É o seguinte... tá bem?

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sábado, julho 29, 2006

Novela das oito

Eu gosto de novelas, de maneira geral, e das novelas do Manoel Carlos de maneira particular. Por isso, não sei dizer porque somente há uns 4 ou 5 dias comecei a acompanhar Páginas da Vida.

Talvez pela escalação do elenco, que não me atraiu, talvez porque eu esteja viciada nos seriados Warner/Sony, eu só sabia o que rolava por meio de comentários aqui e ali de quem assiste, mas ver mesmo, só 1/3 do primeiro capítulo.

Bem, mas esses dias foram suficientes para perceber algumas coisinhas:

- Ana Paula Arósio. Nem preciso dizer que ela podia fazer papel de abajur, de tão linda que é. Mas a interpetação é afetada demais. Nas cenas em que ela contracena com a atriz que faz a Nanda, essa afetação fica evidente, uma vez que a outra está dando um banho de interpretação e naturalidade. Pra piorar, ela passa o tempo todo segurando a barriga e as costas. Tem dó! Grávida nenhuma fica o tempo todo andando daquele jeito. Ou será que a barriga postiça tá mal amarrada e ela fica com medo de cair no meio da cena?

- Deborah Evelyn. Ela só faz papel dela mesma, não? Ou seja, anoréxica, neurótica, histérica, enjoada e chata de galochas. Só mesmo o pai do Zezé di Carmargo e do Luciano pra agüentar o tranco. Mas também, pra quem viveu naquela pobreza toda, morando em casa de chão de barro vermelho e ganhando o sustento na enxada, a coisa melhorou bem, hein?

- Daniele Winits. Idem. Só interpreta ela mesma, seja na novela das sete ou das oito: a loira gostosa e sedutora que os homens cobiçam. Nessa novela me disseram que ela vai ser malvada, vamos ver...

- Edson Celulari. Como assim resolveram colocar o moço de Tom Cruise no melhor estilo Top Gun? Coitada da nossa Aeronáutica, tão sucateada e sem grana que aqueles aviões lá da Base Aérea dos Afonsos nem devem voar mais.

Meu mundo caiu

Tô que não me agüento de tanta desilusão...

Tá na capa da Contigo! desta semana que a Sandy até xinga no trânsito.

Verdade, gente!, ela mesma quem disse isso!

sexta-feira, julho 28, 2006

Pânico na TV

Eu acho a Carolina Dieckman uma chata. Chatérrima! Um poço de chatice. A nêga é chata de irritar. Muito chata. Chata pra dedéu. Enfim, beeeem chata, a ponto de desbancar a Gabriela Duarte do posto de atriz chaterest da TV brasileira.

Mas gostei muito de saber que ela ganhou uma ação de danos morais contra o programa Pânico, da RedeTV!. E que a RedeTV! não só terá de pagar a ela R$ 35 mil, como está proibida de mencionar o nome dela ou de fazer imagens dela ou do local onde ela mora.

O Pânico é o tipo de programa que ou você gosta e é fã de carteirinha de não perder nenhum, ou você detesta. Ou então ignora e nem sabe o que rola. Não vou entrar aqui numas de julgar quem gosta e quem não gosta. Não vejo o programa o suficiente para poder discorrer sobre ele.

Ninguém tem o direito, porém, de perseguir uma pessoa à exaustão com o único intuito de tirar sarro da cara dela. Isso não é liberdade de expressão, nem interesse da opinião pública. É grosseria mesmo, invasão de privacidade das brabas. É o tipo da coisa que o Pânico adora fazer, mas como a maior parte das vítimas são as celebridades wannabe loucas por 15 segundos de fama, todo mundo ri, faz cara de que acha suuuuperlegal e assim a coisa vai.

Um dia eu fui a uma festa da revista IstoÉ Gente, convidada por uma amiga. Eu nunca tinha ido a uma dessas festas de famosos, e fiquei imaginando que realmente só quem quer ver e ser visto é que suporta um evento desses. Ou por conta da profissão. Coisa mais sem graça e fútil.

Nessa festa, encontrei uma menina que era da minha turminha de Brasília, nos idos dos anos 80. Casada com o ator Rocco Pitanga, irmão da Camila Pitanga. Depois de voarem as penas pelo reencontro de duas mulheres que não se viam há uns 15 anos pelo menos, uma rápida atualização das novidades, aquelas recordações dos podres lights que cada uma cometeu aos 16 anos de idade, eles disseram que precisavam ir embora pois tinham deixado em casa a filhinha nascida há pouco tempo. Aproveitei a deixa e disse que ia embora também, saímos juntos do local.

