É o seguinte... tá bem?

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quarta-feira, agosto 31, 2005

Contagem regressiva

Depois de meses envolvida com cirurgia, tratamento para os rins e quimioterapia, hoje ouvi do veterinário a notícia que eu temia: que a minha gatinha, a Aninha, vai morrer.

A quimioterapia foi suspensa pois não houve remissão do linfoma. Ao contrário, ele está ainda mais agressivo do que se supunha no começo, quando ela parecia responder tão bem ao tratamento.

Fiquei ali, com a minha bichinha no colo, escutando ele me dizer tudo isso e que nada mais podia ser feito a não ser cuidar dela até sua morte. Tempo previsto: uma semana.

Olho pra ela, tão magrinha, tão fraquinha, e me lembro de quando ela chegou aqui em casa há quase 7 anos: magrinha, fraquinha, desnutrida, suja porque não sabia nem se lamber, com pulga, sarna e infecção no ouvido. Quase um caso perdido, em que carinhos e cuidados foram suficientes para reverter a situação.

Mas agora, por mais que eu cuide, por mais que eu dê carinho, comidinha na boca, remédios, tudo, tenho de aceitar que logo ela não estará mais aqui.

Um amigo meu disse que, no islamismo, os animais têm um lugar especial no paraíso. Espero que sim. Que no céu dos gatinhos tenha muito filezinho de salmão, como diz a Lala. E atum, peito de peru, ossinhos de galinha, sol quentinho pra ficar estendida se esquentando... Ninguém para dar banho, nem secar com o secador, nem para cortar as unhas e limpar as orelhas. Aí sim, saberei que ela está bem e feliz!

terça-feira, agosto 30, 2005

Perdeu-se

Minha saudosa querida...

redobrarei os esforços para tê-la novamente comigo, como foi durante toda a nossa vida.

(Carta à cinturinha desaparecida)

Sete de Setembro

Meu pai é militar do Exército, hoje da reserva. Cresci indo com ele até o quartel onde ele trabalhava, em Niterói, que para mim era o paraíso: tinha canil, jardins, gatos vira-latas em profusão, parquinho, árvores...

Depois nos mudamos pra Brasília, e ele foi trabalhar no Centro de Processamento de Dados do Exército, onde não tinha nada disso, só uns computadores enormes (e naquela época era moda imprimir umas imagens de Jesus toda em numerozinhos, e fazer quadros, o must da tecnologia). E como eu tinha crescido também, perdeu a graça ir para o trabalho com meu pai.

E no meio disso tudo, fui crescendo absorvendo valores cultivados pelo Exército, em especial amor à Pátria, traduzidos em frases e citações espalhadas pelas paredes do Batalhão, na hierarquia militar, nos rituais, nos uniformes, em tudo o que cerca a vida na caserna.

Por conta disso eu adoro solenidades militares. Choro quando escuto o Hino Nacional em cerimônias, qualquer uma, inclusive na abertura dos jogos do colégio da minha filha. Me emociono com o Hino à Bandeira, para mim o mais lindo de todos (querido símbolo da terra, da amada terra do Brasil... ai ai). Adoro o Hino da Marinha, o Hino ao Soldado, todos eles.

Morar em Brasília então foi um prato cheio para mim. Todo primeiro domingo do mês (ou será o último? não lembro mais), havia a troca da enorme bandeira que fica na Esplanada dos Ministérios, vulgo Bandeirão. Adorava assistir, a bandeira antiga baixando lentamente, a nova subindo ao mesmo tempo. O balé dos soldados para amparar a bandeira que descia, de maneira que nenhuma ponta dela tocasse o chão (falta grave), a dobradura toda especial que fazia dela um pacotinho.

Uma vez por semana, a troca da guarda no Palácio do Planalto, os Dragões da Independência, realizada na rampa. A sincronia, o aspecto solene, a representação das instituições (apresentaaaaar armas!). O presidente da República passando a guarda em revista.

