está no 3o. ano.
Eu tinha até me esquecido de que o dia dela levar o bolo era amanhã. Foi lá pelas 5 da tarde deste domingo que ela anunciou:
- mãe, tem de fazer o bolo.
- que bolo?
- o bolo pra eu levar pro colégio, mãe, amahã é o meu dia, eu já tinha te falado.
- falou, filha, mas tem de ficar lembrando dois dias antes, pra mamãe comprar os ingredientes, que eu esqueço.
Bati o bolo (no muque, pra aproveitar e fazer exercício pros braços, aliado à preguiça de montar a batedeira) enquanto ela untava a forma. Receita dupla, porque cada bolo tem de render 20 pedaços, vendidos a R$ 1,00 cada.
Bolo no forno, encontro duas amigas no messenger, uma delas mãe de dois ex-alunos do colégio onde Bela estuda:
- oi, meninas. Tava fazendo o bolo pra Isabela levar amanhã pra vender pra formatura etc etc.
- você já enfeitou o bolo?
- como assim enfeitou?
- tem de enfeitar, Cláudia. Eu e a Mi sempre enfeitamos, pra vender mais rápido. Tem de colocar isso, isso, aquilo, blá blá blá.
Entra minha outra amiga no meio do papo:
- não pode simplesmente dar os vinte contos pra eles e pronto?
- imagina, nem pensar! - disse horrorizada a amiga enfeitadora de bolos. - Eles ficam envergonhadíssimos, os colegas olham de cara feia, tem de levar o bolo pra vender. E enfeitado.
- tá vendo? É por causa de mães como você que mães como eu se ferram. Ficam enfeitando os bolos, enchendo de fru-frus, inflacionam o mercado, jogam o grau de exigência da molecada lá no teto e depois a gente tem de fazer igual!!
- deixa de deboche e vai lá enfeitar o bolo da menina vai...
Pois é. Por via das dúvidas, comprei um granulado no supermercado, fiz uma cobertura de brigadeiro e botei tudo em cima do bolo. A cara tá boa, espero que seja um sucesso de vendas.
E já desencavei meus cadernos de receita pra inventar algumas coisas bacanas pra eles venderem no dia do Field Day (o último Field Day, no qual eles homenageiam os alunos do terceiro ano, vou chorar ou não vou?), na Páscoa, no dia das Mães...
Se depender da minha animação, o caixa da baladinha de formatura deles vai explodir de tanta grana! E azar das outras mães que vierem depois de mim!
sábado, março 17, 2007
Ridículo e absurdo!
E como não há mais muita coisa para se inventar e tem gente com idéias estapafúrdias demais solta pelo mundo (e com coisa de menos pra se preocupar, porque se tivesse um tanque de roupa pra lavar, não teria tempo pra pensar merda), agora resolveram pintar os gatos - isso mesmo, gato, aquele bichinho doméstico - com tinta, na intenção de que eles sejam peças decorativas.
Tem gato com pintura de Charlie Chaplin na parte traseira, gato com cara de borboleta, gato abstrato, gato com pintura de diva dos anos 20.
O fim. Gato é um animal, um ser vivo que merece ter sua personalidade respeitada. Não é um brinquedo. Quer uma pintura pra enfeitar a casa? Compra um quadro na feira hippie.
Aí apareceu um centro de tratamento para dizer que os gatos pintados ajudam mulheres a se recuperar depois de um acontecimento traumático.
Alguém aí pode me esclarecer no que, pelamordedeus, ridicularizar um bicho inocente por ajudar alguém a se recuperar de ter tomado umas bordoadas do marido? De ter sofrido violência sexual? De ter perdido um filho? De ter sofrido um acidente e ficado tetraplégica?
Com tanta coisa mais importante clamando por atenção...
Tem gato com pintura de Charlie Chaplin na parte traseira, gato com cara de borboleta, gato abstrato, gato com pintura de diva dos anos 20.
O fim. Gato é um animal, um ser vivo que merece ter sua personalidade respeitada. Não é um brinquedo. Quer uma pintura pra enfeitar a casa? Compra um quadro na feira hippie.