Na porta, a equipe do Pânico. Eles voaram pra cima do Rocco Pitanga, que nem é um Fábio Assunção no quesito fama. Digo voaram mesmo, porque chegaram a nos empurrar. Aquela bagulhada toda de câmera, iluminação, repórter Vesgo e Sílvio Santos. Enfiaram o microfone na cara dele e fizeram logo de cara uma pergunta ofensiva em relação ao fato da mulher dele ser mais velha que ele.

Ele teve jogo de cintura e sangue frio suficientes na hora, pra saber que o que eles queriam mesmo era que ele xingasse, esbravejasse ou saísse no braço com alguém. Aproveitou a câmera e fez uma propaganda política para o pai dele, que era candidato a não-sei-o-quê no Rio de Janeiro na ocasião. Neutralizou os caras. Felizmente para nós, saía um outro famoso da festa, mais famoso que ele, e o bando voltou suas atenções para outro lugar.

Como disse, mal conheço o programa. Mas que ali eles pareciam um bando de abutres carnicentos, lá isso pareciam.

quinta-feira, julho 27, 2006

E não é que ela foi mesmo???



HAPPY HONEYMOON, MY DEAR FRIEND!!!!!

Maybe I didn't treat you...

Há coisa de 3 anos e pouco lançaram nos Estados Unidos um CD duplo com 50 sucessos românticos de Elvis Presley. Nem sei como foi que eu fiquei sabendo, só sei que fiquei doida pelo disco e comprei num site americano de CDs.

Foi a única vez que pedi alguma coisa assim, pela Internet, que não fosse no Brasil, e paguei quase o valor do CD - que já tinha sido caro - em impostos quando fui pegar no correio. Puta azar! Nunca mais me aventurei.

Bem, mas a história não é essa. E daí que o CD chegou, eu toda feliz, ouvia todo dia etc. O CD 2 eu quase não escuto, porque gosto mais das músicas que estão no CD 1.

Acontece que eu só escuto CD no carro. Música, aliás, eu só escuto no carro. Quando fico sem rádio no carro, eu simplesmente não escuto música. Não tenho o hábito de chegar em casa e colocar um CD ou ligar o rádio pra ouvir alguma coisa. É raríssimo isso acontecer, muito mesmo, na verdade, só quando me inspiro muito e vou bater um bolo ouvindo algum CD novo que ganhei, ou quando meu ex-marido pede uma opinião sobre a rádio que ele dirige. Ou quando vou tomar banho e quero ouvir Boyz II Men.

Com isso, meu amado, idolatrado, difícil de arrumar e caríssimo CD duplo do Elvis estava dentro do meu Peugeot quando um rapaz gentilmente me pediu que desse a ele as chaves do meu carro sem fazer alarde.

Nessa época, a Lu morava em Pittsburgh e fez o favor de bater perna atrás de um outro para substituir. E como uma amiga dela tava vindo de lá visitar a família em São Paulo (mais precisamente no Morumbi, onde moro), me livrei de correr o risco de pagar imposto de novo.

E aí, fim do ano passado, fomos eu e meu ex-marido comprar bagulhos para a festa de 15 anos da nossa filha, na 25 de Março. Na volta (fomos juntos no meu carro), fui mostrar a ele uma música do CD a qual eu dizia que Chitãozinho & Xororó devia fazer uma versão em Português que seria mó sucesso. Abro a caixa e... cadê o CD 1? Abro as demais caixas de CD do meu carro e... vários tinham sido roubados! Em algum lugar, em algum momento, em algum dia, algum manobrista cachorro sarnento tinha roubado meus CDs e deixado as caixas.

Chorei demais a segunda perda do meu CD tão querido, xinguei o manobrista que tinha feito isso, roguei uma praga pro pinto dele apodrecer e cair aos pedacinhos, lentamente, de forma bem dolorosa e fétida. E meu ex-marido, depois de me chamar, indiretamente de desleixada e tonta por deixar as caixas no carro, achou o CD num site alemão e se redimiu me dando de presente.

Bem, tudo isso é pra contar que o meu CD do Elvis sempre foi meu CD querido, que eu usava pra descer a serra em direção ao Guarujá, pra subir de volta, pra ouvir e cantar junto. Apesar de ser um CD de músicas românticas, não fico na fossa com ele.