E o desfile de Sete de Setembro. Lembro de mim bem pequena, indo para o centro de Niterói ver o desfile junto com minha mãe e minha irmã, porque meu pai marchava todos os anos nele. E mesmo no meio daquele monte de fardados, a gente o reconhecia, e ele também nos achava e dava um jeitinho de demonstrar que tinha nos visto. Ah! Ainda é nítido na minha memória a marcha sem um único erro, a coreografia perfeita, os coturnos batendo no asfalto, as palavras de ordem (Os melhores são apenas bons para a Infantaria).

Todas essas lembranças me vieram hoje, quando, conversando com um dos meus ex-cunhados pelo msn (e meus ex-cunhados ocupam no meu coração o espaço dos irmãos homens que não tive), que é médico da Aeronáutica e mora em Brasília, me contou que estava cansado pois tinha voltado do ensaio da marcha para o Sete de Setembro. E que ele ia desfilar com o uniforme cinco (o mais de gala de todos) etc etc.

Penso que se ainda morasse em Brasília, ficaria dividida entre ver o desfile para vê-lo passar, ou ficar em casa quietinha, temendo que o barulho das botas no asfalto em nada lembrasse o da minha infância. E que eu começasse a achar que o passo da marcha não estava tão certinho assim.

Tem coisas que é melhor deixar guardado na lembrança, para não perder a cor, a textura e o sabor.

segunda-feira, agosto 29, 2005

Batalha sangrenta

Ela se prepara para a batalha, que sabe que não será fácil, nem será a última. Pelo contrário, é apenas o começo de uma longa jornada rumo à vitória final. Cada pequena batalha lutada e vencida é mais um passinho em direção à glória!

Uma luta onde os inimigos são conhecidos, mas implacáveis. Onde os inimigos não se furtam a aparecer em toda parte, flagelando seu corpo cansado.

Por enquanto, estão vencendo. Pululam da sua cintura os pneus, soldados do exército do mal, quando ela senta. Celulites, verdadeiras sentinelas do inimigo, espalham-se por todo o vastíssimo território das suas coxas e bum bum, marcando acintosamente sua presença. As gorduras se localizam por toda parte, esperando a hora certa de aparecer sob as alças do sutiã, numa covarde demonstração de força.

Enquanto isso, ela se entrega ao pesado treinamento que a capacitará ao mais cobiçado dos troféus: caber no modelito sinuoso que deseja usar no aniversário de 15 anos da filha!

Spam

Puta saco esse povinho de merda que fica entupindo os comentários dos posts com spam!

Viciei

Eu, que nunca tinha suportado nem o cheiro de chá, que nunca tinha gostado de chá, que achava chá a coisa mais xoxa e sem graça do mundo... viciei em chá!
Isso tem nem um mês. Comprei um chá chamado "momento da boa forma", porque, vocês sabem, uma mulher desesperada é capaz de tudo. Fiz uma xícara, tomei e... fui me acostumando, acostumando e agora até gosto e sinto falta!

A partir de então, fui comprando variados. Silvestre, de flores e frutas, de maçã com canela... Neste momento, estou tomando a terceira xícara do dia.

Descobri que o chá me ajuda a controlar minha ansiedade, traduzida em belisquetes sem fim alternando doces com salgados. Que a temperatura de morninha pra quente sossega minhas papilas gustativas ansiosas por algum tipo de sabor.

Acho eu que se não fossem as balinhas, e agora o chá, eu seria uma fumante, argh!

domingo, agosto 28, 2005

Música do dia

Reeditando um post antigo do Bóbis...
(nem teria motivos para tanto, mas a verdade é que estou me sentindo assim agora).

Cheek to cheek
(Irving Berlin)

Heaven, I'm in heaven
And my heart beats so that I can hardly speak
And I seem to find the happiness I seek
When we're out together dancing cheek to cheek

Heaven, I'm in heaven
And the cares that hung around me through the week
Seem to vanish like a gambler's lucky streak
When we're out together dancing (swinging) cheek to cheek

Oh I love to climb a mountain
And reach the highest peak
But it doesn't thrill (boot) me half as much
As dancing cheek to cheek

Oh I love to go out fishing
In a river or a creek
But I don't enjoy it half as much
As dancing cheek to cheek

(Come on and) Dance with me
I want my arm(s) about you
That (Those) charm(s) about you
Will carry me through...