Aí apareceu um centro de tratamento para dizer que os gatos pintados ajudam mulheres a se recuperar depois de um acontecimento traumático.
Alguém aí pode me esclarecer no que, pelamordedeus, ridicularizar um bicho inocente por ajudar alguém a se recuperar de ter tomado umas bordoadas do marido? De ter sofrido violência sexual? De ter perdido um filho? De ter sofrido um acidente e ficado tetraplégica?
Com tanta coisa mais importante clamando por atenção...
sexta-feira, março 16, 2007
My world crumbles if you're not there
Ontem eu ouvi pela primeira vez uma musiquinha da Macy Gray, em cujo refrão ela canta: my world crumbles if you're not there.
E fiquei pensando que, há muitos anos já, toda minha vida gira em torno de uma pessoa. Todos os meus atos são permeados pela presença dela. Toda a minha motivação, minha energia, minha alegria vêm dela. Todo o meu planejamento parte da existência dela, e a inclui.
Ela é o meu mundo, minha vida, minha alegria, meu sol, minha estrelinha.
Filha, my world crumbles if you're not there.
E fiquei pensando que, há muitos anos já, toda minha vida gira em torno de uma pessoa. Todos os meus atos são permeados pela presença dela. Toda a minha motivação, minha energia, minha alegria vêm dela. Todo o meu planejamento parte da existência dela, e a inclui.
Ela é o meu mundo, minha vida, minha alegria, meu sol, minha estrelinha.
Filha, my world crumbles if you're not there.
quarta-feira, março 14, 2007
Usabilidade
Ontem eu assisti a uma matéria sobre usabilidade dos produtos que fazem parte do nosso dia-a-dia. É um assunto muito interessante e pouco explorado, o que é incrível, pois basta pensar nas pequenas soluções que facilitam demais a nossa vida.
A gente nem pensa em quanta pesquisa e quanto trabalho existiu por trás daquela alcinha de abrir a lata do refrigerante, ou do puxador de porta de carro que não detona as unhas (a do meu detona, hello Fiat!), ou daquele filetinho vermelho de abrir o pacote de biscoitos sem esfarelar tudo pelo chão. Mas basta pegar um pacote de algum produto que seja difícil de abrir pra gente se lembrar dele. O rádio do meu carro é uma coisa absolutamente improgramável, com cada botão com 15 funções sobrepostas.
Aí eu me lembrei de quando comecei a trabalhar com Comunicação Empresarial há uns 7 anos, vinda de um período longo fora do mercado de trabalho por ter optado por ficar com a Bela enquanto ela era pequena.
Era uma editora de publicações empresariais e eu atendia, como jornalista, 4 publicações. Duas delas eram minhas preferidas: a AgroCargill, que só tratava de agribusiness - e que eu não conhecia lhufas e passei a adorar o assunto; e o jornal da Gradiente, que nem lembro mais o nome, apesar de cuidar dele quase que inteiramente sozinha. Pelo menos duas vezes por semana eu passava quase a tarde toda no prédio da Gradiente, em Pinheiros.
Em uma das minhas entrevista, conheci o então Diretor da Divisão de DVDs, numa época em que DVD era coisa recente. Conversa vai, conversa vem, e ele disse que o maior problema que a assistência técnica da Gradiente enfrentava eram os defeitos por conta do mau uso do produto. E que ele não entendia porque aquilo acontecia, afinal, havia o manual de instruções.
Argumentei que havia, sim, o manual, mas que na maior parte das vezes ele era imenso, detalhista, técnico e cansativo. Que não era viável ter de consultar o manual cada vez que se usasse o produto. E que o manual era feito por engenheiros, analisados por engenheiros e, principalmente, por pessoas que conheciam o produto pelo avesso e que por isso, ele sempre pareceria claro e fácil de entender para as pessoas de dentro da divisão do produto.