Por isso, me surpreendi muito quando uma amiga minha entrou no meu carro, bem no refrão onde ele canta lay your head above my pillow/hold your warm and tender body close to mine/hear the whisper of the raindrops blowing softly against the window, e achou depressivo. Justamente o Elvis, que eu canto a plenos pulmões e fico de alma lavada. Logo ele, que sempre foi meu companheirão.

Curioso isso não? Como cada um tem uma impressão diferente de uma determinada coisa. Isso que faz de nós pessoas diversas e as relações, interessantes.

terça-feira, julho 25, 2006

Carência e saudades

Como a Isabela foi passar uns dias em Brasília com os avós, aproveitei pra dar férias pra Socorro.

Eu saio cedo pra trabalhar, minha afilhada sai em seguida e a casa fica vazia, quieta... com Cindy Quebra-Barraco dentro.

Quando eu chego, a gata está que é um poço de carência e saudades. Vem miando lá de dentro, com carinha de sono, toda chorosa. Mia, mia, mia, mia, querendo colo e atenção. Toda atenção possível. Se eu sento no computador, ela pula no meu colo e fica enfiando a cabecinha dela na minha mão, pra eu parar de digitar. Senta na frente do monitor, quer pegar a setinha do mouse.

Me segue por toda a casa, quer que eu faça companhia a ela perto dos seus pratinhos de água e comida. Fica me olhando tomar banho pelos detalhes do desenho do box. Deita perto de onde eu estiver, e se eu mudar de cômodo, ela vai atrás, pra ficar bem juntinho.

Tem horas que eu queria mesmo era ser gatinha, pra poder fazer tudo isso e não ser taxada de carente, dependente, desprovida de amor-próprio.

Leoninas


Aqui em casa todo mundo é leonino:
- eu sou leonina - do dia 9
- minha afilhada que tá morando aqui é leonina - do dia 10
- a Socorro, minha empregada, é leonina - do dia 18
- a Cindy Quebra-Barraco é leonina - do dia 7

Salvando-se apenas a Belinha, que é escorpiana. Penso que ela é o ponto de equilíbrio neste bando de felinas amontoadas.

Exemplo

Durante o campeonato mundial de vôlei masculino que se desenrola, na primeira partida contra a Argentina, o Brasil venceu por 3 sets a 1.

Bernardinho, técnico da seleção de vôlei, entrevistado sobre a vitória, manda essa: tenho de mexer no time, porque é o primeiro set que perdemos em quatro anos, então alguma coisa está errada.

Eu espero que o novo técnico da seleção brasileira de futebol se mire neste exemplo.

Boa sorte para o Dunga... e para nós!

Faca de dois gumes

A vantagem das férias da empregada e você sair pro trabalho, e na volta encontrar tudo no mesmo lugar em que deixou de manhã.

A desvantagem das férias da empregada e você sair pro trabalho, e na volta encontrar tudo no mesmo lugar em que deixou de manhã.

quinta-feira, julho 20, 2006

Gente, como assim???

Anúncio de jornal
(Julia Graciella)

Precisa-se de moça
Boa aparência, pra secretária
Tem que ser muito bonita
Descontraída e educada

Eu era ainda menina
Quando li aquele anúncio no jornal
Usei meu melhor vestido
E nos sonhos coloridos precisava trabalhar
Tudo parecia um sonho
Eu já era secretária de você
Eu estava tão contente
Tudo era diferente para mim

Precisa-se de moça
Boa aparência, pra secretária
Tem que ser muito bonita
Descontraída e educada

Foi numa segunda feira
quando você me pediu para ficar
dizendo que era importante
terminar aquela carta depois das seis
Foi nesta noite de outubro
quando perdi a inocência por você
Me entreguei aos seus carinhos
eu fiz todos seus caprichos
por amor.

Precisa-se de moça
Boa aparência, pra secretária
Tem que ser muito bonita
Descontraída e educada

Cada dia que passava
eu vivia apaixonada por voce
mas vc mandou entregar-me um envelope fechado
pra apagar os sonhos meus..

Sem comentários... Se fosse hoje, dava um processo brabo. Como foi nos anos 70, ficou só na música melosa mesmo.

Como ninguém pensou nisso antes???

Olha, a idéia me pareceu tão boa, apesar de inusitada, que fico imaginando se ela não é problemática, por ninguém tê-la colocado em prática ainda aqui no Brasil, ou se realmente ninguém havia pensado nisso mesmo, apesar de ser comum na Inglaterra.