(Right up) To heaven, I'm in heaven
And my heart beats so that I can hardly speak
And I seem to find the happiness I seek
When we're out together dancing, out together dancing (swinging)
Out together dancing cheek to cheek

Nascer casada

Uma amiga disse a seguinte frase: eu já nasci casada. Ela referia-se ao fato de não gostar da vida de divorciada, que o que ela curte mesmo é ter alguém consigo, comidnhas, filminhos, jantarezinhos, grude e proximidade.

Parece uma coisa óbvia, gostar de ter alguém por perto, mas na verdade não é assim tão óbvio. Conheço muitas pessoas que só se casariam em condições ideais de temperatura e pressão. Que teria de trabalhar a idéia de dividir a vida com alguém. Que não podem nem imaginar a idéia de passar dois finais de semana seguidos com o namorado.

E como esta amiga é minha irmã gêmea siamesa separada no nascimento em termos de personalidade ligada a paixões (bem que eu podia também ter herdado o tipo físico magro e longilíneo dela, mas deixa pra lá...) entendo bem o que ela diz.

Eu também já nasci casada. Quem acompanhou o término do meu casamento sabe o quanto eu sofri, chorei, me descabelei, fui ao fundo do poço e voltei. Sabe a extensão do trauma e o quanto foi difícil superá-lo. E o mais razoável seria imaginar que eu nunca mais quisesse passar por isso.

Porém, como já disse eu outro post, meu mundo tem tons de rosa. A lembrança de um casamento muito feliz antes de tudo ficar uma merda é muito maior do que qualquer outra. Maior que a da separação, ainda que esta seja mais recente. Maior a lembrança da alegria que eu sentia do que da tristeza por que passei.

Acho que parte disso se deve à personalidade de "nascer casada". Hoje me pego pensando, sonhando, projetando um novo casamento feliz. Por mais absurdo que possa parecer, é o que acontece. Penso inclusive nos detalhes: o vestido, o penteado no cabelo, a cerimônia... tudo! Olho essas revistas de casamento como se fosse uma noiva em potencial.

Para tudo isso acontecer, basta estar apaixonada por alguém. E mais uma vez citarei minha amiga Ju, é somente assim que eu sei viver.

Delícia de dia

Ontem eu passei o dia por conta da Belinha. Como ela já tem quase 15 anos, é muito difícil isso acontecer, passarmos o dia juntas. Ela sempre tem mil programas a fazer nos finais de semana, ou então quer dormir até duas da tarde e eu aproveito para sair e resolver meus assuntos fúteis (tradução: massagem, academia, um solzinho depois, uma sessão de cabeleireiro sem pressa etc), outros nem tanto (supermercado sem ter de correr contra o relógio por exemplo). O resultado disso é que passamos o final de semana meio separadas.

Saímos ontem, eu, ela e o pai dela, para fechar vários itens da festa de aniversário de 15 anos dela, que vai ser em outubro. Depois da resolução do macro, ficamos naquela coisa do micro, de candinhas, resolvendo detalhes.

Deixamos o pai dela em casa e fomos ver outros assuntos: alugar a roupa anos 60 pra festa de aniversário da amiga; escolher a caligrafia que vai nos envelopes dos convites; almoçar, pois estávamos as duas desmaiando de fome às quatro da tarde; comprinhas no shopping.

Bela é modesta. Tirando os tênis extorsivos, que ela é fã da Nike, o resto ela nunca quer muita coisa. Sempre me surpreendo quando ela me pede alguma coisa que tenha visto no shopping, ainda mais sendo uma sainha... E como ela se sente a mais gorda das gordas (não é gorda e é linda demais!!!), fica na maior felicidade quando o item escolhido, normalmente nessas lojas adolescentes em que o 42 corresponde ao PP, serve. E fica sempre uma graça e ela nem percebe...

E no estacionamento, esperando o manobrista trazer o carro, sentei no banquinho e ela sentou no meu colo. Minha bebezinha de 1,72m, sentada no meu colo, com a cabeça no meu ombro, com carinha de sono. Minha criancinha que cresceu demais.