Ele me perguntou se eu tinha alguma sugestão para o caso e eu disse que sim: que ele pegasse um jornalista para traduzir o manual. Que deixasse na mão dele o produto e o manual conforme a área técnica o concebia, para que ele aprendesse a mexer no produto com o auxílio do manual e assim ele poderia anotar as dúvidas que surgissem. E que depois disso, ele poderia reescrever o manual em linguagem coloquial, mais acessível para o consumidor.
Mais: que se este jornalista fosse uma mulher seria ainda melhor, pois os homens são mais familiarizados com o assunto e as mulheres tendem a encarar aparelhos eletrônicos como bichos-papões com mais freqüência.
- Se eu montar um projeto desses, e a presidência da Gradiente aprovar, você o faria? Não apenas para os DVDs, mas para todos os produtos da empresa- ele perguntou.
Lógico né? Imagina se eu não ia achar o máximo! Visitar a fábrica da Gradiente em Manaus, tomar contato com tudo o que seria lançado... dar palpite, pode ter coisa melhor pruma mulher do que ser paga para dar palpites???
Infelizmente, pouco tempo depois este diretor saiu da Gradiente e foi trabalhar em uma empresa nada a ver com eletrônicos. E o projeto mixou ali mesmo. Depois disso, eu também saí da editora e nunca mais soube se alguém retomou a história.
Da próxima vez que comprar um produto Gradiente, vou ler o manual pra ver se alguma sementinha vingou.
A gente nem pensa em quanta pesquisa e quanto trabalho existiu por trás daquela alcinha de abrir a lata do refrigerante, ou do puxador de porta de carro que não detona as unhas (a do meu detona, hello Fiat!), ou daquele filetinho vermelho de abrir o pacote de biscoitos sem esfarelar tudo pelo chão. Mas basta pegar um pacote de algum produto que seja difícil de abrir pra gente se lembrar dele. O rádio do meu carro é uma coisa absolutamente improgramável, com cada botão com 15 funções sobrepostas.
Aí eu me lembrei de quando comecei a trabalhar com Comunicação Empresarial há uns 7 anos, vinda de um período longo fora do mercado de trabalho por ter optado por ficar com a Bela enquanto ela era pequena.
Era uma editora de publicações empresariais e eu atendia, como jornalista, 4 publicações. Duas delas eram minhas preferidas: a AgroCargill, que só tratava de agribusiness - e que eu não conhecia lhufas e passei a adorar o assunto; e o jornal da Gradiente, que nem lembro mais o nome, apesar de cuidar dele quase que inteiramente sozinha. Pelo menos duas vezes por semana eu passava quase a tarde toda no prédio da Gradiente, em Pinheiros.
Em uma das minhas entrevista, conheci o então Diretor da Divisão de DVDs, numa época em que DVD era coisa recente. Conversa vai, conversa vem, e ele disse que o maior problema que a assistência técnica da Gradiente enfrentava eram os defeitos por conta do mau uso do produto. E que ele não entendia porque aquilo acontecia, afinal, havia o manual de instruções.
Argumentei que havia, sim, o manual, mas que na maior parte das vezes ele era imenso, detalhista, técnico e cansativo. Que não era viável ter de consultar o manual cada vez que se usasse o produto. E que o manual era feito por engenheiros, analisados por engenheiros e, principalmente, por pessoas que conheciam o produto pelo avesso e que por isso, ele sempre pareceria claro e fácil de entender para as pessoas de dentro da divisão do produto.
Ele me perguntou se eu tinha alguma sugestão para o caso e eu disse que sim: que ele pegasse um jornalista para traduzir o manual. Que deixasse na mão dele o produto e o manual conforme a área técnica o concebia, para que ele aprendesse a mexer no produto com o auxílio do manual e assim ele poderia anotar as dúvidas que surgissem. E que depois disso, ele poderia reescrever o manual em linguagem coloquial, mais acessível para o consumidor.
Mais: que se este jornalista fosse uma mulher seria ainda melhor, pois os homens são mais familiarizados com o assunto e as mulheres tendem a encarar aparelhos eletrônicos como bichos-papões com mais freqüência.