O Hamburgo, time alemão com 42 mil torcedores, pretende construir um cemitério ao lado do seu estádio para que seus torcedores mais fanáticos sejam enterrados perto do clube.

Eu fico aqui pensando: como é que Corinthians, Flamengo, Internacional, Cruzeiro etc nunca tiveram uma idéia assim? De que os torcedores fanáticos podem ser enterrados em um cemitério exclusivamente para corintianos, ou ter as cinzas guardadas em uma urna palmeirense?

Imagino que a Igreja daria pulos enormes de indignação com o fato, mas que diferença faz, em termos religiosos, ser enterrado no Araçá ou no Recanto Palestra Italia?

Alguns podem alegar ainda que é uma atitude discriminatória, uma vez que somente torcedores de um determinado time poderiam ser enterrados ali. Eu não sei dizer se um jazigo familiar de um flamenguista poderia abrigar um membro que fosse Fluminense, mas não temos cemitérios judeus, por exemplo?

Pode parecer mórbido, mas achei a idéia muito boa mesmo. Se eu tivesse um parente fanático por um determinado time e ele morresse, eu o enterraria no cemitério do seu time de coração.

Na falta do que fazer...

Julho é um mês tradicionalmente ruim para a confecção, pela falta de clientes e as férias escolares, de maneira que fico aqui tentando laçar um cliente desavisado que passe ali na frente e pensando no que posso fazer para que o telefone ao menos toque.

Enquanto penso, fico navegando na internet e numa dessas achei o site My Heritage.

A coisa consiste em vc colocar uma foto sua e o site descobrir com que celebridade você se parece.

Pra mim, deu que pareço com a Marcia Cross de Desperate Housewives (só o levantar das bochechas num sorriso de boca fechada é levemente parecido) ou com a Kate Hudson, de Como perder um homem em dez dias (acho que porque ambas estavam sorridentes nas fotos, eu e ela).

Ou seja, funcionar não funciona muito bem não, mas distrai...

Desejos para o ex

Eu não me considero uma pessoa rancorosa. Aliás, eu não sou rancorosa, do tipo que fica esperando a oportunidade pra dar o troco. Quase sempre eu acabo relevando o que aconteceu, e quando eu não relevo, também não quero vingança, somente distância.

Mas ainda assim não cabe no meu discurso querer que os ex que tanto significaram na minha vida sejam felizes sem a minha presença.

Notem em que eu não estou falando de qualquer ex, mas apenas daqueles que contam pra valer. O resto, claro, eu não quero nem mesmo saber do destino, porque não importa se casou, não casou, tem 3 filhos lindos e um cachorro labrador. Pode até se casar com minha melhor amiga que eu nem ligo, ou melhor, ligo por causa dela, porque normalmente esses ex não costumam estar à altura das minhas amigas.

Isso tudo porque eu volta e meia escuto dizer de alguém que teve uma paixão tórrida, um amor enorme, que teve de se separar dele a contragosto e não por vontade própria que declara que é super amiga do ex e que quer que ele encontre alguém e seja muito feliz, até vai ao casamento, manda presente etc etc. Manda email desejando que o outro encontre a felicidade... ARGH!!!

Não condeno quem pensa assim, não me entendam mal. Só acho de uma nobreza que o meu espírito não alcança e fico tentando imaginar onde é que ficam o ego e a auto-estima num caso assim. E até que ponto essa nobreza toda é real, ou se é fake, numa tentativa de se sentir superior dando de ombros e dizendo que não tá nem aí.

Eu não desejo em absoluto que os meus ex que contam pra valer caiam num bueiro, ou sofram de alguma alergia que os faça ter coceira até ficar em carne viva, nem que o pinto deles caia (uma infecção purulenta que os deixe achando que isso vai acontecer já é suficiente). Nada tão radical. Desejo apenas que mulheres péssimas cruzem seu caminho, que morram de saudade da minha doçura, da minha inteligência, enfim, de mim. Que elas tenham o cabelo ruim e bafo de tigre. Essas coisas básicas que satisfazem o ego feminino.

Ah, mais ainda: se estiverem delirantemente felizes com alguém, que eles por favor não me contem. Não sou confidente. Não precisa mentir e dizer que tá triste, apenas não fale nada, caso seja necessário conviver comigo de alguma maneira. E também não quero encontrar na rua, sou capaz de mudar de calçada, me enfiar numa loja de roupas cafonas e ficar lá dentro escolhendo um vestido brega esperando passar o perigo.