Voltamos pra casa já seis da tarde, a tempo da chegada da amiga que ia dormir aqui. Exaustas. Mas eu, de minha parte, feliz da vida por ter passado o dia todo com ela, por conta dela, participando da vida dela, e sabendo que ela também me queria ali, dando opiniões, dizendo que o que ela escolhera era legal.

Um dia entre amigas que por acaso são mãe e filha. Uma delícia de dia!

quarta-feira, agosto 24, 2005

MSN

TO-DO-MUN-DO-ON-LI-NE NESTE MOMENTO...
menos ele... snif snif

Conselho danado de bom!

Nossas sábias bisavós já diziam que homem a gente conquista pelo estômago.

Boa sorte

Esta semana tem sido minha semana de desejar boa sorte pras minhas amigas.

Boa sorte pra amiga que pretende comprar um novo apê pra gente poder aparecer. O apê que ela adorou, numa rua que ela gosta, bem no bairro onde já mora. O apê perfeito, que ela namora há meses, aquele namoro de janela, sabe, como antigamente, já que da casa dela dá pra ver a futura residência.

Boa sorte pra amiga que dedicou-se a um lindo jantar, feito por ela, para demonstrar a alguém o quanto gostou do seu caminho ter se cruzado com o dele.

Boa sorte para outra amiga, que depois de cinco anos de idas e vindas, depois de passar pela tristeza de perder um bebezinho, finalmente marcou casório para daqui a um mês e ela, que nem queria se casar nem nada, só juntar os trapinhos tava bom, anda flanando de felicidade atrás de vestido, buquê, lugar para a festa, padre etc etc.

Boa sorte para mais uma amiga. Que seja ou vá ou racha, mas que está pagando pra ver.

Boa sorte para todas nós, que sejamos sempre felizes, que tenhamos sempre sonhos a sonhar, motivos para comemorar, projetos a realizar.

terça-feira, agosto 23, 2005

Diversidade

Depois de muito relutar, esconder e tentar fazer diferente, resolvi assumir (e já faz um tempinho): eu vejo sim o mundo por lentes cor-de-rosa.

Em qualquer situação, no meio de uma caqueira geral, se houver um fiapinho de coisa boa é nesta que vou confiar, acreditar e a partir daí seguir. Se houver a mínima chance de dar certo, eu tento. Até esgotar e fazer com que o esgotamento mostre que não dá mais mesmo.

Quando tudo dá errado, eu choro. Muito. Penso inclusive que nunca mais vou parar de chorar, nunca mais vou confiar, nunca mais vou amar, desejar, querer. Enfim, penso em apenas vegetar pelo mundo e nunca mais viver de verdade. Mas uma hora as lágrimas acabam, e então, como diria minha heroína Scarlett O'Hara, amanhã é sempre um outro dia!

O mais curioso é quando converso com alguém que tem uma visão oposta a minha. Alguém racional, que sabe que as chances do troço dar errado são enormes, que jamais entraria na mesma situação. Os motivos de ambos são coerentes e corretos... para si mesmos, mas não conseguem encontrar eco do lado de lá. Você até consegue entender alguém diferente de você, e pode inclusive achar que tem toda razão, mas na hora em que tenta agir como se fosse ela, mete os pés pelas mãos.

Penso que é isso que faz as amizades, os amores, o mundo inteiro ser tão interessante. Que faz com que conviver com as pessoas seja interessante, e me leva a apreciar tanto a companhia de gente e suas histórias: a diversidade das personalidades.

Se um é explosivo, o outro contrabalanceia com sua calma e tranqüilidade. Se o outro é racional, o primeiro se mostra emocional. Se um é quieto, o outro é expansivo. E assim as pessoas vão se encaixando umas nas outras, como um enorme quebra-cabeças, onde uma peça muitas vezes parece tão jogadinha mas faz uma falta danada quando se vai ver lá no fim.

segunda-feira, agosto 22, 2005

Escassez

Eu tô achando aqui, cá com meu tecladinho, que entre amanhã e quarta-feira vai faltar barriga para umas e outras respirarem por ela.
Mais não digo, para não ser taxada de fofoqueira.