- Se eu montar um projeto desses, e a presidência da Gradiente aprovar, você o faria? Não apenas para os DVDs, mas para todos os produtos da empresa- ele perguntou.
Lógico né? Imagina se eu não ia achar o máximo! Visitar a fábrica da Gradiente em Manaus, tomar contato com tudo o que seria lançado... dar palpite, pode ter coisa melhor pruma mulher do que ser paga para dar palpites???
Infelizmente, pouco tempo depois este diretor saiu da Gradiente e foi trabalhar em uma empresa nada a ver com eletrônicos. E o projeto mixou ali mesmo. Depois disso, eu também saí da editora e nunca mais soube se alguém retomou a história.
Da próxima vez que comprar um produto Gradiente, vou ler o manual pra ver se alguma sementinha vingou.
domingo, março 11, 2007
Brasil entrou em guerra
Calma, calma, este era apenas o nome de uma das brincadeiras mais populares da rua sem saída onde eu morava, em Niterói, nos idos dos anos 70.
Consistia em fazer um círculo no chão e dividi-lo pelo número de participantes, como se fosse um queijo minas. Cada um escolhia o país que queria ser e escrevia o nome do país no chão. Tudo com uma pedra, dessas que riscam asfalto. No centro do círculo, uma bola. E nós, cada um com um pezinho no seu pedacinho de mundo, prontos pra sair correndo.
Aí, quem era o Brasil começava a brincadeira dizendo Brasil entrou em guerra com... e berrava o nome de um dos países que estavam no jogo. Depois disso, não me lembro o que rolava, só sei que todo mundo saía correndo desabaladamente. Acho que o país citado tinha de pegar a bola e tacar no mais próximo. Se acertasse, não sei qual era a punição, não lembro.
Do que me lembro bem era o país que eu sempre queria ser: Suriname. Nada de Itália, França, Estados Unidos, Inglaterra ou outros mais cotados. Eu era apaixonada pelo Suriname e achava que um país com um nome lindo daqueles devia ser o máximo de legal. Aos oito anos de idade, Suriname é realmente um nome que desperta fantasias.
Ou seja, eu era sempre o Suriname, e ai de quem ousasse querer ser Suriname! Não sei porque motivo ninguém nunca quis ser dono deste glamouroso lugar e defendê-lo até a morte de uma possível guerra com os demais países do mundo. Só eu.
Depois de um tempo pertencendo ao fiel exército surinamês (ou seria surinamense? surinameano?), mudei de lado: passei a achar o máximo que o meu país fosse a Venezuela!
Tudo por causa dos concursos de Miss Universo, claro, nos quais quase todo ano era uma venezuelana que ganhava o título e desfilava assim, altiva e linda, com um manto de veludo, uma coroa brilhante e um cetro. Sendo assim, a Venezuela só podia ser mesmo uma terra pela qual valia a pena eu lutar com todo o meu fervor infantil.
Quando a gente é criança, o mundo é tão mais simples!
Consistia em fazer um círculo no chão e dividi-lo pelo número de participantes, como se fosse um queijo minas. Cada um escolhia o país que queria ser e escrevia o nome do país no chão. Tudo com uma pedra, dessas que riscam asfalto. No centro do círculo, uma bola. E nós, cada um com um pezinho no seu pedacinho de mundo, prontos pra sair correndo.
Aí, quem era o Brasil começava a brincadeira dizendo Brasil entrou em guerra com... e berrava o nome de um dos países que estavam no jogo. Depois disso, não me lembro o que rolava, só sei que todo mundo saía correndo desabaladamente. Acho que o país citado tinha de pegar a bola e tacar no mais próximo. Se acertasse, não sei qual era a punição, não lembro.
Do que me lembro bem era o país que eu sempre queria ser: Suriname. Nada de Itália, França, Estados Unidos, Inglaterra ou outros mais cotados. Eu era apaixonada pelo Suriname e achava que um país com um nome lindo daqueles devia ser o máximo de legal. Aos oito anos de idade, Suriname é realmente um nome que desperta fantasias.