Se isso é um desejo de vingança ou rancor? Pode até ser sim, não sou psicóloga pra definir o que sinto e realmente tô pouco me importando se for. Também já me disseram que isso é porque eu ainda quero o ex em questão, mas sinceramente já concluí que uma coisa nada tem a ver com outra, até porque este sentimento não é dirigido a um único ex.

E se por algum acaso vierem a se casar e ter 3 filhos lindos e um cachorro labrador, espero que não seja no meu bairro e que não tenhamos de dividir o caixa do supermercado!

quarta-feira, julho 19, 2006

Notícia boa demais!!!!

Há 3 anos, um primo do meu ex-marido, primo este que não era próximo a mim, mas que eu conhecia desde minha adolescência em Brasília, foi vítima de uma tragédia.

Voltava da casa da mãe dele, onde tinha passado o Dia das Mães. Ele, a mulher, e os dois filhos: um menino de 5 anos e uma menina de 2 anos.

Bastou um motorista bêbado, uma estradinha vicinal estreita e mal sinalizada, o descontrole da direção... ele e a mulher nada sofreram, mas as duas crianças morreram na hora.

Não vou aqui mencionar o desespero deles, não apenas na ocasião como em todos os demais dias subseqüentes; na dor que não consigo mensurar nem mesmo sendo mãe; no consolo impossível de se obter seja de que maneira for.

Mas hoje tivemos a feliz notícia de que ela está grávida novamente, depois de tantas tentativas que não vingavam. E começamos todos a torcer e rezar para que tudo corra bem e que eles finalmente possam reencontrar o caminho da felicidade.

Férias

O que é que eu vou fazer com essa tal liberdade
se estou na solidão pensando em você?



Quando a minha Bela vai passar as férias na casa dos avós, em Brasília, eu fico dividida entre a gostosa liberdade de ter horários mais flexíveis, de poder sair e chegar a hora que quiser...e a enorme falta que eu sinto dela aqui em casa!

Falta das suas bagunças, da disputa pelo computador, da Tv que fica ligada de noite mesmo tendo sleep, das amigas que entram e saem ininterruptamente, do leva no shopping, busca no cinema, leva na casa de um, busca na casa de outro.

Ela é a presença constante na minha vida e no meu coração, e chegar em casa e não encontrar nada, nadinha, fora do lugar, tudo silencioso, é algo que me deixa realmente xoxa e desanimada.

Saudades de você, estrelinha!

domingo, julho 16, 2006

Tchau, querida...


Bela e vó Galdina, natal de 2005, Brasília.


Sabe essas pessoas que a gente acha que nunca vão morrer?
Que vão existir para sempre?
Que a gente não consegue imaginar de outra maneira que não sendo ativa, participativa, até mandona?

Mas chega um dia em que ela se vai e a gente que fica, fica sem entender como ou porquê.

Mesmo que ela já tenha 95 anos muito bem vividos.

Tchau, minha vó Galdina, e obrigada por ter sido tão minha avó todos esses anos, mesmo sendo eu uma neta postiça. A senhora vai me fazer muita falta e eu certamente sentirei muitas saudades suas.

quinta-feira, julho 13, 2006

E quando a gente pensa que já acabou...


Roberto Donadoni, 42 anos, novo técnico della Squadra Azurra

... eles aparecem com uma novidade dessas!
Depois querem que a gente CONTINUE torcendo contra.
Como assim???

domingo, julho 09, 2006

Três momentos recentes

Italia ganha da Alemanha e está na final da Copa do Mundo. Toca o telefone, ela atende:
- Oi!!! Estou aqui na Piazza Navona, está a maior festa, todo mundo comemorando, você ia adorar! Liguei pra você ouvir o barulho da torcida. Vou procurar uma equipe da TV Globo pra eles me filmarem e você poder me ver.

Chegando de viagem, depois de cancelar a programação porque o Brasil perdeu. Toca o celular, ela atende:
- Oi!!! Sabe o que é, eu queria te ver, será que você pode almoçar comigo hoje?

Italia tetracampeã do mundo de futebol. Toca o telefone, ela atende:
- Forza Italia! Tô aqui na Piazza Veneza, indo pra Via del Corso. Está uma festa enorme aqui por toda a Italia! Você viu o jogo? Torceu para nós né?

Alguém ainda duvida de que Deus é homem e que manda as coisas que a gente pede um tanto trocadas?

#&*%xx*&!!!!!

Agora a Copa acabou, o time dos antepassados venceu e estou me sentindo como naquele ditado pornográfico de g... com o dos outros. Pois é, mas o que posso eu fazer se aquela Squadra Azurra empolga a gente com sua raça e sua vontade de vencer e passar por cima do adversário?