Lágrimas de crocodilo

Eu adoro uma revista de fofoca. Penso até em assinar a Contigo, mas na verdade esse tipo de revista só tem graça lá no salão de beleza, de maneira que receber em casa e ler sentada no sofá não serve. Tem de ser lá, no meio do buxixo. Caras também, e todas as demais clones das duas.

Acontece que eu num güento mais a tal da Grazi dando entrevista dizendo que ela é inocente, pura, que ficou muito constrangida em posar para a Playboy e que não deseja que no futuro seus filhos achem que a mãe deles fez fotos comprometedoras. e por isso censurou a maior parte das fotos consideradas picantes.

Posou pra que então? Pela grana, ok. Mas não é no mínimo falta de respeito com o público que consome a revista que as fotos mais desejadas sejam suprimidas porque a casta e pura Grazi, capa da edição de aniversário, resolveu chilicar no último instante?

Já que fez, fazer direito, né? E sem esse papelão de ir no Gugu e ficar com lágrimas nos olhos como se tivesse sido obrigada, sob ameaça de chicote, a fazer as fotos. Dá um tempo pra gente, que de lágrimas de crocodilo a CPI do mensalão já tá mais que cheia.

Sobre geladeiras

Acabei de ler no blog da Lala que na geladeira dela só tem meia garrafa d'água.

Acontece que cheguei em casa tem meia hora, vinda do hortifruti. Pior, vinda do hortifruti oriunda da academia. Pior ainda, vinda do hortifruti, oriunda da academia e faminta. Em estado de inanição, querendo comer um boi inteiro, inclusive a língua, que não suporto.

E aí, o que aconteceu? Você sai da academia, depois de ficar lá se matando, e se sente digna representante da geração saúde. Praticamente uma vegan (apesar da vontade acima, mas é só porque o termo é cool), só pensando em saladinhas, frutinhas e coisas saudáveis, passando longe da padaria cheia de doces convidativos.

Resultado: minha geladeira está explodindo de frutas. Sem contar as da cestinha que ficam do lado de fora (manga, maracujá, banana, mexirica), no ambiente frio repousam jabuticabas, uvas, morangos, maçãs, melão e... jaca mole, que eu amo!, e que lá vende em potinhos para minha felicidade e deleite.

A partir de amanhã, inicia-se a grande corrida pelo consumo de todas essas frutas antes que se estraguem. Próximo passo é fazer uma salada de frutas. Depois uma vitamina.

Lavoisier perde feio!

Festival de chatice

Existem alguns atores e atrizes que marcam. Alguns pelo ótimo desempenho, outros por um único papel. E outros pela extrema chatice.

No dia em que fizerem uma novela em que Carolina Dieckman e Gabriela Duarte forem irmãs e contracenarem, eu juro que faço um abaixo assinado e mando pra TV Globo, porque é chatice demais numa cena só. A gente merece respeito e este respeito se traduz no mínimo em que elas não façam parte da mesma novela, já que parece impossível que elas não façam mais parte de novela ALGUMA.

Uma, a Carolina, é a rainha das caras e bocas e da sobrancelhinha levantada e o biquinho infantil, a vozinha de coisinha fofa. A outra é insípida, insossa, inodora, incolor, ineficiente, inerte, enfim, no caso dela, os genes se esqueceram de transmitir o talento materno.

Outra dupla que dá no saco é Camila Morgado e Simone Spoladore. Geeeeennnnnteeeeee! Tem atriz que não dá, só serve pra uns tipos de papel. A Camila tava ótima na Casa das Sete Mulheres e fez uma Olga convincente. Mas na hora de colocar a nêga num papel urbano, contemporâneo e ainda por cima de vilã assassina dos infernos, o lado megaplusdouble chato predominou. Já a outra tava ótima em Os Maias, cujo papel exigia mesmo que fosse branca como cera, com olhar de peixe morto e voz desafinada e dramática.
E só, ponto. Por que ficam nos torturando com as suas interpretações "intensas", com carga de "dramaticidade"?

Nem vou mencionar Deborah Secco e Murilo Benício pra não ser redundante...