Ou seja, eu era sempre o Suriname, e ai de quem ousasse querer ser Suriname! Não sei porque motivo ninguém nunca quis ser dono deste glamouroso lugar e defendê-lo até a morte de uma possível guerra com os demais países do mundo. Só eu.
Depois de um tempo pertencendo ao fiel exército surinamês (ou seria surinamense? surinameano?), mudei de lado: passei a achar o máximo que o meu país fosse a Venezuela!
Tudo por causa dos concursos de Miss Universo, claro, nos quais quase todo ano era uma venezuelana que ganhava o título e desfilava assim, altiva e linda, com um manto de veludo, uma coroa brilhante e um cetro. Sendo assim, a Venezuela só podia ser mesmo uma terra pela qual valia a pena eu lutar com todo o meu fervor infantil.
Quando a gente é criança, o mundo é tão mais simples!
Falta do que fazer dá nisso
Dentro de 15 anos, aproximadamente, as mulheres poderão colocar próteses de silicone nos seios dotadas de MP3 player.
Ou seja, no futuro, você poderá ter peitos tocando em dolby surround stereo o seu artista preferido. Imagine um par de seios tocando meu iaiá meu ioiô???? Ou a cigana Sandra Rosa Madalena? Ou um heavy metal? Ou uns peitos chicleteiros?
E se for uma tecnologia parecida com o iPod hoje, as faixas poderão ser mudadas simplesmente passando o dedo levemente sobre o mamilo.
Fico pensando se haverá um dispositivo de hold, para evitar mudanças de faixa em momentos indesejados.
Ou seja, no futuro, você poderá ter peitos tocando em dolby surround stereo o seu artista preferido. Imagine um par de seios tocando meu iaiá meu ioiô???? Ou a cigana Sandra Rosa Madalena? Ou um heavy metal? Ou uns peitos chicleteiros?
E se for uma tecnologia parecida com o iPod hoje, as faixas poderão ser mudadas simplesmente passando o dedo levemente sobre o mamilo.
Fico pensando se haverá um dispositivo de hold, para evitar mudanças de faixa em momentos indesejados.
sábado, março 10, 2007
Tô indo já!
Segundo o jornal francês Le Monde, na Ásia há um déficit populacional de 90 milhões de mulheres.
Tchau pra quem fica...
Tchau pra quem fica...
sexta-feira, março 09, 2007
Pra que?
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse em entrevista coletiva que não concorda com o pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a redução imediata da tarifa norte-americana de importação do etanol brasileiro (fonte: uol)
Agora me diga: precisava ter se bandeado até aqui, complicado o trânsito, interditado avenidas, me fazer ficar dois dias sem malhar porque a minha academia é no hotel onde ele se hospedou (os outros 60 em que não tenho pisado na academia é por opção minha, não compulsoriamente), tumultuado a vida da cidade, feito meio mundo se preocupar com a sua segurança (a outra metade quer mais é que ele se exploda) pra dizer exatamente o que a gente já sabia?
Parece aquela história do cara que bate na porta da menina, ela abre, e ele diz: ó, vim aqui pra te dizer que eu não quero mais te ver, tá?
Podia ter falado o que falou por telefone mesmo. Ou se pendurado no msn com o Lula. Eita povinho avesso à tecnologia!
Agora me diga: precisava ter se bandeado até aqui, complicado o trânsito, interditado avenidas, me fazer ficar dois dias sem malhar porque a minha academia é no hotel onde ele se hospedou (os outros 60 em que não tenho pisado na academia é por opção minha, não compulsoriamente), tumultuado a vida da cidade, feito meio mundo se preocupar com a sua segurança (a outra metade quer mais é que ele se exploda) pra dizer exatamente o que a gente já sabia?
Parece aquela história do cara que bate na porta da menina, ela abre, e ele diz: ó, vim aqui pra te dizer que eu não quero mais te ver, tá?
Podia ter falado o que falou por telefone mesmo. Ou se pendurado no msn com o Lula. Eita povinho avesso à tecnologia!