Mas o ponto mais falado da partida de hoje foi a cabeçada do Zidane no peito do Materazzi que provocou a sua expulsão. Pra começar, puta cabeçada, não? Derrubar no chão um homem daquele tamanho???

Ficou todo mundo a dizer que alguma coisa o Materazzi deve ter falado pro Zidane reagir daquele jeito. CLARO NÉ? Quem acompanha futebol sabe que isso acontece o jogo todo, o tempo inteiro: um passa do lado e xinga de corno, o outro de filho da puta, o outro fala que a irmã do cara é uma gostosa e por aí vai. Ou alguém acha mesmo que 22 homens correndo atrás de uma bola, disputando o resultado de suas vidas, testosterona a mil, as palavras em campo são cordiais? Olha, estive com a senhora sua mãe e ela é uma mulher educadíssima, me ofereceu um chá. A sua irmã é realmente uma santa mocinha. Sua esposa é um exemplo de mulher fiel!

FAÇA-ME O FAVOR!!!

Além disso, a seleção italiana tinha posto a bola pra fora para que um jogador francês fosse atendido, e o Zidane, em vez de mandar a bola pro Buffon (goleiro de olhos lindos, pra não falar do resto), como é o combinado nesses casos, jogou para a lateral, o que permitiu à França marcar a saída de bola dos italianos. E foi aí que a confusão começou, com os italianos putos da vida com o gesto do Zidane, que naquele momento achou que só a mãe dele faz filho esperto.

Aliás, vamos combinar aqui que exageraram no fair play nessa Copa do Mundo. Uma chatice em alguns momentos essa coisa de jogar a bola pra fora pra que o jogador adversário fosse atendido. Na maior parte dos casos, bola fora de campo e o cara levantava no segundo seguinte, bonzinho e recuperado, como se nada tivesse acontecido. Resolveram florear um gesto que é natural entre os times e deu nisso, nesse exagero sem propósito, irritante.

Coisa de alemão, que tem feito de tudo pra ver se o resto do mundo esquece que, além do terror do Nazismo, eles são o país mais preconceituoso da União Européia e que o nacionalismo de direita cresce cada vez mais. Pra gente começar a achar que eles são legais pacas!

Forza, Italia!

Identifique o seu titifoi facilmente, tendo em mãos a lista abaixo:

1. Gianluigi Buffon - goleiro
2. Cristian Zaccardo - lateral
3. Fabio Grosso - lateral
4. Daniele De Rossi - meio-campo
5. Fabio Canavarro - zagueiro
6. Andrea Barzagli - lateral
7. Alessandro Del Piero - atacante
8. Gennaro Ivan Gattuso - meio-campo
9. Luca Toni - atacante
10. Francesco Totti - meio-campo
11. Alberto Gilardino - atacante
12. Angelo Peruzzi - goleiro
13. Alessandro Nesta - zagueiro
14. Marco Amelia - goleiro
15. Vincenzo Iaquinta - atacante
16. Mauro German Camoranesi Serra - meio-campo
17. Simone Barone - meio-campo
18. Filippo Inzaghi - atacante
19. Gianluca Zambrotta - lateral
20. Simone Perrotta - meio-campo
21. Andrea Pirlo - meio-campo
22. Massimo Oddo - zagueiro
23. Marco Materazzi - zagueiro

sábado, julho 08, 2006

Persistência é tudo nesta vida



Aqui em casa ficou praticamente impossível usar o computador com a tela livre.
Simplesmente porque a Cindy descobriu que há uma setinha que passeia pra lá e pra cá na tela, a qual ela tenta loucamente pegar.

Para tanto, ela se posiciona em frente ao monitor, sentada, atenta aos movimentos da serelepe setinha, com a pata direita (ela é destra, acho) levantada, pronta para atacar a qualquer momento.

Ou então ela vai para a parte de cima do teclado e tenta surpreender aquela setinha ardilosa atacando por cima, usando as duas patas ao mesmo tempo.

Essas manobras duram um tempão, e se repetem cada vez que eu sento em frente ao computador para fazer qualquer coisa. É incrível a persistência dela na empreitada, ela demora pra se dar por vencida!

Como ainda assim a seta consegue escapar, depois de um tempo ela se cansa e vai dormir... sobre o monitor! Desde filhote ela faz isso, só que agora ela virou uma gatona e o espaço ficou pequeno.