Pinto no lixo

Ultimamente tenho ficado feliz com tão pouco que às vezes me pego pensando se não ando simplória demais.
Ou se é mesmo o céu que tá bem azul, os passarinhos que tão trinando mais forte algo do tipo.

Olha que coisa...

E depois tem gente que ainda acha que fada madrinha é coisa de desenho da Disney...

Para conquistar uma mulher...

Fosse você homem e quisesse conquistar o amor de uma mulher, você:

a. encheria ela de atenções?
b. demonstraria o quanto gosta dela?
c. seria paciente porque ela não é de todo indiferente a você?
d. ou daria um bolo nela, ligaria pra ela de madrugada pra ofendê-la, e depois desligaria o telefone na cara dela quando ela te ligasse?

O que você faria?

Tema da semana

Em homenagem a uma amiga...

Hoje é festa lá no meu apê!!!
Pode aparecer!!!

(desculpe, não consegui encontrar nada melhor que o Latino... fazer o quê, né?)

quinta-feira, agosto 18, 2005

Opção

Aviso, comunico e participo ao encarregado do departamento que, na falta do Nicolas Cage seja por que motivo for, ele pode ser substituído, sem prejuízos, na minha mansão no céu, pelo Adrien Brody (O Pianista).

Ser uma pessoa flexível é tudo na vida.

Propaganda

Imagina que tu tenha a estampa da Cláudia Raia e seja casada com um tipão à moda Edson Celulari.

Aí você se arruma inteira pra ir numa festa de gala, e quando chega na sala ele fala: Nossa, você está linda e seu cabelo está lindo também!

O que você faz?
a. dá um sorrisão e diz obrigada
b. dá um sorrisão e diz obrigada e pula no pescoço dele
c. dá um sorrisão e diz obrigada e pula no pescoço dele e resolve deixar a festa pra lá
d. dá um sorrisão e diz que "é Cor e Tom, que cobre os fios desbotados e manchados e deixa meu cabelo assim, com esse brilho maravilhoso. Eu só uso Cor e Tom".

Verossimilhança zero.

É, pois é...

Pela primeira vez na vida eu me pergunto: por que a gente não pode ter TUDO?

Aninha

Por mais que eu tente alimentá-la
Por mais que eu a medique
Por mais que eu cuide dela
Por mais que eu me esforce, ela não melhora.

É a minha gatinha siamesa, a Aninha, de 7 anos, que tem um linfoma no intestino e há 4 meses vem definhando.

Melhora de um lado, piora do outro, cada ida ao veterinário é um novo incêndio a ser apagado. Já me confundo até com qual remédio dou e a que horas.

É uma sensação enorme de impotência saber que você está tentando tudo, fazendo tudo, e esse tudo não é o bastante e que há que se encarar a realidade de que dentro de poucos meses ela não estará mais comigo. Quem tem um animalzinho de estimação e se apegou a ele sabe bem do que falo.

Fico pensando em milhares de mães neste mundo que sofrem pelo mesmo motivo, em escala muito maior, incomparável: não com seus gatos e cachorros, mas com seus filhos. E nem imagino como elas conseguem levar o dia-a-dia, comer, dormir, respirar, viver.

segunda-feira, agosto 15, 2005

Condicionamento infantil

Quando estou bem, mas bem, bem cansada, do tipo saí de casa às sete da manhã e tô voltando às nove da noite, sei lá, eu fico com vontade de... lavar os pés!

Eu explico: é que quando eu era pequena, minha mãe não deixava dormir de pé sujo de jeito nenhum. Dizia que a barata viria de noite e os roeria. Para reforçar a tese, mostrava os pés do meu pai, que sempre teve uns pés podres de descascados por causa do coturno (do Exército), como prova de que, não tendo ele lavado os pés antes de dormir, a barata os tinha roído.

Sabe aquela coisa de criança, de tomar banho e ficar andando descalça pela casa? Então. Antes de dormir, lavar os pés.

E até hoje eu não durmo de pé sujo de jeito nenhum.

E quando estou com sono e cansada demais, penso logo em como seria bom lavar os pés, passar sabonete para que fiquem cheirosinhos, um creminho, uma meinha se estiver frio...

Ah... que delícia!!

É exatamente o que farei agora. Boa noite e até amanhã!

Estado de espírito

XOXA...
é a definição perfeita para o meu estado de espírito hoje.
Nem cansada, nem desanimada, nem chata, nem triste. Nada disso.
Eu hoje estou é XOXA.
Algo assim como sem sabor, sem cheiro, sem cor. Feito água, mas não com a mesma agitação.
Enfim, não sei definir o que é estar XOXA.
Mas que eu tô beeeemmmm XOXA, lá isso eu estou.

domingo, agosto 14, 2005

Contabilidade

Contabilidade gastronômica de um domingo particularmente angustiante:
- uma salada de frutas
- umas 4 ou 5 jabuticabas
- um sanduba de queijo Philadelfia com peito de peru
- um filezão de peixe grelhado no azeite
- uma garrafinha de água de coco
- uma trufa da Ofner da caixinha que ganhei de aniversário da Sandra
- um potinho do Natural da Terra de jaca dura
Tudo isso até as 15h30... notem como a coisa começa a degringolar a partir do penúltimo item.
Em breve, Zulmira (a lombriga mutante que mora no meu estômago) começa a solicitar drogas mais fortes como pão de queijo.
Alguém por favor pode me socorrer???

Angústia

Nada é mais angustiante do que a espera... longa, modorrenta... que parece nunca ter fim.

Reunião de família

A morte de alguém em uma cidade muito pequena é sempre a notícia mais importante do lugar. Em especial se o morto em questão for de uma das famílias que fundaram a cidade. As pessoas deixam seus afazeres de lado para render as últimas homenagens àquele que esteve presente em suas vidas durante tantos anos, ainda que tenha sido só na base do bom dia boa tarde boa noite.

Foi assim na sexta-feira em Demétrio Ribeiro(ES), no enterro da minha avó.

Demétrio Ribeiro é um lugarejo de uma única rua, perto de João Neiva. Foi lá que, no começo do século passado, algumas famílias de imigrantes italianos se estabeleceram para trabalhar na lavoura: os Sarcinelli, os Rampinelli, os Carrareto, os Campagnaro, e nós, os Baiocco.

Espalharam-se pelas terras da região e viviam de cultivar sua roça. As crianças tinham duas escolas à disposição, ambas feitas de tijolos feitos a mão: a escola de cima, e a escola de baixo, porque a única rua da cidade é uma ladeira.

Foi naquelas bandas que José Herman Bizzi conheceu Maria Madalena Depianti. Ele, filho de um fazendeiro rico de café; ela, moça pobre da região. Do namoro proibido pela família dele, nasceram duas filhas: Linda e Maria, minha avó. Depois, ele se casou com outra, ela se casou com outro, tiveram muitos filhos de cada um dos lados, de forma que minha avó tinha vários irmãs e irmãos.

Maria Depianti casou-se com Guilherme Gregorio Baiocco, filho de Giocondo Baiocco e Ida Carrareto, posteriormente Baiocco também, e tiveram filhos, o primeiro deles uma menina, minha mãe. Que nasceu e criou-se ali perto de Demétrio Ribeiro, onde estudava na escola "de baixo".

Perto da casa da minha avó, moravam os Sarcinelli, a família mais rica da região, a que tinha a casa mais suntuosa para os padrões da época, primeira roça a ter luz elétrica nos meados da década de 70. Moravam também os Carrareto, primos por parte de mãe do meu avô. Os Campagnaro, inclusive minha amiga de férias, Bernadete Campagnaro, com quem me encontrei no enterro de minha avó, que ainda mora lá. E os Bollis, família da minha amiga de férias, Adriana, cujos pais foram ao funeral. Os Mazega, que tinham 3 filhos e pela vontade do mais velho, a d. Isaura teria se transformado em minha sogra, caso eu quisesse, lá pelos meus 10 anos de idade, ter namorado um menino loirinho que usava uns óculos de armação preta com lente verde-garrafa.