Tudo bem que ela não se aperta com nada e por conta disso, no momento em que escrevo este post, tenho em frente ao monitor uma pata dianteira, uma pata traseira, e um rabo, vindos lá do topo, pertencentes a uma siamesa em sono profundo e ronronante.


na foto, Cindy Quebra-Barraco, 11 meses, tentando desesperadamente pegar a setinha do mouse.

Alemanha 3 x 1 Portugal

Eu queria escrever hoje um texto sobre coragem e superação.
Sobre amor à seleção do seu país.
Sobre a importância da vitória suada e merecida.
Sobre aqueles cujo brilho foi mais forte do que o desânimo e a apatia.

Mas como eu simplesmente capotei no sono e perdi todo o jogo entre Alemanha e Portugal, vocês vão ter de esperar até amanhã mesmo.

quinta-feira, julho 06, 2006

Atendendo a pedidos



Paolo Maldini, zagueiro do Milan, capitão della Squadra Azurra nas Copas de 90, 94, 98 e 2002.


Paolo Maldini é um dos raros exemplos de amor e dedicação a um único clube, no futebol atual. Ele joga há 20 anos pelo mesmo time, o Milan. Herdou do seu pai (Cesare Maldini, jogador do Milan nas décadas de 50 e 60) a braçadeira de capitão da equipe. Seu filho Christian Maldini segue seus passos e já treina no Milan.

Com Maldini, o Milan conquistou 7 Campeonatos Italianos, 4 Ligas dos Campeões, 2 Mundiais Interclubes, 1 Copa Itália, 4 Supercopas Italianas e 3 Supercopas Européias.

"Se quando eu fosse pequeno tivesse a oportunidade de ter escrito a minha história, a história mais bonita que eu poderia imaginar, teria escrito exatamente como está acontecendo no momento".

Sem contar o que é bonito... valha-me, Nossa Senhora!

terça-feira, julho 04, 2006

Azurra Irresistible




e ainda por cima são bons de bola...

Não fica triste não, vai...



Tadeu (branco) e Nina, gatos da Márcia Regina, clicados por ela depois da derrota do Brasil para a França.

segunda-feira, julho 03, 2006

Tomates podres e não fritos


Quando a seleção brasileira ganha algum título, todos os jogadores vêm para o Brasil pra desfilar pela cidade, em caminhão do Corpo de Bombeiros, como aconteceu na Copa de 2002 e receber os aplausos e as glórias do povo nas ruas.

Pois eu acho que devia ter uma cláusula no contrato de um atleta da seleção brasileira que, qualquer que seja o resultado da competição, a obrigação é voltar pro Brasil e desfilar no caminhão.

Assim a população podia jogar os tomates podres neles.

Porque quando eles ganham, todo mundo se anima a se despencar até aqui. Mas quando perdem, eles ficam repentinamente TÃO CANSADOS e precisando TANTO voltar direto pra casa na Europa...

domingo, julho 02, 2006

01 de julho de 2006?

Vi gente chorando na rua, quando o juiz apitou o final do jogo perdido; vi homens e mulheres pisando com ódio os plásticos verde-amarelos que até minutos antes eram sagrados; vi bêbados inconsoláveis que já não sabiam por que não achavam consolo na bebida; vi rapazes e moças festejando a derrota para não deixarem de festejar qualquer coisa, pois seus corações estavam programados para a alegria; vi o técnico incansável e teimoso da Seleção xingado de bandido e queimado vivo sob a aparência de um boneco, enquanto o jogador que errara muitas vezes ao chutar em gol era declarado o último dos traidores da Pátria; vi a notícia do suicida do Ceará e dos mortos do coração por motivo do fracasso esportivo; vi a dor dissolvida em uísque escocês da classe média alta e o surdo clamor de desespero dos pequeninos, pela mesma causa; vi o garotão mudar o gênero das palavras, acusando a mina de pé-fria; vi a decepção controlada do Presidente, que se preparava, como torcedor número um do país, para viver o seu grande momento de euforia pessoal e nacional, depois de curtir tantas desilusões de governo; vi os candidatos do partido da situação aturdidos por um malogro que lhes roubava um trunfo poderoso para a campanha eleitoral; vi as oposições divididas, unificadas na mesma perplexidade diante da catástrofe que levará talvez o povo a se desencantar de tudo, inclusive das eleições; vi a aflição dos produtores e vendedores de bandeirinhas, flâmulas e símbolos diversos do esperado e exigido título de campeões do mundo, e já agora destinados à ironia do lixo; vi a tristeza dos varredores da limpeza pública e dos faxineiros de edifícios, removendo os destroços da esperança; vi tanta coisa, senti tanta coisa nas almas…
Chego à conclusão de que a derrota, para a qual nunca estamos preparados, de tanto não a desejarmos nem a admitirmos previamente, é afinal instrumento de renovação da vida. Tanto quanto a vitória, estabelece o jogo dialético que constitui o próprio modo de estar no mundo. Se uma sucessão de derrotas é arrasadora, também a sucessão constante de vitórias traz consigo o germe de apodrecimento das vontades, a languidez dos estados pós-voluptuosos, que inutiliza o indivíduo e a comunidade atuantes. Perder implica remoção de detritos: começar de novo.”