E foi no enterro da minha avó que eu descobri que ela não era só minha avó. Era também prima do Bento, tia do Zé Amaro, da Rosa, da Cuca. Irmã do tio Welfo, do tio Washington, da tia Edwiges e de tantos outros dos quais nem me recordo os nomes.

Todos presentes, vindo de diversas partes do Estado, dispostos a subir a longa ladeira de terra que leva ao topo do morro onde fica o cemitério. A qual não se sobe de carro, a menos que você tenha um jipe com tração 4x4 e seja muito bom de braço. E ainda assim, somente você subiria de jipe, talvez um velhinho mais velhinho fosse contigo, porque homenagem mesmo é subir a pé, seguindo o caixão, com os filhos, netos e os amigos mais chegados se revezando para carregá-lo, num último gesto de amor e consideração com quem se compartilhou dificuldades, alegrias, boas e más notícias.

E no cemitério, a reprodução do que se via nas roças da região: as famílias. O túmulo dos Sarcinelli, o dos Rampinelli, o dos Carrareto, o dos Baiocco...

Mais do que um funeral, o enterro da minha avó foi uma reunião de família. Absolutamente todo o mundo que levava o sobrenome Baiocco (que foi grafado Baiôco na certidão da minha mãe, uma vez que ela nasceu em 1941, meio da segunda guerra, na qual os italianos eram os inimigos) e que pôde comparecer fez questão de ir e presenciar os sinos da igreja de Demétrio Ribeiro badalando no momento exato do sepultamento, a cidade despedindo-se.

Depois disso, passamos na casa da roça, que não está abandonada porque um dos meus tios cuida de preservar o lugar. E lanchamos todos juntos, uns sandubas improvisados, a primaiada toda junta tomando guaraná Coroa (típico do ES, tomar de outra marca só se não tiver o Coroa), cafezinho na casa de d. Isaura Mazega, com rosquinhas salgadas, que nos deu cacau pra gente levar, vão com Deus, cuidado na estrada etc etc.

Para nós, que vivemos na cidade grande, é uma situação surreral. Para eles, é vida que segue. Porque a d. Mariquinha Baiocco não morreu; apenas descansou.

terça-feira, agosto 09, 2005

9 de agosto

Quando eu era pequena, eu simplesmente morria de inveja da minha irmã, um ano mais velha do que eu.

Isso porque ela faz aniversário em abril. Mais precisamente no dia 22! Entenderam o drama? Imaginem só uma criança pequena, leonina, tendo uma irmã nascida no dia do Descobrimento do Brasil, a data mais importante que se estudava no colégio, a data mais badalada dos livros de história, o nosso dia D. Era pra querer cortar os pulsos mesmo...

Para piorar, eu tinha nascido em agosto. Mês do desgosto. Mês do cachorro louco. Era o que eu ouvia sempre.
- Qual o dia do seu aniversário?
- 9 de agosto.
- Agosto, mês do desgosto.
(e lá ia eu de sopapos pra cima do infeliz!)

Um dia, a felicidade suprema: o dia 9 de agosto era SIM um dia importantíssimo para o mundo inteiro. E passei então a anunciar aos quatro ventos, na minha inocência infantil: meu aniversário é no dia 9 de agosto, mesmo dia em que jogaram a bomba em Nagasaki. Detalhe: atômica, para ser ainda mais chique, diferente e por isso mesmo importante.

Eu cresci, e passei a entender o que significava o fato histórico do qual eu tanto me orgulhava: um horror sem precedentes, a destruição de uma cidade inteira, a morte de milhares de pessoas.

Foi só depois que entendi finalmente que nada mais precisava ter acontecido no dia 9 de agosto para que ele fosse importante para mim e para minha família. Ele era, para todos, tão somente o dia do meu nascimento, e portanto, um dia super curtido pelos meus pais, avós, tios...

E passei a adorar o dia do meu aniversário e não querer mais que mudasse de data.

Nosso aniversário

É o seguinte...

Como sabem todos que me cercam, hoje é o dia do meu aniversário.
(se havia alguém que me conhecia e não sabia, anda mais no mundo da lua do que eu)

Então, nada mais adequado do que meu blog nascer neste dia. Assim, aniversariamos juntos!

Tá bem?