texto de Carlos Drummond de Andrade, escrito em 1982, depois que o Brasil foi eliminado da Copa do Mundo pelos 3 gols do italiano Paolo Rossi.

sábado, julho 01, 2006

Brasil 0 x França 1

Houve um tempo em que vestir a camisa da seleção brasileira era a honra máxima de um jogador de futebol.

Um tempo onde não havia salários milionários, onde não havia eleição de melhor do mundo, onde não havia marias-chuteira fazendo com que os caras se sentissem os mais poderosos do Universo. Pelo contrário, ter uma filha namorando jogador de futebol era uma enorme decepção para os pais.

Houve uma seleção que deslumbrou o Brasil, que nunca mais tinha visto seu time nacional jogar com empolgação e beleza comparáveis à seleção de 70 que levou o tricampeonato pra casa.

Uma seleção que entrava em campo de cabeça erguida, mas não de salto alto. Onde os jogadores pareciam adivinhar os movimentos uns dos outros. Com um treinador que depois mostrou-se fenomenal, levando o time do São Paulo à coleção de títulos da década de 90.
Uma seleção que perdeu sim, mas até hoje a derrota é amarga, pela injustiça, pela fatalidade.

Falo da seleção de 82, e do técnico Telê Santana.

Num tempo mais recente, houve um jogador que chamava a responsabilidade pra si. Que vestia a camisa da seleção e se transformava em uma potência ainda maior do que era em seu clube. Pra ele não havia bola difícil, não havia tempo ruim, nem joelho machucado, nem bola perdida. Havia o gol.

Carregou nossa seleção nas costas em 1994 e acho até que podemos atribuir parcialmente a ele a derrota do dia de hoje: foi seu talento e sua competência individuais que nos deram o tetra na Copa dos EUA e que nos fizeram acreditar que o Parreira era um técnico vencedor.

Falo do Romário.

Houve também um tempo, mais recente ainda, em que a seleção brasileira era um time de verdade. Um time acima do estrelismo, um time onde cada um tinha que brigar treino a treino, jogo a jogo, pelo direito de ser titular.

Um time para o qual havia garra, força, combate, companheirismo. Liderado por um técnico que tinha ascendência sobre todos. Que se pudesse, entrava em campo e jogava junto, correria atrás da bola. Um técnico capaz de levar o time ao limite, que não tinha vergonha de gritar, esbravejar, chorar se fosse o caso. Um líder.

Falo do Felipão, e quem viu o jogo de hoje entre Portugal e Inglaterra, no qual o time de Portugal, desacreditado e sem grandes estrelas, passou para as semifinais da Copa de 2006, sabe bem do que estou falando.

Hoje nós tínhamos em campo um time estelar. Em teoria, um time que não perderia pra ninguém. Acho que não perderia mesmo, para outro time, mas é um time que começou perdendo pra si próprio: pela falta de garra, de atitude, de companheirismo, de vontade.

Os galáticos, como são chamados pelo mundo afora. São mesmo galáticos, porque andam com a cabeça no mundo da lua; ou no mundo dos cifrões milionários dos seus times de origem, quase todos europeus (apenas 2 jogadores, dos 23 convocados, jogam no Brasil - Rogério Ceni, no São Paulo, e Ricardinho, no Corinthians), nos quais precisam sim suar a camisa para fazer jus à grana preta que ganham. Porque lá o técnico tem peito pra colocar no banco um Ronaldo que parece um pudim em campo.

Sinto muitas saudades daqueles que tinham amor verdadeiro pelo futebol e pela camisa da seleção. A todos o meu obrigado por tantas alegrias que nos deram, pela beleza das suas atuações.

E vocês, galáticos de 2006, vão todos pra PUTAQUEOPARIU!!!